História Vidas traçadas em linhas tortas. (hiatus) - Susto.

        Depois fechei a porta e fiquei na minha solidão tranquila ou tentando pelo menos, olhei pelo cômodo e me senti pensativa, terei muito trabalho pela frente e melhor ir fazer alguns curativos e tomar remédios para os meus machucados curarem mais rápido, e assim aquele moleque não ficar os encarando com cara de incomodo e isso me deixa irritada.

   Fui para o meu quarto, o silencio sempre foi algo apreciado por mim, assim escuto todos os pensamentos que tenho com nitidez e não preciso me preocupa com nada além de mim mesma, abri a porta e ao entra circulei minha cama indo em direção ao criado mudo, que tinha do outro lado dela, dentro dele eu sempre guardava uma caixa de curativos, pois sempre que eu precisasse, abri a gaveta e vi a pequena caixa branca, peguei-a e me sentei enquanto cuidava de todos os machucados, colocando gazes fitas e bandejes, isso é um saco, por isso que eu raramente faço curativos em mim, prefiro somente limpa, mas dessa vez alguns são mais profundos e tenho que cuidar ou poderei ter que ir a algum hospital, e eu odeio hospitais mais que tudo com exceção dos meus pais, é claro.
    Depois de fazer todos os curativos necessários peguei minha mochila e tirei o notebook de dentro, me sentei no sofá e comecei a fazer os relatórios, que não eram poucos, tenho certeza que ficarei os fazendo por um bom tempo, mais não é tão chato quanto parece, o lado bom e que enquanto eu escrevo relembro como foi matar cada um deles e me divirto com os detalhes.
   Algumas horas depois termino todos os relatórios da noite anterior, satisfeita eu jogo meu corpo para trás no sofá e fico meio deitada com o notebook no colo, e suspiro alto com preguiça de fazer qualquer coisa, mas ainda tenho que ir a empresa leva-los a Siely, infelizmente, ela deve está se roendo de curiosidade para os lê e descobri como matei cada um dos rangs, sorri imaginando a expressão que ela fará ao ler cada um deles e tenho dessa vez terei um bom tempo de folga, talvez três semanas ou um mês, assim eu espero e acho muito justo.
   Quero ficar um tempo sem ter que evitar as meninas e me esconder, aproveitar e me dedicar mais a escola, mesmo que meus estudos estejam em dia, e é sempre bom ter um tempo livre, principalmente se eu quiser ler os livros novos da Chi, ela sempre teve bom gosto para livros e tem um tempo que eu não leio nada, irei aproveitar e passar mais tempo com as meninas, mas sem os namorados delas e os amiguinhos deles, ai já é pedi demais para mim.
   Sentei novamente e tirei o notebook do colo, o colocando ao meu lado no sofá e me levantei, procurei meu celular com os olhos pela sala e o vi caído no tapete, andei até ele e me abaixei para pegá-lo, olhei as horas e percebi que eu tenho que me adiantar ou chegarei tarde à empresa, a Siely irá embora a menos de uma hora, corri para o quarto enquanto tirava a roupa e entrei apressada no banheiro.
   Não me importei com a agua fria no meu corpo, estava com pressa e não tinha tempo para frescuras como tomar banho de água quente, minutos depois me enrolei na primeira toalha que vi e voltei para o quarto indo na direção do closet, procurando roupas adequadas, calças e casacos negros, boné e óculos escuros, prendi meu cabelo em uma trança embutida e calcei o primeiro tênis que vi na frente e peguei os relatórios impressos guardando dentro de uma bolsa escura, voei porta a fora.
   Corri pelo salão de entrada e apressei o passo caminhando na direção do estacionamento, merda eu tenho pouco tempo, olhei no celular e faltava somente quinze minutos para ela ir embora, procurei a moto e quando a achei corri até ela e me joguei com tudo em cima dela, em segundos já me encontrava na estrada, acelerei o máximo que podia enquanto pilotava entre os carros e ainda tinha que ter cuidado para não ultrapassar nenhum sinal vermelho a esse horário, se um policial me vê irei ser multada e na minha situação isso não irá ser nada bom.
   Quando cheguei à empresa deixei a moto junto da calçada mesmo e corri para dentro do prédio sem me importa com quem ficava me olhando torto pela minha presa, os seguranças reconhecerem a minha figura e não fizeram nada, estão acostumados a me verem com esse tipo de roupa, entrei no elevador e por sorte não tinha ninguém, com a angústia fiquei batendo o pé no chão e quando desci no andar dela, avancei para a sua sala e abri a porta com tudo fazendo ela dá um sobressalto assustada, erguer as mãos para cima e fechar os olhos enquanto falava rápido:
   - Juro que não fiz nada, eu me entrego. – sorrir enquanto recuperava o folego, ela abriu um dos olhos ao ouvi a minha respiração descompassada e quando percebeu que era eu se sentou e ficou me olhando emburrada pelo susto. – você me assustou, pensei que fosse outra pessoa, sei lá, não faça isso novamente, por favor.
   Assenti e me aproximei da mesa em que ela estava sentada, me sentei a sua frente enquanto colocava a bolsa no colo, abri e tirei uma pasta com os relatórios e lhe entreguei vendo um sorriso ganhar formato no rosto jovem dela e recostei-me na cadeira e fiquei a observando lê cada linha com um conjunto de expressões engraçadas, sorri de cada uma delas principalmente quando ela arregalava os olhos com algo, levantei e comecei andar na direção da porta, mas antes de a abri para sair virei o rosto para ela, que me olhava e falei:
   - Agora que entreguei os relatórios para você tenho que ir e espero que dessa vez nada atrapalhe minha folga, que seja de umas três semanas no mínimo. – ela assentiu quando me virei de volta para frente e ao abri a porta ouvi sua voz.
   - Espere! Lembre-se que a festa é nesse final de semana e você tem que comparecer de qualquer jeito, não se esqueça e você tem um mês de folga, aproveite bem. – Eu lembrarei, até logo Siely.
   Sair sem ninguém sequer ousar olhar diretamente na minha direção e caminhei para fora, estou com fome, será que devo prepara algo? Eu poderia passa no apartamento das meninas e jantar com elas mais tarde, primeiro tenho que me trocar, eu não posso aparecer desse jeito, os vizinhos irão pensar que eu sou alguma ladra ou algo tipo e isso poderá chamar atenção, que é a ultima coisa que eu quero.
   Enquanto eu entrei subi no elevador fiquei pensando se deveria prepara algo e levar, mas acho melhor eu mandar uma mensagem antes, vai que elas estão na casa dos meninos ainda ou se eles marcaram algum tipo de encontro à noite. Quando a porta se abriu vi um garoto pálido esperando para entrar, não esboucei nenhuma reação continuei indiferente a ele e sair, ele é o mesmo do outro dia, Yoongi, se eu não me engano foi assim que o chamaram quando alguém o viu entrar no outro apartamento.
   Sair do corredor e antes de entra ouvir a porta ser aberta e ao olhar para o lado percebi que o JungKook olhava na minha direção então rapidamente fechou a porta e depois ficou encarando o elevador, ignorei e voltei a andar para meu apartamento antes que os outras aparecessem, ele veio na minha direção e me segurou o pulso, me virei a quando fiz menção de quebra o seu braço ele me soltou na hora e deu um passo para trás.
- Calma, será que pode para de ameaçar quebra o meu braço. – suspirei e não disse nada, ele passou a mão pelos cabelos, os bagunçando lindamente e depois disse. – Está bem, e o Yoongi-hyung ele comentou algo quando você desceu do elevador e lhe viu.
   - Ele não disse nada, mas não é a primeira vez que esbarro com ele no elevador, mas isso não importa, ele até parecer não ligar para a minha presença e isso para mim é ótimo então não me preocupo, agora tenho que ir.