“Hoje acordei melhor do que nunca! Antes de tomar o delicioso café da manhã feito pela mamãe,
Meu paizinho disse que eu havia recebido flores, e pegou para mim para não me acordar, que fofo! E quando fui ler o cartão! Era d...”
-Menina vagabunda! Acordou e em vez de ir preparar o café meu e da sua mãe, preferiu ficar aí escrevendo! Vai logo antes que eu te dê uma surra!
-Mas pai! Nem temos nada para comer, você gasta tudo com droga e bebida, o que você quer que eu faça, que eu roube comida?
-Insolente! Pois é isso mesmo que você vai fazer, vamos, eu vou ficar te olhando na esquina, roube pão, leite, ovos, carne, e essas coisas, ah e uma vodka e um cigarrinho para mim.
-E como você quer que eu carregue tudo isso, sem ser vista, escondendo na boca?
-Por mim, pode ser até na orelha, agora vai!
-Mas!
-Já chega!
Ele me bateu no olho esquerdo, tão forte, que fiquei com dificuldade de enxergar, e contra a minha vontade, fui até o mercadinho. Como combinado, esse bêbado nojento que tenho o azar de chamar de pai, ficou na esquina.
Comecei a pegar as coisas, tentando não ser vista, até que um lindo rapaz, de pele negra e olhos cor de noite, forte mas nem tanto e bem alto entrou em minha frente:
-Mocinha! Você não quer um carrinho de compras, ou uma cesta? Olhe o tanto de coisa que você tá carregando! Vai, deixa eu te ajudar!
-Não!!
Nesse susto, deixei tudo cair no chão.
-Puxa moço, me desculpa mesmo
-Não se preocupa, eu que te assustei, linda desse jeito, não deve estar acostumada a ver gente feia como eu!
Como sou muito clarinha, deu para ver nitidamente que eu fiquei corada
-I -imagina
-Você vai levar mais alguma coisa?
- E -eu...
Eu saí correndo, deixando tudo no chão enquanto ele ficou ali abaixado no chão. Ele veio atrás de mim, correndo e me segurou pelos braços
-Eu estava brincando quando disse que era tão feio, mas eu tô começando a acreditar!
-É que eu não posso!
-Não pode o que?
-Me solta rápido!
Enquanto isso, meu pai chega com uma cara furiosa, e me puxa dele, tão forte que me joga no chão.
Eu, como estava com tanto medo e vergonha, fiquei ali mesmo, chorando.
-Quem você pensa que é seu imbecil? E você sua cachorra estúpida, vem que a gente precisa ter uma conversinha.
Ele e puxou pelo cabelo, achei que ia arrancar todos os fios. Ele foi me arrastando, até que o rapaz o puxou.
-Senhor com todo o respeito, você não tem o direito de a agredir!
-Seu bixinha, quer me ensinar como tratar minha filha, vem então, que eu te arrebento!
-Menos, meu senhor!
-HAHAHA, ele não aguenta! Vem, vamos para casa sua idiota!
Meu pai voltou a me puxar, e o rapaz ficou ali nos olhando, com uma cara de que iria fazer alguma coisa, mas não fez.
Chegamos em casa e eu fui direto pro quarto, saí correndo e tranquei a porta. Meu pai ficou batendo na porta por alguns minutos e desistiu, eu, como de costume fiquei chorando até cair no sono.
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