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História Violetas Na Janela - Em festa


Escrita por: vanaheim

Notas do Autor


CUIDADO COM A ATRASADA!!

Desculpa a demora, eu acabei me enrolando todo aqui. Era pra mim ter postado pela manhã, mas não deu QQ
🐻🍯

Me desculpem pelos erros e boa leitura.

Capítulo 11 - Em festa


Fanfic / Fanfiction Violetas Na Janela - Em festa

O vento soprou por entre os galhos das árvore que adornavam o campo de lacrosse, rodopiando sobre a grana verdejante, trazendo uma brisa suave que tocou o rosto do Stilinski calidamente. De soslaio observou seu melhor amigo, Scott, se aproximar calmamente e subir alguns degraus.

— então, quer dizer que vocês estão namorando.

O McCall se sentou ao lado do castanho, na arquibancada. Ambos fitando o término do treino. O Stilinski sentiu um formigamento, como se estivesse em um déjà vu, mas não era nada além disso. Nada mais que uma sensação de como se já tivesse vivenciado uma cena como aquela.

— aham. — o Stilinski murmurou, assentindo, apoiando-se nos cotovelos. Com um sorriso involuntário dançando nos labios, lembrando-se dá forma atrapalhada de como eles chegaram a conclusão do que o “eu quero tentar” os transformavam bem mais do que amigos coloridos. — estamos.

Scott virou sua cabeça para encarar o melhor amigo, que encarava atentamente o treino do time. Mais uma vez Stiles estava ali, enrolando para não treinar, se bem que ele também fazia aquilo no momento.

— conseguiu o que tanto queria... — Ele comentou. Stiles encarou o amigo com a sobrancelha erguida. — Alguém pra te aturar, não sei como o Derek vai te aguentar.

O McCall sorriu convencido para a leve careta que o Stilinski fizera ao encara-lo, levando um soco no ombro em seguida. O moreno de queixo torto massageou o local dolorido.

— cala a boca, Scott. — o castanho voltou a fitar o treino, no exato momento em que Isaac e Jackson caíam após um encontrão.

— não era para ele ter vindo hoje? — o moreno de queixo torto ria baixinho com a queda. — o Derek?

— é... — o Stilinski encarou o amigo pelos cantos dos olhos. Se perguntava a mesma coisa e Derek sequer havia dado notícias naquela manhã. — Ele não explicou essa falta...

Stiles balbuciou, iria falar mais. Mas viu Allison surgir ao longe, e não demorou muito para que Scott o abandonasse ali. O Stilinski observou seu amigo olhar de um lado para o outro, provavelmente em busca do treinador, e sumir com a sua namorada em seguida. O castanho sentiu algo lhe cutucar a sua coxa e um ‘psiu’ baixinho. Fazendo-o se sobressaltar de leve.

— CÉUS! — Stiles ralhou encarando Matt logo atrás de si, embaixo das arquibancadas, o encarando com aqueles grandes olhos azuis-acinzentados. — porque es... o que faz aí? — perguntou, com a palma rente ao peito, por conta do susto. Seu amigo as vezes era estranho por demais.

— nada! — a voz do Daehler vibrou através do metal dos bancos. E ele permaneceu encarando o outro castanho, que começava a de irritar com o silêncio do amigo.

— saía daí, Daehler. — o castanho bradou vendo que Matt permaneceria ali. Stiles observou o amigo sair debaixo dos banco, um tanto sem jeito e ladear as arquibancadas e caminhar lentamente em sua direção.

— cara, por onde andou?

Eles não se falavam, pessoalmente, a quase oito dias. Ele havia se distanciado, Stiles estranhara, mas imaginou que o amigo precisasse de um tempo.

— foi mal... — foi o que o Daehler conseguiu dizer enquanto subia alguns degraus, sorrindo amarelo, as bochechas estavam um poucos coradas pelo sol forte do dia.

Matt sentou-se ao lado do Stilinski, mergulhando em um silêncio profundo, enquanto encarava uma pequena mancha amarronzada na lateral do seu tênis. Stiles esperou pacientemente que o rapaz começasse, mas o mesmo ficou ali parado fitando o tênis como se fosse a coisa mais interessante do mundo.

— então... — o castanho começou incerto, coçando a sua bochecha, bem em cima de uma pintinha. Olhou de canto para o Daehler, que agora o encarava atentamente. — você e o Jackson...

Stiles o encarou cuidadosamente. Vendo crispar os lábios, como se estivesse aliviado por o Stilinski ter entrado naquele assunto. E soltou um certo suspiro ao coçar a garganta para falar.

— eu não sei ao certo. — O Daehler coçou o braço, tentando não encarar o campo de lacrosse. Pois sabia que o Whittemore estaria ali. — acho que Jackson foi o meu sonho de Ícaro, sabe? algo inalcançável..

— acredite. — o Stilinski circulou os ombros do amigo com um dos braços, o abraçando. — Jackson não é tão inalcançável assim... Ele perguntou de você... O tempo todo. — murmurou pensativo. Fitando o céu azulado, logo voltando a encarar o rapaz.

Matt institivamente colocou a mão sobre bolso dá calça, onde jazia o seu celular. E Stiles prosseguiu com o silêncio absoluto do outro.

— você não acha que, sei lá, está exagerando? Tipo uma “brincadeira” — o castanho fez uma pequena pausa, fazendo aspas com a mão, num longo suspiro, prosseguiu. — como aquela era mais do que esperado do Jackson, você não deveria esperar algo diferente, sabe?!

— eu sei, mas... — Matt encarou os dedos, nos quais brincavam entre si. Estando ciente do olhar atento do Stilinski. Ele gostava disso no rapaz, esse jeito dele de considera-lo como um amigo, mesmo que ele tenham passado a se falar, diariamente, após o pedido de ajuda do Stilinski.

— vai ter uma festa hoje. — Stiles o interrompeu, vendo que o amigo ainda estava confuso em relação a Jackson. Se insistiria no caso ou não. — e nós vamos. — ditou se levantando e se espreguiçando preguiçosamente em seguida. Voltando-se para o Daehler, que ergueu os olhos para fita-lo.

— eu, hã... Não gosto de festas. — Matt sorriu fraco para a tentativa do Stilinski de o animar.

— problema seu, nós vamos do mesmo jeito. — o castanho saltou dos três bancos para o gramado. — Te pego as onze.

O castanho se virou por alguns segundos, olhando seriamente para o rapaz, depois se virou caminhando para a saída do campo. Matt murmurou alguma coisa que fora sufocado pelo soar do sinal.




•×•




Stiles inclinou seus corpo sobre o banco do passageiro, com a testa levemente encostada no vidro da janela encarou com estranheza a casa de Derek. O rapaz de cabelos castanhos desceu do automóvel com os olhos fixos nas janelas da residência perfeitamente vendadas pelas cortinas. Aproximou-se lentamente dá varanda, seguindo a trilha de paralelepípedos do gramado. De frente a porta tocou a campainha, esperando alguns segundos... Minutos. Tocou a campainha novamente. Olhou, tentou olhar através da cortina mas tecido era muito grosso.

Com o celular rente ao ouvido, já com o número do moreno discado em uma chamada, o castanho retornou ao jipe. O Stilinski encarou a ligação rejeitada, tentou o da Malia mais nada. Esperou mais alguns minutos antes de ligar o carro e rumar para a sua casa. Se perguntando se Derek havia mencionado que sairia pela tarde, ou algo do tipo, e ele havia esquecido.

Stiles digitou uma rápida mensagem para o moreno, enquanto com a outra mão abria a porta de sua casa. Ouviu sua mãe conversar animadamente na cozinha, seu pai estava de folga naquele dia então provavelmente eles estariam ali. Subiu as escadas apressadamente, o castanho precisava de um banho.

O castanho distraído abriu a porta de forma exasperada, dando de cara com uma figura deitada na sua cama. Segurou fortemente um grito que serpenteou por sua garganta e lutou para sair boca a fora. Era Derek ali em sua cama, no caso estava deitado, o moreno se sentou de abrupto com o baque surdo repentino da porta.

— meu Odin, amado, de Asgard. O que faz aqui? — o Stilinski deixou sua mochila escorregar pelo seu ombro e cair sobre o assoalho com um som mudo dos livros se chocando com a madeira. Encarava o namorado com certeza desconfiança.

— Cristo. — Derek colocou a mão rente ao peito, encarando o Stilinski, assustado. — você sempre entra assim? ,— Perguntou e vou o castanho erguer as sobrancelhas em indagação. — É só pra eu me acostumar mesmo.

— sim. — Stiles confirmou, rindo nasalado. Ignorando a sua vergonha pelo estado em que seu quarto se encontrava, pois ele iria arruma-lo justamente hoje, caminhou até a sua cama, encarando o moreno que estava sentado e usava apenas um shorts escuro, e sentou ao lado do seu namorado.

— eu fui na sua casa, mas estava fechado. Deus, se eu soubesse que você estava aqui teria me poupado alguns bons minutos. — o castanho inclinou seu corpo para frente, beijando o moreno, e sendo retribuído, com lentidão.

— é... Sua mãe, hã... Pediu que eu não ligasse. E também confiscou o meu celular... — o moreno sussurrou ao cessar o beijo, sorrindo amarelo para o rapaz.

— você veio fazer um visita? — Stiles perguntou. — espera... confiscou?!

O moreno assentiu e o castanho notou uma mochila recheada ao lado da cama.

— então, lembra que meus pais iriam fazer uma viagem esse final semana?!

O castanho assentiu, com os olhos ainda fixos na mochila do Hale. Então Derek explicou que Laura ficou na casa do namorado real, Enquanto ele, Malia e cora ficariam com o seu tio, Peter. Que deveria ter ido ficar com ele hoje, mas o mesmo disse que não poderia ir. O Stilinski não ficou surpreso quando o moreno lhe disse que fora Malia que sugeriu que eles fossem para a sua casa. Pois senão os Hale’s mais velhos perderiam a hora do embarque.

— se não for um problema, eu dormir aqui, claro. — o moreno o encarou com sua imensidão esverdeada, com certo receio.

— não, claro que não, Der. — Stiles afirmou, sorrindo, puxando uma das bochechas do rapaz. — é só por uns dias? — o castanho perguntou em uma linha tênue em o ânimo e o desânimo. Ele realmente não se importava de ter o rapaz ali, nem mesmo com o combo: Malia e Cora.

— hã, sim! — Derek confirmou com um leve balançar de cabeça, sua mão boa pousou sobre uma do Stilinski, que apertou levemente.

— e onde elas estão. — os olhos se Stiles, por poucos segundos, se fixaram na porta. Perguntava-se, se a sua amiga não apareceria ali como sempre fazia. Logo voltou a encarar o moreno de olhos claros.

— estão lá em baixo.

Derek murmurou inclinando seu corpo para frente, e Stiles confirmou fazendo o mesmo. O rapaz de cabelos acastanhados se afastou, de abrupto, depois de um tempo. Esbanjando um largo sorriso, como se tivesse lembrado de algo de extrema importância. Derek quase sentiu um leve medo do olhar do rapaz.

— ainda vai rolar a festa na casa do Ennis? — o castanho perguntou em um ou dois tons animados. Enquanto retirava seus tênis e se deitava na cama. Sendo seguido pelo Hale, que se deitou ao seu lado. Eles haviam adquirido um pouco mais de intimidade nessa última semana.

— sim, vai! Por que? — Derek afirmou, sentindo uma das pernas do Stilinski passar por cima das duas coxas, e sua mão boa pousou sobre a barriga do castanho.

— porque nós, vamos levar o Matt para se divertir. — o sorriso do castanho afinou-se e Derek fez uma careta, como se não tivesse entendido o que Stiles havia dito.

— como?

— levar o Matt para se divertir, sei lá conhecer alguém... — o castanho deu de ombros, suas mão subiu dá cintura do rapaz, para o braço. Sentindo o tecido áspero da tipoia, deslizando até a nuca do moreno.

— você não cansa de tentar um de cupido? — Derek sorriu com os olhos semicerrados, curtindo os dedos do castanho brincando com seus fios negros da sua nuca.

— eu sou um dos Erotes, querido!

O castanho sorriu roubando um selinho do rapaz.

— Erro... Erótico?

— não, também. Um “erote”.

O castanho moveu seu corpo sobre o do moreno, tomando exímio cuidado com o braço do rapaz, sentando-se sobre o quadril do amado.

— não sei o que é isso. — Derek franziu o cenho, encarando o namorado nos olhos, absorto no seu total desconhecimento literário daquela palavra. Focando-se nos olhos de âmbar fixos no seus.

— vamos deixar isso pra lá, certo? !

Stiles murmurou inclinado um pouco mais a sua cabeça, vendo o moreno sorrir assentindo lentamente. O castanho quebrou os poucos centímetros e colou seus labios nos de Derek, um roçar lento, sentindo a mão do moreno deslizar sobre o seu dorso por dentro da camisa. Curvara o seu corpo deixando uma fina brecha entre o seu corpo e o braço machucado do rapaz. A língua de Derek deslizou lentamente para o interior aquecido da boca de Stiles, suas unhas rasparam pela pele pálida do rapaz, fazendo-o arquejar entre os lábios do Hale. Suas línguas tocavam-se tão lento quanto os labios se moviam, os corações pulsavam raivosos espancado suas respectivas costelas. Derek sentia-se sufocado com o peso do amado sobre o seu membro desperto, a calça do castanho proporcionava ao dono um desconforto parecido. Os pulmões passaram a reclamar pela falta de ar, e lentamente eles foram cessando o beijo, como um gemido desgosto ecoando do fundo das suas gargantas.

O âmbar e o esverdeada passaram a se fitar com intensidade.

— melhor parar por aqui... — o moreno fez uma breve pausa buscando fôlego. — antes que alguém apareça. Porque se nós começarmos eu não vou querer parar.

O Hale fechou os olhos, ouvindo a risada baixinha do castanho. Um fino sorriso fora desenhado em seus labios, sentindo-os serem alvejados por beijos cálidos do Stilinski.

— eu vou me banhar, então. — Stiles se sentou ereto sobre o moreno, sorrindo travesso ao ouvi-lo praguejar baixinho com o movimento e um segundo quando se levantou.




•×•




Stiles enxugou os seus cabelos úmidos, o fato do Hale dormir ali martelou em sua cabeça durante todo o banho. Ele não via problema algum, pelo contrário. Só fora pego de surpresa, uma bela de uma surpresa. Assim que vestiu-se limpou, em parte, a bagunça em que seu quarto estava, amanhã terminaria. Um sorriso encabulado formou-se nos labios do Stilinski, quando no hall dá porta a imagem de Derek surgiu. Ele havia descido para a sala, enquanto o Stilinski fazia sua higiene. E aparentemente se cansou de esperar o rapaz.

— terminou? — o moreno balançou a mão levemente no ar.

— sim.

Stiles afirmou jogando a toalha embolada no cesto de roupa suja e caminhou em direção ao rapaz, ambos saíram do cômodo e seguiram rumo as escadas, parando exatamente no topo da mesma.

— escute, Der. — o castanho surrou, colocando a sua palma rente ao peito do namorado impossibilitando que o mesmo desse mais um passo. O moreno o encarou atentamente, esboçando um sorriso pelo apelido usado. — depois do jantar nós dizemos que vamos dormir, subimos para o quarto.

— porque? — perguntou confuso, sendo alvo do olhar confuso e incrédulo do castanho.

— a festa, Der. — Stiles circulou os ombros do moreno com um do braço e beijou sua bochecha.

— você não desiste mesmo, não é? — o moreno perguntou, já rendido.

— não, não mesmo! De forma alguma. — afirmou sorrindo largo.

— tudo bem... — o moreno riu nasalado, com os dedos de Stiles brincando com o topo da sua orelha, ele tinha cócegas ali.

Os dois desceram para a sala, encontrando Cora e Malia sentadas no sofá. Derek sentou-se ao lado da irmã enquanto o Stilinski seguiu para a cozinha, observando sua mãe que arrumava a mesa da sala de jantar.

— esperando o pai? — perguntou com os braços cruzados, encostado na entrada do cômodo. Sua barriga roncava baixinho.

— você sabe que sim. — a Stilinski mais velha se virou, sorrindo em direção ao filho enquanto se apoiava na mesa.

— a senhora bem que poderia ter me avisado. — o castanho sussurrou encarando a sala sobre ombros, vendo os Hale’s assistirem o filme atentamente, voltando-se para a sua mãe em seguida.

— avisado? sobre o que?

Cláudia deu de ombros, voltando-se para a travessa em cima da mesa e a ajeitando uma ou duas vezes, ambas não ficando em uma posição boa ao seu ver. Talvez ela fosse um pouco perfeccionista. O mais novo revirou os olhos.

— qual é, poderia ao menos ter limpado o meu quarto... — o castanho manteve o tom baixo de voz, e a mais velha franziu o cenho em sua direção.

— a é? E cadê aquela coisa de “eu preciso de privacidade” ?

A Stilinski mais velha pegou a colher de madeira de cima da mesa e apontou para o filho. Que a encarou tanto o objeto quanto a mãe por alguns segundos, abrindo e fechando a boca em busca de algo descente pra responde-la.

— certo, esquece. Mas pelo menos poderia ter avisado.

O castanho se virou, dando de cara com o seu pai. Que, pelo que trajava e estado, acabara de chegar de uma intensa caminhada.

— boa tar... Noite, filho. — John afagou os cabelos do rapaz. Que se esquivou do abraço melado do mais velho. — sem abraço?

— boa noite, pai. — o castanho riu baixinho dá feição do seu pai, pressionando o braço do mais velho, enquanto ladeava o corpo do mesmo e seguia para a sala. Se deparando com a seguinte cena; Malia esparramado no sofá grande, com uma das pernas apoiada no braço do sofá e a outra nas pernas do primo. Que o encarou com um sorrindo de canto. Cora estava logo ao lado, sentada na poltrona, se limitou a cumprimentar o castanho com um breve balançar de mão.

— Stiles, meu amigo. — a jovem o encarou por alguns segundos, sorrindo grande, antes de se virar para a tevê novamente. O castanho revirou os olhos sentando-se no chão em frente ao namorado, entre as suas pernas. Assistindo um filme qualquer que passava, e pela violência gratuita do filme só poderia ter sido escolha dá Malia. O castanho ergueu seu rosto para o lado quando sentiu dedos se enroscarem em seus cabelos, que mantinha os olhos fixos na tela, ele voltou na fitar a tevê mantendo seu sorriso de minutos atrás.

— venham, crianças.

A voz da matriarca Stilinski ecoou dá cozinha minutos depois. Fazendo com que os quatros se entreolhassem com estranheza, por conta do “crianças.”

Os demais caminharam a passos resignados, apressados para o cômodo. Encontraram o Xerife já sentado a mesa. E estranhamente, para Stiles, foram servidos pela mulher mais velha.

— Peter ligou dizendo que vêm buscar vocês amanhã.

Cláudia soltou deslizando o guardanapo pelos lábios, logo após terminar sua refeição, olhando para cada um dos três Hale’s. recebendo em troca os olhares dos demais. Derek e Stiles se entreolharam por um breve instante.

— ele só falou isso? — Malia perguntou, levando uma coxa de galinha a boca, mordendo-a com gosto.

— sim, depois ele desligou na minha cara, esse grosso. — a mulher deu de ombros, alinhando os talheres sobre o prato. Ouvindo as risadas que John e Derek soltaram, baixinho.

— ele não gosta muito dá senhora... — Malia apontou o osso dá coxa em direção a mulher, enquanto mastigava sua comida.

— é que eu “roubei” algo dele... no passado... — Cláudia sorriu grande, apoiando os cotovelos na quina da mesa, cobrindo os lábios com os dedos cruzados. Vendo os olhares de curiosidade dos mais novos. E ouvindo a tosse frenética do marido, que se engasgara com o suco de maçã com abacaxi.

— e o que foi?

Cora e Malia se entreolharam com as palavras em sintonia. Cláudia se serviu do suco numa pausa dramática e o bebericou encarando o Stilinski de soslaio.

— fala logo mulher. — Malia quase saltou da cadeira sobre a mesa. Se a mulher tinha algo sobre o seu pai que ela pudesse usar mais tarde, ela queria essa informação.

— céus, olha as horas... Vou perder a reprise de Xena. — a Stilinski riu baixinho recolhendo seu prato e o levando a pia. E caminhou em direção a cozinha.

— volte aqui Senhora Stilinski. — a Hale fez menção em se levantar mas encarou o seu prato inacabado. Resolveu arrancar a informação da mãe do seu amigo depois de terminar de jantar. — e o senhor? — a Hale perguntou encarando o Xerife, erguendo os olhos enquanto levava a colher a boca.

— eu o que?

— sabe de algo? — Malia o encarou desconfiada.

— eu não faço a mínima ideia do que a minha esposa estava falando...

Foi a vez do homem mais velho recolher o seu prato e se retirar do cômodo. Stiles que encarava a cena com o seu mais tedioso tédio, olhou Derek de soslaio e o cutucou com o cotovelo. O moreno o encarou, vendo o mesmo se espreguiçar, e encenar um bocejo.

— que sono... — Stiles encarou Hale, o cutucando com o cotovelo, que sem escolha entrou na onda.

— eu também estou cansado. — Derek balbuciou, encarando Malia e Cora, que os encaravam discretamente — acho que já vou dormir também... — ele se virou para Stiles, que empilhou seu prato ao dele e se levantou. Derek fez o mesmo.

— dormir, aham... — cora encarou a prima, que balançou a cabeça.

— eles pensam que nos enganam... E enganam mesmo. — foi a vez de Cora concordar com a prima.

Stiles ignorou os comentários e seguiu para cozinha, com Derek logo ao seu lado. Quando chegaram no cômodo, se depararam com Cláudia sussurrando algo para o Xerife, o beijando logo em seguida. Os dois adolescentes ficaram parados, se entreolharam e voltaram a encarar a cena. Os adultos pareceram notar os olhares sobre eles depois de algum tempo e cessaram o beijo, sorrindo amarelo para o mais novos.

— nós só viemos deixar os pratos. — o Stilinski mais novo colocou os objetos lentamente em cima da pequena mesa do cômodo. — podem continuar, hã, o que vocês estavam fazendo... Mas seria mais prudente terminar lá no quarto de vocês... Com o mínimo de ruído possível. — o castanho se agachou desviando de uma esponja voadora, seguida de um pão e da colher de pau. Com as risadas de Derek como música de fundo. — boa noite para vocês. — Stiles se pós ereto, quando viu que a barra estava aparentemente limpa.

Os mais velhos se entreolhara.

— você... Já vai dormir... — sua mãe Perguntou desconfiada, encarando Derek por cima dos ombros do seu filho. Que fizera menção em sair dali, mas fora impedido pelo namorado que agarrou seu pulso.

— sim. — o Stilinski mais novo assentiu.

— cedo? Não são nem onze dá noite. — John cruzou os braços rente ao peito, encarando os dois adolescentes com indagação, que se entreolharam rapidamente.

— sim, ue. Estou com sono. — o Stilinski mais novo deu de ombros. Dando as costas aos pais, que mais uma vez se entreolharam em desconfiança.

— nós precisamos ter aquela conversa? — John cruzou os braços rente ao peito.

Derek sentiu o seu rosto esquentar e drasticamente mudar de cor. Demorou alguns segundos para Stiles ligar os pontos e entender onde o seu pai queria chegar.

— céus, não. Pelo amor...

O rosto do castanho na ficou, provavelmente dá mesma coloração da maçã que jazia numa cesta sobre a pequena mesa. Começou a praguejar enquanto caminhava rumo as escadas com o Hale logo atrás de si. Deixando os mais velhos rindo sozinhos no cômodo.




•×•



— o que nós vamos fazer até a hora de sairmos. — Derek se sentou na cama. Observando o namorado fechar a porta e em seguida se virar e caminhar em sua direção sorrindo de lado.

Stiles se sentou ao lado do moreno, mantendo o sorriso, se aproximou um pouco mais do Hale até que sua coxas se encostassem. E o beijou lentamente, antes que o braço de Derek circulasse a sua cintura Stiles se afastou divertido.

— assistir um filme. — balbuciou sorrindo largo com a cara de descontentamento do moreno. — qual você quer?

— tanto faz.

Derek se encostou na cabeceira da cama e esticou suas pernas. Seus olhos seguiam o castanho pelo quarto, vendo-o levar sua mala para o outro lado do cômodo, pegar o notebook e voltar para a cama, ficando ao seu lado mais uma vez. Em silêncio, viu o mesmo ligar o aparelho e diminuir o volume, apertar play e em seguida uma musiquinha estranha começar e um grande castelo aparecer.

— que filme é esse? — Derek encarou o rapaz de soslaio.

— Moana.

O Hale viu um sorriso animado se formar no rosto do amado.

— eu nã...

— shiii...

Derek semicerrou os olhos e virou seu rosto para encarar o rapaz, que mantinha seus olhos fixamente na tela do aparelho. O Hale teve de aguentar Stiles cantarolar todas as músicas do filme, até mesmo as instrumentais, ele teria prestado atenção no filme se não fosse esse pequeno detalhe. Que contribuiu bastante para que ele acabasse adormecendo.




•×•




o Hale ouviu seu nome ser chamado repetidas vezes, seu corpo ser embalado levemente, o despertando aos poucos.

— Derek, acorda.

O moreno abriu e piscou os olhos algumas vezes, vendo a silhueta do castanho aos poucos se formar, com a ajuda da luz emanada pelo abajur. Estava usando uma camisa avermelhada e um bermuda escura. Tinha os cabelos levemente úmidos, havia acabado de sair do banho.

— o que? — o moreno deslizou a ponta da língua pelos labios, se sentindo ainda sonolento.

— Vamos, a barra está limpa. — o castanho se sentou na beirada da cama. — vá se banhar. — jogou uma toalha para o moreno. Que encarou o pano sobre o seu torso.

— não pode ser amanhã? — o moreno tentou se virar, ao fechar os olhos novamente, mas sentiu seu braço reclamar. E voltou a sua posição inicial.

— vamos, Der. — o Stilinski apertou levemente o joelho do moreno. — vamos, vamos, vamos...

O castanho começou a cantarolar, Derek o encarou com os olhos semicerrados, ponderando um pouco.

— você vai ficar me devendo essa. — Derek suspirou encarando o rapaz nos olhos, e se sentou na cama.

— tudo bem.

Stiles confirmou, inclinando seu corpo para frente, beijando o moreno.

— me ajuda com isso? — Derek apontou para a tipoia.

O castanho assentiu e o moreno se virou. Stiles desprendeu a tira que cortava o dorso desnudo do rapaz, que sustentava o braço machucado do mesmo. Este já não doía como nos primeiros dias, a dorzinha chata que despertava vez ou outra se tornou mais suportável, talvez ele nem mais precisasse mais usa-la. Stiles observou o amado pegar a toalha que ele havia lhe entregado e caminhar em direção ao banheiro do quarto. Ouviu por alguns poucos minutos o som discreto dá água caindo, cessou por mais alguns e logo tornou a cair novamente.

O Stilinski vislumbrou Derek sair do lavabo, com a toalha enrolada nos quadris, perfeitamente enxuto. Caminhar até o outro lado do quarto, abrir a mala que ele havia colocado no canto e retirar uma bermuda e uma box vermelha. Pela fraca luz do abajur, com a ajuda da que saia do banheiro; Stiles seguiu com o olhar, um pouco corado Derek voltar para o banheiro. O que o fez soltar um risinho nasalado, quando no moreno se trancou ali.

Não foram nem doze segundos para que o castanho ouvisse um baque surdo ecoar da porta do seu banheiro.

— você está bem?

Stiles se levantou e caminhou até a porta do cômodo.

— estou, é... — Derek se encostou no objeto de madeira, pois quase havia escorregado. — Só me dê um minuto...

— preciso de ajuda?

— não.

— eu não me importo de ajudar você a vestir a cueca. — o castanho riu nasalado, com os dentes pressionando suavemente o lábio. O moreno mordiscou o lábio inferior, encarando seu próprio reflexo no espelho sobre a pia, vendo um leve rubor nas suas bochechas.

— Stiles eu não sou um inválido, ainda tenho um pouco de dignidade... E duvido que você só queira me vestir, seu pervertido. — o Hale riu baixinho, ouvindo risada do castanho em seguida.

O moreno caminhou até o sanitário com sua roupas em mãos, sentando-se sobre a tampa. Como certa dificuldade e cuidadosamente usando o seu braço machucado, lentamente deslizou a peça íntima por entre as suas pernas, fizera o mesmo com a sua bermuda. Era um saco aquilo, demorar tanto para fazer algo tão simples. Derek tentou subir zíper mas seu braço começou a reclamar por conta da quase queda, de quando idiotamente se apoiou justamente com ele para não cair. Derek suspirou encarando a parede a sua frente pintada em tom azul-cinzento, e a passos resignados caminhou até a porta e a abriu. Stiles estava parado lá, o encarando, ele não precisou dizer nada.

— desencana, Der. — o castanho encarou os olhos esverdeados do moreno, com as mãos segurando a barra da bermuda do rapaz, a abotoando e fechando o zíper. — Eu não me importo em ajudar você. — Stiles sorriu levando suas mãos até o rosto do Hale e o beijou.

— é um pouco constrangedor... — o moreno sorriu envergonhado, vendo o castanho se afastar.

Stiles se limitou a concordar com a cabeça, um fino sorriso ainda , dando espaço para que o moreno passasse. O seguindo novamente até a mala, de onde o viu retirar uma camisa verde-musgo. Ajudou o namorado a vesti-la e a colocar a tipoia, por mais que Derek não quisesse usar algo do tipo em uma festa.

A passos silenciosos saíram do quarto do Stilinski. Stiles sussurrou “Malia” apontando para a porta do quarto de hóspedes, onde as duas Hale’s estavam, e por onde escapava um fraca luz por debaixo do porta. As duas conversam animadamente.

O casal desceu as escadas lutando contra o ranger das tábuas. A passos mais apressados, atravessaram a sala como dois amantes fugitivos e saíram porta a fora.




•×•




O jipe estacionou em frente a casa dos Daehler da forma mais silenciosa que aquele carro antiquado poderia fazer. Stiles tamborilava os dedos na coxa, encarando a casa através da janela onde Derek repousava a cabeça. Havia acabado de enviar uma mensagem para Matt, avisando que já havia chegado. E esperava que o mesmo desse o ar da graça.

Stiles encarou o moreno. Que mantinha os olhos fechados. Ele levou seus dedos até a barriga do moreno e o cutucou.

— eu não estou dormindo. — o moreno riu baixinho. Segurando a mão do rapaz.

— você está quieto. — o Stilinski observou, e viu com atenção o moreno mover minimamente o braço. — seu braço dói?

— não, eu estou bem. Só acho que não irei aproveitar nada dessa festa, não com isso.

Derek o encarou, apontando pra o seu outro braço. Esse que começava a lhe incomodar com uma leve coceira.

— fique tranquilo, Derek. Vamos dar um jeito.

Stiles acariciou o ombro do moreno, que sorriu minimamente para si. Uma fraca luz chamou a atenção dos dois, era a porta sendo aberta e por ela um Matt apressado saiu. O castanho a fechou e deu uma breve corridinha em direção ao carro.

O Daehler entrou no automóvel e cumprimentou os dois. Sentando-se no banco de trás, bem no meio, passou a fita-los através do retrovisor.

— está pronto Matt?

Do retrovisor, por onde o Stilinski encarava o amigo, Stiles desviou seus olhos para o moreno, sorrindo de forma animada.

— hum... Para?

— para se divertir, meu caro. — Stiles o encarou sobre os ombros

— na verdade... Não. — o Daehler balbuciou, se espreguiçando em seguida, ignorando a carranca do outro. Ouvindo a risada baixinho do Hale.

— nossa... Quanta animação!

O Stilinski murmurou ligando no carro e saindo dali, pesando que talvez o amigo se animasse durante o percurso.




•×•




Stiles estacionou o carro a algumas casas de distância. O trio caminhava em direção a casa de Eniss, de onde haviam estacionado já podiam ouvir o som da música alta, que tocava de forma incessante. Stiles observou a porta e janelas abertas, assim que pisou no gramado. Notando que o mesmo estava enfeitado por copos-descartáveis avermelhadas com restos de bebidas. Alguns adolescentes do lado de fora, eles podiam ver claramente toda a movimentação, no interior da residência, de onde estavam.

— Vamos. — o Stilinski sorriu grande, agarrando a mão do moreno e o puxando em direção a residência. Que deixou-se guiar pelo namorado.

Matt os seguiu, olhando ao redor com certo temor. Ele não costuma ir muito a festa, nem gosta tanto de locais muito cheios. Ele havia ido mais por causa do Stilinski mesmo. O Daehler continuou a segui-los, desviando do corpos de adolescentes mais pra lá do que pra cá, passando entre os corpos suados espremidos naquele cômodo. Viu Derek e Stiles pararem ao lado de uma mesa, no que talvez seria a sala de jantar, repleta bebidas. Algumas que ele sequer nem ouvira falar. Observou o moreno segurar a cintura do Stilinski, e beija-lo lentamente, enquanto a música reverberava pelos quatro cantos do cômodo. Encostado no hall dá entrada, permaneceu encarando-os, achava fofo os dois juntos. A forma como o Stilinski afastava minimamente o corpo para não espremer o braço de Derek entre os corpos.

Stiles o encarou de soslaio, e corou um pouco com os olhos atentos do castanho sobre o seu ato ‘intimo’ com seu namorado. Derek seguiu os olhos do rapaz, vendo Matt parado ali.

“Ele vai ficar nos observando? Não curto muito voyeurismo. ” o moreno sussurrou rente ao ouvido do castanho, por conta da musica. O castanho gargalhou estapeando o braço do rapaz.

“espere um minuto. ” o Stilinski pegou dois copos com bebidas dá mesa, roubou um selo do moreno antes de caminhar em direção ao rapaz, que estreitou os olhos para si.

— o que está fazendo? — Stiles abriu levemente os braços, com os copos em mãos.

— como assim? — Matt o encarou confuso, desviando de uma jovem que saía dá sala.

— é uma festa cara. — Stiles entregou um dos copos ao amigo, que o segurou, e um empurrou até os labios do Daehler. Que sentiu o cheiro forte de álcool emanando do liquido e encarou o Stilinski incerto — vamos, Matt. Se solte... Vá se divertir.

O Stilinski abriu a boca, num pedido mudo para que o rapaz fizesse o mesmo. Virando o copo em direção ao castanho. Matt sentiu o líquido quente descer queimando em sua garganta, espalhando um gosto estranho por toda a sua boca, o castanho tossiu um pouco antes de encarar o Stilinski novamente.

— Vai dar uma volta. — disse Stiles dando leves tapinhas de incentivo nos ombros do amigo. Entregando o outro copo ao rapaz, Que o encarou atônito. Ele não sabia se conseguiria beber aquilo novamente.

— mas..

Matt tentou protestar, mas seu corpo fora virado e vagarosamente empurrado pelo rapaz, em direção a outra sala. Stiles observou o rapaz se distanciar mais um pouco, virando o copo com a bebida, sumindo entre os corpos dançantes em seguida. Logo voltou-se para o moreno, que o encarava fixamente.

— prontinho. — Stiles sorriu, falando um tom mais alto.

— não é prudente encher o cara de bebidas. — o moreno bebericou a sua bebida, mantendo seu olhos fixos no namorado.

— somos caras recém saídos da adolescência, dane-se. — Derek arqueou uma das sobrancelhas, esboçando um fino sorriso. Stiles sorriu tomando o copo dá mão de Derek e o virando nem seguida. — vêm, vamos dançar.

O moreno concordou com um singelo balançar de cabeça, logo sentiu a mão do rapaz se fechar em volta do seu pulso e o puxa-lo em direção a sala de estar, a pista de dança improvisada. O Stilinski ia na frente como uma espécie de barreira para o braço do rapaz. Ficaram em uma parte onde tinha menos pessoas. Seus corpos ficaram a centímetros separados e passaram a se mover ao ritmo da música.

As mãos de Stiles pousaram sobre a cintura do moreno, que fizera o mesmo com a sua. Seus lábios mantinham o desenho de um fino sorriso. O estrodo piscava incessantemente deixando-os quase como se hipnotizados um pelo outro, ou talvez a talvez o aparelho não tivesse nada haver com isso e eles de fato estivessem. Não demorou muito pra que os seus labios se encontrassem uma outra vez.

Matt se sentia estranhamente tonto e leve. Encarou o copo em sua mão, cheio até a metade. Não soube ao certo dizer se aquele era décimo ou vigésimo, talvez tivesse levado os concelhos sobre se divertir de Stiles a sério, mal se lembrava a última vez que vira o rapaz. Já havia, por incrível que pareça, dançando e bebido mais do que já fizera em sua vida. Aquela casa havia tornado um pouco grande demais, os corredores começavam a se alongar. E por alguns minutos jurou ter visto um panda sino-canadense e um elfo latino pendurado dançando em cima da mesa. Ele encarava os adolescentes dançando com um sorriso abobalhado na face, rindo baixinho uma vez ou outra. E foi então, parado ali no meio da sala cercado por adolescentes bêbados que dançavam enlouquecidamente, que ele percebeu que estava um pouco mais bêbado do que pretendia.

O Daehler moveu seu corpo para frente, ou para trás, numa tentativa de sair do meio daquele mar de pessoas. Tentativa essa que fora barrada por uma muralha que surgiu em sua frente, que quase o fez cair.

— Drogo... — Matt praguejou baixo, encarando o loiro de costas para si, vendo o líquido que uma vez preenchia o seu copo escorregar pela jaqueta do rapaz.

— mas que merda.

Matt pode ouvir a voz do rapaz, sendo acompanhada pela música alta.

— foi mal. Eu, hã... Não vi você. — O Daehler balbuciou, observando o rapaz se virar. O castanho franziu o cenho estranhando a sua voz pastosa.

— você... — o rapaz semicerrou os olhos, deixando o tom azulado mais escuro. — eu acho que... conheço você. — o rapaz apontou o dedo, dá mão que segurava o copo, em direção ao rapaz de cabelos castanhos.

Matt engoliu em seco ao ver que era o Brett, lembrando-se vagamente dá pequena perseguição do rapaz no dia do jogo.

— eu? Puff, acho que não. — o castanho riu nervoso. Dando uma vasta olhada ao redor tentando achar uma rota de fuga.

— é, tem razão. — Brett concordou num balançar de mão, Matt se sobressaltou por ver o mais alto tão próximo de si. — Acho que eu me lembraria de você.

Tabolt levou seu indicador até o centro do peito de Matt, o pressionando. Esbanjava um sorriso de dentes esbranquiçados.

— está sozinho? — Ele quis saber.

— sim, é, hã...

Matt, encarou imóvel os dedos do mais alto deslizar pelo seu rosto. E inesperadamente viu o rapaz se inclinar em sua direção, e tão inesperado quanto o ato permitiu que o mesmo o beijasse.

Matt sentia os labios macios do rapaz roçarem nos seus, e o gosto de uma bebida na qual ele não havia provado invadir sua boca lentamente com a língua. E essa passar a brincar com a sua, sentiu também as mãos do loiro circularem e pressionarem a sua cintura. Talvez fosse a mistura eloquente da desilusão com o álcool que o fazia corresponder o beijo do rapaz, em busca de algo que infelizmente não encontrou naquele beijo. O rapaz de cabelos acastanhados se afastou minimamente e viu-se sendo encarado pelos olhos acesos do Talbot.

— por que não subimos. — as mãos do loiro permaneciam fixas na cintura de Matt. Havia um tom quase convincente na voz de Brett, que por poucos segundos encarou o segundo andar da casa logo voltou a fitar o rapaz. Diminuindo a distância entre os seus corpos.

Matt demorou alguns segundos para processar o que aquelas palavras significavam, o álcool havia o deixando lento, e quando entendeu corou um pouco.

— não, eu acho que estou bem aqui. — Matt sorriu levemente envergonhado, empurrando levemente o mais alto. que se afastou sorrindo, sem qualquer resistência.

— ah. Qual é, belo... — o indicador e o polegar do Talbot pressionaram suavemente o queixo do castanho, que sorriu de forma tímida, permanecendo em silêncio. Então Brett entendeu, que não iria rolar e sorriu de forma simples. — tudo bem, quer beber algo? Um suco?

— suco? — o castanho franziu o cenho. — tem isso? — talvez ele devesse ter bebido de início, pois o enjôo começava a marcar presença.

— é, o suco fica na cozinha. — Brett apontou para o corredor. — eu vou buscar.

O castanho assentiu e viu o rapaz começar a caminhar e em seguida sumir corredor adentro. O Daehler suspirou fazendo menção em se virar para sair dali, no mesmo momento que sentiu seu ombro ser cutucado repetidas vezes e virou-se para ver quem era. O rapaz de cabelos castanhos se assustou e deixou escapar um grito, que fora silenciado pela música, aos se deparar com Jackson alí parado bem a sua frente. Mas logo voltou a si.

— o que faz aqui? — o castanho disse sério.

— você bebeu? — Jackson fez uma careta quando o hálito carregado de álcool do rapaz lhe atingiu a face.

— é uma... festa Jackson... — Matt deu de ombros, fitando o Whittemore. Que mantinha um olhar quase perdido?!

— era o Brett? — O Whittemore indagou.

Matt viu o rosto do Loiro se enrijecer, ao olhar sobre os seus ombros, mas logo se suavizar ao encara-lo.

— sim era. — o castanho mais uma vez deu de ombros. — nós estávamos conversando.

— e sobre o que conversavam? — Jackson semicerrou os olhos em direção ao castanho, vendo o estado que o mesmo se encontrava. — esquece, não é dá minha conta. Quero conversar com você.

Matt viu os ombros do loiro penderem para os lados, e o encarou com as sobrancelhas levemente arqueadas.

— olha Jackson, eu..

— vamos sair daqui. — o loiro se apressou em dizer, agarrando suavemente o pulso do Daehler. Quando ao longe viu Brett virar o corredor, ele não estava com cabeça para provocações naquele momento. — precisamos conversar, você me ignorou por uma semana. Já deu né?! Desde quando você bebe? Você mesmo me falou que odiava bebidas.

— espera o que pensa que...

Matt colocou a mão na boca, sentido seu corpo ser puxado, e embalado de um lado para o outro quando se encontrava com os corpos dos adolescentes que pareciam não se cansar de dançar, o deixando mais enjoado.




•×•




Stiles e Derek estavam sentados no sofá. O moreno resmungava pois a pouco algum engraçadinho havia esbarrado em si, Stiles mantinha um olhar preocupado sobre o moreno quando uma certa cabeleira alourada que passava apressada pelo corredor chamou a sua atenção.

— Jackson aqui? — Stiles perguntou surpreso, encarando o namorado sentando no sofá, o ao seu lado. — é o Jackson alí ou eu fiquei bêbado sem não ter bebido quase nada?

Derek virou seu rosto para o corredor vendo o amigo sumir no emaranhado de adolescente adolescentes.

— é ele sim! — confirmou. — eu mandei uma mensagem pra ele dizendo que estávamos aqui. — o moreno deu de ombros.

— porque?

— ele passou a semana toda enchendo o meu saco falando do Matt.

O castanho assentiu e alguns minutos depois viu o Whittemore arrastar um Matt cambaleante por onde havia passado.

— será que o Matt está bem? — Stiles encarou Derek com certa preocupação, levantando-se. — acho que eu...

— Não, você nada. — Derek segurou o castanho pela barra da bermuda, e o puxou fazendo-o se sentar novamente. — deixe que eles se resolvam. Jackson não é nenhum idiota. Não, ele é sim um idiota! mas ele não vai fazer nada contra o Matt... Jackson não correria atrás se realmente não gostasse dele.

Stiles o encarou por alguns segundos, após assentir, abriu um largo sorriso.

— olha vejam só.

— o que? — Derek perguntou confuso, acompanhando o sorriso do castanho.

— você dando uma de Erote...

— ainda não faço a mínima ideia que diabos isso significa.

O moreno balbuciou e sorriu por sua bochecha ser alvejada por beijos cálidos do castanho, tendo em seguida seus lábios sendo alvo dos selos. O mesmo sentou-se em seu colo, beijando-o com fervor.

— vamos sair daqui... — o moreno balbuciou, com os olhos espremidos, buscando o fôlego roubado.

— você quer ir pra casa? — Stiles acariciou o rosto levemente rosado do moreno.

— não para a sua.

O moreno abriu seus olhos, fitando namorado de uma forma diferente.

— para onde então?

O castanho sorriu ladino e gargalhou baixinho quando Derek sussurrou em seu ouvido o seu lugar em mente.


Notas Finais


Então né, hã... A fanfic está chegando no finalzinho... Era pra ter terminado no capítulo anterior mas não rolou qqq

🍮🐼


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