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História Violetas Na Janela - O plano


Escrita por: vanaheim

Notas do Autor


Desculpa a demora... Eu não estava com ânimo pra nada ultimamente.


Me desculpem por qualquer erro, e boa leitura!

Capítulo 4 - O plano


Fanfic / Fanfiction Violetas Na Janela - O plano

Stiles retornou segundos depois trazendo em mãos uma caixa de papelão. Não maior que uma de sapatos de bebê, quase cabia na palma de sua mão. Mas ele carregava como se o conteúdo fosse inflamável.

O que atiçou o outro rapaz.

Matt se levantou e caminhou até o Stilinski, observando com curiosidade o objeto que o colega trazia.

— o que é tudo isso? — Matt – que tomou a caixa de forma bruta de suas mãos, na opinião de Stiles – agora analisava seu conteúdo. Câmeras, fios, sensores de movimento e outras coisas.

— meus pais usavam para me “vigiar” quando eu tinha ataques de pânico. — o Stilinski deu de ombros.

— o que você está aprontando? — Matt arqueou a sobrancelha, olhando fixo para o outro.

Stiles revirou os olhos e caminhou até o seu guarda-roupas.

— eu quero pegar o gato no pulo. — ele disse simplesmente.

Matt franziu o cenho com frase do rapaz. Não muito apropriada Stiles pensou depois.

— eu não sabia que você tinha um gato. Ele anda fugindo é? — o castanho tornou a sentar-se na cama novamente, de forma despreocupada.

— não. Idiota! — Stiles se virou, olhando estranho para o castanho. “Que diabos ele tem nesse cabeção?” pensou. E Matt o fitou sem entender.

Stiles retirou uma caixinha de dentro de uma gaveta, e a abriu mostrando o que havia dentro para Matt.

— eu quero saber quem anda deixando isso na minha janela. — o castanho entregou a caixa para o outro rapaz, começando a andar de um lado para o outro, em curtos passos.

O Daehler encarou o conteúdo com curiosidade.

— amores-perfeitos? — Matt franziu o cenho, retirando a flor de pétalas púrpuras, a primeira que Stiles encontrou em sua janela. O Stilinski balançou a cabeça confirmando. — estranho... Queria ter um pouco desse mel. — murmurou baixinho, logo sendo alvo do olhar crítico do Stilinski. — ta desculpe. Mas o que você quer que eu faça? — o castanho jogou a caixa de lado e fitou o outro. Quando eu digo: “jogou”, quero dizer que ele jogou mesmo!

Stiles respirou fundo, e contou até vinte. Só para não pegar o seu taco de baseball, que jazia atrás da porta, e usar o cabeção de Matt como bola.

— eu quero que você reinstale... Tudo isso. Mas com as câmeras e sensores para o lado de fora. — o castanho gesticulava com as mãos, já mostrando em cada ponto ele deveria colocar.

Matt se levantou sem prestar atenção no que o outro dizia, e caminhou em direção a janela. Dando uma boa olhada na altura em que se encontrava.

— desculpa mas esse trabalho não tem seguro de vida... — o castanho cruzou os braços, e Stiles fez menção em enfiar a mão do bolso. — nem tente me chantagear com o número do Jackson. — Matt ergueu a mão pedindo que ele parasse.

— ah, qual é!? Você já está aqui, o que custa? — Stiles bufou.

Onde estava o companheirismo? Amizade, broderagem? Ele estava um tanto indignado.

— hã... Minha saúde física e talvez a minha vida? — o castanho cantarolou. — você já viu a altura disso? — apontou para a janela. — corajoso é quem sobe até aqui, só para deixar um flor idiota.

Stiles semicerrou os olhos. Matt estava pedindo uns cascudos, ou talvez só tivesse medo de altura mesmo.

— você quer mesmo que eu implore? — o castanho fez menção em se ajoelhar, mas o outro revirou os olhos negando com a cabeça. — então você vai me ajudar? — o Stilinski o olhou com os olhos pedintes. — por favorzinho... Com açúcar por cima.

— OK, mas você vai ficar me devendo essa! — Matt apontou para ele. Ou talvez ele só quisesse sair ganhando mesmo.

— hei, seu projeto de mercenário cabeçudo. Eu já vou te dar o número do Jackson, ainda ajudei você nesse assunto hoje mais cedo. O que você ainda quer? — o Stilinski cruzou os braços, eles estavam perdendo tempo!

— me ajudou? Como assim? — Matt o fitou com um misto de medo e preocupação, vindo do Stilinski ele esperaria tudo.

— eu falei de você... Um pouco. — o castanho sorriu de canto.

— Você o que? — O Daehler se sentou na cama atordoado. Stiles só poderia ter enlouquecido!

— É... Eu dei a entender que você havia elogiado ele. — o castanho sorriu grande, na cabeça dele ele havia feito algo “genial.” Matt pensava o contrário. — Sabe... Amaciar aquele ego enorme dele. — Stiles gargalhou. Era uma boa jogada.

Matt sorriu nervoso, massageando as têmporas e encarou o outro, com um olhar que Stiles não soube decifrar. Se fosse para intimida-lo... Matt havia falhado vergonhosamente.

— vamos acabar logo com isso, antes que eu deixe seu outro olho roxo.

Stiles tocou seu rosto, murmurando algo que o Daehler não escutou.

— precisamos de algumas ferramentas. — disse Matt, retirando os aparelhos de dentro da caixa, colocando-os em cima da cama.

— tipo? — Stiles quis saber.

— hã... Mais alguns fios, furadeira e mais algumas coisas. — o castanho murmurou baixinho.

Stiles ficou um pouco pensativo.

— vamos dar uma olhada na garagem. — foi o que o castanho disse. Matt concordou e o seguiu.

Cláudia não ligou quando os dois adolescentes desceram, as pressas, as escadas. Tampouco quando os dois, tão rápido quanto desceram, subiram com uma caixa em mãos. Há muito havia deixado de tentar entender as maluquices do filho.




•×•




— sério cara? Mas... O Jackson? — Stiles perguntou de repente. Enquanto observava o castanho separar os equipamentos que iria usar.

Aquilo o estava incomodando desde que reparou. Na verdade estava surpreso.

Matt sorriu com a pergunta. Nem ele mesmo entedia quando havia começado tudo aquilo, quando começou a sentir algo pelo loiro. Ele não via muitas chances com o mesmo.

— você fala como se pudéssemos controlar esse tipo de coisa. — o castanho fitou um ponto qualquer do quarto, para logo voltou a separar a aparelhagem. — e eu não vim aqui pra falar de mim.

— OK! — Stiles levantou os braços, como se estivesse se rendendo, mesmo que o outro não pudesse o ver.

E passou a apenas observar o que o rapaz. Vez ou outra mordia o lábio inferior, enquanto mantinha seus braços cruzados e apertava seu ‘bíceps ’, na tentativa de não dá algumas ordens ao castanho. Ele tinha lá suas suspeitas de como o outro estaria conectando alguns equipamentos, e escolhendo os lugares onde as câmeras e sensores ficariam.

— cara não é melhor colar mas pra lá?

É, ele não tinha tanto autocontrole assim. Perguntou após os dois retornarem do andar debaixo, onde haviam ido dar uma chegada para ver os pedaços de madeira que o Matt havia colocado na janela, para simular a direção em que as câmeras.

Matt o encarou com irritação, o Stilinski era bem insistente e irritante quando queria. Ele sabia muito bem o que estava fazendo!

— Stiles... Espera lá embaixo, e só volte quando terminar.

O Daehler caminhou em direção a janela, só para ver se a escada estava perfeitamente alinhada. O Stilinski franziu o cenho para o outro, ele o estava deixando de fora!?

— mas...

Matt o interrompeu.

— e antes de sair, ligue o computador. — avisou sem se virar. Ele tinha pressa.

— meu computador? Não! Tem coisas íntimas ali... Bemmm íntimas. — o Stilinski deu ênfase na última parte.

Matt desviou seu olhar da paisagem para fita-lo.

— vai ser preciso, não se preocupe eu não tenho o menor interesse em mexer nas suas “coisas íntimas ” — Matt fez uma ridículo imitação da voz do outro, enquanto fazia aspas com a mão.

“Cabeçudo. ” — Stiles murmurou caminhando, a contra gosto, em direção a escrivaninha. — pronto. — avisou.

Matt foi em sua direção. Não esperou que o Stilinski se levantasse, e fez uma pesquisa rápida. Logo fez download de algo que Stiles não soube dizer o que era.

— o que é, e pra que é isso? — perguntou deixando claro seu estado de confusão e curiosidade.

— é para salvar em vídeo. — Matt falou como se explicasse tudo. Só que não. — agora vaza. — ordenou. sim! ele não pediu. enquanto guiava o Stiles para fora do próprio quarto.

— mas e... — o castanho até tentou falar algo, mas a porta do quarto fora fechada na sua cara. — expulso do próprio quarto... Típico. — murmurou caminhando em direção a escada.

Chegando no andar debaixo tratou de ir a cozinha, não encontrando sua mãe ali. Um bilhete estava preso na porta da geladeira por um pequeno imã.

Dizia que o almoço estava pronto e que ela havia voltado para a floricultura. Bom, pelo menos ela não iria reclamar pelo barulho da furadeira que começava a ecoar pela casa.

Stiles já não tinha mais unhas para roer ( não incluindo as dos pés). O castanho se sentava no sofá e do sofá para a poltrona do seu pai, e fazia o mesmo novamente. Ligou a tevê para tentar se distrair, e nada. Até se dispôs a escutar os contos do mascott sobre o seu namoro ( que o moreno tanto queria contar, e Stiles fazia de tudo para evitar). Só para não subir para o segundo andar, sabia que mais atrapalharia do que ajudaria, ele queria que tudo estivesse pronto o mais rápido possível. Por isso, com muito custo, conteve-se.

Caminhou até a geladeira e passou a devorar uma barra de chocolate ( que ele fez questão de esconder para que o seu pai não a olhasse e a comesse), quando seu nome fora chamado por Matt.

“Finalmente. ” Pensou.

Stiles nunca na sua vida correu tão rápido, chegou em tempo recorde no cômodo, assustando o castanho.

— cadê? Está tudo pronto? — perguntou entre uma ou outra lufada de ar.

— sim. — Matt sorriu grande. Seus olhos brilharam quando ele notou o que o Stilinski havia trazido consigo.

Stiles seguiu o olhar do outro. — quer? — apontou o doce em direção ao outro.

Que negou com a cabeça. — N-Não...

— dieta agora, é? — Stiles sorriu.

Matt desviou o olhar, e desconversou:

— só preciso do seu celular.

— pra que? — Stiles ergueu suas sobrancelhas, segurando o aparelho sob o tecido da bermuda.

— só para conectar ao sistema. — explicou. — quando ele, sabe-se lá quem for, aparecer. Seu celular vai vibrar, tocar como um alarme. E você verá em tempo real... E também salvará o vídeo.

Stiles concordou, e tratou de entregar o seu aparelho ao Daehler, e em poucos minutos o aplicativo que o mesmo havia colocado para baixar no aparelho estava instalado. Estava tudo pronto.

— bom. está tudo certo então. Eu vou indo. — o castanho pegou sua mochila.

— já? Não vai almoçar? — Matt negou com a cabeça. — certeza? É lasanha.... — Stiles sorriu internamente, sabia que o outro gostava.

— droga... — o castanho praguejou em derrota. — vamos logo...

....

— estou cheio. — Matt acariciou sua barriga, agora saliente. Mais... Como Stiles observava. — bom, estava ótimo. Mas agora eu tenho mesmo de ir — o castanho se levantou e caminhou até a sala, onde repousava sua bolsa.

— vamos, eu te dou uma carona. — propôs o Stilinski. Matt não recusou (mesmo achando que correria pedido de vida), não estava nenhum pouco afim de esperar a condução.




•×•




— não está esquecendo de nada? — Stiles questionou quando Matt fez menção em descer do carro, que estava estacionado em frente à casa do Daehler.

Matt franziu o cenho, balançando minimamente a cabeça, não entendendo a pergunta do outro.

Stiles, por sua vez, retirou seu celular e balançou o aparelho frente ao rosto do castanho. Que corou balançando a cabeça confirmando. Ao ver do Stilinski, parecia com aqueles bonecos com a cabeça de mola, o que o fez sorrir.

— valeu. — o castanho, agradeceu após entregar o celular de Stiles, que o agradeceu pela ajuda.

Stiles queria chegar o mais rápido possível em casa, mesmo que ainda estivesse cedo e o sol estivesse dando o ar da graça. Ele estava ansioso, tanto que quase atropelou um pobre gato que atravessava a rua.



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