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História Vida comum - Um dia comum


Escrita por: jhemmy

Capítulo 1 - Um dia comum


Assim como em todos os outros dias, esse não foi muito diferente. Acordei com o belo despertador gritando ao meu lado me falando que já era 05h50min da manha, como alguém pode ter feito algo tão irritante igual a um despertador, penso comigo e logo levanto, coloco a agua para ferver como de costume pra fazer meu café,  eu tenho cafeteira para fazer, mais me incomoda aqueles pequeninos fragmentos de pó no fundo da xicara. E vou para o banho  ainda sonolenta. Tento lembrar que dia é hoje e o que tenho que fazer, porém meu cérebro ainda está pensando na cama quentinha que eu à poucos minutos estava deitada. Prefiro tomar banho na agua gelada simplesmente pelo fato de ser a única forma de me indicar que já levantei e que preciso acordar realmente, é um choque com a realidade.

Após o tortuoso banho no “polo norte”, com a toalha enrolada em meu corpo não muito atrativo, sigo para a cozinha a fim de terminar de preparar o café.

–Huummm, hoje tem aula de patologia, iremos utilizar aquele macacão horrível e aquela bota de borracha branca.

Bom não  posso esquecer do macacão, bota e luvas, então já guardo na bolsa. Olho o relógio para ver que horas são e meu Deus, dou um grito,  já são 06:20 h,  daqui a 20 min passa meu ônibus e nem me arrumei ainda, rapidamente sigo para o guarda roupa e pego a primeira blusa que encontro e uma calça jeans, particularmente o período da manhã não é o melhor horário para ficar escolhendo roupa, então após me vestir, adoço meu café e já dando umas bicadas vou procurando minha bolsa e colocando uma rasteirinha, patologia também não é a melhor aula para escolher um sapato, já que iremos colocar a bota  e ficar vendo animais mortos. Após alguns goles longos de café, corro para o ponto e “uffa” ainda falta 2 minutos para o ônibus passar, e de longe o vejo apontando em algumas quadras para frente em nossa direção.

Subo no ônibus lotado, e me espremo no meio de todos tentando encontrar algum lugar para seguir viagem. Por um momento imagino como as sardinhas se sentem dentro daquela embalagem, solto um riso baixo sem querer e vejo alguns olhares curiosos em mim e disfarço olhando para o lado. Minha expressão mudou rapidamente pois algo me chamou atenção, era um menino  que estava sentado com um olhar longe demais para aquele ônibus apertado.  Fiquei o observando, tentando imaginar o que se passava em seu mundo. Engraçado, existem pessoas que nos prendem a elas só pelo fato de estarem no mesmo lugar, por mais que não as conhecemos, seus mistérios no olhar nos cativam,  e esse garoto não foi diferente, acho que nem percebi que fiquei o encarando por muito tempo, até vê-lo olhar fixamente para mim com uma expressão indecifrável e por um reflexo involuntário tentei disfarçar mudando o ângulo da visão, acredito que não foi uma das minhas melhores estratégias, porém consigo voltar a pensar na aula novamente e me esqueci  do garoto.

Ao descer do ônibus, fiquei esperando meu amigo Rodrigo chegar, para andar mais umas quadras, Rodrigo é um dos meus mais velhos amigos, dizem que amigos homens são melhor que meninas, e isso eu comprovo pelo fato de Rodrigo me ajudar em cada furada com os garotos, claro para se ter a amizade de um garoto primeiro eh ‘’obrigatório’’ passar pela fase de paixonite um pelo o outro, e eu e Rodrigo já passamos por ela a muitos anos atrás.

 –Eae Lien. Bom dia!! O que foi com você ? Pq ta com essa cara?. Diz Ro todo animado. Ele estava com uma camiseta vermelha e uma jaqueta de couro preta, que particularmente combina com ele, já que sua pele é clara e seus cabelos são escuros, isso o deixa mais lindo.

 –Frio, cedo, patologia e um garoto, isso te diz algo??.

Pergunto com um olhar longe além dele.

–Não acredito, mais um essa semana?? Já te falei que você precisa de um namorado?.

Ele me abraça com uma bela gargalhada.

Desvio-me dos seus braços levemente fortes e me afasto ainda com um olhar pensativo. Olho para ele com uma expressão neutra e digo:

 - Esse foi diferente, o jeito dele é diferente dos outros, e-ele me chamou atenção! E ei... Você que está que precisando de uma namorada, Senhor Solteirão. Não te vejo com ninguém depois que terminou com Anny.

E dou uns apertos em suas bochechas rosadas.

 – Você vai superar. Afinal já são dois meses num é? .

Eu digo olhando firmemente em seus olhos com um belo sorriso, até que ele olha para o chão e diz baixinho.

– São um mês e vinte e três  dias, e hoje foi a trigésima nona vez que liguei para ela, e não me atendeu.

Vejo uma fina camada de agua se formar em seus olhos e já tento desviar sua atenção bagunçando seu cabelo perfeitamente arrumado com gel.

 – Você é muito bobão sabia! Mas voltando para medicina veterinária, desconte essa sua dor hoje, descobrindo do que o nosso paciente morreu ein! Hoje deixo você com essa função.

E dou soquinho em seu braço. E ele abre um sorriso discreto, sei que ele ainda esta pensando nela, mas finjo que não percebi afinal eu que a citei na conversa, sinto uma pequena culpa, mas passa após olhar para ele e ver que seu semblante já havia mudado.

–Então me fala do garoto mistério. Ele pergunta.

 



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