História Viagem entre mundos - A copia dele

Levantei e olhei para o homem parado em minha frente, cabelos encaracolados idênticos aos do tio, olhos castanhos e um sorriso nos lábios finos, levantou a taça para mim e fez uma pequena reverencia;

- É um prazer conhecê-la senhorita, sua prima falou muito bem de você- ele levou à taça a boca e bebericou um pouco o liquido, fiz uma reverencia com um sorriso forçado;

-É um prazer conhecê-lo príncipe Henrique - digo ao olhar melhor seu jeito de agir que era idêntico ao do tio;

-Princesa Kate está tão bela quando sua prima;

-Obrigada, tão gentil de sua parte - Finjo ficar com vergonha, e aproveito a brecha para fugir dele, que aparentemente parece ser um completo sem noção – falando em Lucy onde ela está? Ainda não tive o prazer de vela;

Meu tio percebendo que quero fugir de La o quanto antes começa a rir, olho para ele fazendo uma cara de má disfarçada, mas logo começo a rir também, sem entender nada o rei Diego e seu sobrinho ficaram nos olhando e então começaram á rir como se tivessem entendido a piada;

-Sua prima está bem ali – ele aponta para um grupinho de meninas perto da mesa dos doces – vá até La, ela está louca para te ver;

Faço uma pequena reverencia para eles e saio, indo em direção a Lucy quando alguém esbarra em mim, olho para a pessoa com um pedido de desculpa pronto para sair então vejo quem é;

- Há você- falo rudemente o que o faz rir

-Há eu de novo, sabe uma cigana que conheço diria que isto é obra do destino – ele parecia mais simpático e com menos ego dessa vez o que me fez sorrir de seu jeito – a olhem só acabei de ganhar minha noite, fiz a fujona sorrir;

-Não sou fujona- digo ainda sorrindo – e desta vez diga-me qual sua desculpa para esbarrar em mim?- falo erguendo uma sobrancelha

-Bom a culpa não foi minha, as estrelas se alinharam assim e a chuva desequilibrou a gravidade e você ao que parece foi á única que não sentiu;

Ele diz isso como se fosse a coisa mais obvia do mundo o que me faz apenas sorrir e o achar louco, quando abro a boca para chamá-lo de louco alguém segura meu braço como se fosse meu proprietário, o que o faz olhar feio para a pessoa;

-Creio-me que ainda não tive a chance de conhecê-lo senhor – era Henrique que estica a mão para o comprimento, o afastei de mim com uma cotovelada eu até iria retrucar, mas também não sabia ainda o nome do homem misterioso a minha frente – Sou o príncipe Henrique do clã do norte – diz ele ostentando seu titulo o que me faz por instinto revirar os olhos;

-Sou Daniel Pagliarini, representante do clã da Itália infelizmente meu pai o rei está com pneumonia e não pode vir prestigiar esse grande evento que é o fim da guerra de seus povos – diz ele como quem está apenas falando que o vinho esta no ponto – estava apenas conversando com está bela senhorita, não sabia que ela estaria acompanhada – ele olha feio para mim

- Não estou, sou a sobrinha do rei August, e Henrique é apenas mais um convidado assim como o senhor – olho feio para os dois;

Como podem agir como dois machos alfas assim? Achando ter alguma posse sobre mim, sem falar mais nada me desvio dos dois e vou até onde Lucy e as meninas estão rindo um pouco alto. Assim que me vêem abrem um espaço na roda para mim ao lado de Lucy, o que me da uma visão perfeita de Daniel; sem prestar muita atenção no que elas falam fico-o observando andar entre as pessoas e jogar charme para as outras meninas até finalmente parar em uma rodinha de homens muito mais velhos que ele, a rodinha incluíam o rei do clã do norte e o seu sobrinho. Lucy estala os dedos na minha frente para chamar minha atenção.

-Então qual o príncipe mais bonito?

-Não sei até agora só vi o que ajudou a matar meus pais, e um que se acha o dono da festa – rio baixo sabendo que exagerei nos comentários – e você?

-Ah nenhum nem outro, estou de olho no garçom com os camarões – ela ri esbarrando no meu ombro de propósito o que me faz rir também – sabe que infelizmente a está altura já tenho meu noivo decidido, e felizmente para a sua sorte não é o cara que está olhando para você sem para;

- Não tem ninguém olhando para mi... – vejo Daniel olhando para mim e sorrindo, Lucy me entrega uma taça de vinho, e vejo-o erguer a dele de longe faço o mesmo, então ouço meu tio chamar para o brinde que iria anunciar o grande casamento que iria por fim a guerra. Vamos ao encontro dele, Lucy se posiciona a sua direita e eu a esquecer nos degrau mais baixo, o rei Diego para ao seu lado e seu sobrinho no degrau á baixo de nós centralizado, eles começam um discurso, com qual não prestei muita atenção estava distraída olhando para as pessoas ali;

Existiam mulheres muito bem vestidas, outras nem tanto, algumas com jóias muito chamativas e outras que se não olha se bem, nem diria que estava usando alguma, quando acaba o discurso sobre a guerra, meu tio da um abraço no homem ao seu lado, o que faz meu estomago se revirar bebo um pouco de vinho quando ouço meu tio anunciar as palavras que arruinariam minha vida toda...

-ESTAMOS AQUI REUNIDOS PARA CELEBRAR O NOIVADO DO PRINCIPE HENRIQUE DO CLÃ DO NORTE, COM MINHA QUERIDA SOBRINHA A PRINCESSA KATE DO CLÃ DO SUL!

Enquanto isso do lado de fora...

A chuva estava forte e em minutos eu já estava encharcado, a carruagem chegou bem a tempo entrei e Gregori estava segurando uma garrafa de rum me olhando intrigado, ao seu lado havia o tão querido filho do rei da Itália que gentilmente havia me emprestado suas roupas;

-Você a viu?-ele estende a garrafa para mim;

-Obvio que sim ou acha que usei essas roupas ridículas apenas por que gosto?

- Espero que não a tenha confundindo com qualquer uma La dentro, isso nos causaria problemas Daniel;

-Nunca, ele falou a mais bonita do local e sinceramente ele estava certo, não á menina que se compare aquela beleza- tomo um grande gole da bebida, logo em seguida lembrando-me de sua astucia e de como esbarrara em mim;

-Hum, só não vá se apaixonar lembre-se capitão, um pirata apaixonado é pior que um marinheiro morto.