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História Video Games - Número 36


Escrita por: AlaaskaY

Notas do Autor


Hey, tudo bem? Espero que gostem desse capítulo (:
Boa leitura e até embaixo...

Capítulo 12 - Número 36


Angelina 

Devo confessar que não sei bem dizer os efeitos que Nathaniel Humphrey tem sobre mim. Quero dizer, o cara é gostoso ao extremo, mas na balança ao lado, dá pra se ver que ele é um cafajeste na mesma medida. Há alguma chance de redenção? 

Também não sei dizer sobre os efeitos que Jesse Humphrey tem em mim. Confesso que tive pequenas ilusões, de que sei lá, Amy e ele terminariam… mas essas bobagens terminaram no instante que Amy entrou no quarto, uma Amy que carrega um filho dele. Só que Jess não está mesmo facilitando as coisas me mandando mensagens como se nada tivesse acontecido.

Tudo bem, agora estou focada em Nathaniel, mesmo achando ele um insuportável 24 horas por dia. Sério, ele me irrita só de respirar ali perto de mim, é como se ele não conseguisse simplesmente deixar de ter uma essência de pervertido.

Me olhando no espelho, vejo que meu cabelo não está exatamente legal. Que droga, por que só quando eu decido ter uma vida social é que ele decide se revoltar? Certo. Nem sempre é assim, às vezes ele até é um bom companheiro… Mas por que ele tem que decidir ser um filho da puta logo hoje? O.k, ele tem as táticas dele de me tirar do sério e eu tenho as minhas de dominá-lo. Abro minha gaveta e tiro dali minha toquinha vermelha. Me olho no espelho e até que não está ruim. Pelo menos não muito.  

Me jogo na cama e pego minhas sapatilhas de debaixo dela. Nem me pergunte como elas foram parar lá. Estou encaixando-as nos pés quando Amy salta de cima da beliche. Assusto na hora. Puta que pariu, ela tem que fazer isso sempre mesmo? Não pode, sei lá, ter uma técnica de surgimento normal, tipo, usar as escadinhas? 

— Vai sair, anjo? — pergunta ela, sorrindo.

Me levanto, sem encara-la. Ando até minha cômoda e passo meu perfume.

— Acho que não estou me arrumando para ir dormir — respondo, revirando os olhos. É claro que ela sabe que vou sair, mas ainda assim tem a patética ideia de perguntar o óbvio, Humpft.

— Ah… então isso não é um pijama — diz com voz doce… mas respigando veneno. Que vadia.

Não respondo. Que inferno, Nathan, você não pode chegar agora não? Me pouparia de ter que dialogar com essa chata. Volto a me jogar na cama e Amy caminha até a cômoda. Ela me observa avaliadoramente, os olhos não demonstrando nada, os cabelos longos caindo em volta do rosto. Enquanto me observa, bate as unhas de acrílico insistentemente na madeira, fazendo “tap, tap, tap”.

— Já ficou grávida, Angelina? — pergunta, de repente.

Ai, meu Deus. Tenho mesmo que responder? Não é nem como se eu fizesse sexo! Mordo o lábio inferior.

— Não — respondo no mesmo tom frio.

Ela não fala nada imediatamente. Apenas continua durante bons segundos batendo a maldita unha e me observando.

— Não é legal. Eu sinto dor, vontade de vomitar e tontura… Mas isso nem é o pior — sussurra longos minutos depois.

Onde será que ela quer chegar? Arqueio a sobrancelha.

— Camisinhas servem exatamente para evitar esse tipo de coisa.

— Mas sabe o que é o pior? — acrescenta, como se não tivesse ouvido meu comentário impiedoso. — É saber que o também responsável por isso está pouco se fodendo, que o também responsável por isso, sai com outras enquanto você está vomitando, sentindo dor…

— Hm… e onde eu entro nisso? — pergunto, com um sorriso.

Ela me fita, os olhos explosivos. De repente o “tap, tap, tap” para e é substituído por um “toc, toc, toc, ô de casa!”

Levanto a sobrancelha, fito Amy  e um fino sorriso de canto se esboça em mim. Não sei realmente do que ela está falando, porque se eu faço parte das “outras” que saem com Jess, que está pouco se fodendo, só posso dizer que ela está redondamente enganada. Estou saindo com Nathan. Jess e eu apenas nos vemos nas aulas. Fim.

— Com licença — digo, pulando da cama e abrindo a porta. — Oi, Nathaniel.

Ele abre um sorriso. Odeio o sorriso dele. Odeio mesmo. Seus dentes são branquinhos, compridos e sexy. Seus lábios rosados quando esticados exibem o sorriso que tanto odeio, formam covinhas em suas bochechas. Não podiam ser mais detestavelmente adoráveis. E acho que ele sabe isso, porque a cada olhada de seus olhos, sinto meu rosto todo queimar como brasa.

— Anjo — murmura ele. Desvia o olhar profundo um longo tempo depois. — Oi, Amy. Belezinha? Verdade o que andam falando por aí? Espero que seja uma menino, vai que ele herda os genes maravilhosos que só minha família tem.

Amy fita ele, ainda com os mesmos olhos explosivos.

— Te fode, garoto — xinga, entre dentes. Depois me fita. — Espero que pense no que eu disse, Angelina.

Crispo os lábios.

— Oh, já estou pensando — digo, cínica.

Nathan pousa a mão em meu dorso, indicando pra irmos logo. Saio e ele sai em seguida, fechando a porta atrás da gente.

— # —

Eu estava certa. Aquela cafeteria decididamente é um bom lugar, um lugar que eu já deveria ter visitado antes. Mas agora que estou aqui, está sendo muito bom. O ambiente é iluminado por lâmpadas incandescentes e lampiões antigos reformados, os assentos são em madeira escura, tanto quanto os enfeites nas paredes, e as molduras dos quadros em preto e branco nas paredes. Há murais forrados em cada uma das paredes, murais que permitem aos visitantes pendurar algo com uma tachinha escura, desde uma declaração de amor a fotos da família. O lugar todo tem um ar sofisticado e antigo, é o tipo de lugar que eu não me importaria de passar o dia todo, apenas pensando na vida e divagando um pouco. 

— Legal, né? — Nathan se joga na cadeira pertencente a uma mesa de canto, ao lado da enorme fachada de vidro, onde se encontra desenhos bonitinhos de cafés e cookies. Em uma caligrafia elegante, a promoção do dia. Por através dessa vidraça, podemos ver o movimento lá fora, o campus e os estudantes passando. É incrível a maneira que me sinto relaxada aqui, me faz lembrar o Starbucks, mas uma versão menos pública e mais íntima. — Eu sempre venho aqui pra estudar.   

Sorrio e pego o cardápio.

— O seu sempre agora vai ser o meu sempre também — digo, meus olhos descendo por cada coluna do cardápio. Levanto os olhos. — E então, senhor experiente da cafeteria ao lado do campus, alguma coisa aqui nesse cardápio de especial?

Ele toma o cardápio da minha mão.

— Hmm — murmura, ponderando. Depois, devolve o cardápio a mesa e se recosta melhor na cadeira, sorrindo folgadamente. — Chocolate quente. Cookies de chocolate. Aí mais tarde um Capuccino cairia bem. 

— Sério?! — indago, decepcionada. — Com tanta coisa no cardápio, logo o mais óbvio? Ah, qual é, Nath.

Nathaniel ri e eu sinto um frio no estômago.

— Anjo, os clichês são sempre os que dão certo no final — abre um sorriso de canto.

— # —

— Merda, você está com a razão, de novo — admito, saboreando meu chocolate quente maravilhoso. — Esse chocolate, meu Deus, como é a palavra? Orgasmático.

Nathan ri.

— Eu sempre tenho razão, anjo, aprenda — fala. — E não, você está errada. Orgasmática é a minha presença, esse chocolate quente é saboreável.

Reviro os olhos.

— Protesto, excelência. Sua presença não é nada orgasmática como essa bebida esplendida — brinco, numa tentativa fracassada de usar o vocabulário que Nathan usará quando se formar, seguindo carreira como advogado. — Porventura, se faz bem pouco necessária.

Ele gargalha.

— Você daria uma ótima advogada, anjo, só precisa melhorar o lixo que é seu vocabulário político, sem ofender, é claro — ele tenta piscar um olho, apenas, falhando. Engasgo com meu chocolate quente, rindo sem mal respirar direito.

— Ai, meu, Deus! Descobri! Descobri algo em que você é imprestável! — gargalho.

Nathan fecha a cara.

— Cala a boca, droga — cruza os braços, fazendo beicinho

— Você não sabe piscar um olho só! — sinto meu estômago doer de tanto que solto risadas. De tanta coisa, mas tanta coisa para não ser ruim, sério, logo isso?! — Que ridículo, Humphrey! Isso é, broxante! Quero dizer, qual o sentido em ser um vândalo se você não consegue fazer o simbolo internacional dos vândalos? Bleh! Patético.

Ele continua de cara fechada, até que não se aguenta e solta uma risadinha.

— Porra, realmente, te odeio — diz, dando um gole no meu chocolate quente e pegando um cookie de chocolate. — Mas, sabe como é que é? Não posso piscar um olho só, para mostrar que estou mentindo, portanto… só me restar desmentir. Não te odeio, mas que você é a chata das chatas, ah sim, você é.

Tomo meu copo da mão dele, levando aos lábios. Sinto a umidade da boca dele deixada no copo na minha. Desvio os olhos para o papel de controle do pedido. Preso com um clip, está o número de telefone da moça que nos atendeu. 

— Olhe, deve ser pra você — dou um sorriso malicioso, apontando para o número. — Tiffany. 

Nathan fita o papel, e depois a moça atendendo uma outra mesa, que vez ou outra manda olhares furtivos por cima do ombro. Ele sorri e pega o papel.

— Novata — murmura. Amassa o papel e faz uma bolinha, colocando dentro do copo vazio dele. — Anjo, eu sou muito idiota?

Passo a língua nos lábios, sentindo o gosto de chocolate. Que diabos de perguntas é essa? E ele ainda tem dúvidas?

— É uma piada? Porra, você merece um troféu por babaquice — respondo cruelmente.

— Entendi… Sabia que de 50 meninas da fraternidade, de 35 eu já tirei a roupa?

— Vamos ver… eu vou ser a número 36?

Ele ri.

— Não estou pensando sobre isso. Sei que falo besteira e dou a entender isso sempre — ele passa a língua nos dentes. Piercing no freio, droga —, mas na maioria das vezes falo só por costume, automático, não porque pretendo realmente. O mesmo rolou com essas meninas, eu falei por falar, elas levaram a sério e enfim, eu só deixei fluir. Não é culpa minha, inteiramente, tá ligada? Não faço disso uma missão de minha vida.

— Tô ligada — provoco, usando o mesmo termo chulo dele. — Elas que são fáceis.

O garoto ri e toma mais um gole de meu chocolate quente.

— Hãã… isso me faz menos idiota? — murmura, semicerrando os olhos.

— Um pouquinho — digo e franzo o nariz, ele franze também e rimos observando nossas caretas. — Ou talvez, eu apenas seja imune ao seu charme.

No instante que digo isso, sei que é mentira. Eu estou completamente louca por Nathaniel Humphrey. E sei que ele também sabe. A questão é: Vai demorar muito para eu ser a número 36?


Notas Finais


hahaha, alguém chuta quando? Como? Onde?
Não deixem de comentar, sério, sempre fico muito feliz quando recebo-os, mesmo um simples "continue", motiva muito.
Beijos, tchau <3


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