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História Victoriae Tropaeum - Ruins of Me


Escrita por: LadyLunaRiddle

Notas do Autor


<3

Capítulo 22 - Ruins of Me


Fanfic / Fanfiction Victoriae Tropaeum - Ruins of Me

Todos os dias, que você acorda e levanta da sua cama, você assume um risco de que pode não voltar vivo para mais outro dia, naquele descanso algo divino.

Um dia todos nós já chegamos a pensar que dormir era sobrevalorizado, noutros queríamos mais que tudo dormir, seja por bons momentos ou por maus momentos.

Mas veio os estudiosos e vieram dizer algo que abalou todos os seres vivos, o sono é o primo da morte, mais você dorme, mais você está em contato com esse lado definitivo do fim da vida.

Rabastan Lestrange, quando se uniu á mais de duas décadas aos Death Eaters, ele nunca acreditara na premissa de imortalidade, sempre fora um crente de que, qual seria o significado da vida sem essa constante adrenalina de ser o ultimo dia? Afinal, isso que tornava cada dia único e especial. E ele vivera intensamente e perigosamente, todos eles. Todos os dias podia-se morrer, ele só era contra que se morresse jovem e sem ter vivido, como ele viveu.

Mas e agora quando seus sonhos viravam seus pesadelos? Ele via a pessoa que lhe era querida naquele momento, sua esposa, ali inerte sobre a cama, deitada e parecia dormir um longo sono…ela era jovem demais para estar ali, sem saber se um dia iria acordar, a vida tinha a sua injustiça sem fim. Não era justo, ela devia de ter vindo a esta vida e viver seus próprios sonhos e sua felicidade, mas desde tenra idade ela aprendera que não podia ser assim a sua vida.

Ele podia ter passado uma parte considerável de sua vida na prisão mais horrível criada pelos feiticeiros, mas ele havia vivido, oh ele tinha antes de tudo aquilo, podia dizer que ele vivera seus sonhos e reinara a parada.

E encontrava-se vivendo o que pensara que nunca iria ser possível para ele. Filhos, ele tinha dois…e viver um verdadeiro amor, ele vivia e sofria por ele, mas não podia dizer que não queria sentir essa dor, ele precisava dela para saber que um dia foi real.

E agora encontrava-se ali, imponente e olhando um anjo adormecido e agora ele podia dizer que sentia um leve medo de que a premissa dos estudiosos se revelasse real. Que ela estivesse em contato com aquele lado definitivo da vida e percebesse que era tão pacífico e tão irresistível que quisesse ficar por lá.

Era mais uma manhã, como todas as outras que ele aparecia ali, haviam passado poucas semanas desde aquele fatídico dia que a pusera ali, Rabastan observava com seu filho Scorpius, Astoria dormindo com dois tubos dentro de seu nariz e com soro ligado no outro braço.

 Por fora, continuava linda como sempre, e felizmente o seu filho estava a salvo ainda dentro do ventre dela, sendo alimentado pela mesma sonda da mãe, mas ela era o mais doloroso, ela não acordava, mesmo seu corpo em perfeito Estado, não sabiam que o outro feitiço que a havia atingido havia feito, mas parecia que ela não acordava, pura e simplesmente.

Matara o infeliz que a havia colocado ali, não havia parado para pensar simplesmente para perguntar, o contrafeitiço, tamanha era sua fúria e ódio que o cegara naquele momento, nem sequer parara para pensar que matara o irmão da mulher que amava, não queria saber, só queria sangue, ele não era hipócrita ao ponto de pensarem que ele era quieto e omisso, nunca fora nem nunca seria.

Mas alguém como Astoria, não merecia um destino desses, não era justo.

Seus pensamentos foram interrompidos pelo seu pequeno e irrequieto filho, que parecia querer entrar no quarto

—Papa…mama no acodla…?

—Oh, meu pequeno príncipe…ela esta com muito soninho e tem que dormir…

Scorpius ainda era muito pequeno e não entendia o que acontecia, mas tivera-o que levá-lo ali para ver a mãe, porque ele não sossegava ou acalmava enquanto não a visse, o que Rabastan agradecia aos céus que assim fosse e que ele não entendesse a realidade da situação, alisava os cabelos dele, vendo a medibruxa dosear a quantidade de soro que ela recebia, até que a agitação de seu pequeno o fizera olhar para ele, mais atentamente.

—O senhole…papa…mama cholole…

Quando Rabastan olhara na direcção que o filho olhou, dera de caras com Draco, parecia pálido e meio desajeitado para o alto padrão Malfoy, suspirara algo com pena ao vê-lo assim e quando pousara os olhos em Scorpius, parecia que ia ter um choque com que quer que tivesse pensando.

—Filho…

—Sim, papa…?

—Vai dar um abraço, naquele senhor…ele gosta muito da mamãe…e quer muito que ela venha brincar com você, sabia….

Scorpius sentia-se confuso, mas assentira, remexendo-se para descer para o chão, começara correndo até chegar perto de Draco que abaixara-se, abraçando com força o pequeno que retribuirá o abraço, olhando directamente para Rabastan, sussurrando.

—Obrigado…

Ao que Rabastan limitara-se a negar com a cabeça, como dizendo que não precisava agradecer, foram-se aproximando dele aos poucos, vendo o olhar meio desesperado do loiro na direcção do vidro vendo Astoria naquele estado, vira-o engolir em seco controlando seu choro.

—Senhole…no chola…mama tã cansadinha…

Draco olhara para o pequeno, vendo-o, sorrira, assentindo.

—Tem razão…que bobagem, ela logo acorda não é,Scorpius?

—Sim…ne papa?

Rabastan limitara-se a assentir, confirmando. Scorpius fizera força para ir para o chão, vira Rodolphus vindo com Lyra e já queria ir brincar.

—Papa, vole blincar com piminha posso?

—Pode sim, campeão…despeça-se do Draco, filho…- Ele fora ter com Malfoy, que abaixara-se novamente e dera-lhe um beijo todo babado no rosto, ao que ele ficara vendo o pequeno loirinho brincando com a moreninha, primogénita dos Lestrange e saindo do seu ângulo de vista.

—Como ela está, Rabastan, a verdade…?

—Mal…pode não acordar…

—É verdade, então?

—Infelizmente, é…-Rabastan via Draco quase desabar na sua frente, pousara suas mãos sob os ombros do rapaz que não recusara, vendo que com esse gesto, ele chorava lágrimas que escorriam dolorosamente por seu rosto.- Se quer minha opinião, o que não te mata fortalece… aprendi essa em Azkaban…e Astoria é das mulheres mais fortes que conheço…

Draco limitara-se a assentir, á medida que olhava pelo vidro, pensando no quão o seu coração encolhia ao vê-la ali e tendo o aterrador medo assomando-o com aquela dúvida se ela iria acordar algum dia.

—Fiquei tão atordoado quando vi…Scorpius no Ministério…- O Lestrange mais novo limitava-se a ouvir, esperava aquela conversa já algum tempo, somente ouvia atentamente.- Fiquei sem reacção, sem saber que dizer…porque ela me esconderia a verdade? Fiquei tão irritado com ela, tão chateado…mas agora…

—Ela queria que você fosse feliz…sem fantasmas do passado…

Draco virara subitamente seu olhar para Rabastan, que olhava pela vidro que separavam eles , dela por sua vez, vendo o olhar sério e pensativo de seu antagonista.

—Era meu direito saber…

—Concordo com você, se estivesse no seu lugar pensaria a mesma coisa…mas ambos sabemos que na prática, que você faria? O Lord das Trevas foi bem explicito, você tinha que casar com Hermione, a Comandante Educacional…e conheço ao tempo suficiente aquele homem, que se você não cumprisse suas ordens, você já teria virado osso debaixo da terra…infelizmente, Draco, entenda este conselho de uma pessoa que viveu bem mais que você… aprecie o que tem, a sua família…sua filha, sua esposa…e quanto ao Scorpius, eu o crio como meu filho, você poderá vê-lo e estar perto o quanto quiser e no futuro, quando ele for maior, nos contamos a verdade…falo em nome de Astoria também, pelo que conheço dela sei que é isso que ela diria se estivesse acordada e nos ouvindo neste momento…

Draco engolira em seco, assentindo aos poucos, aliviado em parte com a compreensão dele, nunca esperaria isso da família de seus tios, voltara seu olhar para a mesma direcção que ele.

— A vida nos mudou a todos…

—Sempre muda, caro Draco…sempre muda…

E com aquela estranha camaradagem, ficaram ainda ali um bom tempo só observando a jovem mulher que os fazia praticamente rezar para que acordasse.

***

Hermione estava no que podia-se dizer dia ocupado e de excessivo trabalho, tudo porque tinha professores novos a contratar, tendo em conta que uma parte do quadro de docentes havia morrido a semanas atrás, mas ainda não havia encontrado ninguém que cumprisse as suas exigências, afinal falávamos da milenária Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts, não podia deixar as coisas ao desbarato.

E entre as cartas que chegavam a mil dos pais dos alunos, querendo saber se as medidas de segurança já haviam sido implementadas, ao que ela já havia replicado umas quantas vezes a mesma carta, informando o mesmo, sem falar do Conselho Mágico Educacional que a deixava meio de mau humor sempre com cobranças e implementações meio sem sentido, que ela tinha que revogar.

Enfim, somente um dia normal como todos os outros, mas ela naquele dia sentia-se inquieta, tudo por conta do dia de amanhã, seria o aniversário da sua pequena Mérope.

Isso era sempre um evento feliz e animado na Mansão Malfoy, em que havia sempre uma grande festa e comemoração que reunia os mais íntimos da família, mas naquele ano havia uma alteração que de todo ela não contava, ele, o Lord das Trevas queria ir, ele queria fazer-se presente a todo momento, todo o instante e aquilo deixava-a irrequieta e desconfortável, desde que a havia salvado em Hogwarts, havia-se posto pior, sempre com risos que sugeriam segundas intenções.

Que ele pretendia com tudo aquilo? Não a deixar esquecer nunca? Muito provavelmente…

Aquele maldito dia não saia de sua cabeça, por mais que ela desejasse, aquele maldito e amaldiçoado beijo, ela ocupava-se com tudo para não pensar naquele maldito momento, mas era inútil, quando dava por si estava recordando a sensação algo arrepiante e escaldante de seus lábios sob os seus, naquele beijo que lhe recordava muito tudo, muito do que ela queria esquecer e não conseguia.

—Hm Hm…- Com o susto que apanhara, a castanha deixara cair todos seus pergaminhos no chão, olhando para a Professora Vector que vestia-se toda de negro e tinha o olhar bem fixo no seu, com uma sobrancelha arquejada.- Desculpe, directora mas a porta estava aberta…

—Tudo bem, que aconteceu?

—As fichas de candidatos a professor que pediu…?

—Sim, claro…obrigada…

Mas alguém adentrara pela mesma porta aberta e o coração de Hermione parecia que ia descer aos seus pés, o tormento de sua vida ali presente, que encarava-a com aquele mesmo sorriso.

—Caríssima Vector, poderia retirar-se…- Seu tom polido mesmo que dito naquela calma, despertava o temor básico em qualquer pessoa, fazendo a dita professora quase correr e atropelando-se, ao que ele dava um sorriso meio torto e divertido, achando graça na situação.- Hermione…

—Que você faz aqui?

Com um gesto de sua varinha, havia fechado a porta atrás dele, ignorando o tom meio ríspido de Hermione que parecia controlar-se muito a custo, detrás da sua secretária, vendo a sua calma e silêncio á medida que sentava-se defronte para ela.

—Nossa, isso são modos de me receber…

—São os que merece, que quer?

Seu olhar ficara gradualmente sério, arquejando a sobrancelha perante a rispidez e frieza com que o tratava.

—Não me obrigue a ser indelicado com você, Hermione…precisa de aulas de bons modos para saber como se deve dirigir a mim?

Aquela arrancara um riso meio sarcástico da mulher em questão, ele estava estranhando aquele comportamento nela, mas podia esperar com toda a certeza.

—Oh, mil perdões milord, esqueci completamente os modos …que deseja daqui?

—Saber qual o presente que devo comprar para nossa filha…- Aquela fizera-a quase escorregar da sua poltrona, com a calma e a vontade que ele falava do assunto, essa presunção só fazia-lhe ter vontade de lhe apertar o pescoço, mas optara por manter a mesma expressão.

—E tem que vir -me perguntar? E ainda fala de boca cheia, nossa filha? Mil perdoes, meu senhor…- o tom era tão irónico, que ele fechara completamente a expressão.- mas o pai da Mérope, é o Draco…

—Incrivel, como voce ama deturpar as coisas não é, Hermione? É, NOSSA filha sim…não precisa nem de DNA, nem sequer de outro tipo de provas, sem falar que é ofidioglota e ainda deu-lhe o nome de minha mãe…gostei da homenagem…mas pare de tentar-me tirar da vida dela, não vai conseguir, não esqueça que lida comigo e não com o fracote de seu marido…

Fora ai que explodira, levantando-se indo perto dele com uma fúria nunca sentida antes e abanara a cabeça.

—Incrivel, como fala de boca cheia…FOI VOCÊ QUE AFASTOU A MÉROPE DE VOCÊ, QUANDO ME AFASTOU …NÃO QUERIA SER FRACO, LEMBRA…MAS DEIXE QUE TE DIGA…VOCÊ É A PESSOA MAIS FRACA QUE CONHEÇO…e nunca entenda, bem NUNCA FALE NOVAMENTE ASSIM DO DRACO NA MINHA FRENTE, ele foi bem MAIS HOMEM DO QUE VOCÊ SERÁ ALGUM DIA…ele esteve lá comigo e com a Mérope, a cada dia bom e cada dia ruim…é preciso ter muita falta de noção para falar assim…

A expressão com que ele a encarava era meio indecifrável no momento, ele erguera-se ficando de pé e de frente para ela, que não diminuirá a sua expressão séria e feroz perante o olhar dele que era gradualmente mais angustiado e frio ao encará-la e parecia a ela, que ele olhava a reacção dela como algo que já tinha visto antes, que era algo estranho.

— Certamente, sei que fiz e sei pelo que fiz…mas mesmo assim, por tamanha raiva e ódio que você tenha do facto, é que …Mérope é minha filha…e algo pior ainda…que você ainda mesmo após tanto tempo e com meus defeitos, segue- me amando e não ao seu marido perfeito…

De tão perto que estavam, conseguiam ouvir a respiração tensa de um do outro, seus olhares não desviaram em nenhum momento, vendo a reacção um do outro, até que Hermione engolira em seco, sentindo seus olhos marejarem, despertando toda sua tensão.

—Você tem razão…Mérope segue tendo seu sangue, de facto …mas quem criou ela e foi um pai presente, foi o Draco…- A cada palavra, uma lágrima caia de seus olhos acastanhados, mas sem nunca desviar do olhar dele, que absorvia cada palavra com um sentimento de arrependimento bem forte em seu peito.- E mesmo que siga- te amando, que é verdade…a vida mudou e as circunstâncias também…eu sempre vou escolher o Draco…em todo momento…e se quer um conselho meu, pode seguir como não, my Lord…vai ter um filho, pense nele…e além disso, tem seu poder e glória não era o que queria?

Ele parecia fortemente contrariado e entalado com algo que queria falar, mas contivera-se se auto controlando para não perder a paciência com ela, e não estuporá-la na melhor das hipóteses e na pior, torturá-la, bem pelo menos era esse o raciocínio que a castanha se fazia, mas algo em seu coração impelia que ele dissesse algo, qualquer coisa…mas não, ele voltara as costas, encaminhando para perto da porta, quando segurou o puxador da porta, voltara para ela e fizera uma simples questão.

—Qual a coisa que a Mérope gosta mais?- Aquela fizera seu coração dar uma batida forte, não era de todo a reacção que esperava, mas aquilo mesmo contra vontade acalentara seu coração, ele realmente…amava a filha, isso não era algo que ela esperava vê-lo admitir na sua frente, não dissera com todas as letras mas ela entendera nas entrelinhas e isso lhe dava uma absurda esperança que ele abrisse os olhos para os seus erros, nem que fosse por amor á filha e também do filho dele que iria nascer.

—Livros…a Mérope ama livros …

E ela podia jurar que era ilusão de óptica, mas algo como uma expressão de orgulho passara pelos olhos dele, quando ele abrira a porta e sairá sem mais uma palavra.

Mas não tivera muito tempo, para pensar nisso, logo após ele ter saído, todo o trabalho e confusão apareceram de seguida, mas uma grata surpresa havia aparecido no final do dia, o seu marido de rosto meio triste, mas que abria um singelo sorriso ao vê-la e dera-lhe um longo beijo, que lhe dava aquela paz e tranquilidade que precisava em sua vida.

***

Ao fazer o seu caminho para fora de Hogwarts, o Lord das Trevas fora sem aparatar directamente, precisava claramente de pensar, parecia que ele insistia em querer …sofrer, ele odiava admitir que naqueles anos, ele havia sofrido bastante com o afastamento do que o deixava feliz e da sua filha, e dera involuntariamente por si querendo estar perto delas, e o que mais o irritava, era que ela tinha razão, ele fora incrivelmente covarde.

Com esse pensamento atormentador, aparatara sem o menor humor para a sua mansão, quando erguera seu olhar para cima, via a sua esposa mudando…as restantes coisas dos aposentos para o seu antigo com ajuda dos elfos domésticos, já era de prever que tal acontecesse e ao ver seu olhar sério que ela lhe deitara de lá de cima, sabia que ela andava querendo aquela conversa que ele vinha evitando desde aquele dia que a obrigara a escolher entre ela e o filho deles e seu irmão.

Tal como Hermione, Ginny muito provavelmente lhe voltaria as costas , viveriam um casamento de mera conveniência e não iria negar que iria sentir falta da cumplicidade e paz que havia vivido com ela nesses primeiros anos de casamento e convivência.

—Tom...- Ela chamara-o num tom de voz meio sério e sem emoção aparente, ao que ele arquejara a sobrancelha, olhando-a.

—Ginny...

Ela cortara-lhe a fala, falando por cima dele.

—Viveremos vidas separadas, somente temos o voto perpetuo e esse filho agora que nos une...e nem pense chegar perto de mim, de nenhuma forma...que eu não queira...

—Lembra no seu voto que você falou?

—Perfeitamente, mas acho degradante até para você ter que me forçar a convivência ou ao mero toque seu, não bate no seu ego?

Aquela valera-lhe como flechada, e ela sabia, via em seu olhar determinado e implacável.

—Ginny...- Quando falara seu tom era claramente cansado, mas ela não se importara, erguera sua mão num claro gesto de que ele não continuasse, que quem falava agora, era ela.

—Pensei que puderiamos ter paz e tranquilidade neste casamento que você me forçou ...mas é impossivel, você fez de tudo que podia para me magoar, fez com que eu escolhesse entre minha familia e meu filho...isso foi baixo até para você...minha familia, Tom...que eu sempre quis ver protegida...- Á medida que falava, as lágrimas empapavam suas palpebras mas ela recusava-se a deixá-las cair, sabia que ela era orgulhosa demais e chorava na solidão.- E para cumulo, fui obrigada a assistir enquanto o homem que amo, a matar meu irmão mais velho, que cuidou de mim e me viu crescer...há coisas que são imperdoáveis...- Á medida que ela falava, mais sua voz esfriava e enfurecia, tamanho era o albaroto de emoções que ela sentia, Tom limitava-se a engolir em seco, sentindo na pele o que próprio causara. Ela continuava .- isso nunca que te perdoarei, mas não vou ser cruel ao ponto de mudar-me dessa mansão ou ir para outro lugar, afinal é pratica comum entre puros sangues... porque sei que sofre tanto quanto eu...e eu...quero ver isso todos os dias e me deleitar...com seu sofrimento...

Parecia a ele, que via outra mulher na sua frente, para onde havia ido aquela Ginny, gentil e compreensiva? Era uma pergunta meio burra até para si. Ele a havia destruido... Ela continuava alheia a seus pensamentos.

—Vejo em seu olhar todos os dias, desde á anos, que arrependeu-se de ter tirado Hermione e Mérope de sua vida...e é que desejo para você que sinta todos os dias a mesma dor que eu ...com Rabastan...que sinta o mesmo amargo arrependimento que a mulher que ama está nos braços de outro, que sua filha foi educada e chama de pai a outro...e que olhe para mim e veja uma coisa importante...

—O que?- Seu tom não transparecia mais que frieza cortante ao olhá-la no mesmo local, antes fazia-a calar com esse tom, mas agora parecia que atiçava a fúria que lhe crescia nos olhos verdes.

—Que eu sou seu espelho...e veja as ruínas e decadência que você se tornou mesmo em meio a essa imagem perfeita que tenta passar...

Ao dizer essas palavras, virara-se e fora para seus aposentos, enquanto ele ficara no mesmo local, olhando para o mesmo sítio.

E algo cálido percorrera o rosto do grande Lord e para sua surpresa, lágrimas transcorriam seu rosto, ao que ele apressara-se a limpar veemente e numa expressão algo furiosa, saíra da mansão, precisando urgentemente lavar sua cabeça desses pensamentos ruins, matando infieís a sua causa e traidores.

Infelizmente, ele sabia que nem tudo se pode ter na vida, mesmo se sendo o mais poderoso feiticeiro da atualidade.

 


Notas Finais


<3


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