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História Vingança e Desejo - Capítulo 1:


Escrita por: GiullieneChan

Notas do Autor


História U.A. inspirada nos personagens de Saint Seiya.
Disclaimer: Saint Seiya e todos os seus personagens pertencem à Masami Kurumada, e as Editoras Licenciadas.
Bem vindos ao Reino de Pallas. Um mundo dominado por reis tiranos, leis e tradições invioláveis. Onde a honra dita a vida dos seres humanos.
Prepare-se para acompanhar a saga de um homem em busca de vingança, e que encontrou o mais puro dos sentimentos.

Capítulo 1 - Capítulo 1:


Em um mundo antigo, sobre um campo de batalhas.

A chuva caía ruidosamente castigando o corpo cansado e ferido de um guerreiro implacável! Sob seus pés jaziam os corpos de dezenas de soldados de seu inimigo mais odiado. Empunhando em cada mão uma espada, ele encara os oponentes que ainda permaneciam de pé com os olhos azuis frios e mortais.

—Não sejam covardes! -bradou o líder dos soldados. -O rei Ares prometeu um tesouro digno de um imperador pela cabeça do traidor Aiolia! Ainda somos quinze guerreiros contra um só, e ele está ferido!

Impulsionados pelas palavras de seu líder e pela promessa de riqueza, três soldados avançaram contra Aiolia, mas apenas encontraram uma morte rápida no fio de sua espada, que cortou o ar numa velocidade impressionante.

—Ma-matem o re-rebelde... -nem o líder tinha tanta certeza assim de sua vitória.

Apesar de estar com um braço ferido, o guerreiro mantinha o olhar frio que escondia a fúria de um leão selvagem. Não estavam diante de um rebelde qualquer. Ele era Aiolia, um príncipe sem reino, um pária entre os seus, mas também conhecido como o Leão Assassino, uma fera sanguinária nos campos de batalha, o homem que sozinho conseguiu matar quinze soldados do rei Ares como se fossem nada!

Diante da superioridade do guerreiro, os demais pensaram em recuar, mas os gritos e ameaças de seu comandante os fizeram avançar todos ao mesmo tempo. No entanto, um vulto negro apareceu e se colocou diante de Aiolia e com movimentos rápidos e certeiros de sua espada, eliminou todos os soldados restantes.

O vulto ergueu-se e olhou de maneira reprovadora para o companheiro.

—Quantas vezes tenho que pedir que não saia por aí sozinho, Aiolia?

—Era o capitão da guarda do meu irmão, Shura. Não meu. -respondeu o outro, limpando o sangue das suas espadas e guardando-as nas bainhas.

—Fui amigo do seu irmão também, e ele me fez prometer que cuidaria de você antes de morrer em meus braços. -respondeu Shura, com impaciência. -Não seja burro de morrer em uma emboscada promovida por Ares antes de vingar-se e recuperar seu trono de direito do usurpador.

—Sinto se fui rude com você, meu amigo. -respondeu meio triste. –Eu precisava sair e espairecer, não contava encontrar uma patrulha. Hoje é o aniversário da morte do Aiolos.

Shura ficou calado, sabia o tanto que o assunto o machucava. Não era nada fácil ter crescido sem o pai e a mãe, que morreram em circunstâncias misteriosas, pior ainda foi, aos quinze anos de idade, presenciar o assassinato do único irmão, que o criou e amou com tanto carinho, e ser acusado deste crime.

Apenas ele, e poucas pessoas de confiança sabiam a verdade. Shura e dois soldados valorosos foram testemunhas do ardil de Ares para usurpar o trono. E se não fosse por eles, Aiolia teria compartilhado o mesmo triste fim do jovem rei Aiolos.

—Vamos embora antes que a chuva nos afogue! -disse Shura.

—Onde estão Aldebaran e Mu? -perguntou Aiolia acompanhando o amigo.

—Foram até a capital do reino. -respondeu. -Parece que nosso informante tem notícias interessantes!

Quando chegaram ao acampamento secreto dos rebeldes, escondido nas montanhas, encontraram seus amigos esperando sua volta. Pareciam ansiosos em dar-lhes as notícias recentes do Reino.

—O que houve? -perguntou Mu preocupado ao ver o ferimento no braço de Aiolia.

—Acidente de treinamento. Vocês sabem que sou superior à ele na esgrima. -disse Shura rapidamente. -Quais as novidades que o nosso amigo secreto na corte lhes mandou?

—Algo que tenho certeza de que irão adorar! -respondeu Aldebaran.

—O quê? –Shura insistiu.

—O rei Ares vai se casar! –completou Mu.

—Se casar? -espantou-se o moreno.

—É natural. -Aiolia disse calmo. -Para se sentir mais seguro no trono que roubou, certamente precisará de um herdeiro.

—Não é apenas isso... -disse Mu. -Esse casamento pode nos trazer problemas sérios. A noiva em questão é herdeira de um poderoso reino e um exército respeitável!

—E com quem ele vai se casar? -perguntou Aiolia. -Essa noiva de um poderoso reino.

Aldebaran e Mu se entreolharam antes de falar, como se temessem a reação de Aiolia à notícia.

—Ela era a sua... –Aldebaran começou a falar, sem graça.

—Sua prometida, Aiolia. -respondeu Mu de uma vez, fazendo Aiolia o encarar incrédulo. -Sei que a viu poucas vezes quando eram crianças, na época em que seu irmão procurava a paz com o Reino de Themiscera. A noiva em questão é ...

 

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—Princesa Marin? -uma das criadas chamou-a, fazendo Marin desviar o olhar da paisagem da sua bela cidade.

—Sim, Luna?

—A comitiva enviada por seu noivo já está pronta para partir. -informou a criada. -A rainha Hypólita e sua irmã a aguardam para se despedirem.

—Obrigada. Diga a minha mãe que estou indo.

A criada fez uma reverência e saiu. Marin voltou a olhar a paisagem, suspirando desanimada. Viajar para um reino distante, abandonar seus costumes para honrar um compromisso antigo de casamento, que selaria a paz entre seu reino e o reino de Pallas, isso tudo a apavorava. Casar-se com um homem que não conhecia.

Mas era a princesa de Themiscera. E faria tudo o que fosse preciso para manter a paz.

Olhou-se no espelho, não vestia as roupas de guerreira que estava tão acostumada, e sim um vestido fino e azul, como mandava o protocolo real.

—Que a deusa me dê forças! -orou antes de sair dos seus aposentos.

Em frente ao palácio real, os soldados de Ares aguardavam para escoltá-la. Também lhe esperavam sua família, sua mãe e sua irmã mais jovem, despediu-se delas sem derramar uma lágrima sequer.

Percebeu que sua acompanhante também estava pronta para acompanhá-la. A rainha Hypólita se cercou de todos os cuidados, e encarregou a sua mais valorosa guerreira para acompanhá-la. Marin sorriu satisfeita. Pelo menos, não estaria sozinha e sim com uma grande amiga, Shina.

A orgulhosa amazona estava vestida como se fosse para uma batalha, nada a faria se separar de sua espada e sua armadura.

Entraram na carruagem e partiram. Durante todo o trajeto, Shina estava com a expressão soturna, como se não estivesse indo a um casamento, mas a um funeral.

—O que houve, Shina? -perguntou de repente.

—Isso tudo! -disse a amazona fazendo um gesto com as mãos como se mostrasse algo a Marin. -Não acho certo você abrir mão de tudo para casar-se com um homem que não conhece. É indigno de uma amazona! As tradições dizem que...

—Sei que a tradição pede que uma amazona da Casa Real só deva se casar com um homem que demonstre ser mais forte, vencendo-a em combate... Mas esse é um caso especial. -Marin observou a paisagem montanhosa pela janela da carruagem. -Nada sei de meu futuro marido a não ser que ele é um homem muito forte, um guerreiro, mas também muito bom. Talvez ele me faça feliz!

—Hunf! -resmungou a amazona, nada convencida. -Soube que é um homem estranho. Misterioso, que oculta o rosto com uma máscara. E ouvi rumores de que fez coisas questionáveis para manter-se no trono.

—Também ouvi dizer que faz isso, pois possui um ferimento horrível na face causado por um dos assassinos do rei Aiolos. -respondeu Marin. -Ele foi uma das poucas testemunhas do ocorrido...

—Mesmo assim. É estranho.

—Mas sei que a maioria das coisas que ouvimos são boatos. E boatos tendem a serem exagerados.

—A guerra contra o Norte não foi exagero. As matanças...

—Era uma guerra... –respondeu em um tom melancólico. –Sempre são terríveis...

 

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Enquanto isso, no reino de Pallas.

—Queira me explicar, capitão Guilty, como um homem conseguiu matar vários dos meus soldados, sozinho? -perguntou Ares, sentado no trono real olhando friamente, por detrás da máscara, o pobre capitão ajoelhado diante dele, esperando sua punição.

—Perdão, meu lorde! -pedia humildemente. -Mas, o rebelde Aiolia parecia um demônio incontrolável! Um verdadeiro Leão enfurecido! Mas escapei com vida, meu senhor!

—Para a sua sorte, estou de bom humor. -ele fez um gesto. -Saia, antes que eu mude de ideia e mande cortar a sua cabeça por sua incompetência!

—Si-sim! -o capitão saiu rapidamente, mas prestando atenção nos lordes que acabavam de entrar.

—Ah, aproximem-se, meus amigos! -Ares chamou e ordenou aos criados. - Tragam o melhor vinho!

Depois dos lordes terem sido servidos, Ares ergueu-se e levantou sua taça.

—Meus amigos... Camus, Milo, Afrodite, Shaka, meu conselheiro de confiança, Shion... só lamento a falta do sábio mestre Dohko... mas eu os chamei aqui para anunciar uma boa nova!

—E qual seria? -perguntou Lorde Camus, observando o conteúdo de sua taça.

—Pensei que já soubessem.

—Em breve, teremos uma rainha. –Disse Shion aos demais.

—Sim. Em poucos dias a princesa Marin de Themiscera chegará para se unir a mim em matrimônio. Um brinde! –Ares ergueu a taça à espera de um brinde.

Os lordes ergueram as taças acompanhando o gesto em comemoração à boa nova. Camus permanecia com uma expressão fria e inalterada, Milo sorria de maneira misteriosa.

 

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Depois de dois dias de viagem, a caravana da princesa Marin passava por uma trilha entre as montanhas. Apesar da total atenção dos soldados, eles não perceberam que eram observados por dezenas de olhos ocultos entre as rochas da montanha.

—Lá está! -anunciou Aldebaran. -A tal princesa está na carruagem.

—Então... -falou Aiolia. -Dê as ordens aos homens. A passageira da carruagem não deve ser molestada em hipótese alguma, sob a pena de enfrentar a minha ira!

—Sim! –responderam os rebeldes, prontos para o ataque.

—Vamos atacar! -disse Shura.

 

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Na carruagem real.

—Algo errado? -perguntou Shina de repente a Marin.

—Estou com um estranho pressentimento! -respondeu olhando a janela da carruagem.

—Você e seus... -foi interrompida pelos gritos de alerta dos soldados.

Estavam sob ataque! Instintivamente, Shina sacou sua espada e deu a Marin sua adaga. A princesa pegou a arma, se preparando para o que quer que acontecesse. Era preferível morrer lutando, de forma honrada, do que sucumbir aos inimigos e sofrer as piores das humilhações nas mãos destes. É assim o modo de viver e morrer de uma guerreira amazona.

Elas observavam pelos vãos das janelas o que acontecia do lado de fora. Tão rápido como começou, o ataque inimigo cessou. Os soldados de Ares foram derrotados, restando apenas um, que foi poupado para servir de mensageiro.

—Volte para a capital! -ordenou um homem que Marin acreditou ser o líder. -E diga ao déspota do Ares que se ele quiser sua noiva de volta, ilesa, seguirá as minhas exigências. E que em breve o Leão Aiolia lhe mandará notícias!

—Leão Aiolia! -espantou-se Shina. -Os rebeldes do reino de Pallas? São criminosos!

—Aiolia?

Marin prendeu a respiração. A última vez em que o viu era apenas um menino, agora era um homem perigoso, um assassino que tramou a morte do próprio irmão.

—Não era ele que você...? –Shina indagou.

—Estão vindo para cá! -disse Marin, cortando a pergunta de Shina. Ficou imaginando como ele estaria agora.

Então pôde vê-lo melhor ao se aproximar da carruagem. Os cabelos de um tom loiro acobreado caíam com uma masculinidade descuidada sobre a testa bronzeada. Uma virilidade atraente se estampava nos belos traços, os olhos azuis e frios sugeriam que era um homem seguro de si, orgulhoso de sua posição de líder. Alto, musculoso... Marin suspirou, o menino magro e irritantemente convencido que conheceu quando criança havia se tornado um homem assustadoramente atraente.

—Prepare-se. -avisou Shina, se colocando em posição de ataque.

Aiolia ia abrir a porta da carruagem, mas Shura o deteve e fez um sinal logo compreendido pelo amigo. O Leão fez um gesto para que seus homens se afastassem e não fizessem nada. Shura sacou sua espada e preparou para abrir a porta, enquanto Aiolia aguardava ao lado dela.

Com um gesto brusco e rápido, Shura abriu a porta e mal teve tempo de se desviar de uma lâmina que passou bem perto de sua cabeça, cortando alguns fios de seus cabelos negros. Uma jovem de cabelos esverdeados avançou contra Shura, lutando contra ele de igual para igual com a espada.

Aiolia observou tudo com certo divertimento, ouviu um som de dentro da carruagem, quando se virou, viu apenas a sola de um sapato que atingiu seu rosto com violência. Então, sentiu que alguém estava sobre ele, encostando uma adaga em sua garganta. Ele estava diante da mais bela mulher que já viu na vida!

—Se não querem que seu líder morra, nos deixe ir! -a ruiva ordenou.

—Ainda não. -Aiolia disse, pegando seu pulso com rapidez, girando seus corpo, invertendo as posições, e mantendo a jovem imobilizada sob seu corpo, com mãos presas.

—Princesa! -a guerreira com a espada se distraiu, dando chance para que Shura a desarmasse.

Certo da vitória, Shura sorriu e se exibiu aos amigos. Mu balançou a cabeça negativamente, pois a guerreira investiu contra ele, dando um chute em seu estômago, e um murro em sua cara, deixando-o tonto. Os soldados caíram na gargalhada. Ela pegou de volta sua espada.

Aiolia suspirou desanimado com a atitude do amigo, e Marin aproveitou a deixa para jogar terra nos olhos dele e socou sua cara também.

—Praga de mulher! -resmungou enquanto se erguia e limpava os olhos.

Quando abriu os olhos, desviou-se por um triz de uma sequência de socos e chutes da ruiva, que lutava furiosamente.

—Parece que ela não gosta de você, Aiolia! -gritou Shura, se divertindo, e se desviando de outro golpe da espada de Shina.

—A sua também não parece que morre de amores por você, Shura. -respondeu, aparando um soco de Marin com as mãos.

—Vamos logo com isso! -gritou Aldebaran. -Estou com fome!

—Você sempre está com fome! -replicou Mu.

Shura concordou. E após se desviar de outro ataque da espada da amazona, e desferiu um soco em seu estômago, fazendo-a largar a arma. Ao mesmo tempo em que Aiolia pegou Marin pelos braços e a prendeu entre a carruagem e seu corpo, imobilizando-a.

Shura imobilizava Shina com um abraço apertado. Sorria certo da sua vitória. Mas a amazona sorriu maldosa e deu-lhe uma cabeçada no nariz e um pisão em seu pé. Ele a solta, por causa da dor. Os demais riam com gosto. Shina colocou as mãos na cintura, se rendendo. Sabia que não poderia enfrentá-los sozinha.

—O que quer conosco? -Marin perguntou irada.

—Você, minha cara, é minha prisioneira. -o Leão respondeu.


Notas Finais


Nota: este fic que eu escrevia há algum tempo e agora irei repostar aqui após fazer uma releitura e consertar todos os erros.Espero que quem a acompanhava em outro site a acompanhe aqui!


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