Essa noite foi realmente muito longa. Finalmente terminei de ler o livro Alice no País das Maravilhas.
Finalmente.
Hoje de manhã...
Eu estava dormindo na minha caminha tranqüilamente, quando alguém entra no meu quarto e grita:
— SURPRESA!
Claro que, quando esse ser gritou eu levantei minha cabeça do travesseiro numa velocidade esplêndida – que nem eu sabia que eu possuía.
— An? Quê? — digo lentamente por conta do sono.
— Feliz aniversário, maninha! — disse minha irmã dando pulinhos de alegria.
— Ah é, hoje é meu aniversário. — disse me levantando. — que… – dou um bocejo – demais.
— Claro que é demais, mana! Hoje você completa dezenove anos! — disse Ludmila pulando em cima de mim.
— Ah, claro. — disse indo em direção ao closet. — A festa vai ser no jardim da tia Angie mesmo?
— Aham! E isso não é demais? — Ludmila disse vindo até mim. — Muito. — eu disse super, só que não, animada.
— O que você vai usar? — pergunta Ludmila. Ah não, ela vai querer me ajudar, e , sabe, o estilo dela não é o mesmo que o meu.
— Sabe, Ludmi, não preciso da sua ajuda. — eu digo pegando meu vestido.
— Tem certeza? — ela diz olhando meu vestido de cima a baixo. — Olhe o que você escolheu!
Começou. Ela vai começar um julgamento com o que eu vou usar na minha festa de aniversário.
— Ludmila, quem vai usar sou eu. Não preciso de sua opinião. — eu disse.
— Olhe, maninha, vou te deixar maravilhosa para o seu aniversário. — disse Ludmila vasculhando meu closet.
— Ah, não… — eu digo.
[…]
Quase duas horas depois eu finalmente fiquei pronta para ir para minha festa de aniversário.
O engraçado é que a festa começa ás 11h30 da manhã. Mas, okay.
Olha, eu nunca gostei do estilo da Ludmi, mas, sinceramente, ela arrasou me arrumando para a minha festa.
— Uau, Ludmi, sinceramente, você me surpreendeu. — eu disse me olhando no espelho.
— Eu sei, maninha. — ela disse. — Agora vamos. Já são 10h50, e a casa da tia Angie não é tão perto assim.
— Okay. Vá indo na frente que eu já vou. — eu disse indo em direção ao meu criado mudo.
– Isso deve ajudar um pouco no look. – pensei pegando um colar de pérolas.
Eu saí do quarto bem rápido e desci as escadas até a sala.
— Finalmente. — disse papai.
— Está deslumbrante! — disse Ludmila.
— Bem, vamos? — eu disse, sorrindo.
— Vamos. — disse Ludmila. — Espero vocês no carro.
Ludmila, como sempre, bem ansiosa para festas – o que é meio estranho porquê ela nunca se importou com festas de família. Muito menos da NOSSA família.
— Filha, você está linda. — disse papai me olhando. — E esse colar de pérolas de sua mãe ficou muito bonito em você.
— Obrigada, papai. — digo com um sorriso de canto.
— Você sente falta dela, né? — papai diz num tom triste, mas com um sorriso amarelo.
— Muita… Gostaria que ela estivesse aqui conosco. — eu disse.
— Eu também filha. Mas ela está em um lugar melhor. — disse papai me abraçando de lado.
— Sim, papai. Agora vamos, antes que a Ludmila nos mate. — eu disse.
— Claro. — papai disse saindo de casa e eu o segui.
Eu e papai entramos no carro e partimos até a casa da tia Angie.
Só espero que minhas melhores amigas Francesca e Camila estejam lá, senão vou chorar pelos cantos.
[…]
Se passaram uns trinta minutos e por fim chegamos a casa da tia Angie.
Quando nós chegamos, tinham vários carros enfileirados na frente da casa de Angie.
— Eu não me lembrava de conhecer tanta gente assim. —falei para mim mesma.
— Chegamos. — disse Ramalho, nosso chofer.
— Obrigada, Ramalho. — disse papai.
— Por nada, senhor Castillo. — respondeu Ramalho.
Na entrada da casa, haviam dois seguranças. Por um momento passei a pensar que esse povo se preocupava comigo. Mas provavelmente é para eles cuidarem dos carros.
Quando passamos pelos seguranças, eles nos cumprimentou com um “Bom dia” e nós os respondemos com um “Bom dia” também.
Entramos na casa e logo vejo minha tia Angie.
Quando ela me vê, me lança um sorriso doce e vem em minha direção.
— Vilu! Meus parabéns! — disse Angie me abraçando.
— Obrigada, tia. — eu disse retribuindo o abraço.
— Seus amigos estão lá fora. — Angie diz. — E seu presente depois lhe entrego.
— Okay, tia, obrigada. — respondi indo lá para fora onde o pessoal estava.
Provavelmente papai e Ludmila ficaram lá dentro conversando com Angie.
Cheguei lá fora e vi aquela decoração maravilhosa.
– Uau… – pensei.
— Violetta! — disse um ser de cabelos escuros vindo em minha direção.
— Fran! — eu respondi abraçando a mesma.
— Parabéns, amiga! — Fran diz. — Seu presente está lá dentro.
— Tudo bem. Ter você aqui comigo já é um ótimo presente. — eu disse com um sorriso.
— Awn, fofa. Vem cá! — Fran disse me abraçando novamente.
— E a Cami? — eu pergunto.
— Está com Broduey. — Fran diz e faz uma cara maliciosa. — Ah, e o León está aqui.
— O León? O Leonard? O Leonard Var… — eu ia dizendo quando Fran me interrompe.
— Sim, Violetta. O Leonard Vargas. O cara que você tem uma atração. — Fran diz.
— Cadê ele? Preciso falar com ele. — eu digo ansiosa.
— Ali, olha… — disse Fran apontando para um garoto de topete.
— ALI É ELE? — eu pergunto com os olhos arregalados.
— Ai, amiga, só faz 2 anos que você não vê ele. — diz Francesca.
— Por isso mesmo eu vou lá agora. — eu disse indo em direção ao garoto de topete.
Fui em direção de “León” – pelo menos eu achava que era ele, né? E quando cheguei lá, fiquei toda tímida.
– Droga. – pensei.
Mas, para minha salvação, Camila estava lá.
— Violetta! — Camila disse vindo em minha direção e todo mundo que estava naquela rodinha olhou para mim. — Feliz aniversário, amiga!
— Obrigada! — eu disse para Cami. — Oi, Diego, Federico, Maxi, Naty, Gery e… — eu disse dando uma pequena pausa. — León…?!
— Oi, Vilu… Quanto tempo, né? — disse León vindo até mim.
— P-po-pois é… — eu disse, ou melhor, gaguejei.
— Seu presente está lá dentro, okay? — León diz num tom doce.
— Okay. — eu digo.
Depois dessa pequena conversa, todos que estavam na rodinha me deram parabéns, falaram onde tinham colocado os presentes e essas coisas.
Ficamos conversando mais um pouco, até que León me chama para nós conversar longe do pessoal.
Elee levou perto de alguns arbustos, árvores e algumas plantas.
— Senti saudade de você, Vilu. — disse León com um sorriso de canto.
— Eu também senti saudade de você, León. — eu disse com um sorriso amarelo.
— Me perdoe por ter sumido por esses 2 anos… Eu voltei para o México por causa do trabalho de meu pai e… Você já sabe… — ele diz cabisbaixo.
— Você poderia ter me avisado. — disse.
— Eu não te encontrei no dia em que eu estava indo. — ele diz.
— Me falasse antes. — digo.
— Queria te contar no dia, assim eu também contava que… — ele dá uma pequena pausa. — nada, esquece.
— Então, tá… — eu digo e logo em seguida vejo alguma coisa se mexer nos arbustos. — O que é aquilo?
— Aquilo o quê? — León pergunta.
Eu não respondo. Apenas vou em direção ao arbusto para ver o que tem ali atrás.
Fiquei procurando algo, até que vejo um rabinho branquinho. Era um coelho.
Esse coelho me fitava de jeito estranho, e ele tinha algo na pata direita.
— É impressão minha ou esse coelho está segurando um… — León ia dizendo quando eu o interrompo.
— Relógio… — eu digo. — Isso me parece familiar… Vamos segui-lo.
Eu digo isso e vou em direção ao coelho e León vem logo atrás de mim.
Seguimos o coelho até uma parte do jardim da tia Angie que eu não sabia que existia. Era um lugar bonito. Tinha algumas flores e uma árvore.
E na frente dessa árvore, havia um buraco.
— O que é aquilo na frente da árvore? — pergunta León.
— Eu não sei. — digo.
Digo isso e o coelho pula lá dentro do buraco.
— ESSE COELHO É MALUCO? — eu pergunto, assustada.
— EU SEI LÁ. — León diz.
— Eu vou pular lá dentro. — eu digo confiante.
— Como é que é? Que tipo de droga você cheirou hoje? — pergunta León.
— Nenhuma. Mas algo me diz para pular lá dentro. — eu digo.
— E por isso você vai pular? — pergunta León.
— Sim. — eu digo.
— Eu vou com você. — León diz.
— Tem certeza? — eu pergunto.
— Absoluta. — ele responde.
— Então… — eu digo e engulo em seco. — Vamos.
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