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História Video Games - Anjo


Escrita por: AlaaskaY

Notas do Autor


Heey!
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a cada leitora de FP que veio pra cá: obrigada, vocês são incríveis! <3
Em segundo lugar, queria falar pra vocês que estou infinitamente apaixonada pelo Jake Bugg, sei que ninguém liga, mas vocês deveriam ouvi-lo, é demais.
E... vamos para o capítulo!
Enjoy...

Capítulo 2 - Anjo


Nathaniel

Eu tenho que parar com isso. É que… é mais forte do que eu. E sei que nem tenho tanta culpa nisso, elas também tem um pouco, tipo, quase tudo. Ligar para os outros e ser um cara certinho nunca fez meu tipo… então eu passo o rodo em todas as namoradas do meu irmão mais novo, Jess, porque simplesmente acho divertido. Ah, mas pensando bem… não foram tantas assim. Só uma… e meia, porque uma delas só dei uns amassos na quadra de esportes da faculdade, portanto não podemos considerar que eu tomei posse totalmente dela. A outra eu namorei por cinco meses. É claro que também houve as ficantes de Jess… mas de namorada só duas. Não pode ser tão ruim, pode?!

Até que não seria, se nesse instante minha picape não estivesse servindo de cama para mim e para a terceira namorada de Jess.

— Nathan, são 16 horas, ele deve estar vindo — sussurra Amy em meu ouvido e morde meu lóbulo.

— Ah, droga, Amy. Termina o serviço, ao menos — resmungo, segurando seu rosto, pensando no quanto ela é bonita. Jesse tem um ótimo gosto para mulheres.

— Sem essa, Nathan, já bastou aquele dia que fomos quase… — faço beicinho em um tom mimado. — Ah, Nathan, assim eu não resisto, cacete. Não seja cruel comigo!

Beijo a boca de Amy, enquanto a pressiono mais contra meu corpo, enlaçando as pernas dela no meu quadril. Durante alguns segundos, ficamos assim, até que a tiro de cima de mim, jogando-a no banco do carona.

— Vem, vamos esperar do lado de fora — digo e saco uma maçã do porta-luvas do carro. Cara, eu amo maçãs, é tipo, um detergente natural para os dentes.

Não demora. Poucos minutos depois avisto Jesse os olhos revistando toda a estação procurando qualquer sombra minha ou de Amy. Ao seu lado está uma garota nova. Nunca vi na vida, mas mesmo de longe vejo que é linda… e gostosa. Faz meu tipo. Tem cara de menininha inocente e indefesa. Cara de… santinha! Elas são as piores. São sempre as piores. Porque uma vez corrompidas, acabou, e a hora de corromper é sempre a mais fascinante.

Sorrio, fitando-a dos pés a cabeça. Paro no calcanhar. Tudo bem, talvez não seja tão bobinha assim. Há alguma coisa tatuada ali. Chuto que é uma borboleta, ou uma flor, ou o nome do ex.

Mordo minha maçã, esperando a novata e pensando na melhor forma de conquistá-la. Rápido e direto, só para testá-la. Testar sempre é uma boa ideia. 

Amy sorri ao meu lado, da forma mais cara de pau que é. Sempre admiro a forma sinceramente bela que ela age com Jess quando momentos antes estava sussurrando meu nome.

— Caramba, Jess, que saudade! — exclama e salta nele. Jesse a comprimi na parede e lá estão eles, ao meu lado fazendo sexo com roupas. Maravilha.

Fito a novata.

Observação n° 1: ela sente alguma coisa por Jess, ou teve alguma ilusão. Tadinha. Parece decepcionada agora.

A garota desvia o olhar rapidamente, antes me fitando com timidez. Hora de ser um bom camarada e deixá-la super a vontade. Sério, eu sou ótimo nisso, em deixar as pessoas bem. Meus colegas me chamam de “super babaca sútil da fraternidade”. Só não entendo da onde surgiu o “babaca”.

— Hm… Ignorem esses trouxas. Vem, vamos para o carro que vou te oferecer uns baseados. E meu Whatsapp — digo. — Sexo só no alojamento, é que infelizmente esses dois vão com a gente na picape. Ah, meu nome é Nathaniel. Mas para você é Nathan.

Ela arqueia a sobrancelha e revira os olhos.

— Em relação a primeiras impressões a sua é péssima, Nathaniel — diz. Abre um sorriso — Mas aceito a maconha.

Ela me fita com indiferença. Quero dizer, ela realmente falou com mais ânimo em relação a maconha do que quando falou de mim…

Menina estranha.

— Nathan — teimo. — Mas e o seu nome?

— Angelina — diz simplesmente.

— Ah, anjo.

— Não começa.

— Não começa o quê, anjo? — me faço de desentendido.

Ela bufa.

— Não temos intimidade para você sair me dando apelidinhos fofos, idiota.

Observação 2º: Essa é das minhas. As difíceis sempre são.

Sorrio internamente (isso é possível?) com a resposta na ponta de língua.

— Intimidade… hm — finjo pensar — soa bem. Não importa, anjo, podemos desenvolver uma assim que chegarmos ao campus, e isso se chama tirar a roupa um para o outro.

Observação n° 3: Angelina cora. Então temos duas opções a) ela é seduzível, ou b) ela não faz muito sexo.

Angelina ri.

— Tá, confesso, você é engraçado. Mas um babaca considerável.

— Você se acostuma. E é uma promessa.

Ela semicerra os olhos.

— Tenho a leve impressão que você está me provocando.

Devolvo o olhar.

— Repete.

Angelina dá uma leve revirada nos olhos. Cara, é tão legal ser irritante. Recomendo a todos, outra técnica ótima para descobrir os limites da pessoa. Infalível, se você não abusar.

— Você está me provocando.

Sorrio, vitorioso. 

— Exato. Agora me diga como é que você se sente sendo provocada — tiro uma lasca de maçã dos meus dentes da frente. Incrivelmente sexy, já treinei esse movimento antes no espelho.

-- Tentada a roubar o ônibus e passar com ele em cima de você! -- responde ela. Dou uma risada, fitando o rosto bonito de Angelina.

Ao meu lado, Jesse e Amy finalmente se descolam. Jess rodeia o braço em volta da cintura dela, com um sorriso bobo na cara. Sabe de nada, inocente.

— Vejo que já viraram amigos — diz Jess.

— Mais do que isso, temos intimidade — faço aspas com os dedos na palavra intimidade.

— Ele diz que temos, mas é claro que não temos — fala Angelina, cruzando os braços. — Seu irmão parece ter sérios problemas de audição. Ou retardadice. Chuto a opção 2.

— É claro que temos, anjo, você só ainda não descobriu — esfrego os lábios um no outro, fazendo um barulhinho irritante. — Meu único problema é não resistir a garotas novas.

Angelina bufa. Jess ri.

— Nathan é um delinquente nerd com complexo de superioridade — responde. — Você se acostuma.

— Ah claro, e estou muto animada — ironiza ela.

Amy solta uma risadinha. 

— Parem de graça! — exclama ela. — Vocês tem mais de 3000 dias para se odiarem, sabiam?

Sabe qual é o lado bom de ter Amy como meu rolo secreto da vez? Ela não é do tipo que me proíbe de ter outros.

— Sim, e ó, eu quero aproveitar cada um deles — esfrego as mãos.

Jesse

Eu estava receoso. Muito. Não confio nem um pouquinho em Nathan e tenho  motivos para isso. Ele é dois anos mais velho que eu, faz direito e sinceramente combina perfeitamente para isso. Canalha, ganancioso e esperto. Mas não é exatamente por isso que estou com medo… O mané está dirigindo a tipo em uns 100 km, som no máximo, e uma energia que puta que pariu. Digamos que ele está bem animadinho. Acontece também que ninguém tá parecendo se importar. Amy canta a música com ele, a plenas pulmões, Angelina da risada.

— Qual é, Jess! Primeiro dia na faculdade! — ele aperta a buzina e  canta. —Come and drink it up from my fertility Dancin’ down on life with agility.

— Anima, Jess, agora estamos na mesma porra de lugar! — Amy soca meu ombro, e vou admitir que não serve muito pra levantar meu animo. 

— Tudo bem, eu me animo, mas posso fazer isso sem estar com medo de sofrer um acidente trágico de carro? — digo e levanto a sobrancelha. — Temos uma criaturinha inocente aqui também, firmeza?

Nathan olha para trás, sem tirar as mãos do volante. Ele exibe um sorriso gigante.

— Criaturinha? Estamos falando de você?! — ele gargalha, sendo acompanhado por Amy, e volta a focar os olhos na estrada a frente. Aleluia.

Angelina ri baixinho e levanta a gaiola do Hamster na altura dos olhos.

— Esse é Hamster — esclarece.

— É um rato essa porra aí?! — olha para trás novamente. Meu Deus, além de tudo é burro.

— Não, é um hamster. Chamado Hamster — diz com um sorrisinho de canto. — Entendeu?

— Hã… ah, ah, ah, legal! Muito original, verdade, anjo. — Ele canta o refrão da música, fazendo uma dancinha retardada. — É o seu primeiro ano também?!

Angelina se mexe desconfortável ao meu lado. Acho que ela não gosta muito de ser chamada de anjo.  Meio óbvio que ela gosta mais do apelidinho que eu lhe dei. Morena. 

— Primeiríssimo. Tipo, parece que foi ontem que eu estava no ensino médio — responde e enfia o cabelo atrás da orelha.

— Eu sei, é uma bela merda se você quer saber. Isso. Faculdade. Mas você vai gostar das festas. Quem não gosta?!  

— Minha amiga falou que elas são mesmo boas — diz Angelina.

— É, pois é, são. O que você vai cursar, anjo? — pergunta.

Recosto a cabeça no banco, com força. Já sei o que vai vir. Sério, não responda, morena, não responda, sério, finja que não ouviu, que foi atacada por uma surdez repentina… só não responda, não responda…

— Letras — responde. — Jess também. O que é ótimo, considerando que só conheço…

— Letras? — aí ele ri, o que não é uma grande surpresa para mim. O idiota sempre ri. — Alguém te informou que essa, é, tipo, uma das faculdades mais podres do universo, marte, jupiter, etc? Esse curso só forma fracassados, anjo, sai dessa. Siga meu conselho.

Ouvi isso as férias inteira. Todas as vezes que Nathan telefonava ele repetia isso. O cara é um babaca da pior espécie.

— Fracassados? Engraçado, você não está precisando desse curso para parecer um — retruca.

Toma! Essa doeu até em mim! Rá! Otário.

— Certo, anjo, tudo bem. Essa é a resposta que eu mereço, entendi, mas… temos intimidade e você deveria me ouvir.

— Intimidade? Humpft — Angelina bufa.

Puta que pariu, o ser não cala a boca um instante.

— Nathan, ninguém tá afim de ouvir merda, sério, cale a boca — digo, chateado.

— Acho letras um máximo — diz Amy, sorrindo.

Retribuo o sorriso e aproximo nossos rostos.

— Não, não. Você é um máximo — faço voz manhosa e a beijo. Gosto de Amy, muito mesmo.

Ao longe, em um lugar muito muito muito distante da minha boca se mexendo na de Amy, escuto Nathaniel falando, um talento que parece difícil fazê-lo parar:

— Não liga, não, anjo. Acabamos de chegar. A espera acabou! Uhu, ansiosa para eu, você, a intimidade, no meu dormitório?!

E Angelina solta, antes de abrir a porta da picape:

— Só estou ansiosa para sair logo de perto de você, babaca. Ah, obrigada pela carona, Jess. Foi bom te conhecer.

 


Notas Finais


TRAILER PRA QUEM AINDA NÃO VIU: http://youtu.be/77dK049QYzw

E aí? Jess ou Nathan? uahusuhuahs
Espero que tenham gostado e prometo voltar o mais rápido possível se vocês comentarem <3
Beijos, tchau :3


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