Depois de terém me abusado foram embora gargalhando. Eu me senti um lixo humano eu estava suja por dentro e por fora. Fiquei ali paralisada chorando baixinho e tentando digerir que fui abusada por dois caras nojentos.
Decidi levantar e ir embora.
Quando fui levantar senti uma dor enorme em minha intimidade, e quando olho para minhas pernas, vejo sangue... Como pude perder minha virgindade de maneira tão.... TÃO.. Brutal...
Escorre uma lágrima solitária de meus olhos, e sinto que de agora em diante vai tudo mudar drasticamente..
Saio andando vagarosamente pelas ruas. Olhando fixamente para meus pés. Hora outra olho para trás com medo deles voltarem atrás de min.
Após uma longa caminhada chego em casa. Estão meus pais na sala me esperando. Quando olham para min e avistam meu estado me olham com um olhar desesperador preocupado e aflitos por ter chego em casa tarde, suja e com minhas roupas rasgadas.
─ FILHA!! ONDE VOCÊ ESTEVE??? MEU DEUS!! EU QUASE CHAMEI A POLICIA!! − Ele baixou o tom de voz, assim como seus olhos procurando a resposta no que estava vendo a sua frente − Oque aconteceu com você minha flor?? Sabe o quanto fiquei preocupado?? − Ele me olhava com o mesmo olhar de quando me perdi no shopping na vez que saímos para passear. Mais dessa vez o olhar era diferente..
─ Pai...− Parecia um sussurro.. De tão baixo que falei
─ FILHA ISSO É SANGUE? NÓS DIGA OQUE ACONTECEU MINHA FILHA! − Minha mãe já estava chorando desesperada .
Silencio .. Lagrimas .
.
─ Filha não minta para nós! − Eu odiava quando eles estavam assim.. Preocupados.. E também desesperados..
─ Filha o que aconteceu para estar assim − Apontou para minhas roupas rasgadas com as mãos tremulas. − Nós diga oque aconteceu Sakura!
Juntei forcas de onde não tinha mais, enxuguei minhas lagrimas que teimavam em cair descontroladas..
─ Eu..e-u ...Estava voltando para casa ... Ai... Eu.. − Chorei novamente .. Mas as lagrimas venceram acompanhadas de soluços e mais lagrimas fortes.
─ Oh. Filha.. − Minha mãe veio em minha direção devagar e me abrasou forte.. Pelo abraço calado de minha mãe, juntei meu pedaços e falei de uma vez. Olho fixamente para um ponto qualquer e começo minha narração.
─ Eu.. tinha acabado de sair da escola e penso em vir por um atalho para chegar mais cedo em casa. Quando percebo que dois homens estavam me seguindo e.... É... − Paro mais uma vez e respiro forte, como se eu estivesse me afogando.. E estava.
─ Filha não me diga que... MEU DEUS MINHA FLOR?! − Ele anda ante a parede e a soca com força. Seu olhar estava perdido no vazio_ Eles... Abusaram de você?? − Ainda com meu olhar perdi Afirmo com a cabeça. − NÃO OOOO OOO...
Sinto o abraço se afrouxar. Levanto minha cabeça em direção a minha mãe. Ela estava perdida.. Agra sua face estava coberta de lagrimas fortes..
─ não. Não.. NÃO!.. − Ela negava a si mesma que a “Noticia” era real.. Como queria que fosse.
─ Vamos.. Para a delegacia agora.
Seu olhar agora esta mirado em min. Como se ele quisesse guardar na memoria a minha imagem.. Seu olhar estava perdido, ele parecia estava numa batalha interna sobre oque fazer nesse momento.
─ Filha.. Olhe para min. − Desvio o olhar de meu pai e encontro os de minha mãe.. Oh.. Como isso foi difícil..− Filha, sei que ..... Você deve estar assustada e... Machucada tanto por dentro.. Como por fora − Parecia ser difícil para minha mãe, declarar qual quer frase.. − Mais precisamos levar esse caso para a policia... Sei que isso vai ser desgastante.. Mais não podemos deixar.. Esses monstros impunes. ...
Não falei mais nada.
Fui levada assim mesmo para o carro e fui para delegacia dar queixa. Fiz corpo de delito e passei por vários depoimentos..
....Bom dai em diante foram só pesadelos (literalmente) nunca os acharam até hoje. E foi bom, para min por que, não queria ver eles novamente. NUNCA MAIS.
Eu tinha medo de que eles vinhecem atrás de min outra vez e repetissem a dose mais uma vez...
Todas as noites eram acompanhadas de pesadelos pós-traumáticos...
Noites sem dormir. Chorava muito a noite..
E Assim fui levando.. Aos quebrados mais fui...
Durante esse tempo. Meus pais ficaram frios, quietos. Eles não tocavam no assunto. Eu acabei por me sentir culpada por o Abuso. Bom. eu sofri uma mudança radical. Comecei a me vestir de outra forma e ouvir músicas o tempo todo. Eu afastava todos que queriam se aproximar de min eu tinha um vocabulário um tanto agressivos vezes. Mudei de escola e agora começou o ano escolar. Isso foi decisão da minha psicóloga. É com isso, tive que me submeter a muitas seções de terapia e agora tenho que ir na minha psicóloga e Tia Tsunade.
Eu hoje estou em plenos 17 anos e posso dizer que eu amadureci. (em todos os sentidos)... E desde o acontecido eu faço ao máximo para não acabar com o resto que sobrou de min. Sinto-me Quebrada. Espedaçada. Meus pais me ajudaram, mais às vezes, sinto que eles querem mascara tudo isso. Mais o triste disso, é que não tem como esquecer.
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