Sua face bronzeada, debandava preocupação. Seus músculos tonificados e rígidos tensionados.O alerta fora dado. A raça guerreira levada a uma iminente guerra. Trocou olhares com seu general, que aguardava por sua ordem. Rapidamente correu os olhos pelo o amplo salão real, encontrando a severidade no olhar de seu oficial e amigo de longo tempo. Companheiros de dormitório na Academia de Elite. Apesar de passarem os seus dias labutando através de várias aulas e suas noites se entregando as fêmeas, forjaram um vínculo que se manteve firme através dos anos.Ao assentir com a cabeça, Bardock girou sobre os calcanhares e retirou-se da sala. O Rei agora dirigiu o olhar para um outro homem de grande altura e corpulento. Ele aproximou-se de seu soberano se pondo de joelhos a espera de seus comandos.
O rei correu os dedos pelos seus cabelos úmidos, suspirando sua miséria, dos horrores que viriam a seguir. Tomaria a decisão mais difícil de todas. Luta, ação... ele poderia lidar. Mais a traição...
-- Nappa, e a nave de fuga, está pronta e totalmente equipada?
-- .Sim, vossa majestade.
-- Muito bem, você está ciante do que deve ser feito. É de sua responsabilidade assegurar a vida do príncipe e das duas crias de Bardock.
-- Peço permissão para me retirar, majestade. -- O rei assentiu -- Permissão concedida. -- Ele acompanhou as passadas apressadas de Nappa, até o som de suas botas sumirem de sua apurada audição.Ele respirou profundamente. Confiava em seu plano. Enviaria os filhotes a outro planeta, longe do perigo que pairava sobre o seu.
Foi tirado de seu pensamento, quando um de seus soldados entrou no salão real anunciando a aproximação da enorme ameaça. Ele esticou os braços e fechou suas mãos em punhos. O peso daquela realidade parecia esmagador. Ele era um homem que buscava resultados. E naquele momento, ele só buscava pela vitória. O peso da traição de Paragus ainda vibrava em suas entranhas. Quando destruísse Freeza, faria questão de caçar o Saiyajin traidor. Com sua capa esvoaçante, retirou-se para se juntar as suas tropas.
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-- Veja isso, soldado Zarbon. E soldado Dodoria... Que lindos fogos artificiais -- O sádico sorriso exprimia o êxtase do espetáculo tétrico que se mostrava diante de seus olhos -- O final apoteótico de toda uma maldita raça...
Zarbon, um belo homem, com longos cabelos de cor verde-bandeira, emoldurados numa trança, era despertado de seu show pirotécnico por uma chamada em seu scouter. Manteve um sorriso satisfeito, enquanto finalizava a chamada.
-- Grande Freeza, a nave fuga foi interceptada, estava exatamente onde nosso informante disse que estaria. O Kaulek do príncipe, com os três filhotes.
O lagarto virou-se. Pausava sua atenção da explosão para receber a notícia com satisfação. -- Que ótima notícia! Já sabe o que fazer. Mate o soldado e traga-me os filhotes. Prepare os dardos tranquilizantes. Não queremos agitação de nossa preciosa carga. Traga-os até mim. Eu mesmo porei as coleiras preparadas especialmente para eles... -- Zarbon se moveu em direção a saída. Frezza caminhou-se até um compartimento, retirando uma caixa metálica. Nela continha três argolas. Ele fez um pequeno furo em seu dedo, gotejando seu sangue. O dispositivo emitiu um som. -- Para garantir que vocês Saiyajins miseráveis nunca venham a utilizar o seu poder adormecido -- Ele aceitou um cálice de vinho servido por um servo, e bebeu goles profundos, enquanto atravessava a câmara até o seu assento flutuante. O brilho da ansiedade iluminava seus olhos.
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Planeta Terra
-- Como havíamos combinado, aqui está os três espécimes alienígenas, em bom estado -- Frezza estalou os dedos, para que seus servos se aproximassem, trazendo uma gaiola, com as pequenas crianças dentro. -- As coleiras sugadoras de Ki, foram postas, conforme suas instruções. Certifique-se de apagar as memórias dessas criaturas. Para que nunca se atrevam a saber sua origem. Eu lhe recomendaria, corta-lhes a cauda. Esses imprestáveis podem ser um perigo ao efeito de uma lua cheia.
O homem que tinha gelo no olhar, sorriu satisfatoriamente. -- Nosso sucesso é baseado inteiramente no que não se pode ver. Ele ordenou que levasse a carga para um dos caminhões conteiners que estavam próximos. -- Nosso acordo está firmado. Seu auto cargo no conselho da Federação estará garantido. A vida desses três erá baseada em ajudar nas minhas pesquisas. Tranquilize-se. Você não terá mais notícias deles. E nem minha.
-- Ótimo. Faça um bom proveito! -- ele murmurou -- Esse cenário e essas informações é para ser evitado permanentemente.
O homem meneou a cabeça e girou sobre os calcanhares. Sua escolta o seguiu para um dos carros que esperavam a distância. Freeza os viu partir, cruzando os braços em volta das costas.
-- Um momento de reflexão, senhor? -- Zarbon perguntou-lhe.
-- Não mesmo. Está feito. Com isso, todos sai ganhando... bem, nem todos --- ele gargalhou.-- Fim do assunto.
Ele alçou vôo rumo a sua nave.
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Alguns anos depois
Bulma acordou abruptamente levando as mãos ao pescoço nu, ensopado de suor. O relógio na mesa de cabeceira piscava gigantescos números vermelhos que indicavam que faltavam vinte minutos para as seis da manhã e ela suspirou pela total falta de tinning para ser perturbada por um pesadelo. Seus olhos se acostumaram vagarosamente à iluminação pálida do quarto de paredes brancas e ela esticou o braço direito para se livrar da pontada de dor que a incomodava no ombro todas as manhãs, religiosamente.
Fazendo mais força mental do que física, ela arrastou os pés para fora da cama e se encaminhou, esfregando os olhos, até o banheiro do outro lado do quarto. Seu rosto encontrou o espelho retangular pendurado logo acima da pia e ele lhe deu a imagem exata do seu estado de espírito: olhos inchados e exaustos e o cabelo curto com corte channel despenteado e emaranhado, lhe dando a aparência de um morador de rua extremamente pálido, Sua mão direita tateou a parede de azulejos até encontrar o objeto frio e redondo que ela identificou como sendo a torneira de água quente. Meio giro fez a água cair e quebrar o silêncio incômodo das manhãs.
Ela voltou para a frente do espelho e observou sua própria figura enquanto tirava a camisa velha que usava para dormir e a jogava no cesto ao lado da pia.Seus olhos descansaram na pilha enorme de roupas que estava acumulada dentro dele e ela o afastou com o pé como se pudesse fazê-lo desaparecer.
A fumaça que se acumulou no banheiro tirou Bulma do seu devaneio matutino e ela entrou no chuveiro deixando a água escorrer pelo seu corpo, abaixando a cabeça e ficando vagarosamente invadida por uma sonolência quase incontrolável e ela girou a torneira de água fria que a atingiu com a eficiência de um tapa no rosto. A súbita reação do corpo a fez assumir um ritmo frenético e terminar o banho em menos de dez minutos.
O armário ficava do outro lado do cômodo, diretamente oposto à porta do banheiro. Com o cabelo ainda pingando, Bulma se encaminhou para o armário e fez deslizar a porta branca revelando seu conteúdo.
Era quase tedioso. Ou seria mais certo dizer que era completamente tedioso. Mais ou menos setenta por cento de suas roupas era os uniformes de trabalho azul escuros e o restante era uma combinação de roupas compradas para uma série de ocasiões que nem sequer chegaram a acontecer. Ela suspirou e deu de ombros, passando os dedos por um vestido de seda tão novo quanto estava na loja. Bulma não se incomodava tanto, afinal não era exatamente possível ter uma vida social "normal" fazendo o que fazia.
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