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História Vingança Refinada - Norminah - Capítulo 1.1


Escrita por: Norminahwins

Capítulo 11 - Capítulo 1.1


— Um jeito de escapar — resmungou Normani, dizendo a si mesma que aquela atração era apenas um efeito colateral das circunstâncias extraordinárias. — Estão me esperando na Suíça para uma reunião no fórum econômico. A essa altura, já estão se perguntando onde estou. Minha equipe de segurança vai montar uma busca quando eu não aparecer.
As mãos de Dinah apertaram o volante. Ela conseguia ver os imensos portões lá na frente e suspirou aliviada.
Ignorou Normani e, ao passarem pelos portões, apertou um botão que os fechou. Finalmente, sentia um pouco mais de segurança.
A mansão repousava num afloramento rochoso com vista para o mar. Ela era um deslumbrante exemplo do estilo antigo. As linhas clássicas e elegantes da casa de dois andares chamavam a atenção para o térreo, com três compridas janelas francesas e um pátio. Árvores e arbustos obscureciam levemente os degraus que levavam a um gramado.
Dinah foi com o jipe diretamente para a porta principal. Uma gloriosa profusão de flores desabrochava por toda a parte, em vasos e treliças. Porém, Dinah estava alheia à mágica beleza do local.
Sarcasticamente, Normani perguntou:
— Não há mordomo para nos receber e abrir a porta?
— Nenhum funcionário. Só nós duas. — Ela saiu rapidamente.
Normani também saiu e a encarou por cima do capô do jipe. Dinah guardou a chave no bolso.
— Você ainda não me respondeu. O que vai fazer quando minha equipe de segurança localizar o sinal de GPS do meu celular? Eu diria que eles já devem estar em polvorosa neste exato instante.
— Desabilitei o GPS do seu celular e do seu laptop. E invadi sua conta para enviar e-mails para sua assistente e sua equipe de segurança, avisando que houve uma mudança de planos. Disse que você não deveria ser incomodada de forma alguma.
Dinah percebeu o cérebro de Normani entrando em ação, analisando o que Dinah dissera, buscando uma saída.
— Você é uma das únicas pessoas no mundo que poderia fazer algo assim, já que foi você quem desenvolveu o programa.
Dinah
engoliu em seco. Em outras circunstâncias, talvez tivesse se sentido orgulhosa.
— Sei que você é conhecido por fazer mudanças abruptas nos planos. Sendo assim, acho que seus funcionários não vão ficar muito surpresos com o desvio repentino.
Dinah viu quando as faces de Normani se encheram de cor, aumentando ainda mais a intensa atração. A voz de Normani estava supremamente controlada quando ela falou, mas isso enganava Dinah.
— Parece que você pensou em tudo. Por enquanto.
— Pelos próximos dez dias, srta. Kordei. Eu, você já mandou instruções para cancelar o acordo com O’Brien.
— Sequestro, invasão das minhas contas, falsidade ideológica. Seus crimes só se acumulam, srta. Hansen. E tudo pelo seu desespero para ser a pessoa a salvar O’Brien do abismo.
Não!, quis berrar Dinah. Quero ser a pessoa a empurrá-lo para o abismo. Para sempre!
— Mulheres como você me deixam enojada. São mais implacáveis que qualquer homem. Considerando sua determinação a obter sucesso nisso, não duvido de que você venderia a mãe para conseguir o que quer.Dinah recuou abruptamente para evitar o olhar de Normani. Era por causa de um traiçoeiro parente que ela estava naquela posição. Era por isso que Dinah sabia o que era ser implacável.
— Vou lhe mostrar a mansão.
Dinah soube que Normani estava percebendo que simplesmente não tinha escolha a não ser fazer o que ela dizia. Dinah passou por Normani, subiu alguns degraus e entrou no salão principal.
A casa era toda branca, com paredes de pedra exposta, mobília reluzente e confortável. O piso do salão principal era de mármore, mas o resto do térreo tinha pisos de madeira com tapetes orientais. Era verdadeiramente um lar, amado e cuidado por seus proprietários: um bilionário grego chamado Alexandros Kouros, sua esposa Kallie e os três filhos deles.
Dinah fizera alguns negócios com Kouros no passado, e ele lhe contara sobre aquela ilha, sugerindo que ela a usasse se tivesse vontade de fugir de tudo. Ela recusara automaticamente; não se dava o luxo de ter momentos de lazer.
Ela se lembrara da ilha quando pensara naquele audacioso plano.
— Esta é a sala de estar principal. Tem TV e DVDs no armário.
— Quer dizer que tenho permissão para andar livremente pela casa? Não vai me trancar na torre com uma tigela de mingau por dia, só para me manter vivo?
Dinah ficou surpresa com o humor ácido de Normani, não soubera o que esperar. Em sua experiência, bilionários e titãs da indústria podiam ser petulantes quando as coisas não saíam como esperado. Normani, até então, mal reclamara de seu destino. Estava com raiva, sim, mas não desconcertada.
Dinah não se iludia, pensando que poderia ser complacente. Normani era inteligente e astuta. Devia estar procurando uma saída, um jeito de manipulá-la.
- Há uma cerca em torno desta mansão. Ela fica permanentemente eletrificada e tem sensores infravermelhos com alarme. O único jeito de chegar à ilha e sair dela é de avião.
Dinah, porém, sabia que existia um pequeno ancoradouro na ponta sul, com uma lancha.
Normani cruzou os braços, afastou as pernas. Supremamente confortável, mesmo naquela situação.
— Sou uma nadadora premiada.
Por que isso não me surpreende?, pensou Dinah.
Dinah também cruzou os braços.
— As águas aqui são traiçoeiras, conhecidas pelas correntes voláteis. A previsão do tempo diz que uma tempestade é possível. Mesmo se você conseguir atravessar a cerca, por mais que você seja um bom nadador, nunca aguentaria.
Normani lançou um olhar pelas portas duplas abertas e pelas cortinas brancas que se esvoaçavam delicadamente. A cena lá fora era idílica. Contudo, sendo uma marinheira experiente, Normani sabia como o tempo podia mudar num instante.
Normani olhou novamente para aqueles sérios olhos cinzentos. Por que tão séria?
Normani balançou a cabeça, como se para expulsar aquela pergunta.
— Como convenceu meu piloto a mudar a rota?
— Eu também mandei um e-mail para a empresa dele. Um e-mail seu, explicando que você queria alterar seu plano de voo. E que não queria discuti-lo quando embarcasse, porque a viagem seria romântica. Contratei o comissário separadamente e paguei para que ele pusesse o calmante no café. Foi tudo feito com a impressão de que não era nada sério, apenas romântico. Também disse que você informaria quando quisesse marcar o voo de volta.
Normanicontraiu o maxilar com tanta força que doeu. Dinah reorganizara efetivamente todo o cronograma dela, e, com o melhor software contra hackers protegendo os sistemas dela, quem imaginaria que as mensagens não vinham dela?
Dinah não fazia ideia do que se passava na cabeça de Normani, mas tinha certeza de que não era nada bonito e tinha a ver com odiá-la. Dinah recuou para a escadaria que levava aos cômodos superiores. Depois de alguns tensos segundos, ela ouviu Normani suspirar e segui-la.


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