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História Virtuais Reais - Canto de balas


Escrita por: Master66

Capítulo 9 - Canto de balas


Parecia que estava fazendo mais frio, quando Henrique e os outros policiais, entraram na área de construção de um grande prédio de vinte andares, na Rua donde o segurança da loja estava, quando um louco homem entrou nessa área atirando. Henrique sabia que era o mesmo que assassinara Seu Adelson, e que eles estavam perseguindo, portanto a cautela era máxima. Mais o grande frio que se sentia, era somente da noite gélida, mais também de certo medo que os aplacava.

Eles foram se locomovendo em direção a uma pilha de barras de ferros, presas por um grosso cabo de aço, tendo ao lado um enorme guindaste que as erguia em direção ao prédio em construção, que estava na metade de sua forma. E de trás dessa pilha de barras eles olharam adiante, onde se via: sacos de cimento, blocos de tijolos, madeira empilhadas e montanhas de areia e pedras. Tudo adornado pela escuridão da noite, na qual até mesmo nuvens no céu, haviam apagado a luz da lua de cingir sobre a Terra.

Nisso Henrique viu uma sombra, ao fundo a direita, sair de trás de uma betoneira, e segui para trás de um monte de sacos de cimento, que formavam um pequeno murro erguido adiante.

_ Tem alguém ali pessoal. Fiquem em prontidão.

Com isso Juvenal, que estava com um revolver 38, e os outros policiais com revolveres 32, o puseram contra o peito, sentindo que logo os usariam.

Foi ai que uma série de tiros veio da direção do murro de sacos de cimento, onde uma sombra parecia elevar um braço, que segurando uma arma atirava. Esse era o assassino demoníaco Nelson, o personagem de “Caçador de assassinatos” que descia balas das duas pistolas Caracal F9mm Parabellum, descarregando os 17 cartuchos que tinha em cada uma. As balas zuniam por sobre a cabeça dos policiais e batiam de vez em quando na frente da barreira de barras de ferro. Isso forçava os representantes da lei a se manterem agachados, no medo de um tiro vará-los a qualquer momento.

_ Atenção, fiquem abaixados! Mas tente apontar com cuidados as armas e responder aos tiros! _ pedia no barulho trovoante das balas.

_ Ok! _ conseguiu meio que responderem os outros.

Então mantendo a ponta da cabeça meio escondida, e com as armas apontadas contra os tiros inimigos, eles dispararam em retorno, erguendo a cabeça somente para mirar, mais isso em questão de segundos. Já Henrique foi para o lado direito das barras de metal, e agachado, respondeu com sua pistola Imbel GC 45, tentando atingir o inimigo. Mais a sombra que disparava as balas estava bem protegida, acertando Henrique somente os sacos de cimento.

Foi então que os tiros pararam e Juvenal alertou: _ Parou para recarregar. E nossa chance!

_ Não faça nada de besta policial! _ alertou Henrique.

_ Fique frio! _ disse Juvenal. _ Rápido, me cubram! _ e foi andando para trás do guindaste, para ter uma visualização melhor.

Enquanto isso os outros dois policiais dispararam em cobertura para Juvenal, enquanto Nelson recarregava suas armas.

_ Não faça isso Juvenal! Pode ser uma armadilha! _ gritava Henrique, já o vendo quase chegar ao guindaste.

Nisso um zunido de bala se ouviu em sua direção, atingindo sua perna direita. _ Aí! _ ele gritou e meio que caindo no chão. Onde logo mais três tiros o acertaram: dois fizeram voar partes de sua cabeça; outro explodiu num jato de sangue em seu peito. Era mesmo um truque, pois apesar de ter acabado as munições de suas Caracals, Nelson tinha o revolver 38 Taurus RT, e com três tiros desse, calou a vida de Juvenal.

_ Droga! Falei para não fazer besteira! _ se lamentou alto Henrique.

A morte de Juvenal deixou os outros policiais meio assustados. E o medo os fez ficar fora de ação por um tempo. Nisso Nelson aproveitou e avançou para frente em direção a um monte de areia, mais próximo de onde estavam os policiais e disparou com suas Caracals já recarregadas. Um dos policias ergueu a cabeça nesse momento, tentando dar um tiro na sombra que andava. Só que essa foi mais rápida e com um tiro varou a testa do policial; em que Henrique pode ver pedaços de seu cérebro voar dessa.

_ Por Deus! Estamos enfrentando um demônio! _ exclamou pasmo o outro policial, vendo o companheiro ao lado morto.

_ Não se desespere! Podemos pegar ele.

_ Como detetive?

_ Tenho uma ideia.

E dizendo isso Henrique olhando para um monte de pedras, de frente ao monte de areia em que Nelson já postado atirava, pensou rapidamente em agir por ali. _ Me cubra. E o mantenha ocupado.

O policial deu sinal de positivo, recarregando o revolver seu e do companheiro morto. E com esses dois disparou forte contra o monte de areia, donde as balas batiam sobre ele; e somente não atravessavam pela grossura desse monte arenoso. E nisso Henrique, em movimentos muito mais rápidos e ágeis, do que fora os dado pelo pobre Juvenal, avançou contra a traseira do monte de pedras, tomando na mão direita o revolver Taurus 44 Raging Bull, atirando em ajuda ao policial.

Mas o demônio que lutavam era mesmo fora do normal. Pois ele avançou em direção ao guindaste, para ficando protegido por esse e abaixando seu revolver, dar um tiro numa parte do ombro exposto do policial. Ele gritou e caiu para trás, deixando o peito aberto, perfurado por mais três balas, onde órgãos internos se expuseram para fora.

_ Miserável! _ bradou Henrique, vendo que estava só no páreo. 

Uma risada foi ouvida em resposta e Henrique gelou, pois era igual à risada do personagem assassino Nelson, do jogo caçador de assassinatos que jogava.

_ Não pode ser! Como? _ ele disse consigo.

_ Quem é você? _ respondeu para Nelson.

Mais em resposta ele se lançou em direção as barras de ferro, que antes estava Henrique, e disparou dessa vez com suas Caracals, fazendo Henrique se lançar ao chão para não ser atingido.

_ Desista humano! _ gritou Nelson.

_ Quem é você? _ respondeu de novo Henrique.

_ Vai saber! _ disse Nelson, que depois de recarregar as Caracals, ficou de pé e avançou contra Henrique.

Henrique não sabia o que fazer. E quando uma bala atingiu seu joelho esquerdo, ele se viu em condições quase nulas de defender-se. Mais a coragem era algo que fazia parte de Henrique. E isso foi fundamental para ele. Atirando na confiança de sua pontaria, Henrique atingiu com seu Taurus 44 Raging Bull, as armas Caracals de Nelson, que voaram de sua mão. E quando ele pensou em atirar, Henrique disparou contra o peito dele, cravando as últimas 4balas ainda no revolver.

Era para esse ponto Nelson cair duro no chão. Mas uma força misteriosa o mantinha em pé; donde os buracos no peito, provocados pelas balas, não mostravam sangue sair deles e sim um névoa escura.

_ O que é você? _ perguntou Henrique de novo, vendo Nelson chegar perto e ficar de frente para ele.

Assim ele conseguiu ver que o inimigo que enfrentavam era o personagem que ele jogava em caçador de assassinatos: _ Nelson o assassino! Sua face magra e morena de expressão diabólica, todo coberto com blusão e calça negra, eram inconfundíveis. E o olhar vermelho de seus olhos, criava a ideia clara de um demônio em forma de pessoa.

_ Você não é real! Como poderia ser real? Você é um personagem de um jogo virtual, não alguém verdadeiro.

_ Eu sou real. Pelo menos nessa forma eu sou. _ disse profundamente a voz soturna de Nelson.

_ Isso está acontecendo?

_ Olhe seu joelho, e diga você mesmo.

Então sentindo a dor profunda no joelho varado pelas balas, Henrique viu que estava acontecendo de verdade tudo aquilo.

_ Então deve ser coisa de bruxaria ou do demônio. E você deve ser esse demônio. Não é mesmo? _ disse Henrique.

Nelson respondeu com uma risada, com Henrique sabendo que ele era um demônio.

_ Que tipo de demônio é você? Pois nunca soube de alguém que toma a forma de um personagem de games, para se fazer vivo.

_ O que vocês humanos sabem sobre demônios? O que sabem sobre bem e o mal? _ perguntou Nelson.

_ Bem menos, pelo que parece. _ respondeu cada vez mais aflito Henrique.

E Nelson riu de novo e disse após: _ Você é o herói dessa história?

_ Por que quer saber? _ falou Henrique, não entendendo as palavras de Nelson.

_ Pois somente o herói dessa história me interessa. E se não é o herói, então é descartável.

Após isso ele recarregou seu revolver 38 Taurus RT e apontou para a cabeça de Henrique. Henrique sabia que era o fim, e deitando completamente, virou um pouco a cara para não ver o disparo. Nesse momento, vindo do lado direito de Nelson e esquerdo de Henrique, um lazer de cor branca zuniu contra a figura negra de Nelson, atingindo ela. A força do disparo criou uma explosão branca de luz ao lado de Nelson, que o lançou a enormes distâncias para o lado. Seu corpo nesse momento se evaporou em névoa negra, com a sua voz pelo ar dizendo: _ Mandaram alguém para ajudá-los! Que seja então... Que seja... _ e rindo a voz sumiu na noite.

_ Você está bem? _ perguntou uma voz fina, e meio musical.

Henrique pasmo e com dor pelo corpo, não entendendo direito o que passou, olhou para a figura da voz: era um homem negro e baixo, bem baixo, de um metro e sessenta. Estava num terno branco, de gravata amarela, sobre camisa azul celeste, e calça e sapatos de bico fino também brancos. A cabeça tinha cabelo curto Bombril e um olho verde, bem cintilante. E andava tranquilo balançando na mão direita um revolver Colt 1860 Army calibre 44 de 6tiros, um dos mais antigos no mundo. Só que era diferente: era feito de um cristal amarelo, como se fosse um diamante dessa cor, com cabo de prata e gatilho também de prata. Brilhava intensamente, com uma luz branca, principalmente na roleta onde iam as balas.

_ Quem é você? O que está acontecendo? _ perguntava estático Henrique.

O jovem rapaz, pois a face límpida e sem rugas era de jovem, guardou sua arma no coldre do lado direito, como um jovem em roupa de gala em estilo de caubói, e deu-lhe a mão direita. Assim, com dificuldades, Henrique se levantou, meio pasmo com tudo ainda que tinha visto.

_ Sou Bob. E você? _ perguntou num jeito infantil o rapaz, ajudando Henrique a se manter em pé.

_ Sou o detetive Henrique Braseiros. _ respondeu ele.

_ Que saber o que ouve detetive? Que saber sobre o mal que enfrenta? _ falou Bob.

_ Sim.

_ Então me diga: Está sozinho nisso tudo?

E Henrique não conseguiu responder de pronto, pois sentia que tinha entrando numa questão quase surreal, mais que era mais real do que se podia imaginar.

 



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