A menina tentava violentamente se desfazer daqueles braços, era uma tarefa difícil pois quem a segurava era bem mais alto e forte e ela ainda se recuperava da desnutrição.
-- Calma Julia, só quero conversar, o Daniel deu uma saidinha e já volta.- o rapaz tentou acalma-la o que funcionou pois a respiração a garota foi se controlando aos poucos até se estabilizar.
-- Caralho Lukas quase tenho um treco agora, sabe o desespero que isso da pra alguem que acabou de sofrer um trauma? Você quer que eu pense que você é meu sequestrador?- botou-se a falar com um leve tom de irritação
-- Você sabe que não sou.- riu o rapaz que se divertia com a expressão assustada da moça.-- Você ta bem pirralha?
-- To, se me chamar assim de novo te dou um soco.
-- De que? De PIR- RRA- LHA? -exclamou com tom de implicação.
A menina foi com toda força com o punho cerredo em direção ao rosto de Lukas que segurou seu pulso mais logo que fez isso sentiu uma forte pontada no abdômen, Lukas olhou para baixo enfim vendo que havia atingindo por um soco da garota.
-- Como?- disse Lukas emprecionado com a agilidade.
-- Aprendi. - respondeu a moça lembrando do garoto que a agredia e também a ensinava a bater.
A garota se afastou e entrou em posição de ataque, chamando o garoto para uma luta. O rapaz foi atacando enquanto a moça esquivava de cada golpe, ela adimite mentalmente que ele é bem mais ágil do que ela imaginava, enquanto pensava foi derrubada de brusso por uma rasteira não esperada.
-- Te machuquei pirralha? - disse Lukas abaixando a guarda.
Julia se aproveitou da situação e seus pés nos pés de Lukas, girando-os e derrubando o rapaz, em um ato rápido subiu no garoto prendendo seus braços no auto da cabeça colocando todo seu peso alí.
-- Julia? - o garoto olhou fundo em seus olhos, coisa que a deixava desesperada quando se tratava de Lukas.
-- Não olha nos meus olhos.- a garota disse os fechando fortemente.
-- É impossível esquecer o que aconteceu entre a gente.
O garoto em um ato rápido se sentou com a garota em seu colo e a beijou, a mesma até tentou ignora-lo mais a vontade falou mais alto e ela cedeu facilmente envolvendo seus braços no pescoço do garoto com a intensão de aprofundar o beijo. A mão do rapaz adentrou a blusa da moça e deslizou pelas costas da menina que estava totalmente entregue aos toques do rapaz.
-- Lukas...-- arfou pedindo por mais.
O garoto levantou com dificuldade deixando a moça de pé, e em um piscar de olhos os dois estavam sem camisa e o short da moça estava a ponto de ser retirado, porém uma cantoria atrapalhou o momento dos pombinhos.
-- Daniel. - falaram em unisom.
Lukas praticamente afogou Julia dentre suas roupas e a mesma fez o máximo para vesti-las o mais depressa possível, em instantes ela estava praticamente sendo cospida do quarto do rapaz, enquando andava aceleradamente pelo corredor e ajeitava sua roupa que agora estava amarrotada esbarrou em algo grande, rasteiramente olhou para cima mais logo abaixou O olhar ao se deparar com seu primo mais velho.
-- De onde você está vindo ?
-- Se-seu quarto senhor.- disse corada
-- Senhor? - riu da menina que apenas sorriu.-- Aqui seu lanche senhorita.- devolveu o sorriso e entregou uma sacolinha para garota.
A menina seguiu seu caminho sem dizer mais nenhuma palavra, o garoto também seguiu seu caminho para terminar de arrumar suas coisas.
Algumas horas depois...
O táxi havia chegado, Lukas, Daniel e o taxista estavam ajeitando as malas que não eram muitas enquanto isso Julia observava alguma coisa serenamente os meninos pelo retrovisor do banco do passageiro, mais especificamente Lukas, era quase impossível olhar para o garoto sem lembrar os momentos que teve com ele tanto os bons quanto também os ruins, seu rosto corou ao lembrar de quando ele invadia seu quarto e virara confidentes, lembrou que contou sobre tudo a ele e algumas coisas que a envergonhavam como o fato que violência sexual que sofreu pelo padrasto, logo deixou um sorriso escapar ao lembrar da tranza com o Marques.
-- Oooooohhhhhhhh.- gritou Daniel ao pé do ouvido de Julia.
-- Idiota!! Por que fez isso ?- disse alisando o local aonde seu primo gritara a poucos segundos atrás.
Lukas apenas ria descontroladamente e com o tempo Julia desemburrou a cara e riu com os garotos.
...
Já estavam no hotel do Rio de Janeiro, estavam descansando da viagem, ainda estava amanhecendo, dava tempo de dormir um pouquinho e era isso que Julia fazia no momento. Enquanto dormia Lukas e Daniel recebiam outros amigos que chegavam, afinal foram os primeiros a chegar. Estavam no hall do hotel acomodados em umas poltronas e sofás, depois de uma hora os outros chegaram, era muita gente para sitar cada um, eles apenas se comprimentaram calorosamente criando a zorra de sempre e fazendo com que alguns funcionários os expulsassem dalí.
-- Espere, tenho que buscar minha prima que ta dormindo lá em cima. - disse Daniel se direcionando a uma das funcionárias enquanto algumas garotas o puxavam para sí.
-- Ta mais o senhor está muito ocupado, presumo eu.- se referiu as garotas que o puxavam.
-- Deixa que eu vou. - disse um rapaz já conhecido que saiu surpreendendo a maioria.
-- Ta Akira mais cuidado.- disse lhe entregando as chaves.
Akira agradeceu e seguiu até o quarto em que a moça dormia. Entrou no quarto cautelosamente onde a mulher estava por se contorcer e a zoramingar. Akira correu até ela checando seu estado, ela estava quente e suando muito, seus batimentos eram extremamente rápidos e sua respiração era pesada e descompensada.
-- Julia, Julia, Julia...- tentou segura-la na cama.
-- Não, não, o que fizeram comigo?- queixava-se a mulher.
-- Julia, sou eu Kira.- tentou chaqualhar a mulher.
-- O QUE FIZERAM COMIGO?- disse a mulher abrindo os olhos com certa rapidez.
Seus olhos estavam totalmente negros, tanto iris, quanto pupilas, o rapaz a olhou espantado. O rapaz a soltou de imediato mais inexplicavelmente a garota segurou na gola da camisa Do rapaz e o jogou do outro lado do quarto com uma força anormal para uma garota pequena, doente e desnutrida, o homem se levantou com dificuldade apos bater com o corpo na parede, ele a observava enquanto a mesma o olhava espantada enquanto seus olhos voltavam ao natural verde opaco.
-- O que fizeram comigo?- a voz dela saiu como um sussurro.
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