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História Video Games - Eu não sou o idiota


Escrita por: AlaaskaY

Notas do Autor


Oláá, tudo bem com vocês?
Espero que gostem desse capítulo, boa leitura e até embaixo <3

Capítulo 5 - Eu não sou o idiota


Nathaniel

— Não acha meio… arriscado ficar vindo aqui agora? — pergunto. A verdade é que quero dizer “Acabou, moça”, mas ainda tenho um pingo de delicadeza.

— O que é proibido é mais gostoso — Amy responde, sorrindo.

Olho-a sentada na cama, apenas de lingerie. A maquiagem está borrada, seus lábios carnudos entreabertos, a alça do sutiã escorregando do ombro… 

Sabe aquele doce que você come e pensa “cara, eu nunca vou enjoar. Poderia viver só comendo isso”? Aí a terceira ou quarta vez que você come de novo você simplesmente sente que não é a mesma coisa? Que não te satisfaz mais? É, você enjoou, como disse que nunca faria, cara. Pois bem, para mim Amy é esse doce aí. Triste.

— Hm, vou me arrumar para a festa — resmungo, de mau humor. Entro no banheiro e caio embaixo da água fria do chuveiro. Nem passando muito tempo, Amy entra também. Ah. Não é por nada não, mas eu realmente não estou afim de dividir o chuveiro. 

— Porra, Nathan, que água fria! Meu Deus, muda isso! — resmunga ela.

Levanto a sobrancelha.

— Eu gosto de água fria, Amy, aumenta a auto-estima.

Ela empurra meu ombro, curva a cabeça e solta uma gargalhada de um jeito que agora me irrita seriamente.

— Quem te falou isso? Acabou de inventar?

Enfio a cara embaixo do chuveiro, fecho os olhos e deixo a água molhar meu rosto

— Minha mãe é dermatologista, se te é importante — informo. Puxo uma toalha da bancada na pia e enrolo meus quadris nela.

Amy muda a temperatura da água e continua dando aqueles sorrisinhos sarcásticos.

— E qual a relação?

— Que além de tudo também faz bem pra pele, pro organismo…

— Não faça-me rir! Como se você mostrasse se importar fumando até os cigarros dos seus fregueses.

Reviro os olhos e saio do banheiro. Até que ela tem razão, mas não ligo, não ligo mesmo. Só quero que ela me deixe só.

Me arrumo rapidamente, então Amy sai do banheiro, enxugando os fios em uma toalha branca felpuda.

— Poxa, Nathan… está tão estúpido… o que foi que eu fiz? — indaga, fazendo beicinho.

Nada, você só perdeu a graça pra mim.

Mas é claro que não digo isso.

— Só estou com medo de Jess descobrir — eu realmente não tô nem aí se Jesse descobrir. — Pode ir embora? Acho uma boa eu seguir pra festa sozinho, sei lá.

Amy deixa cair a toalha. Meus olhos percorrem toda a extensão de seu corpo, desde as pontinhas dos pés, até seus lábios cheios. Hm. É pra eu ficar de pau duro? Agora? Dou uma risada, tentando disfarçar o meu fracasso nisso.

— Depois a gente trepa gostoso, gostosa. Vai logo.

Amy revira os olhos.

— Você não presta. Nadinha de nada — aí ela se troca, se manda segurando os saltos na mão, e eu sorrio comigo mesmo porque o cheiro do hidratante de açaí dela é mesmo chato, mas pelo menos eu não vou ter que ficar sentindo o cheiro na pele dela hoje.

Eu tenho que dar um fim nesse rolo, já está torrando meu saco.

Saio do meu quarto, fechando a porta atrás de mim. Jack, meu colega de quarto loiro e gay, já se mandou há tempos. Os corredores estão vazios, apenas sobrando resquícios dos outros estudantes: sujeira, latas de lixo cheias e o cheiro costumeiro de chulé masculino. Estou quase saindo do alojamento quando me lembro que esqueci o pacote de maconha em meu quarto.

Ah, claro. Muito maneiro, maneiríssimo, agora vou ter que voltar para pegar e daí vou chegar mais atrasado ainda. Muito legal.

Volto, pego o pacote embaixo da cama e praticamente correndo, fecho a porta, e aí me deparo com uma figura atravessando o corredor. Usa um vestido escuro, meio soltinho nas partes certas, o decote não é exagerado, mas o suficiente para chamar a atenção. Os saltos também não são exagerados, o que lhe dá um charme especial. Seus cabelos caem nos ombros com algumas ondas. Sorrio, porque reconheço-a e porque esse ainda é o primeiro dia em mais de 3000 em que terei a chance de pegá-la.

— Acho que você está gostosa — solto, antes de conseguir segurar a língua. — Mas vou dizer que está linda, porque assim não vai parecer tanto assim que eu quero te comer. Enfim, você está linda.

Angelina paralisa, então olha pros cantos, xingando baixinho.

— Ah, que saco — fixa os olhos azuis em mim. — É uma sorte sua eu estar de ótimo humor, Nathaniel. Caso contrário ia voar minha mão nessa coisa sua que chamam de cara.

Ai, essa quase, quase! doeu. Eu solto um sorrisinho.

— É legal a forma que você age quando está de “ótimo humor”, imagine se não estivesse.

Ela bufa.

— Só.. saia da minha frente. Tenho uma festa. Tipo, para hoje.

Na mesma hora contenho uma risada. A festa dela vai ser aqui, no alojamento masculino? Que droga de festa seria essa? Não fui convidado, hã?

— Tuuudo bem — Angelina passa por mim, me encarando descaradamente. Dou meu pior sorriso e para minha surpresa, ela retribui com um que mexe comigo, um que faz meu estômago pular. Cara, eu não posso ser cruel, tão cruel a ponto de deixá-la entrar mais afundo no buraco dos machos da fraternidade. Fede a meia suja. Observo ela de costa, descendo meus olhos por seu corpo. —  Só que você está no alojamento masculino, anjo. A festa é no ginásio, para lá, sacou?

Angelina se vira, com uma expressão de incredulidade no rosto.

— Sério?

Solto uma gargalha, sem mais conseguir me conter.

— Acha que por que só eu estou aqui? Eu justamente estava indo quando você lindamente cruzou meu caminho — me apoio na parede, fitando-a. Gosto de observar as expressões dela, é quase como um filme pornô, em que você fica olhando a cara da atriz.

— Que caralho, Deus! Posso ir com você?

O que Deus tem a ver com sua lerdice? Que por sinal chega a ser fofa…

— Claro que sim, anjo. Sempre. Seguro até sua mão, se quiser.

— # —

Angelina não tem namorado (não que isso costume fazer muita diferença quando tô mesmo afim de uma garota. Notável, né?). Fiz uma pergunta meio tosca pra descobrir isso, o que sempre funciona com outras garotas, que acham meigo, mas Angelina me pegou no flagrante. 

Agora estamos dentro do ginásio. Uma música frenética toca, aos poucos vou me livrando do conteúdo do pacote e rapidamente enchendo minha carteira, mas tudo que eu quero é conseguir ganhar a porra da aposta.

— É, eu não tenho um namorado — Angelina admitiu, enquanto me fitava na porta do ginásio. — O que não significa que vou deixar você encostar em mim.

— Aposto que até o final da noite eu faço mais do que isso — desafiei.

E agora estou aqui e já fazem, tipo, duas horas que essa bostinha de festa começou e ainda nem a vi. Talvez ela até tenha se mandado, com outro cara, quem sabe.

— 30 libras — falo, entediado, decidido a aquele ser o meu último “cliente” da noite. Ele pega o “produto”, me entrega o dinheiro e sai quicando em direção ao amontoado de pessoas dançando no centro do ginásio.

Ajeito minha jaqueta de couro, passo a língua nos lábios, umedecendo-os e sigo andando em volta das pessoas. Enquanto a procuro, dando voltas no ginásio, não consigo deixar de ouvir trechos de conversas dos outros estudantes. Ou berros.

"— FALA SÉRIO, GENTE, ELA ESTÁ MAIS BÊBADA QUE EU COM SONO, VAMOS FICAR BÊBADOS TAMBÉM, E ESSE É SÓ O INICIO!"

"VIREM, VIREM, VIREM DE UMA VEZ, EM HOMENAGEM AOS PRÓXIMO 250 DIAS INFERNAIS QUE TEREMOS QUE OLHAR A CARECA DO PROFº DAVID!"

"TEM BALA AÍ, SAM?"

Estou tão distraído, que levo um susto quando uma voz fala baixinho atrás de mim. Meu coração acelera, mas me recomponho rapidamente.

— O que está procurando? — pergunta Angelina. Ela está encostada no balcão com um copo de vodka na mão, me fitando.

Abro um sorriso.

— Acabei de encontrar — vou até ela, sem desviar o olhar, quando chego perto, peço uma vodka no balcão para mim também. — Então… se divertindo muito?

Ela me olha com indiferença.

— Não — responde secamente. — Talvez eu só não esteja bêbada o suficiente para isso.

Analisando-a, Angelina com certeza não está bêbada. Pelo menos não parece.

— Hm… posso te dar algo para agitar um pouco — falo baixinho, enfiando a mão nas balas no bolso.

Angelina gira os olhos.

— Sem essa. Não tô no clima — diz. Ela fica em silêncio, parecendo pensativa, então umedece os lábios. — Por que não está dançando? Ou comendo alguma garota? Ou chapado? Ou todas as opções?

— Porque estou tentando cumprir uma aposta.

Angelina ri.

— Sério? Você é tão idiota. Eu já tinha quase me esquecido…

— Angie! Finalmente achei você! Caramba, garota, isso é uma festa, não uma cúpula para você se isolar! — olho para o lado e Alyssa está entre nós. Seus longos cabelos castanhos ficam quase ruivos na luz da festa, seus olhos claros brilham e ela parece tremer sobre os pés. Está completamente chapada. — Nathan, olá idiota de marca maior!

Ignoro a ofensa, me limitando a apenas olha-la enquanto dou um gole na minha vodka. Não tenho mais palavras com essa garota.

Um garoto atravessa a mão na cintura dela, beijando seu pescoço, aproveitando da falta de equilíbrio mental dela naquele instante. Falo nada, só observo.

— Hã… esse é o… o… o… — Alyssa franze a testa, tentando lembrar o nome do peguete da noite.

— Andrew — ele sorri. — Sou da fraternidade ao lado.

— Hm… que bom — Angelina sorri, parecendo em dúvida. — Amanha ela nem vai lembrar de você.

Ele solta uma risadinha.

— Eu sei disso. A expectativa é essa — ele passa a boca na orelha de Alyssa. Depois dizem que eu sou o idiota. Pelo menos nunca me aproveitei de nenhuma bêbada. 

Alyssa dá risada, os olhos perdidos e débeis.

— Você… você… você é um idiota, Nathaniel. Espero que sofra muito — ela ri mais, como de uma piada que só o próprio narrador vê a graça. Menina louca. — Angiêê, Andrieuu tá fazendo uma festinha particular no dormitório dele. Você está convidada! Totalmente convidada, mulher!

Fito Angelina. Não aceite, não aceite, não aceite.

Mas parece que ela vai aceitar. Angelina fita a amiga com a preocupação óbvia.

— Tudo bem, mas você não vai dormir com ninguém bêbada desse jeito! Você, Andrew, vai ter que segurar a cueca — Angelina coloca o copo de vodka no balcão, decidida. — Vem também, Nathaniel.

Olho para ela, tendo um conflito acontecendo dentro de mim. Se eu ficar, vou perder as chances de ganhar a aposta, se eu ir… bem, posso tentar ganha-la.

Coloco meu copo de vodka ao lado do dela e dou um sorriso.

— Vamos.


Notas Finais


E esse é só o começo da noite uahsuhahsu o que será que vai rolar até o final dela? Comenteem, estou precisando de motivação <3 <3
Beijos, bye :3


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