1. Spirit Fanfics >
  2. Vier Monde >
  3. Chupão

História Vier Monde - Chupão


Escrita por: bullshift e markie

Notas do Autor


CHEGAMOS NOVAMENTE NA PONTUALIDADE DE 00:07 SIM!

Este é um capítulo especial pra gente, amamos ele demais, então esperamos que vocês o amem na mesma intensidade, ok? Vamos >sim< responder aos comentários dos capítulos passados, por favor, não desistam! Quando vocês menos esperarem estará tudo respondido bonitinho com todo o amor, porque sim, amamos cada um! Nos perdoem de verdade.

Mas.. Sem mais delongas, capítulo maiorzinho, leiam sem pressa alguma <3

Capítulo 16 - Chupão


Fanfic / Fanfiction Vier Monde - Chupão

O céu naquele dia não exibia sequer indícios de alguma mudança brusca que acabasse estragando o passeio já estabelecido. Encontrava-se num turquesa nítido acompanhado dos raios solares que aqueciam, talvez até demais, os habitantes de Seul. E dentre estes, claro que Park Jimin e Jung Hoseok, os mesmos que seguiam com ansiedade para um dos bancos a fim de terem certa comodidade no meio de tantas pessoas.

Muitas pessoas. O espírito da floresta nunca imaginaria a existência de tanta gente daquela maneira, não poderia se comparar nem com a quantidade que avistara no dia que esteve na faculdade de Taehyung. Chegava a ser assustador, não largava a mão de Hoseok por nada, mas ainda assim aquilo fazia parte de sua lista – aprendeu muito bem seu significado e a maneira de usá-la graças ao Suga –, e ele queria se divertir apesar de tudo.

 

1. Ir a um jogo de beisebol com o Hobi Hyung.

 

Sua mente focava-se em repassar as regras que antes havia discutido com o castanho, para que assim entendesse algo do jogo que Hoseok tanto gostava. Queria entender aquela euforia que dominava a face do mais velho na pele e gostar daquilo junto dele.

Assim que se sentaram, os olhos cor de âmbar se arregalaram minimamente ao notar a imensidão que o lugar oferecia. Era realmente um lugar muito, muito grande. No campo esverdeado continha marcações, aquelas linhas esbranquiçadas e as tais famosas bases, pelo que se recordava, onde ficava cada jogador. Geral por ali mostrava uma animação desigual, cuja não veria em momento algum depois de sua transição, pensava ele. Sentiu-se realizado com tudo.

— Hobi, ainda demora muito para começar? — perguntara conforme ajeitava o boné branco em sua cabeça, pelo menos aquilo para proteger-lhe um pouco do sol quente. — Acho que eu estou nervoso...

— Normalmente não demora tanto não, Chim. Aliás, beba um pouco de água. — aconselhou, oferecendo uma garrafa que fez questão de abrir. Tinha que manter Jimin em boas condições, hidratando-se sempre. — Eu sempre fico nervoso antes de ver isso. — compartilhou do mesmo sentimento, dando risada em seguida.

E, de fato, eles precisaram esperar alguns minutos até tudo ajeitar-se para começar a partida. Porém, logo que uma voz alta e clara soara de repente – até mesmo assustando a ninfa, diga-se de passagem –, Jimin começou a atentar-se no que aqueles homens faziam em campo. Sua cabeça ainda repetia algumas regras, mas tudo que acabou realmente guardando foi que se o jogador com o taco rebatesse a bola eram contados pontos pelas voltas que conseguia dar pelo campo, por isso seu foco maior estava naquela área.

Perguntou-se de súbito as razões que levaram àqueles rapazes praticar o esporte, mas concluiu que deveria ser apenas uma forma de diversão que outros pudessem assistir. Ao seu lado, os olhos de Hoseok possuíam um brilho distinto, uma atenção que não constou em outros momentos. Voltou-se para o campo novamente ouvindo burburinhos, observando o que deveria ser o arremessador se posicionar ao mesmo tempo que o rebatedor concentrava-se. Eram três chances de acerto…

A primeira havia sido perdida, e como lembrava-se bem que aquilo era, de certa forma, ruim, expressou-se junto com uma maioria do lugar. Os dois repetiram suas ações para a segunda tentativa, e com o sucesso de rebater dessa vez, uma animação tomou os espectadores.

— Oh, ele acertou, Hobi Hyung! Ele acertou! — Jimin praticamente gritou ao lado do acastanhado, tocando seus ombros com agitação como se fosse ajudar a se expressar melhor.

Hoseok gritava para que o jogador corresse e o Park compartilhava da mesma euforia, mas restando apenas uma base para que ele alcançasse a pontuação necessária, um dos interceptores conseguiram jogar a bola de volta para a base, o impedindo de continuar. Jimin olhou para os lados assistindo as reações chateadas das pessoas, e olhou para o guarda, um pouco confuso.

— O que aconteceu?

— Ele não conseguiu dar a volta completa no campo. Não conta ponto. Lembra?

— Ah… — ele acuou-se, com um leve bico. — E agora?

— Agora nós voltamos do início. — suspirou. — Eu esqueci de falar… Se você sentir fome, não precisa se sentir envergonhado em pedir, ‘tá? Podemos comprar alguma coisa.

Assim, o de fios alaranjados assentiu, voltando a prestar atenção no jogo, que, inclusive, seguiu no mesmo ritmo, com as pessoas animadas e muita expectativa em cada olhar. O Park gradativamente conseguia captar o que acontecia com mais segurança e sentia que aquele dia seria inesquecível até quando voltasse a ser uma raposa. Estava sinceramente feliz com passar aquele tempo com Jung Hoseok.

Após um tempo, os olhos âmbar enxergaram os jogadores saindo de campo, além até de algumas pessoas na plateia se levantando. Pensou que tudo havia terminado, ficando um pouco chateado, mas resolveu ter certeza indagando ao guarda justaposto. Com uma explicação breve onde o que acontecia era um intervalo, um tempo para descanso, insistiu em saber se eles eram obrigados a sair ou se poderiam permanecer onde estavam.

— Bom… Durante o intervalo acontece alguns minutos de Kiss Cam, não parece interessante conhecer? É um momento onde casais aparecerem naquele telão e precisam trocar um beijo. — ele apontou, causando uma reação um tanto surpresa no pequeno.

— Igual os beijos que eu troco com o Jeongguk?

Hoseok sabia que, no fundo, a ideia do Kiss Cam era que ocorresse beijos daquele gênero, porém não seria certo se, por um acaso, a câmera caísse em Jimin e ele beijasse outra pessoa quando o sentimento dele pelo Jeon fosse tão forte. Teria que dar alguma opção alternativa.

— A ideia é que seja nos lábios, sim. Mas, por exemplo, pode aparecer pessoas que não são um casal. Os beijos na boca são melhores com quem gostamos e fazer isso quando já temos alguém não é uma coisa legal. — por algum motivo, o Park conseguiu entender muito bem o que ele quis dizer logo a princípio, afinal não havia lógica em ficar com outra pessoa quando você já amava alguém. — Você pode, sei lá, dar um beijo na bochecha, como amigos.

A cabeça da ninfa absorvia os fatos conforme observava com curiosidade o telão que lhe fora apontado anteriormente, fitando as pessoas selando os lábios gentilmente, mostrando-se tímidas e lotadas de amor. Um sorriso surgiu em sua face e por um momento imaginou como seria divertido se Jeongguk estivesse ali também, teria a oportunidade de mostrar o que sentia com um simples beijo.

— Mas a gente pode sair também, você quer comer alguma coisa ou andar um pouco? — Hoseok voltou a sugerir, mas viu que não era o que Jimin desejava. Ele já estava atento demais ao que estava acontecendo e, como aquilo basicamente não se repetiria, deixou que o menor aproveitasse o cenário.

Alguns jovens próximos do fundo gritavam, exaltados, com um determinado beijo que rolava ao lado deles, acarretando num riso nos lábios do espírito da floresta. Até que, subitamente, Jimin se viu naquela enorme tela ao lado de uma garota de madeixas loiras e olhos grandes. Um nervosismo encheu o Park de imediato, olhou para Hoseok desnorteado.

— Você precisa beijar ela. — o mais velho murmurou, ficando meio tenso com a posição que colocaram Jimin.

E o mesmo fitou a garota, que em segundos sorriu para si. Ele, ainda cheio de insegurança e com os batimentos acelerados, aproximou-se dela e tocou suavemente seu queixo, beijando com ternura a pele quente das bochechas fofas que ela possuía. As bochechas dela receberam um tom rosado enquanto as pessoas ao redor soltavam sons que demonstravam o quão fofa a cena havia sido. Jimin sorria, olhando para as próprias mãos em seu colo, totalmente envergonhado. Apenas encarou Hoseok que o fitava levemente surpreso, risonho.

O ruivo alaranjado imaginava se havia feito certo, mas com a reação das pessoas o fazia sentir que sim, estava certo. Sua atenção voltou-se então ao campo. O sol deixava-o levemente mole, mas não conseguia desviar do interesse tremendo que lhe tomava quando a bola estava em jogo e todas as vozes altas gritavam por seus times e jogadores favoritos. Não havia ao menos percebido que Hoseok saíra de seu lado quando o viu passar em sua frente, vindo pelo outro lado. Em mãos ele trazia dois espetos de doces, entregando um para o mais baixo antes de se sentar.

— Faz mal passar tanto tempo sem comer, Chim. — ele comentou, sorrindo. — Depois que o jogo terminar nós podemos comer cachorro quente, o que você acha?

— É uma boa ideia! — Jimin sorriu, começando a comer. Logo um som alto fora escutado, puxando a atenção dos dois. — Uou, essa foi longe! Nós venceremos o jogo, hyung, nós venceremos!

Hoseok só conseguiu rir com a animação alheia, comendo seu espetinho doce e assistindo a correria atrás da bola que fora longe. Os olhos estavam presos na correria e, quando o jogador alcançou a penúltima base, todos foram a loucura. Se ele conseguisse fechar as quatro bases, ou seja, chegar na mesma onde estava antes de a bola ser arremessada, eles ganhariam mesmo o jogo.

E, como o próprio Jimin havia dito, eles ganharam. Todos estavam de pé gritando quando Hoseok reparou em como ele estava animado, virando o boné para trás com um sorriso enorme nos lábios. Eles apenas esperaram a maior parte dos torcedores se dirigirem para a saída e juntaram suas coisas, indo junto.

— Eu não acredito que nós assistimos ao melhor jogo do KIA Tigers de toda a temporada, juntos. — o Jung suspirava, extremamente alegre e satisfeito.

— Hoje foi muito divertido, Hobi-hyung. — Jimin sorriu, cansado, mas feliz. — Eu não imaginava que seria tão legal! Obrigado!

Então, em um movimento rápido, Park abraçou o moreno mais alto. Jung ficou levemente em choque, ele e Jimin não costumavam ter tanto contato, mas prontamente abraçou-o de volta, com os olhos fechados, sem conseguir parar de sorrir. Estava extremamente feliz por ajudar o alaranjado a descobrir mais de seu mundo, ainda mais quando no final do dia veria ele sorrindo daquela forma tão inocente e satisfeita. Jeongguk era alguém sortudo mesmo.

Logo, ambos estavam caminhando pela calçada, do lado de fora do estádio. Jimin havia ganho uma camisa do time, afinal, Hoseok não só achava que ele merecia como também acharia engraçado provocar Jeongguk com aquilo. Jung e Jeon eram rivais quando se tratava de beisebol, de fato.

A ninfa, por sua vez, estava com o boné virado para trás, já vestia sua camisa nova e segurava um cachorro quente em mãos, caminhando ao lado do moreno para que encontrassem um lugar qualquer onde pudessem sentar. Sua mente perambulava por dezenas de perguntas que queria fazer, escolhendo qual seria a mais interessante para o momento.

— Hobi, — esperou o outro responder um ‘hm’. — eu sei que isso não é carne de cachorro, mas… Por que cachorro quente?

Hoseok, ao ouvir, virou a cabeça para o menor, surpreso com a questão. Gastou alguns segundos para tentar encontrar uma forma adequada de explicar aquilo para o espírito da floresta.

— Bom… o formato dele lembra um tipo de cachorro, e nós comemos isso quente? — riu breve da própria explicação, não sabia como fazer aquilo direito para ser sincero, porém o outro aparentou se contentar com tal, embora sentisse-se curioso para saber sobre o cachorro que citara. — Posso te mostrar depois, sem problemas, sim?

Contudo, por mais que Jimin assentisse, sentia, naqueles minutos de calmaria ao lado do guarda, que algo o incomodava. Sentaram-se finalmente em um banco dentro de uma pequena praça pela qual intermediava uma estação de metrô da movimentação próxima do estádio de beisebol, protegendo as cabeças do sol forte e respirando um pouco do ar menos poluído do lugar.

Degustaram do lanche sem pressa, aquilo era realmente muito bom, Jimin concluía em sua mente. Acabava lhe trazendo uma onda de memórias quanto às refeições que ingeriu naqueles meses com os garotos, nunca poderia imaginar que comida humana fosse algo tão bom, será que quando voltasse à sua forma original ele sentiria falta de tudo aquilo também?

Assim que lambera os dedos, olhou para frente e encontrou os olhos de Hoseok fixados naquele aparelho quadradinho – cujo não lembrava o nome – que Jeongguk também tinha. O Jung já havia terminado de comer e, bom, Jimin chamou-o uma vez, duas, e apenas na terceira que obteve atenção. A imaginação do Park sobre algo estar acontecendo com o castanho se fortaleceu com o semblante alheio.

— Está tudo bem, Hobi? — indagou com cautela, atento aos olhos dele. A princípio, mostrou-se espantado, como se acabasse de ser flagrado, descoberto. — Você ficou quieto de repente…

De fato, Hoseok não negava que aquilo era verdade.

— Não é nada, não, Jimin. São só algumas coisas com a minha irmã, nada que deva se preocupar. — respondeu sincero, até porque não era necessário perturbar a cabeça alaranjada com problemas familiares. — Você quer ficar aqui um pouco ou…

— Hobi hyung… — chamou a atenção dele. Por algum motivo sentia algo diferente em seu peito, alguma determinação nova. Quer dizer, se Hoseok, o bom amigo que tinha, estava passando por problemas e por todos os dias que permaneceu ao seu lado fora ele quem lhe ajudara, por que não fazer o contrário? Por que não retribuí-lo? — Bom… Você pode falar comigo sobre o que te deixa tão distante… Vai… Vai saber se eu não consigo te ajudar! Eu posso não conhecer muito, mas… Eu quero tentar.

O guarda-florestal olhou para a ninfa curiosamente, tentando descobrir pela milésima vez as fontes daquela  percepção tão apurada e como explicar sua dedicação com quem presenciava seus arredores. Ainda restava-lhe dúvidas se era certo contar sobre o que acontecia, não por falta de confiança ou algo do gênero, só que… Ah, que mal faria também, não? Estava mesmo desnorteado, com a cabeça cheia de medos. Ir para o jogo de beisebol foi uma escolha perfeita para o auxiliar um pouco em distração, porém era ciente de que no fim tudo voltaria.

Inspirou fundo, ao fim.

— É que… minha irmã, nesse momento, está em um lugar muito muito longe daqui, sabe? Ela realizou um desejo que ela tinha desde jovem em ir para outro lugar estudar, só que… Eu acho que não consegui ficar totalmente feliz com isso. Quero dizer, ela nem mesmo está falando comigo direito e eu não quero perder o contato com ela… Tenho medo de algo acontecer… Aish, eu sou um irmão egoísta? — expressou-se mais do que deveria, utilizando de termos que Jimin provavelmente não conheceria, porém esperava que ele entendesse ao menos o principal.

Após absorver as palavras do mais velho, Jimin rapidamente recordou-se de algo que, até agora, aparentou estar coberto de poeira de tão esquecido que estava. Até mesmo causou-lhe certo espanto pois não era algo de deveria esquecer tão facilmente. Mas, simultaneamente, sua lembrança o ajudou a entender os pensamentos alheios. Não era tão difícil entender a relação de irmãos já que certo elo existia em seu mundo natal e, ao que tudo indicava, deveria ser tão forte quanto visando o medo que Hoseok sentia.

— Sabe, Hobi… Eu acho que consigo te entender. É como se… ficasse um vazio dentro do peito, não é? Por não ter quem a gente gosta por perto… — conforme a ninfa deixava suas palavras mansas saírem de seus lábios, porporcionava em mais interesse do acastanhado, aliás, Jimin aparentemente compartilhava de suas emoções de alguma forma. — E a gente fica se perguntando se a pessoa estaria bem, ou algo assim.

— É a primeira vez que ela fica tão longe de mim, é estranho demais…

— Quando eu era mais novo eu costumava ter um amigo na floresta e… a gente era muito grudado, sabe? Como se a gente fosse irmão mesmo. Nós descobrimos muitas coisas juntos e até tínhamos um lugar secreto, numa gruta pequena, que usávamos para olhar algumas ninfas vizinhas. Elas não gostavam muito dos espíritos mais jovens e eram nervosas demais, mas gostávamos de provocar. — ele riu contando do que, em hipótese alguma, deveria ter esquecido. — Só que um dia ele sumiu e… Bom, eu não o vi por muito tempo e na época eu fiquei muito triste. Acho que é um sentimento parecido com o que você sente, não é?

Hoseok apenas tinha vontade de deixá-lo falar e falar, afinal, o jovem não era de contar muito sobre seu passado e tê-lo ali, contando suas experiências tão semelhantes ao que passava era um tanto instigante. Balançou a cabeça positivamente, sentindo uma brisa soprar no lugar.

— Eu não sei muito bem o que é ser egoísta, mas, mesmo assim… No meu mundo o elo de irmão é algo muito, muito forte e acho que isso é igual por aqui, não é? Uma distância não vai quebrar o que vocês sentem, Hobi. — Hoseok permaneceu quieto visando que o outro não havia terminado de falar, porém já tentava sorver e colocar em sua mente de que não deveria se sentir tão aflito da forma que estava. — Eu fiquei triste com o sumiço do meu amigo, só que ele aprendeu, assim como eu, a viver e se proteger das coisas, sabe? Então, aos poucos, eu fui deixando o medo de lado e esperei que um dia ele aparecesse de novo. Quando sua irmã voltar ela terá muitas coisas para contar, não vai? Foi o que ele fez quando voltou da transição que esqueceu de avisar que entraria…

É, no fundo, ele estava certo. Só estava meio assustado com a mudança brusca, sua irmã era mais velha que si e era óbvio que a mesma sabia se cuidar sozinha, afinal, foi se dedicando sozinha que conseguiu aquele intercâmbio que sempre sonhou. Hoseok suspirou alto, seus pensamentos estavam errados, Dawon só estava crescendo e ele deveria deixá-la feliz daquele modo. Ela não cortaria o contato tão facilmente assim, talvez só estivesse mesmo ocupada, quer dizer, não sabia como funcionava as coisas no exterior mas imaginava que se organizar em um lugar completamente novo levava tempo.

— Você tem razão, Chim. Não faz sentido ficar desse jeito por algo do tipo... Obrigado. — olhou nos olhos dele, constatando que mais uma vez sua coloração se alterava gradativamente. — Você sabe como acalmar alguém.

Mais uma vez sentiu-se feliz por Jeongguk ter alguém como ele do lado, mesmo que… Por algumas semanas.

— Eu fico feliz que eu tenha te ajudado, Hobi Hyung. — sorriu abertamente, espremendo seus olhinhos em linhas fofas. Logo recebeu outro sorriso em troca.

— Precisamos voltar agora… — olhou o relógio de pulso.  — Um sorvete antes?

— Woa, sim, de amora por favor!

Hoseok então deu risada, as emoções do jovem permaneciam tão palpáveis como de início.

 

[...]

 

Se controlava para não rir do modo como Jimin se inclinava de um lado para o outro enquanto tentava movimentar seu automóvel no jogo de corrida, como se mexer o corpo fosse ajudar em algo. Jeongguk assistia a cena e ainda ganhava do menor, estava uma volta na frente e ia tranquilo, afinal, era um de seus jogos favoritos, seria difícil perder para alguém que jogava aquilo não havia nem um mês, certo?

Então via a ninfa derrapando seu carro pela pista, não conseguindo controlar o suficiente antes de bater em outro carro. Estavam jogando Mario Kart, um vício que Jin havia repassado para todos desde o dia em que comprou o jogo. E era como um ritual, Jeongguk deveria ensinar o alaranjado a jogar para que assim o ciclo de satisfação de seu hyung estivesse completo.

Seokjin era doido, mas todos os seus amigos não ligavam para isso.

O guarda-florestal logo atravessou a faixa da última volta, até mesmo havia tentado atrasar um pouco, mas o Park não conseguia alcançá-lo por nada naquele mundo.

— Você é muito bom, isso não vale! — ditou, emburrado. Por que não poderiam jogar algo que Jungkook não conhecesse também? Eram botões demais!

— Não fique assim, Jiminnie, vamos. — fez um carinho singelo na bochecha do mais baixo, sorrindo terno. — Você quer um sorvete? Só porque você jogou super bem.

— Não zoe comigo, Kook! — apontou acusador para ele. Taehyung o explicou o que era quando alguém era sarcástico e sentia que Jungkook tentava fazer isso consigo naquele momento. — Eu estou aprendendo as coisas daqui, viu? E eu quero sim! Amora!

Ambos levantaram-se de onde estavam. Jeongguk lembrava-se de ter comprado e colocado no freezer e, pelo calor que fazia, finalmente poderiam aproveitar do doce. Enquanto iam até lá, sentiu suas costas reclamarem por ter levantado muito rápido, estava cheio de dores. Nos últimos dias durante o trabalho, ele e Hoseok foram obrigados a carregar mais do que o normal de caixas e peso, fazendo assim com que terminasse com a coluna acabada, os músculos pedindo por descanso eterno e aquela careta chorosa no rosto.

A ninfa pareceu perceber as dores do outro, o modo como Jeon passava as mãos nos ombros e suspirava meio sôfrego, lembrou-se de Jin-hyung no outro dia.

— Hmm… Só temos de chocolate, pode ser? — Jeongguk perguntou, retirando o pote de dentro de freezer e o colocando sobre o balcão. — Você já experimentou esse? É uma delícia também.

— Chocolate? Oh, chocolate é gostoso. — o alaranjado parecia pensar seriamente sobre o assunto. — Eu quero sim!

Enquanto Jungkook tirava o pote da geladeira, Jimin se encarregou de pegar dois potinhos e colheres, colocando-os sobre o balcão antes de assistir o mais alto servindo-os. Jimin ficava admirado com o cheiro gostoso e as cores das comidas daquele mundo, era tudo tão bonito!

Logo, pegou seu pequeno potinho e correu até o sofá, sentando ali enquanto esperava por Jeongguk, que vinha mais lento. Não poderia forçar-se muito, se não doeria ainda mais.

— Você está bem, Kookie? — questionou, colocando uma colherada na boca.

Era apaixonado por chocolate, gostava muito de sorvete… Talvez tivesse encontrado a coisa mais gostosa do mundo naquele momento.

A ninfa comeu tão rápido que até se surpreendeu, afinal, era gelado e precisava cuidar para não sentir aquelas dores de cabeça bizarras. Tarde demais. Jeon apenas ria do modo como apertava os olhinhos e reclamava, alegando ter sido apressado demais.

— Vá com calma da próxima vez, hm? — riu, terminando o seu logo depois. — E são apenas algumas dores nas costas, eu e o Hoseok carregamos coisas demais no trabalho ultimamente. Acho que só preciso de descanso.

O guarda esticou a mão, pedindo pelo pote alheio que lhe fora entregue de prontidão, então se esticou para deixar sobre a mesa de centro e sentiu dores novamente. Não demoraria muito e logo estaria sem costas, era um fato.

Por sua vez, Park lembrou-se de Taehyung fazendo uma massagem em Jin e do modo como aquilo parecia ter ajudado o amigo. Lembrou-se também do chupão, mas achou melhor deixar aquela informação de lado, no momento.

Será que Jeongguk aceitaria uma massagem sua?

— Kook… Você… Você quer uma massagem? — comprimiu os lábios, envergonhado. — Acho que ajudaria a aliviar sua dor.

Jeongguk então olhou-o de cenho franzido, estagnado no lugar. A dúvida de onde ele havia retirado aquela ideia repentina era intrigante, porém, por algum motivo, não perguntou nada. Sentiu-se curioso e tentou imaginar a maneira que ele a faria, portanto, em suma, aceitou pensativo. Acabou pondo seu corpo um pouco para frente no sofá, de forma que o corpo alheio coubesse atrás de si, mordendo rapidamente seus lábios em expectativa.

Jimin precisou gastar alguns segundos repleto de interrogações por Jeongguk estar movendo-se daquela maneira se quando assistiu a cena os amigos ficaram deitados, no entanto, entendeu de última hora que a posição talvez não fizesse tanta diferença. Encaixou-se atrás do maior, tocando sua pele desajeitadamente, sem saber de fato como fazer aquilo. Concentrou-se em pressionar seus dedos de acordo com o que guardou em suas memórias, visualizando-o relaxar aos poucos, e caso não estivesse enganado ele até mesmo teria fechado os olhos. Sentiu-se motivado com tal ação, apertando com mais força os ombros do rapaz, distraindo-se com a pele dele. Admirava sua bela cor, e foi inevitável lembrar-se do que Namjoon outrora lhe explicou. Seria mesmo algo bom e significativo chupar a pele de alguém que amava?

— Oh, Jiminie, isso é tão bom…

A voz baixa, arrastada, e cheia de satisfação invadiu seus ouvidos, chamando-lhe atenção. Foi um fator importante para o disparar de seu coração, como se alguma sensação estranhamente nova lhe tomasse naquele instante. Sentia-se aquecido.

— Sério?! Está bom assim? — indagou levemente surpreso, mas feliz por estar indo bem. Ligeiramente o viu abaixar a cabeça, lhe dando mais liberdade e tocar na onde quiser, depois murmurar em concordância.

Daquela forma, arrastou os dígitos até o início de sua coluna sutilmente, vestindo um semblante curioso ao fitar na pele um monte de bolinhas e uma quantidade enorme de pelos se levantando acompanhado do tremor rápido do corpo de Jeongguk. Pressionou os polegares ao lado da coluna, focando-se onde os cabelos pretos terminavam, julgando uma área digna de se admirar, ainda mais com aqueles pelos eriçados. Respirou fundo, ouvindo mais palavras desconexas soltas por Jeongguk, sendo tomado por uma avalanche de emoções.

De repente, o almejo de experimentar coisas novas foi maior do que qualquer coisa, fazendo-o não pensar direito no que fazia. Aliás, nunca sentiu aquela sensação antes, como se subitamente uma luz acendesse em sua cabeça e não fosse capaz de ignorá-la. A camiseta dele era branca e larga, disponibilizando toda a visão do pescoço que em segundos resvalava com os dedos. Avançou sem pensar, somente lembrando-se de como Namjoon lhe descreveu outrora, contudo temendo que fosse algo assustador demais. Iniciou, portanto, os atos com um inalar suave, inebriando-se com o aroma do moreno pela milésima vez. Seu novo cheiro favorito, definitivamente. Selou sua nuca com ternura, arrastando os lábios pela jugular observando-o ter outro tremor suave, até que na curvatura aplicasse um pouco mais de pressão, tentando chupar a pele alheia.

Porém, obviamente aquilo despertaria Jeon Jeongguk do seu suposto transe. Ele rapidamente ergueu-se e virou-se em direção do menor, com suas mãos onde Jimin havia tocado, assustado com as ações dele. Encontrou-o com as bochechas vermelhas e talvez as suas não estariam diferentes.

— O que foi isso, Jimin? — perguntou a princípio, mas deveria ser óbvio que ele não saberia lhe responder de fato. Em sua cabeça se formou um nó, não tendo capacidade o suficiente para compreender o que acontecia. Seria isso coisa dos seus amigos? Acabou balançando a cabeça em negação. — Vem, acho melhor dormirmos agora, já me sinto um pouco melhor.

— Não! — o moreno se surpreendeu pela voz mais alta assim quando virou-se, vendo em seu punho os dígitos da ninfa. Existia certa culpa em sua expressão, algo mais cabisbaixo, tímido. — Quero dizer… Não… — abaixou o tom de voz. — Fica mais um pouco. — puxava sutilmente o maior e, bom, mesmo sabendo que corria perigo numa atmosfera como aquela, deixou-se levar pelo outro. — Você não disse que estava bom?

Jeongguk finalmente voltou a se sentar, vendo um brilho diferente no olhar alheio. Ele estava diferente, afinal. As mãos pequenas tocaram o seu rosto e como já encaravam um ao outro, o guarda apenas sentiu os lábios se unindo num beijo breve.

— Me desculpa, eu só queria ter testado algo, fica aqui comigo…

Certo, um Park Jimin manhoso era demais.

— Tudo bem… Eu estou aqui. — recebeu outro beijo, seguido de outro, até que ele se aproximou e aprofundou o toque, fazendo o interior de ambos revirar. Novamente aqueles gelos bizarros.

Jeongguk levou suas mãos para os pulsos dele, arrumando uma melhor posição para beijá-lo. Sentia que nunca se cansaria do sabor dele, algo totalmente viciante que lhe entorpecia em segundos como se nada além dele fosse relevante. Suspirou, notando que cada vez que eles se beijavam Jimin aparentava melhorar, e isso era péssimo para Jeongguk que perdia parte do juízo ao seu lado. Ele não tinha para onde fugir, Jimin lhe causava aquelas coisas e mais outras mil das quais lhe bagunçavam por inteiro. Ele não queria perdê-lo.

Não soube dizer como ou quando aconteceu, mas conforme selava os carnudos avermelhados, o corpo alheio moveu-se para acima de suas coxas, sendo o maior pecado daquela noite. Se sentia cada vez mais perdido, porém não parou-o tão rápido daquela vez, principalmente por tê-lo explorando sua boca novamente e vice-versa. As pernas dele estavam ao lado das suas, os braços envolvendo o seu pescoço, lhe pressionando assim como seus dedos bem posicionados na cintura esguia. Surpreendeu-se com uma mordida no inferior, o que lhe fez apertar o corpo contra si pela força exercida. Era a chave de entrada para um caminho perigoso, mas nem por isso evitou de retribuir a carícia ao sugar o carnudo de Jimin. Aparentemente o agradou pois lançava-lhe um olhar intenso enquanto recuperava o ar perdido, chegando ao ponto de beijá-lo de novo.

Contudo, necessitou pará-lo. Notou que estavam no limite quando o corpo de Jimin se movia involuntariamente acima do seu. Ele não sabia o que aquilo incitava, nem do tamanho poder que possuía sobre si, portanto findou o ósculo repentinamente, tentando não ceder à expressão alheia.

— Paramos por aqui. — ergueu seu corpo do sofá, empenhando-se em não derrubar o outro ao mesmo tempo em que tentava não ter pensamentos tão perversos, soltando-o com cuidado acima do assento. — Vou pegar seu pijama e tomar um banho também.

Jimin apenas escutou calado, pensativo sobre tudo o que aconteceu nos últimos minutos. Poderia ser estranho admitir, mas algo mudava em seu interior. Um calor assustador lhe preenchia, estava muito quente e ofegante, com um desejo desconhecido dentro de seu peito. No entanto, o mais assustador era a impressão, a sensação, de não ter domínio sobre os seus atos naquele tempo. Apenas fazia tudo por instintos, o que lhe fez indagar de seus limites. A ninfa não tinha noção do que estava acontecendo consigo mesma, mas com os pensamentos em transição entenderia tudo aos poucos.


Notas Finais


E ENTÃO GALERO ONDE ESTÃO AS REAÇÕES DE VOCÊS? Vamos aceitar tudo até mesmo uns aaaaa infinito vamos amar jikook que jikook está demais não é mesmo irmãs? Amem jikook aqui com a gente, amém. Essa acariciada de pescoço que teve atualmente fomos tudo nós que prevemos com esse momento em vier monde, tudo esquematizado vocês pensaram o que??? brincadeira, mas nos amem aqui em baixo tá? Esperamos que vocês estejam gostando e que estejam curiosas para o restante da lista do jimin e o fim de sua transição! um beijo enorme no coração de vocês <3
O LINK DA PLAYLIST DA FANFIC: https://open.spotify.com/user/12149980489/playlist/2iolZmuGE9ZJZXflBpA86I
AMÉM JIKOOK


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...