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História Vida de Treinador - Rota 202 - Encontro um homem imortal


Escrita por: UltimateTitan

Notas do Autor


Lembrando sempre, se quiser que um treinador original seu apareça aqui deixe o nome dele, um pequeno resumo e o pokemon favorito nos comentários que eu coloco ele nos capítulos futuros.

Capítulo 4 - Rota 202 - Encontro um homem imortal


Fanfic / Fanfiction Vida de Treinador - Rota 202 - Encontro um homem imortal

Pikachus Mega-evoluem?

Começamos a jornada rumo ao sul pela saída da cidade, foi estranho olhar o lugar onde eu nasci e deixa-lo para trás. Quer dizer, é claro que não é pra sempre, South Beach fica a poucas horas a pé (como eu queria ter uma bicicleta agora), mas mesmo assim é estanho deixar tudo que eu conheço para trás. Minha casa, meu avô, meus amigos. Bom, dessa parte eu não posso reclamar.

Diana não demonstrou emoção com a cena, eu não achei que ia ser diferente, talvez um pouco do calor da praia aqueça o coração de gelo dela. Bele não disse nada, mas me pareceu feliz, as vezes ela é bem difícil de se entender.

Seguimos o caminho com cuidado, uma vez que não tinhamos nenhuma pokebola resolvemos que seria mais seguro evitar confronto com pokemon selvagens. Diana era contra. Ela precisava de combates para aumentar o poder de Chester, sim ela tinha batizado seu Pokemon de Chester. Bele também achava maldade bater em pokemon só pra ganhar experiência. Confesso que era uma novidade Bele conseguir dizer uma frase inteira sem sumir sua voz. Eu poderia me acostumar com isso.

Andamos por cerca de uma hora e já não era mais possível ver a cidade por trás da floresta. Vi alguns pokemon selvagens, como ledyba e pelo menos dois spearow. Achei que poderia ser uma boa voltar aqui depois e ver o que mais havia na floresta. Horas mais tarde, com o fim a tarde se aproximando o ar frio da montanha começou a descer na nossa direção. Pensando nas garotas achei por bem montar um acampamento, acender uma fogueira e seguir depois que a temperatura voltasse a subir. Claro, nenhum bom plano funciona sem uma boa preparação. Eu tinha esquecido de trazer uma barraca ou saco de dormir.

- Então... - Perguntou Diana.

- Eu esqueci de trazer o material de acampamento. - Respondi. - Mas isso não é um problema. Posso achar comida na floresta, e galhos para o fogo. Meu problema é ter onde passar a noite.

- Nem espere que eu divida minha barraca com você.

- Eu não ia pedir.

- Pode dividir comigo. - Sussurrou Bele.

Por alguns segundos achei que era alguma ilusão auditiva, mas a cara de Diana deixou muito claro que tinhamos ouvido a mesma coisa. Devo ter feito uma cara que orgulharia meu avô, já que em segundos os dedos de Diana estavam nela.

- Tire esse sorriso besta da cara.

- É a única cara que tenho. - Respondi. - Mas podemos fazer assim, a Bele me empresta a barraca dela e vocês dormem juntas. Não tem problema.

- Mas eu não me importo... - Bele tentou argumentar, mas era inútil.

- Eu me importo! - Diana foi direta em responder.

- Bom se acertamos isso eu tenho que buscar comida e lenha. - Usei minha pokebola e trouxe Eva para a conversa. - Volto daqui a pouco.

Sai para buscar o que precisava, Eva facilmente conseguiu achar comida, embora frutas sejam mais comida de pokemon que de gente eu não ia reclamar por passar um dia a base de frutas frescas. Os galhos eu peguei e carreguei com facilidade, embora tenha dado um pouco de trabalho achar grama seca para acende-la.

Eu juro que não demorou mais de quinze minutos, mas quando eu cheguei Bele estava sozinha no que seria nosso "acampamento" de uma noite.

- Onde está a Diana? - Perguntei, tentei não ser muito rude, Bele era uma pessoa complicada, se sentisse atenção demais sobre si mesma se fechava em sua concha. - Acho que ela vai gostar do que eu trouxe.

Montei a fogueira, tentando parecer o mais natural possível. Mas não consegui acender o fogo. A grama ainda estava úmida.

- O Fennekin poderia ajudar.

- Kitty.

- Como?

- Kitty, acho que ela fica melhor com esse nome...

- Atá, nesse caso a Kitty poderia acender para gente?

Bele chamou sua Kitty e com ela acendemos o fogo. Pelo menos não tinhamos que temer o frio e a escuridão.

- Ela foi treinar...

- Diana saiu pra treinar? - Entendi a mensagem, mas não acreditei. - Treinar na floresta?

Bele fez sinal que sim, eu me levantei e sai correndo com Eva. Diana poderia saber tudo sobre pokemon que estava em um livro, mas mexer com pokemon selvagem é um problema totalmente diferente. Eva me guiou pela floresta, até que eu ouvi os sons de uma batalha. Não foi difícil ver Diana e seu Chester em uma pequena clareira. Chester já tinha alguns machucados ao longo do corpo, em frente a ele um pássaro pequeno que eu reconheci como um spearow estava. Aparentemente Diana resolveu lutar com seu pokemom de grama contra um pokemon voador. Isso não ia dar certo.

- Diana, deixe isso para lá. - Disse imediatamente.

- Unh. Trix? Como me achou aqui?

- Te segui, achei que tinhamos combinado não lutar contra pokemon selvagens.

- Não, você disse pra não fazer isso, e Bele concordou. Eu nunca disse nada.

Spearow fez um ataque de areia que deixou Chester cego por um momento. Ele balançava seus chicotes em frente ao rosto tentando limpar a poeira. Demorou mais do que o esperado e o bico do pokemon pássaro o acertou violentamente. Ele havia desmaiado. Diana demorou um segundo a mais do que eu esperava para perceber.

- Vamos, hora de ir.

Pequei a pokebola de sua mão e apontei para Chester, trazendo ele de volta. Eu nem dei o primeiro passo quando ouvi o grito do spearow. Vindo literalmente do nada me vi cercado por uma horda de pokemon pássaros.

- Corre. - Disse a ela.

A horda de pokemon voadores veio atrás de nós, tentei me lembrar mais ou menos o caminho pro acampamento, mas como Eva havia me guiado da primeira vez não tinha lá muita certeza de qual era o caminho. Acho que me perdi com os pássaros atrás de nós, até achar uma saliência rochosa, um pequeno morro. Ele claramente não estava lá antes, então eu já tinha certeza que estava perdido. Diana me seguiu, mas quando viu eu parando em frente ao morro percebeu que teriamos de lutar se quiséssemos escapar dali.

Quando eu já me preparava para chamar Jiráia (sim, eu também tinha batizado meu pokemon), ouvi uma voz atrás de mim. era uma voz poderosa como um trovão.

- Pikachu, Choque do Trovão!

Como se uma ordem divina fosse pronunciada pelo próprio Arceus, um pequeno rato elétrico com raios azuis saindo ao longo do corpo apareceu entre nós e os pássaros. Ele era diferente dos pikachus que eu já tinha visto (embora seja verdade que não sou especialista em pokemon elétrico) seu pelo era espichado, como se fosse pura energia estática, tinha diversas manchas pretas ao longo dele, e sua cauda não era nem reta nem em formato de coração, era angulada como suas orelhas. O que ele fez foi ainda mais impressionante. De seu corpo saíram raios azuis, a força deles parecia fantástica, destruíndo as rochas no caminho entre ele e os pássaros, quando os atingiu levou todos a nocaute instantaneamente.

Olhei sem entender, primeiro para o pokemon, depois para de onde tinha vindo a voz. Sobre a rocha um rapaz bem mais velho coberto com uma manta e um boné estava parado.

Tão rápido quanto tudo começou, terminou. O Pikachu do sujeito brilhou por um momento e voltou a forma comum de qualquer outro pikachu macho que eu já tinha visto. Ele escalou de novo a rocha dando alguns pulinhos e rapidamente foi receber o afago do seu treinador.

- Igualzinho nossa primeira vez. Só que dessa vez você não tentou me eletrificar.

O pequeno pokemon levou como ofensa, e disparou outro choque, menor que o primeiro, mas mesmo assim impressionante, no seu treinador, que caiu com a cara suja de fuligem.

Nesse momento ele nos percebeu, se levantou e saltou para o chão.

- Olá, vocês estão bem?

- Estamos. - Informou Diana, nem ela conseguiu manter sua voz calma desta vez.

Eu, por outro lado, nem conseguia articular direito as palavras. Agradeci por Diana nunca ficar sem palavras.

- Quem é você, estranho? - Ela perguntou.

- Sou um treinador, me chamam de Grey, estou a caminho de uma montanha chamada Hill Dragon.

- Acabamos de vir de lá. - Informou Diana. - Fica do outro lado da floresta.

- Valeu.

O tal Grey parecia pronto pra ir, quando eu recuperei um mínimo de compostura.

- O senhor podia nos acompanhar. Temos um acampamento.

O rapaz pensou um pouco, e no fim disse:

- Claro, seria ótimo tomar alguma coisa quente.

Sem pokemon nos perseguindo consegui achar o caminho para o acampamento com alguma facilidade. Bele já tinha esquentado algumas canecas com leite e achocolatado. Naquele momento me pareceu uma refeição digna do próprio Lugia. Bele quase tentou se esconder quando viu o rapaz, então fui acalma-la.

- Esse rapaz nos ajudou na floresta quando achamos um combate de horda. Diga oi ao senhor Grey. - disse eu.

- Senhor não, tenho apenas 27 anos. Grey está bem.

Bele fez um cumprimento, mas não se aproximou muito. Fingiu procurar outra caneca para o convidado.

No fim nos sentamos próximos ao fogo. Grey perguntou o que estavamos fazendo, eu disse sobre a encomenda, que era nosso primeiro dia como treinadores, e a confusão com os Spearow, quando ele soube do que tinha acontecido com o chester pediu para vê-lo. Diana tentou avisar que ele estava desmaiado e precisava ir ao centro pokemon, mas ele insistiu. Chamado Chester novamente o estranho pegou um cristal amarelo e esmagou contra as mãos, deu para o Chester respirar e instantaneamente ele se levantou. Não parecia 100%, mas já estava bem melhor.

- Esses cristais de Revive são caros. - Informou Diana, enquanto olhava para Chester. Ela parecia feliz que seu pokemon estivesse bem.

- São sim, mas vocês precisavam dele. Tenho certeza que fariam o mesmo por mim e meu pikachu.

- Pika-pika! - Respondeu o rato amarelo.

Com essa boa ação aquele homem havia derrubado qualquer muro que nos impedia de confiar nele. Durante a noite que ia passando Diana lhe perguntou quase tudo que ela queria saber, quando tinha começado a treinar, quanto forte era aquele pikachu, de onde tinha vindo, por onde tinha passado, que pokemon tinha capturado. Ele contou que era um treinado a quase 20 anos, tinha vindo de Kanto, mas tinha passado por Hoeen, Shino, Kalos, Ilhas Laranjas e uma série de lugares que eu nem sabia que existiam, que tinha feito muito amigos e encontrado muito pokemons, mas capturou poucos, preferia que o próprio pokemon decidisse por vir com ele. Contou que seu pikachu sempre foi muito forte, o que levou Diana a tentar explicar uma longa teoria sobre Valores Individuais dos pokemon e como ele deveria ter um ataque especial 31, seja lá que o que isso seja. Eu não entendi nada dessa parte. A única coisa que me interessou foi quando perguntou como o pikachu mudou de forma. Ele explicou que esse pikachu especificamente tinha escolhido nunca evoluir, mas certa vez ele tentou salva-lo de um perigo gigantesco, tentei imaginei que perigo poderia ser esse que um pikachu que quebra pedras com raios elétricos não conseguiu resolver e teve de mega-evoluir para salvar o dia. Pensando bem, talvez não quisesse imaginar isso.

No fim estavamos cansados, com chester melhor achei que era melhor irmos dormir. O estranho se ajeitou junto ao fogo, já que também não trazia um saco de dormir. E eu fiquei ali fora. queria ter certeza que nada aconteceria. Embora tivesse sérias dúvidas que eu poderia impedir aquele cara se fosse preciso.

Fiquei acordado no frio perto da fogueira por algumas horas com Eva no meu colo. Acho que cochilei, mas acordei quando ouvi um barulho, olhei em volta, o estranho não estava lá. olhei em volta pronto para qualquer coisa, quando ele voltou, trazia lenha nas mãos.

- Desculpe se te acordei. Percebi que o fogo ia apagar e fui buscar mais.

Ele jogou os galhos no fogo, usou um mais longo para mexer o fogo e continuou.

- Suas amigas são muito legais. Você deve gostar muito delas para ficar nesse frio aqui fora com uma barraca vazia ali.

- Bom, você está aqui fora também.

- Verdade, mas eu tenho uma vantagem. Eu sou imortal.

- Imortal!? Acho que não acredito nisso.

- Acredite no que quiser, algumas coisas são verdade querendo ou não. Quando eu comecei minha jornada para me tornar um mestre pokemon eu encontrei um pokemon muito raro, ele realizava desejos. Eu pedi uma vida longa de aventuras. Ele cumpriu esse desejo muito bem.

- Um pokemon tornou você imortal?

- Quase isso. Eu sei que vou morrer um dia, mas isso não vai acontecer enquanto minha jornada não terminar. Até lá nada pode me matar, eu me machuco, e esse pestinha amarelo se aproveita disso, mas nada me para pra sempre. Eu sempre volto para continuar a jornada.

- Por isso que você foi pra todos esses lugares?

- Também. No começo eu só queria encontrar novos pokemon, fazer novos amigos, conhecer lugares legais, sabe, seguir o sonho. Eu tinha vários amigos que iam comigo. Era tudo que eu queria. E eu era muito feliz.

- O que houve?

- Eles cresceram, foram cuidar de suas vidas. Viajar e dormir no chão pode não ser um grande sacrifício por uns dias, mas não é o tipo de vida que alguêm quer para sempre. Um dias eles simplesmente cansaram.

- Por que está me contando isso?

- Porque vi como você se importa com suas amigas. Aproveite bem seu tempo com elas. Acredite, no fim, é tudo que importa.

Não dissemos mais nada aquela noite. Não sei dizer quando eu dormi, mas quando acordei Grey e seu Pikachu já tinham ido. Achei uma pequena trouxa de pano amarrada onde antes a fogueira estava. Dentro tinham três frascos azuis, uma pedra roxa e uma carta. Na carta dizia:

Aqui tem três repelentes para que vocês cheguem na cidade em segurança, o chocolate estava ótimo. Assinado: um amigo.

Olhei para a pedra roxa, não era nada do que eu reconhecia, mas deveria ser importante. Resolvi guardar para o professor olhar depois. Acordei as meninas depois disso, íamos chegar em South Beach em poucas horas, era melhor começar a desmontar o acampamento.


Notas Finais


Espero que tenham gostado da participação especial. Outras vêm por ai.


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