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História Victoriae Tropaeum - Bónus: Love isn't Beautiful


Escrita por: LadyLunaRiddle

Notas do Autor


Esse é um cap. Bónus, em que vocês vêem a reação contrária sem ser dos principais da fic, a bomba que o Lord das Trevas lançou, no caso os mais prejudicados, Rabastan, Draco e Astoria.
Mas sem muitas delongas.
Enjoy it!

Capítulo 11 - Bónus: Love isn't Beautiful


Fanfic / Fanfiction Victoriae Tropaeum - Bónus: Love isn't Beautiful

A noite estava chuvosa e algo raivosa, repleto de trovões que assolavam as terras Inglesas, mas nem tudo estava tão instável quanto o tempo, na mansão mui antiga da família Lestrange, situada em Wiltshire, onde ficava por excelência e antiguidade as mansões das famílias puro-sangue e como não podia deixar de ser, os Lestrange tinha sua mansão ali naquele local, já a seculos.

Naquele local, reinava um estranho silêncio, que parecia sepulcral, excepto pelo som meio melódico de garrafas que faziam um trilho na sala da mansão Lestrange, Rodolphus entrava em sua mansão depois de vir de mais uma reunião com o Lord das Trevas, mas algo andava-o deixando preocupado, isso era seu irmão, Rabastan.

Ele estava…um caco, algo que nele era absurdo.

Sempre o vira bem-disposto, de bem com a vida, mesmo em aquele tempo em Azkaban ele fora um dos que o ajudara a manter a sanidade, sempre tentava rir mesmo em meio aquela miséria e agora andava quieto, omisso, trabalhava e ia para Mansão, pouco falava e se falava era o básico e o que deixava-o mais preocupado, era que não sorria mais, parecia deprimido.

Um cutuco no braço, chamara-o atenção para a sua esposa que estava algo grande, isso pela gravidez, que o deixava algo entusiasmado, ele sempre quisera ser pai , mas com a escolha de ser Comensal e fiel ao Lord das Trevas, ele perdera preciosos anos de sua vida e só agora pudera ser.

E com a gravidez, Bella havia acalmado mais, o que era de si algo que ele nunca pensara possível. Ela tinha uma expressão algo incomodada, o que fizera-o analisá-la com atenção redobrada.

—Que aconteceu, Bella? Está tudo bem com o bebé?

—Sim...sim Rodolphus…mas seu irmão anda estranho não acha? Desde que chegou só faz é beber, de uns tempos para cá anda assim, preferia quando ele sumia de vez em quando andando por ai, desvirginizando mulheres…desde que fomos convocados aquela reunião com o Lord das Trevas e aquelas…lá…que ele ficou assim.- Ela estava fazendo um esforço enorme para não xingar nenhuma delas, porque maior que seu nojo e ódio por Ginevra e principalmente, Hermione, era sua devoção ao Lord das Trevas.

—Vou falar com ele…por favor, trate de descansar querida…- Ela retornara-lhe um sorriso mínimo, indo mais relaxada na direcção da cozinha, alisando seu ventre com carinho. O que lhe conferia certa ternura, vendo a imagem. Mas quando ela puxara da varinha, atirando a maldição Cruciatus em cima do elfo doméstico, estragara a bela imagem. Afinal, continuava sendo a sua Bellatrix Lestrange. Ela, seguia tendo seus instintos assassinos, mesmo.

Mas decidindo deixar isso de lado entrara e fora ter com seu irmão que não se movera da poltrona defronte para a lareira.

—Rabastan…irmão?

Fora ai que ele se virara e não pudera deixar de ficar meio surpreendido, ele estava com a barba por fazer, seu cabelo estava algo descabelado e descuidado, tinha olheiras enormes como se não descansasse á dias e estava todo desarrumado. Era grave, que quer que fosse era gravíssimo, esse comportamento em seu irmão. Ele era vaidoso em tudo, vestia-se com primazia, nunca estava despenteado, barba perfeita e modos elegantes. O que ele via ali era algo surpreendente.

—Acho que não ando tendo atenção em você, mesmo meu irmão…

Ele assoprara meio sem vontade, pegando um charuto do lado da mesa, retornando o olhar para a lareira.

—Que..quer, Rodolphus?

—Saber que se passa com você? Desde quando você…decai assim?

Ele erguera-se da poltrona, encostando seu cotovelo no parapeito da lareira, pegando sua varinha que estava sob a mesma e acendendo o charuto em sua mao retornara o olhar para seu irmão.

—Desde que cometi o grave erro…de me enfeitiçar por uma mulher…

Aquela revelação…surpreendera-o, ficando a olhar uns bons segundos para seu irmão e arquejara uma sobrancelha.

—Porque não fica com ela, então? É dos mais ricos herdeiros do mundo mágico, um dos mais influentes, do mais puro sangue e sem contar que tem pinta de galã…que te impede? Bem te avisei da sua fama…de galinha mas não me deu ouvidos…

Ele começara a rir, mas o riso tendo em conta a expressão dolorosa que ele transmitia, deixara Rodolphus parado e olhando seu irmão mais preocupado ainda.

—Que me serve isso, se ela está prometida a outro?

—E não consegue convencê-la a desistir? Afinal, não há honra que resista a um Lestrange, convenhamos irmão…

Rabastan sorrira minimamente ao que seu irmão dizera, afinal recordara-se como fora no momento que ele pusera os olhos em Bellatrix, ela na realidade estava prometida a outro puro-sangue, mas em menos tempo do que fora de prever conseguira que ela convence-se Orion Black a casá-la com ele. Havia um tempo que ele acreditava exactamente naquilo que seu irmão dizera, até conhecer Ginny Weasley e ver-se enredado no que ele sempre evitara, afeição…para não dizer, o amaldiçoado amor.

—Não estou no teu caso, irmão… o homem em questão é mais poderoso que eu, mais importante que eu e sem falar que ele pode fazer o que quiser, ela não tem escolha…a não ser casar.

Rodolphus ouvia a afirmação que seu irmão dizera, começara pensando ferozmente, mas quem seria mais poderoso que um Lestrange nos dias que corriam, só …ficara olhando mais duas vezes seu irmão, até ele dar um leve sorriso de lado e ele ficara estarrecido.

—Lord das Trevas?

—Sim…

O choque tomara conta de Rodolphus, seu irmão estava caído…pela Weasley? Decerto, seu cérebro estava bugando, porque não era possível. Logo, a conhecida namoradinha do falecido inimigo do Lord das Trevas. Havia que reconhecer que a garota era bela, mas não era tudo aquilo…mas seu irmão estava num estado lastimável, ela havia de ter batido fundo dentro dele mesmo.

—Ginevra Weasley?

—Sim…

—Por amor de Merlin, Rabastan…você é louco?

Fora ai que seu irmão começara a rir descontroladamente, tragando mais de seu charuto e expelindo o fumo de seus pulmões, sabia que seu irmão iria reagir assim, mas ele precisava falar do que lhe assomava o peito, necessitava e seu irmão era seu melhor amigo, sem sombra de dúvidas.

—Sou sim, sério…eu nem queria nada sério com ela, só desde que a vi nos jardins, ainda sem conhecer o rosto…adorei a sagacidade da garota, me afrontando e memorizei aquela voz…nunca nenhuma mulher me afrontou…e então quando houve aquela chacina em que elas foram apresentadas, lembra?

Rodolphus limitara-se a concordar, ouvindo o relato de sue irmão, tentando a todo o custo manter-se atento e tentar entender onde ele fora cair por aquele…rabo de saia em especifico.

— Ouvi a voz que me assombrara nos jardins…e fiquei meio surpreendido…afinal, a garota era a Ginny Weasley a mais conhecida namoradinha de Harry Potter, não resisti a provoca-la e ela me desafiando sempre…fiquei deveras curioso e com aquela vontade irresistível…de conhecê-la…saber mais do que levara aquela garota para o lado negro…a encontrei no Natal num Pub que gosto de frequentar na Escócia e Rodolphus, meu santo Merlin que ela estava deslumbrante e elegante por debaixo daquele manto…sedutora…senti aquela vontade de tê-la para mim, foi algo insano…de louco…e a ti naquele dia…e eu sabia que ela andava com o Lord das Trevas…mas não queria saber, só a queria para mim, corrompe-la de tal modo que ela pensasse só em mim…e consegui…

Rodolphus ouvia o relato e cada minuto mais se convencia, que seu irmão era louco, que Azkaban o havia afectado mais do que seria saudável, mas então ao ouvi-lo falar como falava, ele havia preferido ficar com a primeira conclusão mas retirara uma outra, ele estava apaixonado pela Ginevra Weasley.

— E eu a tive para mim e cada vez que a possuía, parecia que perdia parte de mim…ela não era como as outras, eu queria só ela, dei por mim cometendo erros absurdos de decoro e discrição, só para tê-la…e creio que o Lord me descobriu…mas em vez de matar-me, que era o mais lógico…ele…

— Casará com ela…- Concluirá por inércia, Rodolphus ao ver que Rabastan havia perdido a voz, assentindo afirmativamente.- Você está apaixonado…irmão…

Nisso, Rabastan pegara na ponta do charuto que sobrava e atirara ferozmente dentro da lareira e retornara o olhar para o irmão, que ficara com pena do irmão ao ver tamanha dor em seus olhos.

—Ainda falam que amar é bonito…o amor não tem nada de sublime, é fantasia…para jovens idiotas…

Rodolphus não soubera que lhe responder ou algo que pudesse suavizar o sentimento doloroso que ele sentia, tanto que só colocara a mão sob seu ombro como em apoio a ele, ao que Rabastan colocara sob a dele, como sabendo que seu irmão o apoiava apesar de o achar um louco.

— Só vou dizer uma coisa irmão, sentir pena de si próprio não adianta nada e além de que…se não pode mudar, pense em algo novo…

Rodolphus acabara saindo um tempo depois e ele ficara ali só encarando a lareira, mas cansado de sentir pena de si próprio, como seu irmão lhe dizera sabiamente, erguera-se da poltrona, indo no seu quarto, ajeitara-se e sairá precisando seriamente, resfriar sua cabeça.

Decidira caminhar por Hogsmeade, sem um rumo fixo, parecia que sentir aquele ar da noite era algo essencial, até que ele encontrara uma cena um tanto inusitada, uma jovem mulher de joelhos sob uma árvore ancestral, naquela chuva danada, não conseguia ver quem era , pois os longos cabelos da jovem dificultavam a visão. Mas ela apontava a própria varinha na direcção do seu coração e ele reconhera aquele movimento e o único do feitiço.

—Avada…

—Expelliarmus…- Ele pegara rapidamente da sua varinha, impedindo-a de se auto suicidar.

Quando ele aproximara-se da jovem, colocando sua capa impermeável sob ela, ela movera-se e quando vira seu rosto, a surpresa ou não, tomara conta dele.

Era Astoria Greengrass, chorando e de olhar tão desamparado que ele só pudera sentar-se do lado dela, no mais absoluto silêncio, cobrindo os dois com a capa e realizando um feitiço que criasse uma barreira que expulsasse a chuva.

Mas algo martelava a sua mente, o que podia levar tão bela e jovem moça a pensar em algo tão drástico quanto a morte?

Então, ele recordara-se do que havia dito a seu irmão e olhando a moça ao seu lado, ele via ali mais um exemplo vivo de que amor não era algo sublime e sim, algo incrivelmente doloroso.

***

Astoria caminhava em seu quarto na sua mansão, andando nervosamente de um lado ao outro, rasgando um papel que recebera de St- Mungus em suas mãos, remexia seus cabelos nervosamente, como não sabendo reagir ao que sucedia.

Arthur entrara de manso no quarto da filha, olhando a confusão e pandemónio instalado naquele cómodo, olhando a sua filha numa pilha de nervos, ficara apenado.

Era a sua única filha ainda solteira e que ele amava mais que tudo nessa vida. Queria que ela fosse feliz com quem amava e ela amava Draco Malfoy, tal como ele a ela.

Mas a vida tens seus contornos infelizes e ela vira seus planos de amor e felicidade destruídos por quem mandava neles agora, e desconfiava que era um modo de puni-lo, por não ter tomado uma frente direta na Guerra, ele sempre fora neutro e leal a seus príncípios, decidindo não se meter entre a Ordem da Fénix e os Comensais da Morte, apesar dos inúmeros convites de ambos os lados para ele combater na Guerra.

Após sua vitória, a neutralidade e boa fama dos Greengrass fora algo que ajudara o Lord das Trevas na conquista sob os rebeldes e traidores á nova ordem que estava sendo instalada, com o pouco tempo de convivência com o Lord das Trevas, este aprendera com certeza que o modo mais fácil de atingir Arthur, era atingindo as suas filhas, quem ele mais amava nesta vida.

Mas a Daphne , ele não conseguira, ela casara-se com quem amava desde Hogwarts e era um namoro longo de anos, Theodore Nott. E os Nott era pronunciadamente do lado das Trevas, isso não incomodara em nada Arthur ao ver o olhar feliz de sua filha.

Mas com Astoria, ele encontrara a oportunidade de ouro para atingi-lo e de caminho humilhar mais uma vez os Malfoy, como casando a antiga nascida trouxa, Hermione Granger ou Black, que pelos vistos já era puro-sangue, com Draco Malfoy, que era o prometido de sua filha e o Lord das Trevas sabia muito bem. Ele sempre sabia tudo de seus comensais, dera-lhe um dos mais altos cargos porque precisava dele, mas depois arranjara modo de vingar-se com maestria.

Ele só conseguia olhar para filha naquele desespero, sem saber que fazer, ela sentia-se cada vez mais angustiada e infeliz de dia para dia. Ele notara que ela deitara um papel na lareira.

—Astoria?

—Papai?

—Que aconteceu minha filha…porque esta assim?

—Aconteceu o pior, papai…

No dia que haviam vindo da reunião, com o Lord das Trevas, sua filha perguntara para ele, o que o Lord das Trevas tinha contra ela, que ela havia feito de ruim para merecer essa humilhação publica? Arthur não soubera responder, ele só desejava que a sua falecida esposa estivesse ai para apoia-lo naquele momento com a sua filha, que parecia desesperada, vira-a destruir a sala naquele dia e deixara arruinar com obras inestimáveis e relíquias que valiam milhões de galeões, ate que ela desistira e cairá exausta por terra, chorando copiosamente no seu ombro e ele deixara. Pensava que o pior já havia acontecido, mas que podia ser pior que aquele dia? Isso o estava deixando preocupado...

—Que aconteceu minha filha?

—É que…

Mas um “pop” fizera a calar e olharam os dois, para elfa doméstica que aparecia ali e olhava para ele.

—Meu senhor, está aqui o Sr. Draco Malfoy, meu senhor…deseja falar com a menina…- Quando ele ia-se preparar para dar a mesma resposta que a filha sempre pedira-lhe para dar, ou seja mandando-o embora e para não voltar.

Ela surpreendera-o daquela vez, voltando o olhar para o pai.

—Ele não vai desistir…até eu ir ter com ele, diz que irei, Lyla…- A elfa olhara para o seu senhor, como pedindo confirmação que ele dera em seguida, olhando interrogativamente para sua filha, que somente dizera.

—Explicarei daqui a pouco, meu pai…

Arthur limitara-se a concordar, á medida que descera as escadas, indo de encontro a sua biblioteca e deixando a sua filha na sala com Draco que parecia francamente mais aliviado de a ver e sentira pena dos dois, ao notar o olhar de um do outro.

—Draco…

—Astoria…por favor, precisava falar com você…

—Sei que sim, e eu quero que entenda, eu não estou zangada com você, nem com a Black, pelos vistos chama Black agora…entenda, eu não posso nem sequer olhar para você agora…me doí.

—Mas eu te amo…eu não a quero…- Ele aproximava-se dela, alisando o rosto dela com todo o carinho e amor que seu peito pulsava, ele só queria aquela morena para si, não queria mais ninguém, só ela.

—E eu te amo…mas, é uma ordem do Lord das Trevas, não podemos ir contra…você deve…Draco, se quer me honrar, irá tratar muito bem a Hermione Black…tentara ser feliz com ela…

—Não fale isso…que esta falando? Podemos fugir…e…

Mas ela calara a boca dele, pondo seu indicador sobre seus lábios, contendo as lagrimas que ameaçavam perigosamente sair.

—Ele nos caçaria e nos mataria…- Draco sabia que era verdade o que ela dizia, mas não queria aceitar, ele amava Astoria, queria a ela e eles iriam casar. Não era justo!

Porque fizera algo como aquilo, porque o atormentava? E o pior era como o amor de sua vida o dizia para tentar ser feliz num casamento de conveniência, como não amá-la, por amor de Merlin, que o acordassem desse pesadelo. E ela continuava falando.

—Eu te perdoou, se for tentar ser feliz…ela é incrível, pelo que me lembro dela, ela é incrível…

—Não…

—Não volte, por favor…não torne isto mais doloroso, do que já está sendo…

Fora então que ele olhara nos olhos dela, limpando as lágrimas que já estavam caindo grossamente dos seus belos olhos azuis e alisando seu cabelo, arrancara um último beijo que ela correspondera desesperadamente.

—Adeus, Astoria…

—Adeus, Draco…

Dito, isso ele aparatara, logo em seguida, deixando a frágil morena chorar imenso, como se desse a luz as suas dores mediante aquele ato. Seu pai não conseguia arranjar coragem para sair de perto da porta onde espionava e ir ter com a filha, ele sentia-se impotente perante a sua dor. E amaldiçoava em sua mente, o Lord das Trevas por causar tanto sofrimento.

Astoria saira disparada e sem rumo fixo, aparatara para o único local que lhe conferia paz, o largo parque de Hogsmeade, a chuva empapava toda sua roupa mas ela não incomodava-se, somente sentia que não aguentaria mais, seu corpo descaira lentamente sob os joelhos na grama molhada, só queria que a dor fosse nas suas lágrimas mas ela não ia e ainda algo pior havia acontecido. Que seria dela?

Então num ato de desespero, pegara em sua varinha, a dor podia terminar bem ali e tudo que podia vir a sofrer, tudo podia acabar, era só ela dizer o feitiço e desejar isso mesmo…

A morte, a paz final…acabaria tudo, acabaria a dor e o sofrimento.

Quando ela fechara os olhos e começara a recitar o feitiço , alguém a impedira e  aproximara-se dela, abrigando-a da chuva e quando erguera seu olhar dera de caras com Rabastan Lestrange, um dos mais importantes homens e comensais da Morte ao serviço do Lord das Trevas, controlava a Mídia e comunicação social em todo Mundo Mágico, em todos os cantos do Mundo.

Porque ele não podia deixá-la, sofrer em paz? Ou neste caso, morrer em paz? Ele ficara em silêncio por um longo tempo, deixando-a chorar em silêncio sem explicar porque queria fazer algo assim, o que ela agradecera interiormente por isso. Até que sentira-se mais calma e ele perguntara baixinho e calmamente.

—Porque ia fazendo isso…?

Ela retornara o olhar para aquele homem bem mais velho que ela e ela sentira uma enorme vontade de desabafar tudo que sentia, afinal ele era praticamente um estranho para ela, porque não ?

—O homem que amo vai casar com outra…e o pior é que ele me ama e não pode ir contra…

O homem ficara em silêncio uns bons minutos, sempre olhando para ela e então suspirara de leve.

—Eu te entendo… mas, isso não é motivo para você tirar sua própria vida, tem ela toda pela frente…pode encontrar um novo amor…

E então, mesmo contra sua vontade, ela negara,controlando sua língua de falar e gritar que ele não entendia e quase chorara novamente mas controlara-se, arrancando um olhar meio surpreso do homem em sua frente.

— Mas…não é só por isso…

—Então que motivo tão grave podia ter levado você a pensar em tal acto?

—Eu estou grávida, essa é a verdade…e na sociedade que vivemos, eu não irei suportar a humilhação, todo mundo me chamando de perdida, de vulgar… a humilhação para meu pai…ele não irá suportar, não sei nem que dizer para ele…entende porque é preferível a morte? Do que a humilhação que eu ou meu filho podíamos sofrer? Ele ser chamado de bastardo…ser humilhado… não iria suportar.

Rabastan olhara uns longos minutos para a moça em sua frente e finalmente compreendera a situação, a sociedade bruxa era muito conservadora e um filho nascido fora do casamento era considerado um enorme escândalo e a ostracização da sociedade para com essa criança e pela mãe era enorme, entendera de súbito o desespero da garota.

Com certeza, esse bebé era de Draco Malfoy, o ex-noivo dela, afinal ele trabalhava com mídia, era sua função saber da vida de todo Mundo e claro, tinha o propósito secreto de informar o Lord das Trevas de tudo que acontecia, indirectamente, ele sentira-se responsável por desgraçar a vida da garota de forma impreterível, sabia de há muito tempo que o Lord das Trevas tinha um desejo de vingança para com o Greengrass e Arthur era louco pelas filhas, fora o que levara o Lord a casar a Black com o Malfoy.

E respirando fundo, ele olhara fixamente a moça que só olhava seu regaço desperançada e desesperada, recordara as palavras de Rodolphus em sua mente e não soubera dizer para si, o que o levara a dizer.

—Eu assumo seu filho, case-se comigo…


Notas Finais


Kaya Scodelario como Astoria Greengrass


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