Dumbledore me olhava por cima dos óculos meia lua. Seus olhos demonstravam o que eu sentia. Era um erro, mas um erro necessário.
-Ela é a melhor no que faz Albus. Suas habilidades e contatos podem vir a calhar. Talvez ela já saiba de alguma coisa que nos ajude. – disse Mundungus. Dumbledore posicionou as mãos em cima da mesa de madeira velha, cruzando-as logo em seguida.
-Talvez... O que acha Alastor? - Segurei minha bengala com mais força. Todos na cozinha da Mansão Black me olhavam esperançosos. Molly, possivelmente, seria a única a se opor. Mãe de sete crianças era contra à todas as atividades da ordem que necessitassem de pessoas com menos de 25 anos. Os achava jovens demais.
- Como chegamos a essa situação? Depositar nossas esperanças em crianças. –ralhou Molly.
- Voldemort voltou. Foi assim que chegamos a essa situação. – disse Lupin, ignorando os tremeliques ao som do nome do Lorde das Trevas.
- Ali M não é uma criança mãe. Nenhuma criança consegue fazer o que ela faz. Ela participa de Duelos Clandestinos há cinco anos, pertence à corja primária e, em minha opinião, é a melhor de lá...
- EM SUA OPINIÃO? Sua opinião Bill Weasley? Você andou frequentando esse tipo de lugar? Nunca mais... NUNCA MAIS VOLTE LÁ! Está me ouvindo? Não é lugar para os meus filhos. – Molly estourou.
Revirei o olho.
- Mundungus. – chamei – Chame-a. Faça um convite para participar da Ordem. Deixe que ela tome a decisão de nos ajudar. Mas não force. Dê tempo ao tempo.
Molly tinha razão, colocar crianças na linha de risco é um erro, não importa o quão experientes, inteligentes ou extraordinários. Mas, às vezes, erros precisam ser cometidos para o bem maior.
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