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História Vida de Casal - Extra: Casamento do Beel - Parte 1


Escrita por: Fellipe_Miky

Notas do Autor


E aí, galera! Tudo bem?
Como essa fic chegou aos 133 favoritos, eu estava re-lendo ela e tudo mais e fiquei com muita vontade de fazer uma série de extras para comemorar essa marca. MANO, ISSO É UMA FIC DE BEELZEBUB!!!! TEM NOÇÃO DE COMO É IMPORTANTE ESSE NUMERO PRA UMA CATEGORIA TÃO ''TANTO FAZ''???

Será dividido em 3 extrinhas retratando o casamento de Beel.

OBS: Sim, eu estou usando Zoro e Robin mesmo, foi mal aí... Mas fazer o que né, semelhanças...
OBS²: Leiam, gente... Por favor, se tiver um bom retorno, eu continuo. Senão, eu finjo que nunca escrevi isso aushsuah

Capítulo 15 - Extra: Casamento do Beel - Parte 1


Fanfic / Fanfiction Vida de Casal - Extra: Casamento do Beel - Parte 1

A pequena garotinha em cima do meu corpo se mexia de forma preguiçosa. Notei que estávamos apenas nós na enorme cama do meu quarto. Onde porra está minha mulher? Dei um beijo no topo da cabeça da minha garotinha, que já estava com seus 7 anos de idade, e levantei.

Encontrei-a na cozinha. Passei alguns minutos observando toda sua silhueta de costas. Eu realmente acho impressionante o como Hilda ainda continua linda apesar do tempo passar para nós dois. Não que eu tivesse virado um velho caduco, continuo o mesmo cara bonitão e foda de sempre, além de modesto, claro. Nós dois tínhamos apenas 15 e 16 anos quando nos conhecemos, 21 anos depois e ainda estamos juntos.

Espera... Na cozinha?!

- Meu Demônio! Hilda, por favor, não queime a casa! – Exclamei realmente assustado com a cena. Todo mundo sabe que a Hilda é um perigo na cozinha. Minha falta de sobrancelhas na última vez que ela cozinhou prova isso muito bem.

- Se você falar mais alguma coisa, eu te mato! – Notei seu semblante corado. Claramente ela não queria ser flagrada ‘’cozinhando’’. – A Aya ainda está dormindo?

- Está, ontem a noite eu fiquei preocupado quando ela apareceu no quarto, afinal nós...

- Nem termine! – Cortou-me no meio da frase, soltei uma risadinha enquanto sentava em uma cadeira na mesa, observando-a preparando a macumba, digo, comida. – Hoje o Beel chega em casa. Ele deve estar tão crescido.

Beel havia saído de casa para cursar faculdade em Kyoto. Ele não nos visita há cerca de um ano, desde o último ano novo.

- Ah, então é por isso que você está tentando envenenar a gente? Digo, cozinhando.

Ela me olhou de forma mortal, criando uma aura negra em volta de seu corpo. Não evitei o sentimento nostálgico de nossas lutas no passado, o tempo que Hilda era uma empregada demônio e eu o ‘’pai’’ do Beel... Tanta coisa mudou que nem parece real.

- Eu disse para não falar mais nada, seu lixo! – Disparou uma rajada do seu poder demoníaco em mim, que tentei desviar, mas odeio admitir, estou um pouco enferrujado, e acabei recebendo o dano quase em cheio. Literalmente, voei da cadeira. – Vai falar mais alguma coisa?

- Não, perdoe-me, Hilda-sama. – Disse sarcástico, estralando os ossos após a queda de alguns metros. E peguei outra cadeira.

Ela serviu a mesa com o que chamava de comida, parecia uma gosma preta que só se vê em filmes de terror. Juro que vi aquela porcaria piscar pra mim.

- Mamãe! Papai! – Uma garotinha de cabelos castanhos apareceu, agarrou minha pernas, estendendo seus braços pedindo colo. Folgada... – Obaaa! Pudim!

- PUDIM? ISSO AQUI É PUDIM? – Falei inconformado com o fato da minha filha reconhecer aquela desgraça. – Você está com febre, Aya? Eu pego o carro, vou levar você no médico, e...

- Cale a boca, Oga Tatsumi! – Esbravejou minha esposa. – Eu fiz o seu favorito, meu amor.- Acariciou o rosto, dando um beijo na bochecha gordinha de Aya, que sorriu com o gesto. 

Hilda desde o nascimento de Aya se tornará uma mãe ainda mais amável, o jeito que tratava a filha era admirável. Não que ela não fosse uma boa mãe para o Beel, mas ela sempre teve uma aura estupidamente submissa para ele, e quanto mais se esforçava para perder, mais ela aparecia.

Minha filha vibrou no meu colo enquanto colocava uma colherada daquela graxa demoníaca vomitada pelo satanás (Não, eu não estou exagerando) na boca. Eu só conseguia acompanhar com meus olhos e rezar pela sua vida.

A porta da casa foi aberta.

- E aí, família! – Disse um homem sorridente acompanhado de uma mulher desconhecida. Era meu filho. – Oba, mamãe fez pudim! – Disse mudando seu tom maduro para um infantil em um segundo, pulando em cima da mesa.

- IRMÃOZÃO! – Aya pulou de meu colo em cima do irmão, que a agarrou no ar.

- Opa, tá ficando pesada, Pirralha! Daqui a pouco o velho nem vai conseguir mais te carregar... Deve doer as costas. – Disse de maneira audaciosa, arrancando uma gargalhada da irmã mais nova.

Minha veia da testa deve ter saltado, por que eu senti uma chama de raiva de repente.

- Vai tomar... – Não terminei a frase com o olhar de minha esposa alertando sobre Aya não poder ouvir ‘’palavras feias’’. - ...Nescau?

- Mãe! A gente tem nescau? – Gritou minha filha. Ela era muito hiperativa. Que logo começou a puxar a calça do pijama da mãe, essa que buscou um copo com o que a filha tanto pedia.

- Oi, mãe. A senhora está linda. – Disse abraçando a mãe, levantando-a do chão e em seguida  dando um beijo na bochecha de Hilda, que não escondeu a sua felicade enchendo o filho de perguntas sobre seu bem- estar, clássico papo de mãe preocupada, continuaram o blá-blá-blá até eu ouvir a seguinte pergunta: - Como é que ainda tá junta desse cara, hein?

- Ah, agora cê exagerou, moleque! – Pulei em cima dele, fazendo com que nós dois bolassemos no chão. Sempre que eu e o  Beel nos encontramos... brigamos. Trocamos diversos socos, mas nenhum realmente saia machucado.

Fiz uma chave de perna perfeita, fazendo ele se debater.

– Peça clemencia para o grande Oga-sama que eu te solto!

- JAMAIS!

- Ah, é mesmo? – Apertei ainda mais, forçando sua costas até estralar. – Não vai pedir?

- Vai, irmãozão, sai daí! – Gritava Aya, apoiando o irmão. Mas que pequena traidora.

Hilda e a tal mulher observavam a cena de formas diferentes.

Enquanto Hilda já pegava seu guarda chuva e retirava sua espada, a outra mulher observava a cena aflita e preocupada.

Quando eu notei o que estava para acontecer, já era tarde demais. Meu corpo já havia se chocado contra a parede enquanto uma mãe coruja babava o filho, que de relance dava um sorriso tipo ‘’se fudeu’’ para mim.

Minha filha ainda deu a língua pra mim! Até minha filha caçoa de mim. Logo eu, o fodão Oga Tatsumi?!

- Enfim... Já acertamos as contas novamente, velho?

- Claro, chutei seu traseiro de novo!

- Vai sonhando!

Ambos sorrimos e trocamos um abraço, baguncei seus cabelos como sempre fiz. Ele estava alto, forte, nem parecia o bebê que andava sob minha cabeça todos os dias.

Só agora a figura de uma mulher foi notada. Ela era realmente linda, e não nego que por segundo babei. Só um segundinho, juro.

- Quem é essa? – Sussurrei para meu filho, que pareceu lembrar que ainda não havia apresentado a até então desconhecida.

- Ah, foi mal. – Ele foi para perto da garota, passando seu braço ao redor da mesma. – Essa daqui é a Sayuri. E ela é minha noiva. Iremos nos casar assim que eu me formar. 

- Mas você se forma mês que vem!

- Exatamente. – Disse abrindo um sorriso largo. Olhei para minha esposa que parecia que iria ter um passamento.

- COMO ASSIM CASAR? – Disse minha esposa com desdém. – Você acha mesmo que irá casar com uma humana qualquer?

- Calma, Hilda... Não fale assim com a garota. – Defendi a noiva do meu filho. – Pode fazer mau ao filho que eles vão ter.

- O QUE?

- Eu não estou gravida, senhor. – Disse a jovem de forma tímida.

- Mãe, tenha calma só um instante. – Beel tentou controlar a ‘’mãe monstro’’ que estava se sentindo traída no momento.

Aya pegou minha calça, chamando minha atenção.

- Papai, o Beel vai casar? Eu não querooooooo! – Minha filha caçula abriu um maldito choro estridente. – Não quero, não quero, não quero! 

Aya sempre foi extremamente ciumenta com o irmão, até pior do que a mãe. Ele sempre quando tinha alguma namorada, não podia trazê-la aqui sem sofrer isso, porém nem preciso falar que agora tá pior.

- Aya... – Segurei-a no colo, tentando acalmar seus berros. Enquanto Beel tentava fazer o mesmo com a mãe. – Vamos todos sentar, tudo bem? Acho que vocês precisam explicar isso direito.

Como eu havia sugerido, todos fomos para a sala. Minha esposa e filha olhavam para Sayuri como se fossem mata-la. Eu nunca senti tanta pena de uma pessoa. Acho que nunca senti nem pena de uma pessoa.

- Eu e a Sayuri nos conhecemos há 6 meses... – Iniciou o Beel, logo sendo cortado pela mãe.

- 6 meses? Isso lá é tempo de já falar em casamento! Como você sabe que ela é a certa pra você, meu filho?

- Senhora, eu amo muito o seu filho. – Disse nervosa, mas demonstrando coragem. Ganhando um interno ‘’Oooh’’ meu. – Eu também achei que era imprudente nos casarmos rápido, porém, nós dois queremos ficar juntos para sempre.

Eu, e aposto que a Hilda também, notou o olhar apaixonado que os dois trocaram. Era como o nosso.

- Sinceramente, eu não tô nem aí. Vocês podem casar até hoje se quiserem. – Disse com tom de descaso, demonstrando meu apoio a situação da minha maneira. – Essa decisão não é nossa, Hilda. Nós casamos com a mesma idade e ainda estamos juntos, não é?

Minha esposa soltou um suspiro, ela estava admitindo a derrota

- Tudo bem. – Chegou próximo a Sayuri, que estava ao lado do rapaz de cabelos verdes. – Eu te aceito como esposa do meu filho, porém, terá que fazê-lo feliz, todos os dias da sua vida, ser a razão da vida dele, sempre está ao seu lado... Pois é assim que um casal tem que ser.

Ouvir Hilda falar assim era inédito. Principalmente o seu olhar em minha direção no final. Ainda escutei meu filho soltando uma zoação com minha cara, que com certeza estava vermelha pra cacete agora.

Apesar da manhã tumultuosa, o resto do dia foi tranquilo ao estilo da família Oga. Liguei para meus pais para contar a novidade e eles surtaram de tanta felicidade, já planejando o casamento inteiro.

Furuichi foi em minha casa no final da noite, e saímos nós 3 para bebermos saquê em um pequeno bar. Meu filho contou todos detalhes de como conheceu Sayuri. Ele namorava a amiga dela, e quando a conheceu, sabia que precisava tê-la. Furuichi contou suas aventuras com a ultima garota que tentou conquistar. Diz ele que quase conseguiu... Mas sabemos que é mentira. (Sim, ele continua solteiro mesmo tendo quase 40 anos. E sim, a vida amorosa dele continua uma vergonha.

- Você devia investir na Omori, já disse isso mil vezes. – Comentei enquanto viramos mais uma dose.

- Na Nene-san? Cê tá louco, ela me odeia!

- Odeia nada, tio Furuichi. – Disse meu filho, que atacava uma tigela de yakiniku. – Desde que eu me lembro ela dá mole pra você.

- Vocês tem certeza disso?

- Claro que sim, seu idiota!

O bobão ficou com um sorriso gigante no rosto. Como é que alguém passar anos e não nota que alguém gosta de você durante tanto tempo?

Não que eu fosse o maior perito no assunto ‘’amor’’, afinal, esse nunca foi meu lance.

Voltamos pra casa tarde. Fui para meu quarto e encontrei minha esposa assistindo um desenho infantil na TV. Ela amava essas coisas.

Dei um selinho demorado nela.

- Trouxe saquê pra mim? – Foi a primeira pergunta que ela fez assim que separamos os lábios.

- Cachaçeira mesmo, hein. – Zombei. Em seguida mostrei a garrafa do liquido. – Sim, eu trouxe.

Ela nem quis copo nem nada, tomando direto da garrafa, o que me fez rir.

- Eu ainda não acredito que o Beel-sama vai casar. Ele era só um bebê até um tempo atrás...

- ‘’Sama’’? Fazia tempo que cê não falava assim, amor.

Peguei a garrafa, tomando um gole junto com ela.

- O tempo passa muito rápido mesmo para os humanos...

- Se arrepende? – Mencionei o fato dela ter trocado sua vida eterna para se tornar humana.

- Nem por um minuto. – Disse me beijando de uma forma intensa, já fiquei até animado. – Você demorou demais essa noite, seu lixo.

- Estava com saudades, é?

- Não... Estava com... Você sabe. – Disse de forma enrolada. Fofa.

- Sei, sei muito bem

Beijei-a da mesma maneira que sempre a beijei. Desde a nossa primeira vez, até hoje, nós ainda mantemos o mesmo sentimento. Já tivemos inúmeras brigas e ameaças de separações, entretanto, sempre acabamos do mesmo jeito: com o corpo ela suado, sua boca emitindo gemidos próximos ao meu ouvido e nos amando como sempre.


Notas Finais


E é isso...


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