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História Vigilância Constante - A Alegria da Nação


Escrita por: MonnyPeace

Notas do Autor


Eu ia postar só semana que vem, mas foda-se a fic é minha e eu faço o que quiser.
Desculpem os erros, escrevi a maioria do capítulo no celular durante uma viagem de ônibus, então é possível ter erros, de diversos tipos, se encontrarem, peço, por favor, que avisem. Li e reli, mas sempre é possível que algo fique pra trás.
Sem mais. Boa leitura.

Capítulo 2 - A Alegria da Nação


Voldemort regressara. Após quinze anos de falsos sentimentos de segurança, ele voltou. Simples e fácil. Duma forma quase... Normal. Obviamente ninguém sabia ainda. Conforme o jornal diário dos bruxos (Profeta Diário), o retorno do grande Lorde das Trevas era somente uma divagação de um menino traumatizado, sustentada pelas loucuras de um velho caduco, mas poucos sabiam a verdade. Como parte do submundo de ambos os mundos, bruxo e trouxa, Ali sabia dos rumores, das mudanças de atitudes e dos desaparecimentos irregulares. O medo estava mais palpável que nunca e as apostas em seus duelos mais generosas e constantes.

A Travessa do Tranco encontrava-se peculiarmente incomum naquela manhã de quarta. Vendedores de barraquinhas ilícitas guardavam seus pertences uma hora depois de colocá-los à exposição, bruxas iam e viam espalhando uma notícia que alegrava até o mais ranzinza frequentador do pior lugar do Beco Diagonal, os duelos clandestinos voltaram à ativa e o primeiro repto aconteceria naquela tarde.

Duelos clandestinos são, na opinião de todo bom bruxo tradicional, a segunda melhor atividade do mundo mágico, a primeira sendo o Quadribol. Esses duelos eram realizados em lugares furtivos, assistidos por mercenários e executados por bruxos extraordinários. Todavia a animação das pessoas não se manifestava somente pela volta dos duelos, contudo, também pela dupla insólita que iria efetuá-lo.

Ali M e Travis Alton.                 

Ali M fora a primeira mulher a se juntar a corja de duelistas, com sua aparência vulnerável, jovem e delicada, foi mal interpretada por seus primeiros oponentes, que baixaram à guarda facilitando o trabalho de Ali que os derrotou em poucos minutos. Agora ela era uma integrante da primeira corja, lugar dos 5 melhores duelistas ingleses. Em menos de cinco anos Ali M passou de uma menininha forasteira e intrometida para a mais influente jovem bruxa dos anos 90.

Já Travis Alton, bom, este frequentava os Duelos desde o dia em que completou 10 anos, não participando, somente assistindo.  Ao completar treze, Alton já sabia reconhecer estratégias e alguns feitiços, em Hogwarts treinava o quanto podia, nos horários que não tivesse em aula, de noite, quando todos já estavam bem confortáveis em suas camas e de manhã. Alton treinou arduamente, até atingir um nível de excelência que mais nenhum aluno teria, mas somente quando viu Bones lutar ele tomou a decisão de participar dos Duelos.

**

As três batidas na porta de madeira indicavam que era hora do show. Bones estava do lado de fora, com cigarro de ervas entre os dedos gorduchos da mão esquerda.

- Oi criança. – Disse o homem olhando para baixo, acariciando sua barriga avantajada com a mão direita. – Está na hora do show. Vê se me arranja uma grana alta dessa vez Ali.

-Você fala como se eu só te trouxesse prejuízo, B. – riu-se Ali. – O que é uma grande mentira, sua vida só andou melhorando depois que me conheceu.

-Não posso discordar. Você me deixou mal-acostumado, agora vai, já foi difícil o suficiente achar um cara pra duelar contigo, se ele sair daqui achando que você amarelou como todos os outros babacas deficientes que se dizem duelistas, eu juro que te mando de volta para o lixão de onde veio. – Bones empurrou Ali até chegarem ao portal que levava ao salão e de lá ela caminhou sozinha até o círculo no meio das pessoas amontoadas que vieram assistir e apostar suas economias em uma das duas pessoas que deveriam deixar o adversário quase a beira da morte.

O local escolhido por Bones era impressionante, o velho mentor de Ali havia se superado. Os bruxos estavam no mundo trouxa, em um hotel antigo e abandonado, mais precisamente no salão de festas, era grande o suficiente para acomodar todas as pessoas interessadas nos Duelos Clandestinos, o que, diga-se de passagem, não eram poucas. As brancas paredes do salão estavam encardidas pelo tempo, e as cortinas de veludo vermelho estavam sujas, cheias de pó e provavelmente de pequenos animais amigáveis com a sujeira.

-Ali M! – a menina não precisou se virar para saber quem a chamava, a voz rouca e arrastada de Mundungus Fletcher era única e extremamente irritante. – Grande honra, grande honra.

-O que você está fazendo aqui Dung? – perguntou Ali cruzando os braços na frente do colo.

- Vim te ver lutar, Ali M e Travis Alton. Grande luta, grande luta. Grande grana também. Ouvi dizer que Mafalda está apostando alguns caldeirões. – Dung esfregou as mãos, ansioso.

-Ah pelas barbas do poderoso Merlin! Saia daqui Dung. Saia daqui antes que eu te acerte a maldição da morte. – Mundungus tremeu. Apontou o dedo indicador para Ali  e disse:

- Primeira regra dos Duelos Clandestinos: três maldições imperdoáveis não são permitidas.

-Claro, claro. Mas Dung, isso se aplica somente ao duelo. Então como não vou duelar com você, posso ter torturar, controlar e matar o quanto eu quiser.

-Mundungus! – chamaram-no ao fundo.

-Tchau Ali. – o pequeno homem se virou para sair, mas mudou de ideia antes de completar o gira. – Antes que eu me esqueça, preciso conversar com você sobre uma coisa. Encontre-me no Raiway amanhã à noite. Nove em ponto.

Ali franziu o cenho. Estranho, Dung não costumava ser tão sério.  Ela deu de ombros e se pôs a observar sua varinha pensando no papel que assinara cinco anos antes, nele constavam todas as regras dos duelos. Notório e necessário

As regras dos Duelos eram simples:

   1. As três (3) Maldições Imperdoáveis NÃO são permitidas. O uso de qualquer uma delas causa à expulsão do seu executor.

   2. Todos os duelistas devem ser maiores de idade (17 anos).

   3. A identidade dos duelistas, ou de qualquer envolvido com as atividades preparativas dos duelos, é secreta.

   4. Existem sete (7) corjas de duelistas, para subir de corja é necessário enfrentar todos os integrantes da atual corja e sair invicto.

   5. O local do duelo é revelado aos expectadores 1 hora antes.

   6. Para ganhar uma luta o oponente deve perder a varinha e ficar impossibilitado de qualquer contato físico, pois caso não, a luta continua, como uma testilha.

   7. Toda rixa deve ter um responsável, entendedor das artes da magia branca para cuidar dos ferimentos dos duelistas ao final da luta. 

 Depois de tantos anos lutando, Ali M ainda se impressionava com a ansiedade diante qualquer luta, a animação e euforia dos espectadores eram contagiantes, assim como eles, Ali M havia ansiado por esse momento a mais tempo do que se é considerado normal para pessoas conhecedoras das atividades “extracurriculares” destes bruxos.

Travis Alton entrou no salão, a zaragata foi atroante. O homem de no mínimo trinta anos sorriu para Ali, seus olhos castanhos escuros quase sumindo com o movimento. Como sempre, seu sorriso largo e confiante deixara Ali com raiva. Travis virou a cabeça ao ouvir seu irmão chamar seu nome, mostrando a Ali sua covinha na bochecha direita. Travis havia enfrentado Ali no verão anterior, o único homem que ganhara dela. Mas não fora uma luta justa, umas das fãs de Travis conseguira ultrapassar o feitiço escudo que envolvia os espectadores e, laçara o feitiço confundus em Ali. O gesto passou despercebido por Bones, ele cuidava da luta naquela ocasião, Alton soube se aproveitar da oportunidade, desarmando a adversária e a petrificando logo em seguida. 

Ali sentiu a mão pesada de seu mentor em seus ombros, Bones tinha um pequeno problema com equilíbrio, por isso se apoiava em qualquer superfície, ou pessoa, que lhe desse alguma estabilidade. Ela o observou andar com dificuldade até o meio do círculo.

Bones colocou a varinha em sua garganta, disse o feitiço de amplificação do volume de voz, mandou todos calarem a boca, de uma maneira não muito educada e começou a narrar às regras. Ali M encarava seu adversário com sangue nos olhos. Não admitiria perder para um babaca, novamente. Já Travis sorria confiante, flertava com qualquer rosto feminino que seus olhos acalcassem, provocando risadinhas agudas na população feminina daquele salão.

Quando Bones terminou de ditar as regras olhou para Ali e piscou divertido. A menina por sua vez apontou o dedo indicador para cima, fez uma volta completa com ele para logo depois apontar, junto com o dedo médio, para os olhos. Bones acenou, entendendo o que ela quis dizer.

“Vigilância Constante”. Sem fãs malucas dessa vez.

Bones apontou a varinha para o teto e gritou “Periculum”, faíscas vermelhas saíram de sua varinha.

Ali e Travis se cumprimentaram, conforme as normas dos duelos bruxos, eles direcionaram suas varinhas um para o outro e atacaram.

Feitiços voavam de um lado para o outro, acertavam no escudo dos espectadores voltavam para acertar os dois bruxos no meio do circulo e eram repelidos pelos duelistas.

Ali M não tirava os olhos da mão direita de Alton, a mão que segurava seu instrumento de batalha. Observava seus movimentos e se defendia conforme as luzes saiam do pedaço de madeira. Ali aprendera a reconhecer feitiços pelo movimento das mãos, por isso premeditava todos os ataques e defesas de seus oponentes, Travis abaixou a mão da varinha, apontando-a para o chão.

- Aurores! – Alguém gritou ao longe. – Os aurores estão aqui.

- Ah, qual é! – berrou Ali, soltando os braços que bateram em suas coxas.

- Parece que alguém não quer ver você perdendo pra mim de novo Ali. – Alton riu quando Ali lhe mostrou o dedo do meio.

- Chupa meu pau desgraçado! – Ela apontou a varinha para o adversário e girou a mão em meia lua, um raio vermelho saiu do seu pedaço de madeira mágico, Travis voou para trás, bateu na parede e caiu no chão desacordado.   

- Muito bem menina. – disse Bones. – Agora some daqui.

Ali M olhou para seu mentor, mostrou-lhe a língua e aparatou.


Notas Finais


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