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História Violetta - We will always be fine!


Escrita por: TiaClara

Notas do Autor


Espero que gostem do capítulo, um grande beijo e até.
Capítulo betado pela Bleah.

Capítulo 17 - We will always be fine!


Fanfic / Fanfiction Violetta - We will always be fine!

Point of View — Isabella

Porque ela sempre tem que destruir minha felicidade? Porque minha mãe faz isso comigo? Eu me sinto completamente envergonhada de encontrar com Justin agora, sua mãe me recebeu tão bem, me tratou com tanto amor e aqui ele passa por isso, ele recebe apenas sarcasmo e humilhação.

Passo meus dedos por debaixo dos meus olhos secando as lágrimas que insiste em cair, choro por raiva, por vergonha, mas não por tristeza.

Sei que eu não tenho futuro algum, não posso fazer planos como qualquer adolescente, porém nunca tive autopiedade de mim mesma. Eu só não entendo o porque de toda essa raiva da minha mãe por mim, às vezes me pergunto se é por eu ser cega, será que ela não entende que eu não tenho culpa? Que Deus quis assim e jamais ninguém poderá mudar sua escolha.

— Você precisa ficar calma, seu namorado vai entender menina.

Maria tenta consolar-me e eu agradeço por isso, mas nada neste momento irá me consolar, desde o confronto que tive com minha mãe há um tempo atrás ela se trancou no quarto e não procurei saber o porque de todo seu ódio, fui medrosa e agora pago caro por meu medo.

Um soluço saiu de meus lábios, tento parar de chorar entretanto eu não consigo, hoje foi a cereja do meu bolo o meu estopim e ponho através de minhas lágrimas toda dor e frustração que eu sinto há anos.

— Justin ainda está aqui em casa? — Pergunto pois sei bem que Maria ainda está parada aqui no quarto, sei que é seu modo de dizer que sempre estará aqui para mim, e por mim.

— Não, ele se foi, seu pai conversou com ele por alguns minutos, ele te deixou um beijo.

Com a vergonha que passei esqueci completamente que meu pai conversou com Justin, o que ele queria? Não preciso me preocupar com isso, certo? Sei que papai jamais faria algo que me magoaria.

Não respondo nada, apenas contos seis passos e chego até minha janela, o escuro é meu aliado porém sinto o vento bater contra meu rosto, fecho meus olhos.

— Porque ela me odeia, nana? — A chamo pelo apelido que coloquei quando ainda era uma menina, seus passos se aproximam e em poucos instantes posso sentir sua mão em meu ombro.

— Isabella, sua mãe não odeia você, ela te ama da forma dela, sua mãe não teve um passado fácil meu amor.

Sem querer ser rebelde torço meus lábios em um bico, ela não pode me amar, uma mãe que faz o que Sandra fez comigo não merece o título de mãe.

Queria ser impertinente, mal criada e responder com palavras cruéis, mas sei que minha babá, ou melhor dizendo, minha mãe do coração não tem culpa da minha raiva acumulada.

A porta no corredor bate com força, que dá a sensação que as paredes da casa tremem com a força imposta.

— Dessa vez você passou de todos os limites, Sandra. — Encolho-me com a voz exaltada de meu pai, jamais o escutei tão bravo a ponto de exaltar sua voz.

Saio do meu quarto e cada passo dado por mim eu posso ouvir claramente a discussão dos dois.

— Eu passei dos limites, Jorge? Ela que não tem o direito de ser feliz, não depois de tudo que me fez passar.

Levo minha mão até minha boca, me sinto perdida, coloco minha mão na porta e tento encontrar a maçaneta quando a acho movimento a mesma para que a porta se abra. Mesmo de longe posso sentir respirações aceleradas de meus pais.

— Olha ela aí, por culpa dela que eu sou assim Jorge, por culpa dessa garota.

A frase da minha mãe me corta como faca afiada.

— Sandra, pare com isso, por favor. — Meu pai implora. — Não faça isso com nossa filha, ela não merece.

Meu coração bate aceleradamente, eu cansei de não ter respostas, de ser tratada como lixo.

— Porque a senhora me odeia, o que eu fiz? Eu quero saber o motivo de você não me amar mamãe, é porque eu sou cega? Porque eu não posso ser a aspirante de seus sonhos?

Aperto meus olhos com medo da resposta e quando sua voz soa gélida e cortante, me faz perceber que agi certo em estar com os olhos fechados mesmo sem poder enxergá-la.

— Eu tentei gostar de você Isabella, mas eu não consegui, você me tirou uma das coisas mais preciosas que eu tinha. Por sua culpa Ingrid morreu, você matou sua irmã, você é uma assassina.

Nesse momento eu sinto meu mundo desabar diante dos meus olhos, sinto meu corpo amolecer e um estalo alto me tira do transe, dou passos perdidos e encosto minhas costas na parede e a faço de meu pilar.

Como assim eu sou uma assassina? Que irmã? Minha mãe realmente não me ama?

Um soluço corta minha garganta e levo meus dedos até minha boca tentando abafar o choro de dor.

— Você me bateu? Jorge, você jamais encostou um dedo em mim.

Mal tenho reação ao saber que papai bateu em minha mãe, eu estou confusa.

— Nunca mais levante calúnia contra minha filha, ela não teve culpa Sandra, ninguém foi culpado. Você que não aceitou a perda repentina da nossa pequena e sempre quis descontar sua dor na minha filha, eu aceitei o destino da nossa filha e dei todo amor para Isabella e você sempre a afastou.

Meu pai grita com minha mãe, escuto o choro dela, minha bochecha está banhada por lágrimas, eu sou uma assassina.

— Sabe muito bem que foi um acidente, um descuido, Ingrid e Isabella tinham apenas um ano e meio quando aconteceu, aquela maldita piscina.

Meus ombros tremem pelo choro, eles esqueceram que estou aqui e estão lavando a famosa roupa suja.

— Aquele dia as meninas brincavam, você jamais quis uma babá  e uma distração Ingrid caiu na piscina e ninguém viu, infelizmente.

  Um gemido de dor corta minha garganta, choro alto e abraço meu corpo.

— Ela não caiu, Isabella a jogou e você sabe disso, ela mesma falou que empurrou a irmãzinha, ela que devia ter morrido e não minha menina, essa cega inútil. Agora aparece com esse rapaz em casa, ele está de olho na herança dela, está com ela por pena, acha mesmo que ele a ama? Ela não é merecedora de ninguém.

Pela primeira vez nesses meus dezessete anos de vida eu desejei poder enxergar para poder olhar nos olhos de minha mãe e pedi perdão.

  Saio do quarto ainda desacreditada, piscina? Irmã? Eu matei minha irmã, eu confessei a minha mãe?  Então porque eu não me lembro?

Desço as escadas, meu coração dói, os gritos ainda se fazem presente, eu só quero fugir daqui.

Será pecado se eu desejar minha morte neste momento?

O barulho de trovão se faz presente, a chuva que sempre me aqueceu e me acalmou hoje teve o efeito ao contrário, estou apavorada.

— Maciel. — Grito tão alto que minha garganta arde, posso ouvir seus passos apressados se aproximar.

— Pois não senhorita Cavanaugh? — Seu tom formal preenche a sala.

— Me leve para qualquer lugar. — Eu não sei exatamente para onde quero ir, só quero pensar.

— Vai chover senhorita, está muito tarde.

Aperto meus olhos e levo meus dedos até meus cabelos os puxando com força, estou quase tendo um ataque.

— Eu não pedi sua opinião, eu lhe dei uma ordem e a única coisa que deve fazer é aceitar.

Pela primeira vez agi dessa forma, tanto que ouvi seu som surpreso, eu não agi com a doçura de sempre, como meu pai, eu agi com a crueldade da minha mãe.

Começo a chorar, meus ombros tremem, a dor exige sair de mim, estou tão confusa, eu só queria entender tudo, queria que meu pai descesse e me explicasse tudo.

— Me desculpe, estou nervosa. — Falo em meio ao choro, meu motorista segura minha mão e a alisa seu dorso.

— Vem menina, eu sei quem pode te acalmar.

Posso ouvir pena em sua voz, não me importo, eu sou mesma digna de pena. Não falo mais nada, apenas me deixo ser guiada, o caminho é todo silencioso a não ser pelas minhas lágrimas, o carro anda devagar.

— Está na casa do seu amigo, o loiro, quer que te ajude ir até lá?

Justin.

Minha mente apenas me avisa isso, nego, pois conheço o caminho até a frente a casa.

— Pode ir Maciel, Justin me leva de volta. — Falo quando saio do carro, ele assente e posso ouvir quando o pneu desliza sobre o paralelepípedo.

A primeira gota de chuva cai sobre meu cabelo, começo ir em direção a casa, ando devagar pois ainda não estou confiante sobre o caminho e estou sem meu bastão.

Ele não a ama.

Está com ela por pena.

Quer apenas o dinheiro dela.

Eu tentei gostar de você Isabella.

Essa cega inútil.

Você é uma assassina.

Paro ao ouvir claramente a voz da minha mãe e minha mente, por mais que tente não chorar é impossível. Me sinto a pior pessoa do mundo.

Uma coisa concordo com minha mãe, eu não sou merecedora de ninguém, Justin Bieber é muito para mim e eu não passo de uma cega inútil.

A chuva cai com força, eu não tenho forças para recuar muito menos para seguir adiante. Eu não posso condenar mais ninguém a viver comigo.

— Violetta? — A voz de Justin soa juntamente com um trovão, ele parece desacreditado, posso ouvir seus passos apressados, não tenho mais força para manter-me de pé e acabo desabando e caindo sentada no chão, sinto quando ele joga algo em meus ombros.— O que faz aqui nessa chuva amor, porque não me chamou?

Amor.

Foi a primeira vez que alguém me chamou assim, e eu não posso sentir todo o poder da palavra pois me sinto um nada, ele não pode ficar com uma assassina, com uma pessoa tão incerta. Sinto suas mãos passando por debaixo das minhas pernas e meu corpo ser sustentado por seus braços.

— Justin, não, eu sou uma assassina, foge, foge enquanto tem tempo.   

Ele para de caminhar, os dois estão encharcados pela chuva.

— Isabella não importa o que aconteceu ou que vai acontecer, nós sempre ficaremos bem.


Notas Finais


E então o que acharam?
Eu sofro tanto pela minha bebê, meu coração está tão pequenino com esse capítulo.


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