História Victoriae Tropaeum - Choices Change your Life

Tudo na vida era conhecido por ser difícil e complicado, todo mundo fazia concessões e fazia acordos, uns mais vantajosos , outros por sobrevivência.

Se havia algo que Ginny sabia era que tinha feito por sobrevivência e por..ela mesma.

Com um copo de Gin na mão e acabada de vestir, ela apressava-se para sair em direcção a porta, onde seus acompanhantes estavam esperando.

Mas sua mente estava longe, em memórias passadas e em como tudo isso, iria mudar sua vida.

“ Estava ainda naquela sela, amedrontada e assustada, abraçando seus joelhos, chorando, sentia que não tinha mais glândulas lacrimais de tanto que chorava, sentia a visão turva, a cabeça pesada, o corpo todo moído como se tivesse sido pisada por mil trasgos. O dia estava amanhecendo e ela não havia pregado olho, ouvira gritos não sabia de onde, sentia que ia morrer, ela queria morrer, mas nada ali servia, para que ela cumprisse o propósito.

Mas antes que pudera raciocinar mais, alguém entrava pela porta, mas não se atrevia a olhar para cima, não sentia que tivesse vontade e muito menos, força.

—Oras, dormiu bem, miss Weasley?

Todo seu corpo tremera ao ouvir aquela voz fria como o vento gelado, erguera seu olhar aos poucos.

—Que …quer…de mim?- Sua voz saia rouca, devido aos gritos que haviam sido desferidos por ela no dia anterior.

—Propôr algo…

—Como assim?

—Você pode morrer na frente de todos os comensais, juntamente com sua família traidora de sangue ou…trabalhar para mim, ser cegamente leal e sua família sobrevive…- Seus olhos ergueram em choque para ele, semicerrara os olhos, o que aumentara a dor que sentia no seu rosto, que devia de estar muito machucado para reagir assim.

—C-Como?- Ele olhava para ela com um sorriso torto e alargado, o que fizera ele suspirara teatralmente.

—Você pode ir para o céu com sua família ou trabalhar e ser boa mocinha…- Falava para ela como se fosse uma criança pequena a quem se tinha que explicar mais de uma vez, o que ele havia dito. Aquilo subira-lhe a fúria, mas controlara-se.

—Eu entendi…o que não entendo é porque a mim? Porque fazer isso..? Aii…- Sairá o som de dor de sua boca sem que pretendesse, não devia de esforçar-se mais ainda depois da sessão de tortura que fora exposta. Ele erguera sua varinha, ela fechara os olhos esperando o pior, mas não uma sensação boa e quente preenchia seu corpo, sentia-se melhor, seu olhar erguera novamente para ele.

—Você é útil, Weasley, além de puder esbanjar você como troféu, você trabalharia para mim…é inteligente, além de que não quer proteger sua família…?

—Tanta honra e vantagens para mim, protege minha família … que quer prov-ar com isso?- Seu olhar erguia para ele, como não entendendo porque aquilo acontecia, sua mente não fazia a conexão.

—Que nem você , Weasley pode ser uma eterna santa…que você pode com o afinamento correto, ser grandiosa e poderosa…mude-se para meu lado e verá quão grandioso e poderoso sou e como pode beneficiar com isso…ou manterá sua crença num moribundo que te traiu com uma mestiça oriental…?

—Cala a boca…- Sua prudência estava longe naquela hora, olhando para ele com lagrimas caindo de seus olhos com a menção desse assunto, doía demais seu coração ao ouvi-lo falar assim, fora anos demais gastos para que ele a notasse, que ele a …amasse, saber que ele a traira com …Cho Chang era demais para seu coração.

—Você lidou com meu diário, sabe mais sobre mim…Ginny do que a maioria…- Ela engolia em seco, recordava com pavor essa época, em que abrira demasiado sua alma a alguém sem corpo e ele por sua vez, abrira a dele para ela.- Olhe meus olhos, minto?

Ela olhara os olhos dele, engolira em seco, mas não podia ser…ele podia dissimular, mentir muito bem, mesmo parecendo o mais honesto possível. Ele aproximara-se dela, tocando as têmporas da ruiva, com sua varinha apontada no lado direito da cabeça da ruiva, que tentara afastar-se mas ele firmara mais seus dedos esquerdos esguios e frios sob os lados de sua cabeça, a varinha brilhava um pouco á medida que ela ia vendo o que ele mostrava e via claramente…Harry se enrolando com…Cho Chang, ele tinha a roupa que ela recordava de ter visto em Hogwarts…ele...a traiu…

—Posso ser um monstro, miss Weasley…mas pelo menos não escondo meus atos não é?

Ginny engolia em seco, revendo mentalmente o que ele lhe mostrara.

—Pare de me torturar…para…

Ele entortara sua expressão que naquele rosto oficidio, deixava ainda mais assustador.

—Oras, mas é divertido…mas ver você analisando suas possibilidade é melhor…Weasley…quer morrer em nome de um adultero, levando sua família junto, como uma traidora de sangue nojenta…ou unir-se ao lado vencedor, ganhar importância e poder…salvando sua medíocre família?

Ginny olhava para ele, vendo-o afastar-se e no meio do despeito e da raiva que sentia no seu dolorido coração, selara seu destino.

—Eu me junto a você…trabalharei para você…

—Perfeito...

Ele sorrira num claro riso de satisfação, que roçava o cruel tendo em conta o tormento da ruiva que encolhia-se ali naquele canto.

—Bem, Weasley…venha…tem alguém esperando por você…

Ela olhava para ele sem entender, mas levantara-se, á medida que caminhava não entendia para onde ia e quem estava esperando por ela, passara por muitos corredores escuros que só era iluminado por archotes, quando chegara num quarto ele pedira para ela entrar, ao que ela fez e quando dera de olhos com Hermione, ela estava …destruída e um caco, que teria acontecido naquela noite?

—Primeira tarefa…convença a Granger a cooperar…virei ter com vocês mais tarde, porque vocês farão um Juramento Inquebrável a mim...

O olhar dela era apavorado, ele queria o que?... Hermione não se importava nem se movia da cama onde estava.

Ginny fora perto dela, abraçando-a mas ela quase que a expulsara mas quando vira quem era, abraçara como se a vida dependesse disso, as lagrimas caiam grossamente do rosto machucado de Hermione, tinha as roupas rasgadas e imundas. Que teria acontecido?

—Ginny…

—Mione…- Engolindo sua própria dor, começara a partir daquele momento a tentar reeguer a sua melhor amiga. “

Se ela fosse pensar mais ainda, não se arrependera de sua decisão, ela sabia que precisava fazer e se sua família a odiasse, ela lidaria bem com isso, simplesmente não queria repreender-se ou condenar-se, já bastava disso na sua vida.

Se ela mudara? Sem dúvida…e gostava mais de si agora. Entrelaçando seu braço com o Lord das Trevas no meio e na outra ponta, a sua melhor amiga que sorria mais calma para ela.

Desceram de encontro, a uma noite inesquecível que ficaria para a história.

E uma festa podia ser sempre uma ocasião para entreter, para confraternizar e outras vezes serviriam para educar…era bem estranho o termo mas não podia deixar de ser o mais prático.

Lord Voldemort era conhecido por sua crueldade, sua malvadez, sua intolerância a sangues ruins e abortos.

Raramente era visto, pelos comensais de mais baixo escalão, era conhecidos pelos mais próximos pela sua rispidez, modos impecáveis, mas basicamente um homem sem sentimentos de qualquer espécie.

Mas quando ele fazia festas…a segunda, em menos de tão pouco tempo, era de estranhar sem margem de dúvidas, mas essa festa tinha um teor diferente , da outra que comemorava sua vitória essa tinha um teor mais negro e mais misterioso.

Se fossemos a uma acepção melhor, poderia-se dizer reunião, ou outra caracterização mais acertada, Tribunal…

Lembrava mais isso que propriamente uma festa, mas como tinha mesa com comidas e bebidas, com garçons e elfos distribuindo as iguarias, não podia deixar de ser considerado como uma festa. Alguma saia justa estava por vir, segundo os mais sábios daquele grupo restrito.

Três toques de algo pesado no chão serviu para chamar a atenção de todos os convidados ali presentes, os do circulo intimo de Voldemort mais precisamente olhavam para o lado para onde era a origem do som, seu mestre aparecia sem mascara, até ai tudo bem, mas quando viram descer bem vestidas, elegantes e de olhar superior a eles todos, a Ginevra Weasley comumente conhecida como namorada do santo Potter e a san gue ruim e melhor amiga do mesmo Santo, Hermione Granger.

Uns ergueram as varinhas, mas o Lord das Trevas erguera a sua, fazendo todos baixarem com respeito e para ser mais específico, com medo.

No entanto, havia uma que tinha mais coragem que os outros, de longos cabelos cacheados e desregulares, Bellatrix Lestrange aproximara-se de seu mestre, com o olhar afogueado e parecia querer queimar a fogo lento, as duas que ela considerava indignas de acompanhar seu mestre e ainda por cima, de braços entrelaçados com ele.

—Senhor…deve haver algum equivoco…

—Não há equivoco, nenhum Bellatrix…são…minhas convidadas de honra para não dizer que vão ser…mais que isso daqui para a frente.

Com o tamanho do choque e olhava para seu mestre como se tivesse crescido outra cabeça ao lado da que ela tinha, ele mantinha um olhar de cruel satisfação, Bellatrix tivera que ser tirada do caminho por seu marido que olhava com desdém e indiferença para as duas que ali estavam.

Todo o clima ali estava algo tenso e pesado, como elas podiam ser convidadas de honra se ainda algum tempo atrás, estavam sendo torturadas por seu mestre e agora sorriam com alguma graça da situação e da cara de espantados que eles faziam.

—Bem deve estar se perguntando o porque estão aqui e porque uma nova festa em tão pouco tempo, acreditem esse dia vai ser memorável…por favor peguem a bebida que foi servida a vocês e vamos fazer um brinde rápido …antes de eu dizer o motivo de todos estarem aqui…e claro explicar, porque a Granger e Weasley estarem aqui também.

Todos se entreolharam e o sinal que surgia em todas as mentes de que o perigo era algo forte naquele momento, fazia-se presente.

—Aos meus fieis comensais…e ao inicio de uma nova era…

Todos brindaram á excepção de Hermione e Ginny que olhavam a situação com uma satisfação que ninguém entendia.

Quando todos os presentes acabaram de beber, havia alguns que começaram a ficar muito vermelhos e lentamente as línguas iam ficando gradualmente negras, os olhos reviravam e os gritos não saiam porque por algum motivo estavam ficando sem ar, iam caindo ao chão sob o olhar horrorizado de quem estava ao lado. Eles iam rasgando as roupas como se tivessem em terrivel aflição, e por todo o corpo surgiam inscrições que diziam: Traidor. Parecia que tinha sido inscrito a fogo de tão avermelhado que aquilo surgia.

—Oh, eles morrerão dentro em breve…fruto de poção que as vossas chefes, que serão a partir de amanhã responsaveis uma pelo Ministério da Magia e a outra por Hogwarts. Além disso, são as minhas comensais mais fieis e fizeram para vocês, essa poção VeritaSkull que deixa visível quem já traiu um dia…a mim e os colegas…e mata…lentamente e dolorosamente.Ficarão ai no chão, até ao fina da noite. - Lord Voldemort falava com um veneno tão palpável na sua voz aveludada e baixa que todos os comensais tremiam de medo e o choque que se esbatia ao notarem que teriam elas como …chefes? Mas o Lord das Trevas continuara falando.- Como ainda estão vivos, foram sempre ao longo destes longos anos fieis e nunca me traíram…mereceram vosso lugar…entre os mais importantes e irão a partir de amanhã, ao meu escritório…para dar vossas novas funções…Rumo ao futuro…- Nisso, ele erguera o copo bebendo o conteúdo do seu copo, caminhara com suas acompanhantes para a mesa reservada a ele.

—Nossa, isso que é um show dramático…- Ginny rira-se baixo e maldosamente, olhando o rosto de espanto de quem havia sobrevivido, retornando seu olhar para Voldemort que a olhava com um sorriso macabro.

—Oras, se bem me lembro…foi você e Hermione que sugeriram…e eu dei-vos a poção para fazer…devo dizer de forma brilhante…- Voldemort voltara o olhar para Hermione que estava olhando em frente como se temesse que alguém lhe saltasse um Avada Kedavra , mesmo mascarando isso com um olhar frio e sem vivacidade, ele colocara a mão sob a dela ao que ela retornara o olhar para quem tocava a sua e sorrira mais calma.

Ginny olhava para o olhar que Hermione trocava com Voldemort, estava algo preocupada com sua melhor amiga, ela tinha um olhar meio apaixonado com uma mescla de culpa gritante, suspirara fortemente, Mione não sabia separar as coisas, como ela fazia. Ela conhecia demasiado bem aquele homem para saber que ele não se prendia a ninguém.

Levantara-se da mesa, passando por cima de corpos que incomodavam, o sangue que jorrava no chão, chamara um elfo doméstico para limpar aquela bagunça.

—Que saco…tanto corpo espalhado…- Revirara os olhos, caminhando e ia tropeçando num braço de um homem morto no chão, ia caindo até que alguém a agarrara e pusera bem firme direita quando voltara a olhar dera com o olhar jogueteiro de Rabastan Lestrange.- Suponho que…obrigada…

—Reconheceria essa voz em qualquer lugar… musa do jardim secreto…

—Musa?

—Bem, não revelou seu nome…eu memorizei sua voz…

—Entendi, abusado você…e não morreu… que leal…

Rabastan desviara dos corpos no chão como se fossem nada, olhando para ela , sorrira , dando um whisky de fogo na mão dela, que fizera-a arquejar a sobrancelha.

—Sou bem leal sim, srta.Weasley…quando me comprometo é para toda a vida…- O olhar dele percorria os olhos azulados de Ginny que somente fixava os olhos dele. Ela reconhecia algo naqueles olhos, que esforçava-se para fingir que não reconhecia. Era desejo e certa…admiração, ela não podia dizer para si, que não gostava daquela atenção, sorrira de leve.

—Que bom, é uma boa característica…espero que continue assim…

—Sempre continuarei …boa noite, srta.Weasley.

Nisso, desviara-se caminhando na direcção oposta a dela, voltando o olhar para trás, sorrindo da segurança e arrogância daquele Lestrange, quem diria que um dia alguém daquela família falaria de bem com ela.

Mas, seu olhar encontrara-se com o de seu amante que olhava para ela bem fixo e com um destelo gelado.

Os ciúmes eram algo palpáveis até da distância que ela estava, ele era possessivo com o que ele achava que era dele. Respirara fundo, olhando para ele, suspirando sairá do salão indo na direcção da varanda, ficando sozinha.

Não ficara muito tempo, já que passado segundos, uns braços seguravam seus ombros, ela reconheceria aqueles braços em qualquer lugar, ele sussurrara em seus ouvidos.

—Terei que prender-vos de novo …Ginny?

—Ciúmes?

Ele apertara seus cabelos, puxando ao que ela gemera de dor, mas ele aproximara dele novamente.

—Não, só um aviso …você é minha, Weasley…que eu saiba que me traia…

Ginny erguera os olhos para Voldemort, sorrindo de leve, enganchara a perna com a coxa dele, aproximando-o dela.

—Porque haveria de fazer isso, sendo que tenho você na minha cama…

Voldemort sorrira, dando-lhe um beijo possessivo, ao que ela não recusara, vendo ele afastar-se, suspirara fortemente.

Olhando a lua, engolira seus pensamentos mais profundos e obscuros, preparando-se mentalmente para sua vida que começaria a partir de amanhã.