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História Viagem entre mundos - O baile de tregua


Escrita por: SraQuinzel

Notas do Autor


espero que gostem essa fic é inspirada em um de meus sonhos malucos e dedicada a pessoa que mais amo no mundo

Capítulo 2 - O baile de tregua


Fanfic / Fanfiction Viagem entre mundos - O baile de tregua

Inglaterra 06 de novembro de 1894

Fechei o diário de minha mãe e respirei fundo, lembrando-me de como era sentar no seu colo e a ouvir contar historias sobre a guerra, a terrível guerra que durara anos a fio, e que só acabaria agora com a união de nossas famílias. Olhei para Mary que tirava um vestido branco do armário, Mary chegara à nossa família quando minha mãe havia se casado com meu pai, ambas viviam juntas, haviam feito uma viajem a casa de meus avôs no dia do grande ataque contra a coroa, mamãe morreu tragicamente junto com papai há alguns meses, desde então Mary cuidara de mim.

-Ela morreu igual a minha vó - falo para Mary que me olha cansada - Primeiro minha vó, depois a tia Elie e agora meus pais...

-Acalme se, a guerra está chegando ao fim com o casamento de sua prima Lucy com o filho do rei vermelho, tudo acabara bem

-Que os deuses a ouçam – suspiro e volto a ler.

...

Acabara de anoitecer quando o guarda bateu a minha porta, dissera que meu tio estava a me chamar para o grande baile. A chuva lá fora parecia apenas ser passageira, as criadas acabaram de me vestir, o vestido era longo, branco creme com algumas pedras de diamante que contornavam o decote que acentuava os meus seios, o corpete estava apertado um pouco demais em volta da barriga e minha respiração esta mais lenta para me acostumar, Mary havia acabado de arrumar uma tiara em meu cabelo e me levara à frente do espelho para dar uma boa olhada no resultado, não parecia muito eu.  A garota no espelho era bonita cheia de vida, parecia estar alegre com o baile que estava tendo e até mesmo se ouso dizer feliz... Totalmente meu oposto.

- A senhorita está deslumbrante- diz Mary ao meu lado com as mãos no coração, feliz e satisfeita com o que tinha feito comigo – Creio que nem a princesa Lucy estará tão bela quanto à senhorita... Mas vamos porque acredito que ela também não está tão atrasada quanto.

Mary me puxou pelo braço quarto a fora, quando passávamos pelos corredores me lembrei de meu antigo lar.  Meus pais haviam morrido no ataque ao nosso castelo, que acabou por fim queimando até virar apenas ruínas, sombras do que um dia já foram, desde então vivo com meu tio, o grande rei August e sua filha Lucy, vivemos na Inglaterra, não havia o que reclamar de minha nova vida, eles me receberam de braços abertos em sua pequena família. Meu tio era um rei gentil amado e respeitado por seu povo, minha prima a tão cobiçada Lucy era conhecida como a mais bela de todo o reino, apesar de tudo, ela não era tão ruim um pouco mimada com uns chiliques que os deuses me perdoem, mas dava vontade de matar ela, fora isso era boa, até me fazia esquecer as tragédias que me cercavam. Viramos alguns corredores até vermos uma das faixas do baile que celebraria o fim da guerra com o povo do norte, o castelo era enorme apesar de estar aqui há quase dois meses, confesso que ainda me perdia um pouco.

O baile era nas cores azuis que representavam o nosso reino e o vermelho, que representava o povo do norte, a guerra já durara há quase cem anos, haviam custado diversas vidas, incluindo de meus avós, minha tia e meus pais...

-Senhorita- Mary estala os dedos a minha frente- Senhorita, não sei onde esteve nos últimos minutos, mas chegamos – ela suspira e segura mais forte minha mão- Sei que ultimamente tem sido tempos muitos duros, e difíceis, mas tente se animar coisas boas acontece com quem esteja aberta a novidades e não socadas em quartos mofados.

Ela sorri para mim e sem nem me deixar responder me empurra para o meio do baile onde bato de frente com um homem que agilmente me segura pela cintura

-Me desculpe eu... – olho para ele e vejo dois lindos olhos negros como a noite me olhando intensamente – eu tropecei – dou um sorriso e um passo para trás, mas suas mãos ainda não soltaram minha cintura;

-Você está bem senhorita? – sua voz parece calma e me faz prender a respiração, ele então sorri como se minha reação fosse típica para ele

- Estou sim, é bom apenas tropecei no tapete... - então lembro que no castelo do meu tio não há tapetes nos grandes salões, olho para ele que levanta uma sobrancelha e sorri- não há tapetes, merda- mordo o lábio inferior.

- Acho que se queria pular em meus braços pelos menos deveria ser sincera e não arranjar desculpas sujas – ele leva uma taça de a boca;

-Para sua informação cavalheira, se eu realmente quisesse cair aos braços de alguém, não seria de um idiota como o senhor – me vira e quando vou sair de perto ele me puxa pelo braço, ele tosse e da uma risada baixa

- Estou brincando, não leve tudo a serio, pequena – ele me puxa mais para perto me fazendo olhar em seus olhos – ou pode acabar se machucando;

Minha vontade foi soca lo, mas me contive como uma dama me solto de suas mãos e saio andando sem olhar pra trás, mas posso sentir seu olhar sobre mim.  Vou até o trono de meu tio que fala com o rei do clã vermelho, me aproximo e faço uma reverencia para ambos...

-Ou não minha querida sobrinha, não a necessidade disso, venha até aqui – ele levanta uma das mãos para me ajudar a subir os três degraus – este é o rei Diego do clã do norte- ele anuncia para mim, o mesmo pega minha mão e sinto o nojo, que é ser tocada pelo assassino de meus pais.

- É um prazer conhecê-la finalmente – diz após beijar minha mão – meus sinceros pesares, a morte de seus pais foi uma grande lastima – ele fala ainda segurando minha mão o que acaba por me dar mais nojo ainda, eu a puxo bruscamente.

- É um prazer conhecê-lo, senhor, a morte de meus pais foi uma tragédia causada pela guerra dos senhores - olho para meu tio e vejo a tristeza em seus olhos- mas agradeço aos céus que ela finalmente tenha acabado

- Ainda bem mesmo e terminou com uma grande e majestosa festa – diz o homem a minha frente erguendo a taça, me ajoelho aos pés do meu tio que olhava para baixo.

-Me perdoe, falei sem pensar.

- Está tudo bem minha querida, sinto falta deles – vejo a tristeza em sua voz e seu suspirar baixo;

Perde meus pais logo após a perda dos meus avôs o então rei Origon e a rainha Valéria, e de sua esposa, a grande rainha Elie, foi um baque e tanto para ele, quanto foi para mim, o reino inteiro havia ficado em luto nos últimos meses desde que isso acontecera à guerra chegou á um impasse logo após o filho do rei vermelho e sua esposa morrerem.

- Quero que conheça meu sobrinho – diz o rei Diego trazendo um garoto consigo – este é meu sobrinho Henrique, o filho mais velho de minha Irma e futuro rei;

Levanto-me olhando para trás e o vejo...


Notas Finais


espero que tenham gostado pretendo postar mais cap essa semana e comentem é importante


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