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História Viajante de outro mundo - Revelação


Escrita por: Mutekai

Notas do Autor


Agora a aventura está apenas começando.

Capítulo 5 - Revelação


Quando o avião pousava já estava de tardinha, logo a noite chegaria. Próximo ao aeroporto havia um hotel, onde eles decidiram ficar por ali para passar a noite, iriam procurar sua colega pela manhã. Ouviram algumas pessoas comentar de um campeonato de surf na praia ali próxima, seria logo pela manhã. O lupino diz que a seikka-azul estaria lá para encontrar com eles. Tranquilizados adentram ao hotel. Estavam na sala do local,onde tinha um enorme sofá,a frente. Ao lado da porta havia uma enorme estante com uma TV de 42 polegadas. A direita da porta havia outra porta, para a cozinha, na mesma parede, geralmente tinha uma pequena cozinha nesses hotéis pois turistas passavam semanas ali. Na parede a direita da porta havia uma entrada para um dos quartos, enquanto na parede esquerda para o outro. Mesmo que tivesse apenas dois quartos com suíte, era o único livre para a reserva. Robert deixava logo o lupino sair da caixa.
-Ahh obrigado, queria me esticar.- Ele deitava ao chão se esticando todo.
-O único problema é que tem apenas dois quartos.- Robert dizia intrigado.
Jhon adentrava um dos quartos, o do lado esquerdo, mais próximo a cozinha. Colocava suas malas ao chão, tirando seu grosso casaco,as botas e a calça. Estava vestindo apenas uma blusa sem mangas branca, um short verde com manchas de camuflagem e meias da mesma cor da blusa. Se jogava na cama.
-Finalmente uma cama, dormir em banco, saco de dormir, no chão, em folhas, acaba me cansando.- Se sentava na cama mexendo na sua mochila do exército, pegando um notebook e o ligando, pegava o cabo de energia, conectando a tomada e o deixando próximo a cama. Ao ligar ele buscava algum wi-fi, tinha um no nome do hotel, logo olhava para a parede vendo um bilhete com a senha. -Usuário Vacations, senha chicashermosas.- Ao ler a senha ele gargalhava, o que fazia Esmeralda adentrar o quarto curiosa.
-O que está fazendo?- Ela estava já sem moletom, o mesmo estava amarrado em sua cintura.
-Vem cá, quero mostrar uma coisa para você.- Sentava na beirada da cama para que ela pudesse ver.
-Um mini processador de dados.- Dizia logo sentando ao lado dele. -Esse parece ter uma rede mais ampla de informações.-
-É um notebook, se conecta a internet, tem todas as informações que precisa, só pesquisar na web, veja.- Ele pesquisava sobre cães e mostrava a ela várias das coisas que aparecia, dentre informações até imagens.

-Incrível, posso usar?- Perguntava.
Jhon entregava a ela o notebook, deixando que ela mexa no mesmo. Logo saia do quarto para ajudar Robert com as malas.
-Seu espanhol está bom.- Comenta o soldado.
-Obrigado, decidiu tirar a armadura?- Rob falava em tom brincalhão.
-Aqui é bem quente, não tem como manter né.-
-Cadê a Esmeralda?-
-Mostrei para ela a magia da internet, vai ficar um bom tempo lendo informações.-
Robert soltava uma risada.
-Espero que não mostre nada indevido para ela, caso contrário ela poderá navegar a vontade.-
-Não se preocupe senhor, ela apenas está pesquisando coisas que ela tem curiosidade de conhecer, não coloquei nada para ela em específico.-
-Acho bom.- Rob levantava uma grande mala.
-Deixa eu te ajudar, por que não tira esse casaco grosso, está suando, eu ajudo aqui.- Dizia ele ajudando o lenhador, que concordava com ele entrando ao banheiro levando uma de suas malas.

Jhon separava as malas de Robert e Esmeralda em um quarto, enquanto suas malas eram postas no quarto em que Esmeralda mexia no notebook. Logo sentava ao lado dela para ver o que ela fazia, a mesma estava mexendo nas configurações do PC, era como se ela entendesse exatamente o que fazia.
-Sua placa de vídeo está desatualizada, precisa atualizar. Instalei um driver que vai organizar seus arquivos e poupar um pouco dessa memória, seu notebook fica mais rápido assim. Agora os jogos aqui vão parar de travar.- Dizia Esmeralda
Jhon ficava boquiaberto, como ela conseguiu aprender tanto em pouco tempo, não era possível, ele mesmo ficou horas procurando e não conseguiu.
-Como conseguiu? Procurei por horas.-
-Só saber procurar, palavras chave ajudam, eu devia ler alguns livros também. Podem me ajudar a estudar. Gostaria muito de conhecer mais sobre os fantásticos seres vivos que moram nesse lugar. Seus corpos tem cerca de 80% de água, isso é raro no nosso mundo, nossos corpos são basicamente matéria estelar, por isso tem regeneração mais rápida e uma resistência maior.- Ela parecia pensativa, logo abria o navegador procurando como funcionava a pele dos seres humanos. Clicava em um dos links vendo os tópicos. -Magnifico.-
-Nerd.- Sussurrava ele logo rindo em seguida.
-Boa ideia.- Ela pesquisava o que significava Nerd, ao ver ela acenava positivamente com a cabeça. -Sou nerd mesmo. Isso aqui é mágico, consigo respostas para todas as minhas curiosidades.-
-Sua memória é incrível.- Comentava Jhon, mesmo com tanta informação ela parecia não esquecer as anteriores.
-Minha capacidade de armazenar dados é mais extensa que a sua. Apenas esqueço cenas e coisas inúteis em um tipo de reciclagem, mas a maioria das informações não se perde, consigo memorizar. Deve ser uma característica minha pois o Branco esqueceria da cabeça se não estivesse grudada ao pescoço.- Era perceptível finas sobrancelhas loiras acima dos olhos dela, que se mexiam levemente.
-Sabe, parece que quanto mais aprende sobre nós, mais se parece conosco.- Comentava Jhon.
-Meu corpo se adapta ao ambiente, portanto quanto mais ficar aqui mais parecida eu fico com um de vocês.-
-Incrível.- Jhon sorria.
Ela logo iniciava um jogo, tentando entender como jogava no tutorial, por sorte era um jogo de plataforma, não era difícil. Jhon observava ela jogar.
-Pula, abaixa.. cuidado.-
-Ahh esse sapo mosca me matou.- Resmungava ela
Jhon começava a rir. Logo o notebook pedia bateria e ele conecta o carregador a ele.
-Quer dar uma volta?- Convidava ela quando a mesma fechava o jogo.
-Você diz sair por ai?- Inclinava a cabeça para o lado olhando o rapaz curiosa.
-Sim, posso levar você para comer em algum lugar. Não voltamos tarde, é só pra conhecer a cidade sabe?- O olhar do soldado se voltava para o lado, se sentia um pouco envergonhado de convidar ela assim, afinal nunca tinha convidado ninguém para sair.
-Ora, pergunte ao Robert se não tem problema. Se não tiver eu vou sim.- Por mais que o olhar dela fosse sério, a voz soava de forma gentil.
-Vou perguntar a ele. Mas sabe, sua raça não demonstra emoções com expressões, apenas pela tonalidade da voz, já notou isso.- Comentava Jhon engolindo em seco a ideia de “pedir permissão” a Robert.
-Não, mas bem observado. Obrigado.- Ela colocava o notebook para o lado, se levantava e esticava-se, estava alongando os membros. -Ficar na frente do PC faz eu parecer cansada.-
Ao ouvir ela Jhonny logo saia, já imaginava o que iria dizer ao homem, temia a resposta negativa dele, pois queria dar uma volta com ela, a jovem era esperta, gostava de conversar com a mesma. Batia lentamente a porta do quarto, que estava fechada.
-Senhor Robert, poderia me ceder uma palavra?- Dizia alto ficando em posição de sentido.
-Desembucha o que quer logo, nada de me tratar como seu comandante.- Ele abria a porta.
A aparência dele estava diferente, depois que tirou aquele casaco estava um pouco mais magro, mas continuava sendo gordo. A barba ruiva dele tinha sumido, apenas tinha uma barba avermelhada mal feita em seu rosto, o que fava um certo charme ao grandalhão. Seus cabelos ruivos estavam bagunçados, ele vestia uma calça jeans e uma blusa social com mangas até metade dos braços, aos cores da blusa davam um tom mais informal a ela, tinha uma cor azul escuro com a borda das mangas e gola azul claro. O soldado engolia em seco ao ver Robert, lembrava daquele tom amedrontador com que ele falava na caminhonete.

-Desembucha logo. To assistindo uma novela mexicana muito hilária, não consigo entender muitas referências, mas as piadas são idiotas.- Dizia quase que soltando um riso.
-Será que tem problema se eu levar sua filha para sair hoje? Prometo trazer ela em segurança e não chegar tarde em casa.- Ele fechava os olhos falando rápido, estava assustado e nervoso.
-Claro, mas quero vocês em casa antes das dez e meia, horário do México, agora são dezessete horas, leve ela para comer algo bom, vou apenas comprar um hambúrguer, não sei ela irá gostar.- Falava pensativo. Logo fechava a porta. -E vai se arrumar, parece que está de pijama, se estiver apresentável pode sair.- Falava alto próximo a porta.
Jhon sorria como um bobo, não conseguia imaginar que ele tivesse deixado ela sair consigo, ele respirava fundo indo até seu quarto.
-Esmeralda, se arruma, seu pai nos deixou sair.-
Quando entrava no quarto ela estava plantando bananeira, ele olhava para ela curioso, se a mesma não tivesse com uma jardineira sua blusa levantaria.
-O que está fazendo?-
-Testando minha força, parece que a gravidade inferior do seu planeta faz eu parecer muito forte.- Delicadamente ela saída da posição e se erguia em pé. -Se vamos sair eu devia me arrumar? Não entendo muito os costumes aqui.-
-Sim. Vou tomar um banho, me espera na sala se terminar antes tá?- Dizia o soldado.
Ela acenava positivamente com a cabeça e saia do quarto, indo até onde estava Robert, dizendo a ele que iria sair e precisava se arrumar, o mesmo ria apontando para as malas dela, no qual a mesma pegava e entrava no banheiro.
-Certo, humanos tem costume de tomar banho.- Ela olhava o rótulo dos produtos de higiene pessoal identificando para que cada coisa servia. -Acho que já entendi.- Logo ela retirava suas vestimentas se aprontando para o banho.
Jhon estava todo desastrado mexendo em suas coisas procurando algo decente para vestir. Assim que encontrava pegava seus produtos de higiene pessoal indo até o banheiro, parecia tropeçar em tudo. Ele se olhava no espelho, vendo alguns fiapos de barba loira em seu queixo, ele tinha já um pequeno bigodinho loiro, por ser muito claro não dava para ver.
-Já estou virando homem. Tenho meu primeiro encontro e fui eu que convidei, até pedi ao pai dela. Preciso estar cheiroso.- Tentava ganhar confiança de si mesmo. Logo ele ia se despir, iniciando seu banho.
Assim que terminava seu banho o rapaz penteava os cabelos molhados, passava perfume. Estava limpo e cheiroso, sem aquelas sujeiras que tinha antes no rosto devido as batalhas que participou nos dias anteriores. Começava a vestir sua roupa, colocava uma calça jeans escura. Em seus pés vestia tênis simples preto, dava um nó aos cadarços. Pegava uma camisa simples branca a vestindo, estava muito simples, logo olhava ao redor vendo uma camisa social preta, coloca a mesma por cima. Seu colar do exército era visível, tinha os números dado a ele como se fosse uma matrícula. Penteava seus cabelos loiros para trás. Colocava a carteira ao bolso, estava já arrumado, logo saia do quarto indo até a sala, onde Robert estava sentado assistindo TV.
-Olha está todo arrumado, fica mais bonito assim sabia?- Mal os olhos de Rob olhavam pra ele e já voltavam a TV.
O jovem corava levemente sem o próprio perceber, ficava um tanto sem graça, não esperava ele ali. Branco estava dormindo no tapete, todo esticado ao chão.

-Obrigado senhor Robert. A Esmeralda tá me esperando?- Perguntava sentando ao lado dele.
-Ela me expulsou do quarto. Eu tava explicando sobre perfumes para ela, e roupas íntimas, sabia que a espécie dela não usa? Achei engraçado, somente usam aquela roupa feita com um couro esquisito.- Ele começava a rir, ao olhar para o jovem o mesmo estava vermelho, parecia um pimentão. -Ahh desculpe, bem, ela quer parecer humana, apenas está tentando se adaptar aos nossos costumes. Logo ela vai vir, não se preocupe, mulheres demoram pra se arrumar.- Comentava trocando de canal, pois a novela terminou.
Alguns minutos se passavam enquanto eles esperavam ali fora, Jhon já estava entendiado de tanto ver Rob trocar de canal, sem parar em nenhum, ele estava tentando ver quantos canais tinha ali, eram muitos. Ouvia-se ao longe a porta se abrir, os olhos curiosos dos dois se voltavam a porta. Esmeralda estava lá, com as mãos para trás, olhava para os dois ali no sofá. Ela estava vestindo uma calça preta colada ao corpo. Aos pés tinha coturnos pretos com os cadarços amarrados idênticos. Vestia uma blusa cinza de manga comprida, colada ao corpo, por cima uma blusa preta levemente solta com as mangas na metade dos braços, onde o cumprimento ia até metade da coxa, porém uma fita ao abdômen dava um toque mais feminino a blusa. Tal fita tem a cor branca. No pescoço dela uma fita amarrada na cor preta, onde sua seikka era escondida junto com o colar. Os cabelos loiro desbotados dela estavam bem penteados. Tal roupa parecia cair bem no corpo mais magro da jovem.
-Misturei muitas coisas, não sei se ficou bom.- Mesmo que sua expressão fosse neutra, a voz dela parecia de uma garotinha assustada. Ela ajeitava os óculos ao rosto.
-Está linda.- Diziam Rob e Jhon em coro. Logo ambos se olhavam e riam.
-Leva ela moleque.- O grandalhão dava um soquinho amigável ao ombro de Jhonny, que logo se levanta indo até ela.
-V-vamos.- Estendia a mão a jovem.
Esmeralda apenas olhava para a mão dele e depois para a porta, caminhando em direção a ela, abrindo a mesma e se retirando, esperava o rapaz lá fora. O mesmo assim saia, acompanhado da jovem, logo estavam fora do hotel, a cidade está toda iluminada.
-Incrível.- Olhava aqueles postes coloridos.
-Olha.- Enquanto ele olhava os postes ela apontava a uma bela vista para o mar, se aproximando ao observatório que estava ali diante deles.
-É lindo.- Comentava o rapaz.
A jovem acenava positivamente com a cabeça, ficava fascinada com a luz radiante da lua cheia que refletia a água. Logo via fogueiras na praia, apontando o dedo para as mesmas.

-Será que podemos ir lá?- Os olhos esmeraldas dela brilhavam.
-Claro, dá pra comprar um lanche e comer lá, parece ser divertido...-Ele leva uma mão em frente a boca. -..e romântico.-Fazia tal ato para ela não ouvir, o que fazia a mesma o olhar.
-Disse algo?- Ela inclinava a cabeça para a direita o olhando curiosa.
-Não, tava só tossindo.- O rosto dele ficava levemente corado.

-O que é isso?- Perguntava
-Tossir, err.. bem, não sei explicar ao certo.- Ficava um pouco pensativo com a pergunta dela.
-Não tossir. Isso.- Apontava para o lado dele, onde um casal estava abraçado e se beijando. -O que estão fazendo?-
-Se beijando.- Respondia olhando por cima dos ombros o casal.
-Por que?-
-Devem ser namorados ou estão apaixonados, não sei dizer. Mas beijo significa amor. Mas não amor fraterno amor de paixão, quando você conhece alguém, quer namorar, casar com a pessoa.. ou apenas se pegarem por ai.. coisas assim sabe. Mas amor de verdade dura pra sempre.- Colocava as mãos aos bolsos olhando para ela, que parecia olhar o casal curiosa, logo ela virava de costa para o casal ficando ao lado dele.
-Entendi. Namorados são tipo casais que se juntam por amor. Li algo assim no PC. Esqueça isso agora, vamos até o fogo?- Os olhos dela brilhavam enquanto ela olhava para a praia lá embaixo.
-Claro.- Ele caminhava pela rampinha que tinha ali perto, era um caminho montado com pedras bem decoradas que desciam até a praia.

Já estava escuro, algumas árvores balançavam suavemente, tinha poucas árvores plantadas para segurar a terra e dar um ar puro ao local. Os dois já chegavam até a praia, onde havia um quiosque montado, onde um homem de avental os olhava. Ambos se aproximavam olhando algumas fogueiras ao longo da praia.
-É algum ritual?- Perguntava Esmeralda curiosa.
-Na verdade é apenas fogueiras montadas por turistas, alguns casais também fazem, claro é legalizado apenas nesse horário e tem que tirar a sujeira da praia, hoje é comemorado o dia dos namorados, então né, pode.- O homem dizia em espanhol, os dois entendiam perfeitamente, Esmeralda por sua habilidade e o rapaz por conhecer a língua.
-O que você tem de bom pra comer ai?- Perguntava o rapaz procurando algum cardápio, porém não o encontrava.
-Aqui está o cardápio.- O homem tira o cardápio debaixo do balção e entrega ao jovem. O mesmo mostrava a Esmeralda.
-Quer escolher alguma coisa?- Perguntava Jhon.
-Hmn... não conheço essas comidas. Pode escolher.- Ela olhava alguns nomes tentando associar a alguma coisa porém em vão, não fazia ideia do que era.
Jhon logo ficava olhando o cardápio.
-Escolha uma mesa para nós que eu escolho o lanche pode ser?-
Ela acenava positivamente com a cabeça. Algumas mesinhas de madeira estavam postas ao redor do quiosque, a comandante caminhava até a mesa mais próxima ao mar, era a mesa mais afastada do quiosque. Ela sentava na cadeira olhando a água ali pertinho, os olhos dela brilhavam encantada. Os olhos de Jhon estavam distraídos, focados nela, estava perdido em pensamentos, nem entendia muito bem por que gostava de olhar tanto para ela.

-Sua namorada?- Perguntava o dono do quiosque.
Ao ouvir as palavras dele o rosto do jovem ficava completamente rubro, ele sacudia a cabeça e olhava o cardápio.
-N-não.. é só amiga...- Falava gaguejando de leve, fingindo ler o cardápio
-Parece que gosta dela. Ela parece um pouco sem expressão, deve ter um passado sofrido, mas concordamos que ela é muito bela, será uma mulher linda não acha?- O dono olhava para o rapaz que parecia cada vez mais rubro.
-S-sim, ela é muito bonita. Ela não é daqui por isso ela não tem muita expressão.- Comentava tentando escolher alguma coisa logo, estava muito envergonhado.
-Por que não diz a ela que gosta dela?- Dizia o homem dando risada do rapaz todo sem graça.
-E-eu não gosto dela, somo só amigos... - Falava baixo, sem saber o que escrever, logo ouvia a voz de Esmeralda vinda da mesa.
-Não demora Jhon, tem uns bichos subindo nas pedras, eles andam engraçado, vem ver.- O tom de voz dela soava gentil e animado, logo os olhos esmeraldas dela olhavam o rapaz por cima dos ombros, o mesmo erguia o cardápio não deixando ela ver seu rosto rubro.
-E-eu já vou, só quero escolher o melhor lanche.-
-Tá.- Ela tornava a olhar para frente.
-Que olhar.- Dizia o homem olhando o rapaz. -Nunca vi alguém com os olhos tão verdes, parecem...-
-Esmeraldas..- O soldado interrompia ele. -Esmeralda.. esse é o nome dela. Tem os olhos encantadores, seu jeito é cativante, a garota mais legal que conheci.- Sem perceber ele suspirava.
-Vai por mim. Você gosta dela, diz isso a ela. Vai que no final fiquem juntos.- O homem sorria olhando para o rapaz, tentando encorajar ele.
-Tacos. Quero dois, um suco de morango para ela e um de maracujá para mim. Com gelo nos dois.- Coloca o cardápio em cima do balção saindo rapidamente para se sentar próximo a ela, tal assunto o fazia morrer de vergonha.
-Jhon, eles estão ali olha.- Apontava para alguns caranguejos na pedra, caminhando lateralmente escalando a mesma.
-São caranguejos.- Comentava Jhon. -São comestíveis.-
-Então pega um pra comer.- Dizia, logo ouvia Jhon rir.

-Não Esmeralda. Eles tem que ser bem preparados e cozidos, ou podem fazer mal sabe?-

-Entendi, um dia vou experimentar.- Ela se ajeitava na cadeira olhando para a mesa. -O que pediu?-
-Tacos, são bons, já comi quando vim para o México uma vez em uma missão.-
-Parece bom, estou ansiosa para provar.-

O rapaz sorria, logo olhava para o lado vendo o homem com uma bandeja a mão, no susto ele quase caia da cadeira. Ele logo coloca um prato para cada com um taco em cima. Em seguida põe a frente do prato um copo com suco de morango para ela e maracujá para ele.
-Bom apetite ao casal.- Ele os cumprimentava
-Não somos um cas...- Dizia Jhon, porém a voz de Esmeralda o interrompia.
-Obrigado senhor.- Falava gentilmente.
O homem se retirava do local, olhando de canto para Jhonny, ela parecia nem ter se importado dele te-los chamado de casal.
-Sabe o que é casal Esmeralda?- Perguntava olhando ela segurando o taco curiosa.
-Um homem e uma mulher juntos, não é legal? Ele me acham humana.- Ela mordia o taco, logo mastigando o mesmo, apreciando seu sabor.
-Na verdade também é um termo usado para namorados.- Ele dizia baixo e bebia um pouco do suco.
-Mas não somos... ou somos?- Falava ao engolir olhando ele curioso sem entender.
-Sim.. err... não...e-estou com fome...- Ele pegava o taco na mão mordendo ele.
-Entendi... eu acho.- Ela na verdade não entendeu nada, apenas traçava mais uma mordida ao taco, o saboreando lentamente.
Ela olhava para o copo, pegando o mesmo e bebendo um pouco de suco de morango.
-Hmn.. é ótimo.- Nem percebia que ficava com um bigodinho de suco.
Jhon dava uma risada ao ver ela suja de suco, pegando um guardanapo, entregando a ela, apontava com o indicador para o próprio lábio. Ela já entendeu o recado, limpando o bigode. Logo tornava a comer o taco, que por fim terminava, em um gole ela virava o resto do suco, limpando a boca com o guardanapo. Agora ela olhava Jhon comer, os olhos dela iam até o suco dele.
-O seu é amarelo, tem um sabor diferente? Posso provar?- Perguntava olhando o copo.
-Err.. sim, mas só um pouco, esse suco dá sono e se beber vai desmaiar.- Dizia em tom brincalhão.
A mesma pegava o copo pegando um pequeno gole, apenas para provar.
-É muito bom, pena que eu não posso beber muito. Adorei aquela bebida rosa.-
-É suco de morango.- O rapaz pega o copo bebendo mais um pouco de suco, ainda estava comendo seu taco.
-E seu suco é de que?-
-Maracujá. Gostou do taco?- Ele pergunta terminando o seu agora somente bebia o suco devagar.
-Sim, é muito saboroso.-
-Fico feliz que tenha gostado.- Dizia com um sorriso aos lábios, olhando a expressão neutra dela, era como se não tivesse emoções, se não fosse o tom de sua voz. -Sabe que ficaria mais humana se demonstrasse emoções no rosto né?-
Os olhos dela se fixavam a ele, os lábios pareciam fazer um biquinho, como se ela tivesse triste.
-N-não fica triste... pera... está conseguindo.-
A expressão voltava ao normal e ela dava de ombros.
-Entendi.. fazer biquinho faz eu parecer triste.-
-Deu de ombros.. está aprendendo.- Ele dizia com um sorriso.
Ela acenava positivamente com a cabeça.
-Aprendo observando.- Ela se levantava, caminhando na areia devagar para que ele a acompanhe.
-Pera só vou pagar ali.- Ele se levantava correndo até o balcão, onde pagava para o homem com cartão. Tornava a correr para perto da jovem. -Vamos ficar ali perto daquela fogueira, tem umas pessoas ali já.-

Ambos se aproximavam da fogueira, alguns casais estavam de mãos dadas, outros se beijavam, um homem tocava um violão cantando uma música. Alguns troncos de árvore estavam postos próximos a fogueira.
-Se importam se ficarmos aqui para ouvir também?- Dizia Esmeralda de forma gentil, todos concordavam.
Jhon sentava em um tronco um pouco mais próximo a fogueira, a comandante sentava ao lado dele. O homem com o violão cantava seguido de uma mulher sentada próxima a ele.
-É lindo seu mundo.- Dizia ela olhando a grande fogueira. -Até o fogo é belo.- Comentava. -Verdade. Não tem praias e fogo no seu mundo?- Perguntava.
-Não, tudo que tem produzimos, a água é quase escassa.- Ela confortava os braços em cima do colo, apoiando o corpo a ele, abaixava o rosto, parecia se aprontar para dormir.
-Esmeralda.-
-Hmn?- Ela apenas fazia um som para que ele saiba que está acordada.
-E-eu acho que estou gostando de você.- O rosto dele ficava rubro.
Ela erguia o rosto abrindo os olhos, olhando para o rosto avermelhado dele.
-Isso é bom?- Ela não entendia muito sobre aquilo, logo perguntava.
-N-não sei... gostar que digo é como se fosse querer beijar você.. tipo namorado sabe?- Cada vez mais o rosto dele ficava rubro.
-E por que não faz?- Ela piscava ainda o olhando.
O rapaz leva as mãos ao rosto com vergonha, não sabia o que falar.
-Quer mesmo que eu te beije?- Perguntava olhando ela encostada sobre si.
-Nunca provei isso, mas gostaria de provar.- A expressão dela era neutra, mas sua voz era um pouco baixa.
Ele não entendia se a voz dela era sono ou ela estava com vergonha, ele apoiava as mãos sobre o próprio colo.
-E-eu também não.- Dizia envergonhado.
-Então podemos provar.- Ela se arrumava sentando ao lado dele, os olhos esmeraldas dela cintilavam.
-U-um beijo significa muita coisa... acho que você não entende.. m-melhor irmos para casa.- Ele se levantava colocando as mãos aos bolsos. Se sentia tão confuso, não sabia se ela tinha noção do que significava aquilo, estava com medo de se apegar e ser machucado, pois sempre que gostava de alguém levava um fora, era horrível ter 15 anos, os hormônios a flor da pele, não demoraria para fazer 16, na verdade faltava menos de um mês, se sentia ansioso e ao mesmo tempo tinha receio.
-Se prefere ir.- Ela se levantava apoiando a mão ao braço dele, leva a mão livre até abaixo do óculos, coçando o olho. Estavam subindo novamente as pedras tornando ao hotel.

 

Quando chegavam já era quase 10 horas, então tinha chego bem antes do tempo estipulado por Robert. Se afastando dele a comandante se erguia dando um beijo a bochecha dele.
-Boa noite.- Ela dava as costas entrando ao quarto de Robert.
O soldado ficava boquiaberto com o rosto rubro, nunca levou um beijo de uma garota, nem que fosse na bochecha. Logo ele adentrava seu quarto deixando a porta encostada.
Ele tirava a blusa preta de cima e a calça, ficando apenas de cueca e a blusa branca, se jogava a cama e se cobria, um pouco pensativo. Quando Esmeralda adentrava o quarto, seu pai já estava dormindo. Ela trocava suas vestes botando um short preto bem curto e uma blusa branca bem solta, que quase cobria o short. Logo se aninhava ao lado do pai adormecendo sem tirar seu óculos.

O sol já havia raiado. Robert acordava cedo como de costume, saindo com cuidado da cama para não acordar sua filha, tirava o óculos dela com um sorriso ao rosto, cobrindo a mesma. Saia do quarto e ia até a cozinha, onde Jhon estava bebendo um copo de água de cueca e blusa. Robert arregalava os olhos.
-Tenha modos rapaz.- Falava alto.
No susto Jhonny derrubava a água na camisa, seu rosto ficava rubro.
-D-desculpe senhor, eu só ia beber água e dormir mais um pouco.-
-Veste uma calça logo.- Comentava Robert procurando onde tinha colocado o café, iria preparar um pouco para beber, não saia de casa sem trazer café.
-Claro.- Ele corria para o quarto.
-Volte aqui, quero falar com você depois.- Dizia Robert enquanto ele saia.
Minutos depois Jhon voltava com um short até metade do joelho na cor verde escuro.
-Diga senhor.- Ele se sentava na cadeira.
-Como foi e encontro ontem?- Perguntava encontrando o café, pegava uma xícara e colocava água dentro.
-L-legal... comemos tacos na praia.. bebemos sucos.. ficamos em frente a fogueira e...- O rosto dele ficava rubro quando lembrava do diálogo entre os dois a noite passada.

-E?- Rob colocava um pouco do pó dentro da água, ele trouxe café instantâneo para não precisar preparar. Logo mexe e coloca ao micro-ondas.
-Conversamos e viemos para o hotel.- Dizia o jovem um pouco baixo.
-Apenas isso?- Ficava esperando na frente do micro-ondas
-É... não rolou nenhum beijo se é isso que quer saber.. ela não entende nossos sentimentos.. talvez seja algo muito complexo para ela.- O soldado se encolhia na cadeira.
-Ora, dê tempo ao tempo, ela veio a pouco tempo para cá, está confusa. Confia em mim como um pai e eu como uma filha, só está assustada, talvez ela possa entender.. confesso que as vezes ela fala de você. Posso brigar contigo, mas é para seu bem, agora conheça ela melhor, deixe a mente dela esfriar, os pensamentos rápidos dela a deixam bem confusa.- O micro-ondas apitava, ele logo pegava a xícara bebendo um gole de café. -Você é um bom rapaz Jhonny, se gosta dela mesmo deve ter paciência. É assim que se constrói o amor... sabe era igualzinho a você com minha esposa...- Ele soltava um suspiro.
-Obrigado pela conversa senhor Robert, vou descansar mais um pouco.- Ele se retirava do local.
O lenhador apenas sorri enquanto bebia seu café. Logo se lembrava do lupino, indo até a sala, não havia sinal dele ali, era estranho ele ter sumido. Silenciosamente ele adentrava a seu quarto, olhando embaixo da cama mas não o encontrava, Esmeralda ainda dormia, o homem olhava para ela sorridente, tinha orgulho de sua filha. Devagar ele saia do quarto e fechava a porta. Ouvia um berro vindo do outro quarto, logo Jhon saia correndo dele.
-Caralho... dormi abraçado nele a noite toda, achei que fosse minha mala. Seu.. argh.. cara que nojo to fedendo a cachorro... - Resmungava o soldado.
Robert se aproxima do quarto vendo o lupino dormindo em cima da cama do soldado, traçava logo uma alta gargalhada.
-Boa Branco, se escondeu ai e ninguém notou você.-
O lupino se mexia abrindo os olhos rindo também.
-Não esperava esse susto cara.- Se sentava na cama e olhava para ambos.-Não sou nojento, só não tenho costume de tomar banho.-
-Você fede a cachorro..- Jhon cheirava seus braços, estavam com um cheiro estranho.
-Sério? Que bom, assim pareço mais de estimação.- Branco dizia de forma bem humorada.
Robert apenas ria enquanto Jhon parecia irado dando bronca ao Branco, que apenas ria. Ouvia-se uma porta abrir, os rapazes olhavam para a porta do quarto de Robert, Esmeralda saia dali coçando os olhos.
-Que barulho é esse? Me acordaram.-
A essa altura Jhon estava em cima do lupino preparando os punhos para socá-lo de leve, apenas para ele aprender. Ao ver a comandante ele se levantava e erguia os ombros.
-Desculpe por isso, é que ele me assustou, eu ia bater nele.-
-Agressão não resolve nada.- Resmungava tentando focar nos rapazes, mas notava que está sem óculos. -Cadê meu amplificador de visão?-
-Óculos.- Comenta Robert se aproximando, entrava no quarto e saia com o objeto colocando ao rosto da mesma. -Obrigado.- Ela olhava eles ali um tanto curiosa.-Já foram ao encontro da seikka-azul?-
Ao ouvir tais palavras o lupino pulava da cama.
-Bem lembrado, precisamos ir, se arrumem rápido.- Como um bom animal de estimação ele ia até a porta e se sentava em frente a ela esperando os donos.
Esmeralda entrava ao quarto o fechando, Rob senta ao sofá esperando ela sair. Jhon fecha a porta de seu quarto para se arrumar. A comandante logo saia do quarto, vestia um short azul claro, com as bordas da cintura e pernas na cor branca. O short é de um tecido que seca rápido, geralmente usado por banhistas, a comprimento era até metade de suas coxas. Vestia um top branco, por cima uma blusa de gola aberta na cor azul claro, parecida com o tom do short, onde as mangas ficavam até metade dos braços. Usava no pé sandálias de dedo brancas.
-Vi alguns turistas vestindo algo parecido na praia, será que ficou bom?- Ela arrumava o óculos um pouco sem graça.
-Claro, sempre escolhendo bons trajes. Vou me vestir parecido, só que vou usar outra cor.- Rob adentrava o quarto e fechava a porta.
Esmeralda se aproximava do lupino olhando para ele e acariciava sua cabeça.
-Seu pelo é tão macio, mas tem um cheiro estranho, devia tomar um banho.- Comentava ela.
-Jamais.- Resmunga o lupino, não gostava de banho. -Olha pra sua barriga.. incrivelmente agora você tem umbigo.-
-Um que?- Ela olhava para sua barriga vendo um pequeno furo na mesma. -Minha nossa uma cicatriz.... por que ela não se curou?- Ela leva a mão até a seikka em seu pescoço, parecia um pouco assustada.

O lupino começava a rir, sem entender ela tirava a mão da seikka olhando para ele.
-Explica.- Ela cruzava os braços
-Umbigo é uma marca que os humanos tem quando nascem, é por isso que a mãe se conecta ao bebê, na verdade os animais também tem, mas apenas os mamíferos. No seu caso está ficando cada vez mais parecida com um, então agora tem umbigo.- Comentava o lupino, a comandante soltava um suspiro.
-Por que não disse logo que era algo normal..- Ela ouvia uma porta abrir, olhando na direção do quarto de seu pai, onde o mesmo saia.
Ele vestia uma blusa de gola aberta na cor vermelho vinho, estava sem camisa por baixo, vestia um short no mesmo tecido do short dela, só que o short era mais comprido, ia até os joelhos, tinha a cor preta em cima com a metade para baixo da perna começava a ficar vermelho até ficar totalmente vermelho na ponta.
-Esse short é ótimo para nadar, seca rápido.- Comentava o pai dela. A mesma acenava positivamente com a cabeça.
Não demorava muito para Jhon sair do quarto, estava com um protetor solar a mão, o rosto dele tinha algumas marcas de protetor. Estava sem camisa, apenas usava um short do mesmo tecido dos dois, porém tem um comprimento até um pouco acima dos joelhos. Tem a cor verde escuro. O corpo magro dele tem alguns indícios de músculos, por treinar bem pesado no exército, talvez fosse mais forte se pudesse comer mais, porém o comandante autorizava os soldados de menor idade a comer pouco.
-Podem me ajudar a passar protetor nas costas?- Perguntava o soldado estendendo o protetor a Rob.
O mesmo pegava e passava nas costas dele. Pegava um pouco para passar ao próprio rosto, logo aos braços, corpo e nas pernas onde aparecia. Se aproximava de Esmeralda passando um pouco ao rosto dela, a mesma tirava a blusa, deixando ele passar em seu corpo.
-É pro sol não queimar né?- Dizia assim que o pai terminava de passar o protetor, logo coloca a blusa novamente.
-Exatamente.- Entregava de volta ao dono o protetor. Jhon vai colocar em seu quarto.
-Eu tenho resistência, não preciso.- Comentava ela
-Sempre é bom prevenir.- Rob leva a mão aos cabelos dela e os bagunça, soltando uma gargalhada.
Jhon voltava do quarto. Esmeralda empolgada abria a porta, para que pudessem sair e por fim iria conhecer a tão falada seikka-azul, ficava imaginando como ela seria. Teria a pele azulada, os olhos talvez azuis também, parecia tão óbvio, imaginava como seria a seikka dela, o tamanho que teria, até o formato.
 

Havia um grande cartaz dizendo em espanhol que ali havia um campeonato de surf e logo iria começar, era perceptível algumas grandes ondas, as pessoas na areia da praia olhando para o mar, onde alguns participantes treinavam. O quiosque ainda estava no local, onde o dono acenava para eles, Jhon preferia ignorar, enquanto Esmeralda acenava com a mão igual ao homem fazia, como se fosse um “tchau”. Um enorme palco foi montado, onde havia alguns alto falantes com microfone e algumas mesas e cadeiras para os jurados. Um painel eletrônico mostrava o nome dos participantes e a pontuação de todos zerada. A praia já estava enchendo de gente, Esmeralda olhava tudo admirada, era incrível quantos humanos haviam ali, mas onde estaria a seikka-azul? Os olhos curiosos dela procuravam sem achar, logo uma doce voz os chamava.
-Estou aqui, perto da palma.-
Esmeralda olhava ao redor, vendo uma árvore com longas folhas, seria essa a tal palma? Via alguém se escondendo atrás da mesma, ou só estaria encostada ali? Tinha uma mesa ali perto e dois bancos, além de duas pranchas fincadas na areia, ela se aproximava da palma. Ao ver ela se afastando Branco logo resmungava.
-Esmeralda, precisamos achar ela, deve estar aqui em algum lugar, ela disse que está nos esperando a poucos segundos atrás.- Percebia que era ignorado por ela.
Robert soltava um suspiro.
-Eu não ouvi nada, como podem saber que ela está aqui?- dizia ele.
-Telepatia, a seikka dela tem poderes psíquicos.- Afirmava Branco seguindo Esmeralda.
-Certo. Vou acreditar.- Ele cruzava os braços acompanhando o lupino, Jhon se afastava deles, indo até o meio da multidão que se formava, porém ninguém notava ele se afastar.
-Não precisa acreditar em mim, apenas em seus amigos.- Robert escutava uma doce voz falando, logo olhava ao redor confuso, ninguém estava próximo a ele para dizer algo.
-Quem disse isso?- Perguntava o lenhador.
-Me encontre com seus amigos e irei me apresentar.- dizia a voz.
Ele engolia em seco correndo até próximo de Branco. Esmeralda olhava atrás da palma ficando parada, como se estivesse paralisada.
-Não pode ser.- Ela parecia incrédula.
De trás da palma saia uma jovem negra, com um tipo de pano rosa com detalhes em dourado cobrindo os cabelos e pescoço. Os olhos muito azuis, eram reluzentes como os de Esmeralda. Em sua testa um pequeno fragmento transparente azulado. Está vestindo um biquíni rosa, uma enorme saia até metade das canelas também na cor rosa com detalhes nas pontas em dourado. Ela sentava na cadeira próxima.
-Meus amigos estava esperando vocês.- Comentava a moça com um sorriso.
-É humana?- Dizia Branco confuso.
Esmeralda ainda estava incrédula, logo sentava na cadeira em frente da mesa onde a negra apoiava as mãos.
-Surpreso belo Drei?-Perguntava olhando para o lupino. -Está mais peludo, isso é fofo.- Um gentil sorriso era mantido aos lábios dele, enquanto todos pareciam admirados.
Robert apenas ficava olhando sem comentar nada.
-Meu antigo nome de pet. Me chamo Branco agora tá? Mas é você mesma.. porém parece tão diferente.-
-Ohh.. ficou muito tempo longe querido. Resumidamente, meu corpo estelar não se adaptaria bem aqui, então dei minha seikka a um cadáver com uma alma muito pura e olha no que me tornei, sou humana.-
-Onde está seu antigo corpo?- Perguntava Esmeralda, os olhares da negra se voltavam a ela.
-Ora, se fundiu com esse, foi difícil fundir duas mentes, mas depois que consegui, meu antigo corpo foi destruído e as memórias preservadas nesse.- Do jeito que a negra falava parecia tão simples.
-Não acha arriscado? Como fez isso?- Retrucava Esmeralda como se custasse a acreditar.
-Olha, é bem arriscado, mas precisa de uma conexão psíquica muito grande para conseguir fazer, minha seikka me trás isso. A propósito me chamo Shayn.- Ela estendia a mão gentilmente para Esmeralda, a mesma olhava para a mão e tornava os olhos para a negra. A mesma tirava a mão e continuava falando. -Como poderia lhe chamar humana?- Ela via a seikka no pescoço dela, e os olhos da jovem a sua frente. -Ora, uma seikka verde, sua adaptação foi muito rápida, mal reconheci como heiziana. Deve ser a superdotada que o Branco falou. Com a alma tão pura capaz de controlar várias seikkas ao mesmo tempo, queria adquiri seu corpo antes dele apodrecer, faria bom uso dessa alma.-
Tais palavras pareciam assustar Esmeralda, a mesma afastava-se um pouco da mesa.
-Pode chamar de Esmeralda. Nem sei controlar minha seikka, deve estar pensando asneiras, o Branco disse que só por sermos de alma pura conseguimos controlar mais de uma seikka.-
Shayn franzia a testa olhando para o lupino.
-Sempre passando informações pela metade né?-
Ele se encolhia olhando para ela, enquanto os olhos dela voltavam a Esmeralda e continuava a falar.
-Na verdade todos nós de alma pura podemos usar mais de uma seikka, desde que a antiga não esteja próxima do corpo. Se minha seikka foi destruída posso adquirir outra, porém perco meus antigos poderes e habilidades, apenas mantenho as memórias. Um outro seikka-azul tentou usar duas ao mesmo tempo, as seikkas pareciam cravar uma guerra entre si, foi horrível, ele explodiu, sorte que fugimos a tempo, ou teríamos virado pó. O planeta inteiro se foi com ele. A energia de sua alma é diferente das nossas, sinto que você consegue usar duas ao mesmo tempo.- Ela falava com um sorriso, como se estivesse certa do que dizia.
-E se eu explodir?- Esmeralda engolia em seco, não conseguia acreditar naquilo.
-Não vai. Sabe, nossas habilidades psíquicas são baseadas em fé, é isso que ativa nossa seikka, essa alma tem muita fé, então consigo saber do que vai acontecer sem antes acontecer. Ou seja, você irá nos salvar, você pode usar mais de uma seikka, você irá impedir a extinção dos humanos.- A voz dela era tão confiante, que deixava Esmeralda confusa.
-Mas.. e se eu fracassar? Se não for forte o bastante? E se.. você estiver errada?- A respiração dela estava forte, parecia assustada, estava tão confusa, sua expressão se mantinha neutra, mas seu corpo entregava seu medo de estragar tudo, suas mãos estavam até um pouco trêmulas.
-Tenho quase a mesma idade que a rainha, quando ela era filhote eu fui a primeira a ser criada, todas as coisas que disse a ela aconteceram. Em anos, nunca errei no que disse. A fé me move, enquanto eu acreditar as coisas acontecem, se você acreditar vai acontecer também, afinal, você é a seikka da coragem, vai com tudo, vais conseguir, você é a única que pode. Sou ótima em estratégia de combate, mas não sirvo para lutar, você é o guerreiro perfeito, só precisa resistir e estudar o oponente, não precisa ser forte para vencer, apenas mais esperta.- O indicador de Shayn tocava a testa dela, era como se ela visse várias cenas rapidamente em sua mente, em uma delas conseguiu ver as próprias mãos fechadas, estavam sujas, assim como as partes de seu corpo que conseguia ver. Ao abrir uma das mãos ela via uma seikka roxa nela, era como se tivesse uma fumaça de tal cor presa dentro da seikka. Sentia uma energia diferente em seu corpo, uma aura roxa a contornava, tinha apenas vontade de destruir tudo, era como se sua capacidade de raciocinar fosse sumindo aos poucos. Olhava ao redor vendo tudo destruído, dentre prédios caídos, carros de ponta cabeça, até pessoas inconscientes, parecia um caos. Assustada a comandante afastava a testa do dedo dela.
-Eu vou ser corrompida? Foi o que vi.- Parecia incrédula com aquela visão.
-Não acredite apenas no que vê, se acreditar nisso pode acontecer. Quando chegar a guerra verá. Agora tens apenas que construir laços e se adaptar a essa vida. Dentro de um mês todo seu conforto correrá risco.-
-Aonde ocorrerá a guerra? Como vou impedir? Onde irei procurar o primeiro corrupto?- Dizia ela quase que em desespero, estava falando bem alto. -Preciso de respostas. Como vou me impedir de ser corrompida? Diga de uma maneira fácil de entender.- reclamava

-Não tem como impedir a guerra. Os corruptos virão até você não precisa procurá-los, já que eles sabem que irá destruir o exército deles, virão até você o quanto antes. Sugiro que apenas aproveite, na hora certa tudo que está previsto acontecerá.- Dizia Shayn
-Mas eu preciso saber. Vou ser corrompida?- Ela falava em um tom autoritário já estava com a voz elevada.
-Isso só você saberá dizer.- Shayn dizia com a maior tranquilidade.
-Me diga..- Falava ela alto.
-Esmeralda, fique calma. Ela não vai dizer.- Robert se aproximava dela. -Sei que está confusa e assustada, não precisa gritar, ouviu o que ela disse? Um mês, até lá podemos achar um jeito de impedir os corruptos de virem ao nosso mundo.- Ele se aproxima da cadeira levando a mão aos cabelos dela e acariciando os mesmos.
-Desculpe, não queria ser grossa, só não quero ser corrompida, não quero ser um monstro, ser a causa da destruição.- Ela se levantava na cadeira e abraçava Robert.
O mesmo retribui o abraço dela, pegando a mesma ao colo. Shayn se levantava sorridente.
-Cuide de sua filha, a coragem dela irá salvar o planeta inteiro.- Ela piscava o olho para Robert.
Uma voz ao longe chamava em espanhol por Shayn
-Shayn amor, eu venci o campeonato, vamos para casa, temos que aproveitar.-
Ao longe uma mulher de pele morena, cabelos castanhos claros e um tom amarelado queimado pelo sol. Os olhos dela são castanho claro, em um dos braços ela tinha uma prancha de surf, no outro um troféu dourado. Vestia uma roupa preta, era a prova de água, a parte de baixo media até metade da coxa, enquanto a de cima tinha uma gola de leve e nos braços ia até metade deles. O corpo dela é bem curvado e desenhando assim como o de Shayn, indo até o encontro dela, conversavam entre si, logo Shayn dizia alto.
-Vou voltar para casa com minha amada. Prometi que ia fazer o almoço a ela se ganharmos. Então já sabem como funciona tudo, Esmeralda é a resposta, só ela pode mudar o rumo da guerra ao nosso favor.- Mal falava e já saia com a outra.
Robert colocava Esmeralda ao chão, ela parecia mais tranquila.
-Estou confusa.- Dizia ela
-Não se preocupe, vamos comer algo, não tomei café, estou morrendo de fome.- Diz o pai dela.
-Cadê o Jhonny?- Pergunta o lupino olhando ao redor.
-Depois de comer procuramos ele.- Comentava Rob. Sentia Esmeralda segurar seu braço, logo olhava para ela. -Tudo bem?-

-Estou um pouco tonta.- Ela falava baixo.
-O que aconteceu?- Pergunta Robert.
-Não sei.- A voz dela ainda estava baixa.
-Imagino que quando ela sinta medo enfraqueça. É um efeito negativo da nossa seikka, por exemplo, eu fico fraco quando não me sinto confiante, pois sou covarde, se for covarde demais eu começo a ficar recaído, assim como ela está. A seikka perde muita energia, pois o que revigora ela é a coragem. Temos que ajudar ela no que está sentindo.- Comentava o lupino baixo, não queria ser visto falando, já que tinha muitas pessoas ali.
Robert colocava a filha sentada em uma cadeira do quiosque onde ela tinha jantado a noite, o homem olhava eles preocupado. Esmeralda estava com os olhos entreabertos.
-Não me sinto bem.- Falava baixo.
-Não desmaia filha.. olha pra mim..- Dizia Robert em desespero.
Ouvindo tal voz, Jhonny, que estava sentado em uma das mesas do quiosque, se levantava, correndo até ele com uma prancha na mão, estava com os cabelos molhados, em uma das mãos ele tinha um pequeno troféu prateado. Colocava a prancha fincada ao chão e o troféu sobre a mesa.
-Licença senhor Robert.- Dizia ao grande lenhador, o mesmo parecia impressionado ao ver Jhon ali.
-Onde estava?- Peguntava ele.
-Agora não é hora.- Ele se ajoelhava olhando para a comandante. -Olha pra mim, o que você tem?- Franzia a testa olhando a ela.
-Não tô bem.- Dizia baixo, abrindo um pouco mais os olhos, olhando para Jhon.
-Ela tá com medo, como a seikka dela é da coragem se ela sentir medo fica enfraquecida.- Falava Branco rápido.
-Entendi.- Os olhos do rapaz se fixavam aos dela, que pisavam constantemente como se ela fosse desmaiar. -Do que tem medo?-
-Corrompida, vou ser corrompida, eu vi isso.. não posso lutar.. sou a causa da guerra.- O corpo dela pendia para várias direções como se não tivesse eixo.
-Não vai ser corrompida, você é a pessoa mais corajosa que conheço. Aquele bicho que você derrotou facilmente era enorme, destruiu ele sem usar nenhum poder. Conseguiu deixar o Branco confiante, isso que ele foge de qualquer perigo, não pode ficar com medo, você é o elo mais forte, precisamos de sua coragem, sua coragem serve apenas para a justiça, se for corrompida, sua coragem irá lhe trazer a razão de volta, acredite em você, pois eu acredito muito em ti.-
Quando o rapaz dizia para ela acreditar nela mesmo, ela ouvia a voz de Shayn, dizendo “acredite em você”, o corpo dela logo se endireitava, inesperadamente ela jogava o corpo para cima dele, envolvendo o pescoço do mesmo em um abraço.
-Obrigado Jhon, não estava raciocinando direito.. obrigado por acreditar em mim.. acha mesmo que sou a pessoa mais corajosa que conhece?- Ela escondia o rosto ao pescoço dele, se confortando ao abraço do rapaz, que ao sentir o abraço envolvia seus braços ao redor dela.
-Acho sim, já disse que te acho incrível, a garota mais legal que já conheci, você é tipo uma super heroína.- Falava todo animado deixando um grande sorriso transparecer.
Ela o soltava se endireitando a cadeira.
-Desculpe desacreditar em mim, não quero decepcionar vocês.- Ela pousava as mãos ao colo como se estivesse arrependida, mas sua expressão se mantinha neutra.
-Me prometa apenas uma coisa, independente do que aconteça, terá sempre a coragem pra fazer o que é certo, apenas o que é certo.- A feição de Jhon estava séria no instante que ele dizia aquilo.
-Prometo.- Dizia Esmeralda acenando positivamente com a cabeça.
-Valeu moleque.- Robert dava um soco ao ombro do rapaz o fazendo cair, ambos começavam a rir. -Ajudou minha filha, obrigado mesmo cara.- Estendia a mão para o soldado para ajuda-lo a levantar. Ele segurava na mão do lenhador se levantando.
-Eu que agradeço pena confiança senhor.- O soldado falava com um sorriso aos lábios.
O lupino esfregava o rosto no joelho de Esmeralda, atraindo sua atenção.
-Não entendi muito bem por que Shayn destruiu o corpo antigo pra ficar parecida com uma humana.- Comentava ele.
-Acredito que seja pra ficar mais forte e poder se enturmar melhor.- Respondia Esmeralda.
-Mas como ela pode ficar perfeitamente humana? Eu por exemplo era o esqueleto de um lobo e agora pareço um pouco um, mas não perfeitamente entende?- Sentava na frente dela colocando a cabeça no colo da mesma.
-Claro, provavelmente o corpo morreu recentemente, ela não deixou o corpo apodrecer. Lembra que ela disse que queria ter pego o meu corpo antes que apodreça? Isso é um sinal que se a seikka for anexada a um recém-morto, o corpo antigo é preservado. Mas acho que seja perigoso pois não deu tempo da alma deixar o corpo então o indivíduo pode se corromper facilmente.- Leva a mão até a cabeça do amigo e acariciava ele.
-Agora entendi. Desculpe mudar de assunto, mas aqueles biscoitos que o Robert comprou para mim são deliciosos, devia provar.-

-Boa ideia, depois me dê um deles.- Esmeralda olhava para frente percebendo que estava tudo quieto, percebia que Jhon e Robert estavam falando com o dono do quiosque, provavelmente iriam comprar algo para comerem.

Esmeralda apoiava os cotovelos a mesa usando as mãos para apoiar sua cabeça, onde ficava olhando para frente, vendo as ondas do mar quebrando em algumas pedras. Vários banhistas aproveitavam o mar. Olhava para o lado vendo uma prancha de surf fincada na areia, observava o contorno dela. Em uma parte um pouco distante da praia havia um homem de pele morena, cabelos loiros e olhos azuis, era um galanteador, segurava sua prancha vermelha com uma listra branca ao meio. O short que ele usa era até os joelhos, também na cor vermelha. Ela observa que o homem sempre corria, e parecia se exibir para algumas mulheres próximas, o homem tem ombros largos, com uma leve formação de musculatura, seu abdome liso aparecia pequenas marcas de gominhos, talvez estive malhando para melhorar seu corpo.
-Parece que as mulheres gostam de homens assim.- O tom de voz dela era bem humorado.
Branco se erguia para ver do que ela falava, logo a mesma descrevia o homem e o lupino logo o via.
-Mulherengo? Cada dia com uma diferente, sempre se divertindo. Acho que ele é turista, vem para cá apenas pra arrumar uns casos e sumir.- Comentava o lupino.
-Sério? Nossa, os seres humanos são muito diferentes de nós, até uns dos outros, acho isso interessante, analisar o comportamento deles é divertido.- Os olhos dela se voltavam ao amigo peludo, passando a mão na cabeça dele.
-Sério mesmo. Tem muito homem que não é assim, mas aquele é do pior tipo.- Ele dizia com uma voz manhosa, fechando os olhos enquanto era acariciado.
Robert se aproximava da mesa segurando uma bandeja, nela havia alguns copos e lanches. O mesmo coloca um copo de suco de morango na frente de Esmeralda, um de suco de laranja em frente dela, e dois de suco de maracujá em cada lado restante da mesa. Próximo a cada copo ele coloca um prato com sanduíches. O lupino se sentava a mesa com eles, algumas pessoas que passavam os olhavam curiosas, era incomum ver um “cão” comendo na mesa com seus donos.
-É sanduíche de atum, vai gostar filhinha.- O lenhador senta na frente dela com um sorriso aos lábios.
-Eu adoro, é um ótimo café da manhã.- Dizia Jhon sentando em um dos lados dela e sem demora abocanhava o sanduíche, estava faminto.
Vendo Jhon comer, a comandante não fica para trás, logo abocanhava seu sanduíche, o que arrancava uma risada de Robert, que comia junto com eles. Em uma só bocada o lupino comia o seu, o que fazia todos da mesa olhares para ele, no qual estava lambendo os beiços.
-Que foi?- Perguntava ele assim que engolia.
-Que guloso.- Comentava Esmeralda.
-Boa garoto.- Ria Jhonny.
-Devia ter comido devagar.- Comentava Robert.
O lupino nem dava ouvidos, logo segurava com ambas as mãos o copo e bebia ele em segundos.
-Cães bebem com a língua.- Dizia Jhon ainda entre risadas.
-Demora muito, mas na próxima vez eu faço isso.- Resmungava o lupino.
Esmeralda parecia já nem se importar com a cena, logo comendo o seu sanduíche. Robert não ficava para trás, dando grandes mordidas ao seu lanche, ao perceber que todos estavam comendo, Jhon continha os risos comendo seu lanche. Por fim todos terminavam de lanchar, agora discutiam o que iriam fazer o restante do dia, se iriam aproveitar a praia, conhecer a cidade, ou apenas descansar.
 


Notas Finais


Será mesmo que ela prevê o futuro? Lembram que eram duas irmãs as azuis? Haha, aposto que não, mas vou deixar para relembrar sobre elas depois ;)


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