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História Video Games - A paz para a Palestina


Escrita por: AlaaskaY

Notas do Autor


Oi, de boa na lagoa? Tenho a suspeita que esse capítulo ficou um tantinho comprido huehue é que às vezes eu me empolgo e enfim... deem play na música Love Like This - Kodaline (minha nova banda vício ;3) no POV do Nathaniel Boboca Humphrey (carinhosamente nomeado por mim ;3), well, o link está nas notas finais... Sem mais enrolações, boa leitura e até embaixo...

Capítulo 11 - A paz para a Palestina


Por  alguns segundos Angelina mantêm os olhos em mim, apavorada e estupefata. Eu a encaro de volta, atordoado. O que acabei de fazer?

— Jess! Enlouqueceu?! Ouviu alguma palavra que ela disse?! Qual o caralho do seu problema? — Angelina pula do chão, me fuzilando com o olhar. Ela corre até a porta e a abre. Amy ainda está ali, em choque tremendo dos pés a cabeça. — Amy… Jess só ficou assustado, entre.

Angelina traz Amy puxando-a pela mão, delicadamente. Mal fito Amy, não consigo.

Grávida? Ouvi direito? Não, nem pensar. Impossível. totalmente impossível. Tão impossível que chega a ser engraçado, como uma boa piada, e até seria, se as circunstâncias não fossem ridículas.

— Jess… eu estou, sinto muito.

Aliso a têmpora nervosamente. Não pode ser.

— Meu Deus, Amy — sussurra Angelina. Seus olhos aumentam, sem sombras de dúvidas pensando “fodeu”. — Quero dizer, Uau! 

— Eu… eu estou… — Amy gagueja, fitando os pés, tão incrédula quanto qualquer um de nós três ali.

Cerro os maxilares e bufo. Finalmente tendo algo a dizer.

— Não, não está! Nunca transamos, Amy, acorda! — então olho-a, sentindo meu corpo esquentar, meu coração acelerar. É a raiva aumentando gradativa e apressadamente.

Amy treme, seu rosto está vermelho e seus olhos molhados pelas lágrimas.

— Não grita, Jesse! Se estou é claro que transamos, droga! — berra ela. Um sorriso sarcástico se estica em seus lábios. — Acha que fiz como? Com o dedo?! Ridículo!

— Não, não isso é impossível! Nós nunca trepamos! — teimo.

Amy começa a dar voltas pelo quarto, entre lágrimas.

— Você estava bêbado! — diz ela, parando para me olhar nos olhos, nunca tão profundamente. — Foi só uma vez! Uma semana antes de vir pra cá… No apartamento do Nathan… Por favor, eu sei que você se lembra!

E eu me lembro. Não da trepada em si. Mas de ter bebido demais, além do que deveria e de ter subido as escadas para o 2º andar com Amy, perdido nos efeitos do álcool.

Amy e eu namoramos há dois meses. Foi numa das muitas festas de arromba, intensas e insanas que se seguiam pela madrugada a fio no apartamento de Nathaniel que a conheci. Contudo, como eu morava longe, mantemos um relacionamento a distância, salvo as vezes que eu ia até sua casa aqui em Nottingham, ou quando eu não estava muito ocupado estudando, tentando ser aceito na Exphire, para não conseguir adentrar as festas eloquentes de Nathan. Nunca transamos, trepamos, fizemos amor, fodemos e blá-blá-blá que é a mesma coisa. Mas agora aqui está ela, dizendo que sim, me deixando cheio de dúvidas.

— Jess, que droga, não confia em mim?! — murmura ela. Amy vem se aproximando lentamente, chorando copiosamente, com os braços abertos. Deixo ela me abraçar e enquanto sinto o calor de minha namorada contra mim, o cheiro doce de seus cabelos, e a pulsação acelerada chegando aos meus ouvidos, perco meus olhos tristes nas inexpressivas e vazias órbes verdes azuladas de Angelina.

Apenas minutos antes íamos mesmo ficar?

— Hm… tchau — despede-se em tão pouca voz, o resumo perfeito seria só o mexer dos lábios. Penso em soltar Amy ali mesmo, em implorar pra ela ficar, mas não tem sentido fazer isso. Minha namorada é Amy e ela está grávida. De mim.

Nathaniel

Tudo bem. Já passou da hora. Chega, chega e chega,

Já roubei namoradas demais de Jess, Tô começando até mesmo a sentir uma dorzinha na consciência, acredite se quiser. Sério, eu nunca quis que as coisas chegassem a tanto. Agora que chegou, resta terminar. E é o que estou fazendo, mas está ficando cada vez mais apavorante olhar para Amy e fazer isso. Tudo bem, respira, inspira, é só mais um fora que você está dando, Nathaniel Humphrey.

— Está o quê?

— Terminando com você — repito, olhando minhas unhas, — Isso mesmo que você ouviu.

Amy dá uma risadinha.

— Não, você não pode — diz ela, friamente.

E eu a olho nos olhos. Estamos nós dois atrás do prédio, no canto mais escondido do campus. Está um dia bonito, o céu azul, com grandes nuvens, a leve brisa nos rodeando, a grama nunca esteve tão verdinha e o pinheiro tão grande acima de nós. Está um belo dia para terminar o que nunca deveria ter começado.

— Amy, seja sensata, isso não vai durar pra sempre — prefiro morrer a ter que viver para sempre ao lado dela.

O mínimo que eu esperava é que tudo já estivesse acabado aquele dia no quarto dela e de Angie, mas não, no dia seguinte ela agiu como se nunca tivesse abrido a boca e falado que me odeia.

— Não vai? Será que não vai? — ri pelo nariz. — Você não faz nem ideia.

Bufo. Por que ela não pode simplesmente simplificar as coisas? Seria tudo tão mais fácil.

— Chega, Amy. Acabou, tá legal? — dou uma suspirada. — Vai doer menos se você aceitar.

Não diz nada durante alguns segundos. Isso mesmo, processe as palavras, aceite e me dê paz, garota.

— Entendi… — ela morde o lábio inferior. — Beleza. Mas e agora? O que eu faço com essa criança?

Levanto a sobrancelha. O que é agora?!

— Criança?

Amy ri.

— Estou grávida, Nathaniel. 

Espera. Ouvi direito? Não, não pode ser! Não é engraçado, não tem a mínima graça. Sinto o meu coração bater mais forte e o suor começar a se formar. Vou ter uma síncope.

— Não pode ser meu — murmuro, empalidecendo.  

— Ah, qual é! De quem seria? De Jess? Humpft.

Cerro os maxilares.

— Fala sério, Amy, não pense que eu não sei que você fode com a fraternidade inteira — solto com desprezo.

Nos dois segundos seguintes sinto meu rosto arder onde a mão da garota me acerta.

— Olha como diz, Nathaniel — sussurra.

Aliso o novo vergão, unindo minhas sobrancelhas. E aí começo a meditar… Quem iria acreditar que eu engravidei Amy? Tecnicamente falando, ela namora Jess. E não fui eu mesmo que a engravidei. Camisinhas não servem de enfeite pra mim.  E, vou confessar, não gosto de dizer a verdade e levar na cara por isso. 

— Amy, cai na real, acha mesmo que nasci ontem? — dou de ombros. — Procura outro trouxa pra assumir essa criança, porque comigo não vai colar. Eu sei que não é meu. 

Ela me fita com ódio e eu aliso minha bochecha. Mordo o lábio inferior e dou um sorriso, como que para evidenciar que estou mesmo nem aí. E estou mesmo nem aí.

— Acabou, Amy — digo antes de me virar e partir.

— # —

Entro no meu quarto e bato a porta. Caramba, ela não pode simplesmente simplificar as coisas e seguir em frente? Não gosto dela e sei como sei que a terra é redonda que não sou pai de porra nenhuma. Tiro minha camiseta, exasperado, e a jogo na minha cama, o que me faz bufar, porque acabo de acrescentar mais uma bagunça para toda aquela confusão. Meus livros estão todos espalhados pela cama, meu notebook aberto em um programa de edição. além de algumas peças de roupas e embalagens de comidas.

Por que eu arrumaria isso agora? Não, não, não. A preguiça fala mais alto. Me jogo na cama, de bruços, fechando os olhos. Só preciso relaxar. Respira, inspira… Tudo vai ficar bem, você vai ver como ela vai vai parar de palhaçada e ficará óbvio que tudo não passou de um grande engano. O que eu preciso agora, é dormir. Mais tarde, passarei aproveitando Peter e as sensações estranhas que ele me provoca. Depois, estudarei até a cabeça rachar. Depois, irei ver Angelina. Gosto dela. Mesmo. Seu jeito difícil, seu sorriso sincero e sua maneira de me rejeitar quando sei que quer algo me instiga. Depois escreverei um pouco. E aí tudo bem, só seguir essa rotina sempre. Acabou… acabou… Amy é passado. Angelina é minha nova meta e eu tenho certeza que agora tudo vai dar certo.

Escuto uma batida na porta, penso ser Peter. Abro os olhos e levanto apenas um pouquinho a cabeça. Faço uma careta quando vejo que estava de cara numa cueca. Pulo da cama e abro a porta. Angelina está ali, como se tivesse ouvido meus pensamentos de segundos atrás. Seus olhos estão vermelhos e ela parece meio chapada.

— Hm… tudo bem, anjo? — pergunto.

Usa um short jeans rasgadinho azul claro, coturnos e regata cor pêssego. Seus olhos foram contornados por delineador, justo gatinho, o que deixa tudo mais sexy. Simples, sexy e bonita.

— É… tô ótima — me afasto para que ela passe e Angelina entra olhando cada centímetro do quarto. — Meio bagunçado aqui, né?

Dou uma risadinha e começo a tirar as coisas da cama. Para começar pela cueca, que por sinal está usada. Coloco meus livros na prateleira e seguro a caixa de pizza durante alguns segundos na mão. O que faço com ela? Jogar embaixo da cama parece uma boa ideia.

— É pra combinar comigo — digo, chutando agora um saquinho de batatinhas para seu novo lar e moradia.

— Uau… isso foi tocante — murmura. Bato meu travesseiro na cama, tirando qualquer migalha que tenha ali. Pigarreio e ela se senta. Angelina se recosta na parede, abraça os joelhos e fecha os olhos durante bons segundos, lânguida. Me sento ali ao lado, sentindo seu hidratante com aroma de morango e champagne, e fecho os olhos também. Incrivelmente, finalmente sinto paz e calma. Certo, talvez isso tudo de “anjo” tenha sido uma cantada que inventei na hora que a vi naquele dia na estação, mas vejo mesmo que ela me traz paz que só de alguma maneira um anjo de verdade traria. Tenho certeza que se a levassem para a Palestina, todos os problemas ali se resolveriam em um milésimo de segundo. Vamos supor que existe uma brisa, é uma brisa pequenina, suave e plácida, percorrendo o mundo e deixando para trás só a liberdade e o sossego, o yang destruindo o yin. Angelina é essa minha brisa, esse yang esmigalhando meu yin.

— E você, Nath… tudo bem? — sussurra com a voz atropelada. Abro meus olhos e a vejo tão próxima, com seus olhos perdidos em mim. E, cara, como estão vermelhos.

— Espera… você tá… drogada? — murmuro, entendendo tudo.

Ela solta uma gargalhada.

— Um… pouquinho… assim — responde demonstrando com o dedo polegar e indicador. Começo a rir e ficamos rindo juntos, apenas… rindo. 

— Amy está grávida — diz, de repente séria. Sinto um gosto amargo na garganta. Caralho! Porra! Será que ela… — De Jess. As coisas estão mesmo ferradas, né? 

— De Jess? — pergunto, pasmo.

— É…

Sério que a puta da Amy fez isso? Realmente, essa garota merece palmas, palmas por conseguir ser a rainha da cara de pau. Como é possível alguém ser tão ordinária assim? Minha vontade é agarra-la pelo cabelo e fazê-la admitir para toda a universidade que é uma piranha. Mas não vou fazer isso. Não vou enquanto eu não observar até onde vai toda sua safadeza.

— Quero dizer, que bosta… jurava que estava rolando um clima entre Jess e eu… — diz ela, com um muxoxo. Reviro os olhos, apesar de sempre saber, estou decepcionado. E quando digo sempre, quero dizer sempre mesmo. No instante que vi Angelina e Jess juntos pela primeira vez, sabia que tinha rolado alguma coisa ali, pelo menos pra ela. — Sei lá, foda-se também.

— Anjo — interrompo —, eu sou tão idiota assim?

Ela sorri para mim.

— Da pior espécie possível — responde e pisca os enormes cílios. Ficamos nos fitando assim, em silencio, apenas o sorriso no rosto e o som de nossa respiração soando juntas…

Aí ela pega meu notebook ao seu lado na cama e franze a testa.

— O que é isso, Nath? — murmura.

Arregalo meus olhos, puta que pariu! Nãoooo! Tomo rapidamente meu Notebook de suas mãos e fecho-o com força, jogando na mesinha de cabeceira ao lado.

— Nada! — digo, nervoso.

Angelina gira os olhos.

— Que inferno, você é mesmo um idiota.

— Nunca disse que não era — sorrio. 

— Bem… acho melhor voltar para o quarto, tomar um banho frio… — ela pula da cama e eu só a observo. — Hãã… não quero dizer que foi bom falar com você, Nathaniel, mas vou falar! Que diferença faz? — dá de ombros. — Estou chapada mesmo! Foi bom falar com você.

Solto uma gargalhada.

— Já viu o café aqui do lado, Anjo? — pergunto, alisando meus braços nus.

Ela sorri, seus olhos parecem brilhar.

— Quer me levar lá algum dia desses? — arqueia a sobrancelha, enquanto caminha de costas até a porta.

— Adoraria, Anjo — sorrio e me lembro do porque me chamam de “Babaca sutil da fraternidade”. — E adoraria mais ainda, porque dizem que café te deixa acordado e eu adoraria passar a noite toda acordado com você. Se é que me entende.

Em resposta, a risada calorosa dela soa como música aos meus ouvidos. 

 


Notas Finais


Link da música: http://youtu.be/IkAOasSJro0

Esse casal <3
E então, o que acharam? Espero que tenham gostado e não deixem de comentar! Beijos, tchau :3


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