1. Spirit Fanfics >
  2. Vida e morte por um fio >
  3. Capítulo três

História Vida e morte por um fio - Capítulo três


Escrita por: lizlonelyk

Notas do Autor


Tanto para aprender...

Capítulo 3 - Capítulo três


Uma multidão de pessoas, muitas atrasadas como eu para o trabalho, apenas mais um dia... um fluxo de idas e voltas, sozinhos a caminho de uma breve sobrevivência, estou no metrô como sempre tão lotado,mas algo de fato chama a minha atenção são muitas,cada uma com um levantar e um deitar como o meu, uma pequena fagulha de luz em uma escuridão, sou obrigada a dividir um espaço tão pequeno que nem me seguro, vejo o que seria uma migração, mesmos horários, mesmas estações,ruas,cidades etc. Mas mesmo assim sozinhos,nada é dito nem uma só palavra, duplas e pequenos grupos são exceções em uma regra que atravessa gerações, diversas vidas e sim diversas mortes…

Uma vez quando ainda estava no colégio (ensino médio),passava todos os dias no mesmo horário em umas das ruas de um bairro nobre,naquele tempo vivia intrigada com uma senhora de uns oitenta anos, a casa da senhora era antiga,cheia de gatos com uma varanda no segundo andar (casa essa que hoje não existe mais), sempre as 07:40 ela saia na varanda se repreendendo, um monólogo que se repetia todos os dias.

...- Deveria ter feito apenas um sacrifício !!! Onde estará a sua juventude?? Bebendo Vinho ? brindando o seu futuro tão promissor, ah foram tempos tão mágicos, Mas perdi… dediquei tempo demais,fiz de mais e não plantei para mim mesma.

- Se tivesse o entendimento de hoje … se estivesse a enxergar do ponto onde estou, eles dizem que sou louca por falar sozinha (sussurrando),  eu lutei, eu lutei !! o que recebi em troca ? deveria ter aceitado a minha posição e permanecido assim!..

A parte que deixava de fato curiosa era “ter feito apenas um sacrifício” o que significava ? como havia comentado minha mãe se preocupava demais com assuntos “espirituais” para ela esse sacrifício poderia significar o termo em sua real colocação, como se a senhora tinha oferecido algo a alguém, melhor matado algo e dado como oferta, demorei anos para compreender que ela falava de pequenas atitudes, do ceder algo ou de simplesmente não pegar o que seria para ela, desta forma favorecendo alguém. Ele  havia me ensinado sobre isso, havia falado sobre a aprendizagem das pessoas de como ao invés de ajudar atrapalhamos, como às vezes é necessário dizer um não e assumir a posição, ainda que de fato haja escolhas onde é favorecido  um dos lados, a verdade sobre isso não vemos ao longe não compreendemos devido a nossos anseios,não esperamos o resultado final …

No trabalho  um excelente exemplo, pergunto-me como alguém que estudou a vida inteira, se preparou e não sabe se impor ? A sobrevivência cobra de homens e animais uma certa camuflagem, a roupa certa e a atitude certa para o local exato, medidas chatas e um tanto opressoras... Criam regras,padrões e pensamentos … e a sobrevivência diz: Se camufle finja que “aceita”, nessa selva assim como o rugido do leão, aquele que sabe falar e a hora de ficar calado  é o grande rei, aquele que será respeitado entre os demais, tão simples não é ? por que complicamos a vida ? buscamos nossas originalidades em momentos que devemos nos misturar a paisagem, esperar o momento certo para então surgir.. .Ele deu diversos exemplos, ensinou como só um pai o faria e mesmo assim caí em minhas armadilhas.  a verdade é que somos nós os grandes inimigos…


Notas Finais


Somos cegos...


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...