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História Vingança Refinada - Norminah - Capítulo 1.3


Escrita por: Norminahwins

Capítulo 13 - Capítulo 1.3


A ameaça na voz de Norminah era explícita. Contudo, tudo o que Dinah sentia era uma tensão em seu ventre ao ouvi-la usar seu nome pela primeira vez.
Ela se recusou a reconhecer aquela reação física.
— Sei que meus atos terão consequências, mas não me importo.
Normani se virou e se afastou dela, procurando alguma outra coisa. Dinah a seguiu às pressas.
Encontrou-o na cozinha, nos fundos da mansão, que tinha portas duplas que se abriam para um terraço e um exuberante jardim, onde uma piscina estava oculta atrás de uma linda folhagem. Algo estupendamente idílico, mas, infelizmente, desperdiçado com Dinah e sua relutante hóspede.
Normani abria e fechava portas e armários.
— Há comida suficiente para um exército.
— Na verdade, suficiente para duas semanas.
— Duas semanas?
— Para o caso de imprevistos.
— Que tipo de imprevistos, Dinah?
— Uma tempestade ou algo fora do nosso controle que estenda nossa estada além do planejado. Resmungando um xingamento, Normani começou a tirar as coisas da geladeira e dos armários, pondo-as na bancada.
— O que está fazendo?
— Preparando algo para comer, é óbvio.
Dinah ficou mais do que surpresa com a destreza que ela demonstrou ao preparar um sanduíche de aparência deliciosa em poucos minutos. Pegou uma garrafa de água na geladeira. Em seguida, uma de vinho. Tirou a rolha, pôs a garrafa de água debaixo do braço e, com a garrafa de vinho e o sanduíche nas mãos, voltou pela escada.
Dinah a seguiu e perguntou:
— Aonde vai?
— Para o meu quarto comer, beber e ficar longe de você.
— Não precisa de uma taça?
— Não.
E, com aquilo, Normani deu meia-volta e desapareceu. Poucos segundos depois, Dinah ouviu a porta batendo. Então, a enormidade de tudo o que acontecera a atingiu, e, sentada na escada, Dinah pôs a mão na cabeça. Estava tremendo.

Ela conseguira encarcerar Normani naquela ilha. Agora, estava sozinha durante os próximos dez dias com uma das mulheres mais poderosas do mundo, uma inimiga potencialmente letal. Ela se lembrou dos movimentos de Normani, uma graça inerentemente máscula, e o calor se acumulou em seu ventre. Normani era feita de 1,73m de músculos rígidos e a expressão em seus olhos havia pouco fora a de uma assassina.

***

Normani estava sentadanuma cadeira em sua sacada particular. A gloriosa visão o provocava. Ela bebeu um grande gole de vinho, percebendo que já acabara com metade da garrafa.
Desgostosa, já que costumava ser comedida em relação ao álcool, ela a pôs na mesa. Ela pegara o vinho da geladeira num impulso e se deleitara com a reação surpresa de Dinah.
Maldita fosse aquela bruxa de cabelo curto!
Ela ainda não conseguia acreditar no que Dinah conseguira fazer, e com tanta facilidade. Tudo porque ela era uma nerd. Porém, quando ele imaginava um nerd, via um magrelo de 20 anos usando óculos. Não uma loira de aparência vulnerável. Vulnerável?
Normani pegou novamente a garrafa de vinho; quanto mais bebia, mais a imagem de Dinah perdia a nitidez em sua mente. Sendo assim, ela tomou outro gole.
Ficou ali, com a garrafa pendurada nos dedos, completamente alheio à sua aparência devassa, com os botões de sua camisa arrancados, expondo seus peitos.
As duas pessoas que mais se importavam com ela no mundo estavam no mar, num cruzeiro de duas semanas. Naquela manhã mesmo, ela dissera a sua mãe e a sua irmã com uma afetuosa severidade fingida que ela não queria que elas a procurassem, a menos que fosse uma questão de vida ou morte.
Que ironia. Em circunstâncias normais, sua mãe entraria em pânico se não recebesse o habitual telefonema diário dela.
Pela primeira vez em muito tempo, sua mãe e sua irmã não precisavam dela, e Normani não sabia se estava se sentindo muito confortável com isso. A responsabilidade por elas era algo tão inerente a ela, que influenciava todas as facetas de sua vida, cada decisão, pois o que ela fazia as afetava.

Desde a morte de seu pai, quando ela tinha 12 anos, Normani se imbuíra de uma hiperciência de seu dever.
Ela ouviu um som, e a cacofonia de seus pensamentos parou abruptamente. O som viera de baixo dela, do terraço que levava à paradisíaca piscina, parcamente visível através das árvores.
Então, Normani a viu caminhando na grama, indo na direção das árvores.
Dinah estava com um curto robe, e os olhos dela foram atraídos para pernas esbeltas, porém bem torneadas. Carregava uma toalha na mão e desapareceu em meio às árvores. O objetivo dela se tornou aparente quando Normani ouviu o fraco som da água espirrando.
A tensão surgiu em seu abdômen. Com um grunhido de desgosto, pois ela se flagrara imaginando se Dinah estava de biquíni ou de maiô, Normani voltou para dentro do quarto.
Andou de um lado para o outro, com a raiva crescendo dentro dela por vê-la agindo de forma tão inabalada, dando casualmente um mergulho, como se não tivesse acabado de sequestrá-la! O que diabos ela estava fazendo, imaginando o que Dinah estava vestindo, se ela nem sequer a achava atraente? Normani ignorou o traidor calor em seu sangue que o contradizia.
Lembrou-se da forma como a expressão dela ficara tensa no escritório dela quando Dinah lhe perguntara seus motivos para querer salvar O’Brien.
Pense. Até então, Dinah executara aquele sequestro com o mínimo de alarde. Normani preferiria ter levado uma pancada na nuca e ficado desacordada. Ao menos assim ela se sentiria menos incapaz...
Normani precisava sair daquela ilha o mais rápido possível.
A mente dela analisou tudo e não encontrou nada. Normani poderia subjugá-la facilmente, claro. Entretanto, de que isso serviria? Dinah claramente tinha algum meio de comunicação com o mundo lá fora, mas Normani não duvidava de que estivesse muito bem-escondido, e isso poderia ser em qualquer lugar daquela vasta mansão. E, ainda que ela o encontrasse, Normani suspeitava de que o dispositivo fosse estar protegido com senha.


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