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História Vida - Sirenes


Escrita por: AQuinello

Notas do Autor


Como prometido, o capitulo de hoje!♥♥

Quentinho, para vocês!♥
Um momento bem tenso, outro bem bonitinho!♥

Espero que gostem de verdade!♥

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"[...] A insensibilidade me matou, não deixe que mate mais alguém. O afeto é tão parco, porem, tão necessário[...]"

Capítulo 11 - Sirenes


Fanfic / Fanfiction Vida - Sirenes

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A garota chegou à casa de fachada verde, as pesadas janelas de madeira estavam fechadas. Aquela já não era uma imagem estranha para a garota. Chegou mais perto e tocou a campainha, alguns segundos depois a mãe de Magali abre a porta.

-Oi, Monica. –Dona Lili abre um sorriso amigável- A Magali não está, tente outro dia.

-Dona Lili, por favor, eu sei que está tentando proteger a sua filha, mas eu quero ajudá-la –Monica suplica- Quanto mais tempo a Magali fugir disso, mas tempo ela vai sofrer em silencio. Ela se tornou uma amiga, dona Lili. E eu não sou do tipo que deixa amigas de lado!

-Pois bem, Monica. Ela está lá em cima –Dona Lili aponta o caminho para Monica- Segunda porta a direita. E obrigada, a Magali nunca teve alguém como você, ou melhor, faz muito tempo que ela não encontra alguém assim, afinal, a pobre Clarice já não falava mais com ela quando... Você sabe. Bom, vou voltar para os meus afazeres lá dentro, fique a vontade.

Dona Lili sai da sala e some entre um corredor. Monica sobe sozinha a imponente escada de Magali. Ela hesitou um pouco antes de bater na porta, em seu interior reuniu toda a coragem que precisava para àquela hora e deu três batidas leves, foi o suficiente para Magali abrir a porta.

-Monica? –Magali desfaz a cara de angústia que estava ao abrir a porta, revelando um sorriso abatido- O que está fazendo aqui, como você entrou?

-Sua mãe me deixou entrar. E eu vim te ver, Magali. Vim conversar com você, entender o porquê de você não ter me contado sobre a sua doença e o porquê de você ter fugido naquela noite –Monica entra no quarto da menina a convite da própria.

-Eu... Eu escondi de você porque achei que você não entenderia, ninguém nunca entendeu. Me julgavam, faziam piadas quando eu passava, era demais –Magali se sentou em sua cama- E quando a Carmem falou daquele jeito, eu não sabia o que fazer, só queria esconder minha cara em um buraco, como não havia nenhum eu fugi. Depois disso achei que vocês iriam me odiar e não tive coragem de ir a escola hoje.

-Eu nunca iria te odiar, e a Denise também não –Monica se acomoda na poltrona de frente para a outra garota- Magali, todo mundo tem problemas, sejam eles mais ou menos graves, não importa. Nós entendemos que você tem os seus e que se você não quiser falar sobre eles, temos de respeitar –Monica continua- Alem do mais, pessoas como a Carmem não valem a pena, o que elas querem é te ver triste e elas não merecem nenhuma lágrima sua, então, na próxima vez lembre-se de que suas amigas estarão lá com você e que você nunca mais vai ter que enfrentar nada sozinha!

-Puxa, obrigada Monica! –Magali deixa uma lagrima cair- Eu nem lembrava mais o que era amizade, obrigada mesmo.

-Que isso, agora vem cá da um abraço garota, e vamos arrumar suas coisas, pois você vai pra escola amanhã –As duas riem.

Enquanto pegavam mochila, uniformes e algumas outras coisas, Monica recebe uma mensagem no celular.

-É a Denise –Ela diz sem tirar os olhos da tela.

-E o que ela quer? –Magali diz com a cara enfiada no guarda roupa.

-Parece que o Cascão foi atropelado –Monica leva a mão à boca, não acreditando no que acabou de ler- Meu Deus, que horror.

-O Cascão? –Magali logo leva sua atenção a amiga- E ele esta bem?

-Eu não sei –Monica digita eufórica- To tentando falar com a De, mas ela não visualiza.  Me sinto tão culpada, logo hoje...

-Por que culpada? –Magali pergunta sentando-se para recuperar as forças.

-Eu e ele tivemos uma pequena discussão hoje, eu fiz ele brigar com o Cebola sem querer e ele ficou de cabeça quente. Ia pedir desculpas hoje na saída, mas sai na frente de todos, para poder vir falar com você –Monica esfrega as mãos no rosto, tirando um suor imaginário dele.

-A culpa não foi sua, Monica –Magali abraça a amiga a fim de tranqüilizá-la- Não foi de ninguém, a não ser talvez, do motorista e do próprio Cascão. Ele sempre teve mania de não olhar para os lados quando atravessa.

-Isso é tão horrível –Monica checa o celular para ver se recebeu alguma resposta de Denise, sem sucesso.

As meninas começam a chorar. Abraçadas em silencio, uma cena melancólica, para um momento melancólico.

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Cebola chorava desesperado. Estava na ambulância com seu amigo. Não largava sua mão. Rezava internamente, não podia perdê-lo em hipótese alguma.

-Cara, por favor –Cebola soluçava- Fica comigo, cara. Fica acordado Cascão.

-... –Cascão não conseguia falar, embora estivesse com os olhos semi- abertos.

-Eu não ia conseguir ficar sem você cara, por favor –Cebola chorava mais desesperado- Não vai!

-Cebola... –Cascão diz fraco- O que houve?

-Você foi atropelado cara –Cebola diz abrindo um sorriso, era muito bom ouvir a voz do amigo- Estamos indo pro hospital, seus pais vão nos encontrar lá!

Cascão volta a ficar mudo.

-Agüenta só mais um pouco, cara –Ele ainda segurava a mão do amigo- Estamos quase lá.

Ele estava com a cabeça baixa, ainda chorando, segurando a mão do amigo com toda a sua força. O único barulho era do aparelho médico o balanço da ambulância estava fazendo-o se mexer muito. Lá fora, ouviam-se as sirenes.

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O sábado logo chegou. Cascão conseguiu se recuperar. Estava no hospital ainda, mas já estava bem melhor. Cebola o visitou todos os dias, porem, por recomendação do próprio amigo não foi sábado para dar tempo de se preparar melhor pro jogo.

Magali voltou à escola, e com a ajuda de Monica e de Denise enfrentou tudo de cabeça erguida, para o desgosto de Carmem.

Monica acordou disposta, estava com um ótimo humor. Ainda sonolenta, pegou sua toalha e sua blusinha de algodão, quando foi puxá-la de cima da cadeira derrubou algo, uma caixinha, a qual não analisava há muito tempo.

A caixinha caiu em cima do tapete, não quebrou, mas sua tampa abriu, revelando assim seu conteúdo. O envelope rosa-claro com a delicada assinatura dela, o ultimo exemplar de sua caligrafia, o ultimo resquício de seu perfume.

Monica abaixou e, com cuidado, pegou o envelope ainda lacrado. Pensou em finalmente lê-lo. Não via o por quede não o fazer, sua vida estava ótima, tinha duas amigas incríveis, o rapaz de quem ela sempre gostou também gostava dela, ou ao menos aparentava gostar, estava indo bem no colégio e há muito tempo não tinha crises de choro.

Pensou mais um pouco, aquela era umas das poucas lembranças que tinha de Clarice, além de algumas fotos e roupas que ela esqueceu em sua casa. Abrir aquela carta significaria desconectar-se por completo da amiga, selar de vez um mundo passado, muito diferente do agora. Ponderou mais um pouco e por fim a guardou de volta, pois o potinho em cima da prateleira mais alta, atrás de alguns enfeites. Pronto, assim ela o esqueceria e o seu elo com Clarice estaria a salvo por mais um tempo.

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Chegou ao jogo de futebol mais cedo do que o combinado, logo foi deixada por Denise que foi para um canto falar algo com umas meninas que Monica nunca tinha visto. Sentou na arquibancada solitária, analisava o campo ainda molhado pelo sereno da manhã, o sol alto o secava com naturalidade, a grama recém cortada estampava contornos brancos que definiam toda uma partida e de seus limites surgia uma silhueta, ao ir se aproximando, Monica viu quem era. Pelo visto, mais alguém chegou bem cedo...

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O hospital estava quase vazio, parado, monótono. Lá se encontravam apenas famílias que, angustiadas passaram a noite em claro, médicos de plantão e enfermeiras que ansiavam pela hora de sair por aquela porta.

Magali caminhou pelo longo corredor, o único ruído era de seu salto batendo contra o linóleo recém polido.

Esperou sua identificação e também que a enfermeira o avisasse sobre sua visita.

-Senhor Cássio? – Josefa,a enfermeira bate delicadamente na porta- O senhor tem visitas.

Magali entra na sala sem nem ao menos ser autorizada por Cascão. Agradece a enfermeira e fecha a porta quando essa vai embora.

-Bom dia –Ela abre um sorriso.

-Por que você esta aqui? –Cascão diz fazendo um pequeno esforço para se levantar um pouco.

-Queria te ver. Nosso ultimo encontro foi meio conturbado, confesso, mas eu precisava saber como você estava, Cascão. –Magali se senta na cadeira.

-Estou bem Magali, obrigado –Ele diz, meio grog.

-Vim te fazer companhia por um tempo, até seus pais chegarem. Sobre o que quer conversar? –Ela tenta anima-lo.

-Bom, pelo visto você não vai embora tão cedo. Vamos falar sobre a época de futebol, é meu assunto favorito –Ele abre um sorriso fechado ao imaginar- Quando sair daqui eu vou me matar de se exercitar para voltar a jogar!

-Tomara –Magali cruza os dedos, em consideração.

Conversaram bastante, logo ele se acostumou com a presença dela. E ela, bem, digamos que ela sempre foi acostumada com a presença dele.

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Notas Finais


Foi isso!♥

Esse jogo promete... Vai ter a chegada de um personagem que ninguém estava esperando (mistériooo)

Deixem suas opiniões ai nos comentários, vou adorar lê-las!♥♥

Beijos, até o próximo capitulo!♥


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