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História Virtual Love - Campeonato Regional


Escrita por: querida_mary

Notas do Autor


CAPÍTULO NOVO *-*

Desculpa o puta atraso, fui no médico, não estou me sentindo muito bem hoje :/

Gostando muito dos comentários de vocês ❤
Espero que gostem do capítulo ❤

Capítulo 17 - Campeonato Regional


Fanfic / Fanfiction Virtual Love - Campeonato Regional

 

Já havia se passado um mês que eu e o Japa voltamos do Japão, aquela viagem foi perfeita, eu realmente adoro o Japão, e também adorei o tempo que eu passei com ele, mas eu ainda sinto vergonha por ter chorado tanto na frente dele, sabe, o dia da morte do meu pai é uma tortura psicológica para mim, aquele dia que deu início a essa coisa que eu chamo de vida. E aqueleS beijoS... Porque aquilo aconteceu? Eu fiquei igualzinha barata tonta, não porque eu gostei... WHAT??? EU ESTOU SOBRE O EFEITO DE LSD? Não, espera, é óbvio que eu gostei, não tem como negar isso, mas porque aquilo aconteceu? Eu fiquei com tanta vergonha, acho que dava para enfiar minha cara num buraco e não sair de lá nunca mais. Pelo menos meu "relacionamento" com o Japa ficou normal, menos quando estamos sozinhos, fica um clima meio pesado, tipo "você não vai fazer isso de novo não, né?!". Depois que essa merda aconteceu eu não consigui dormir mais 8 horas completas, nem 2 horas sem acordar e ir beber água, ou bater minha cabeça na parede para ver se esqueço essa merda. 

[...] 

Estávamos próximos a data de iniciação do Campeonato, "eu vou ganhar isso", essa frase virou um mantra dentro da minha cabeça, já que agora eu estava treinando na acadêmia do Japa, junto com o Miguel, e as vezes o Manoel aparecia, quando ele lembrava que tinha que me ajudar com algumas coisas, mesmo eu sendo boa demais para uma garota normal. Um dia desses o Miguel não foi treinar, então eu e o Japa voltamos sozinhos para casa. 

- Oh Japa, vamos tomar um açaí? 

- Você só sabe tomar açaí? - Clássica pergunta. 

- Ué, eu tô com fome. 

- Compra uma coxinha então, é mais barato. - Mas eu não quero coxinha, quero açaí. 

- Eu estou com fome de açaí. Você vai comigo ou não? 

- Tá bom peste negra. - Tem um bom tempo que ele não me chama assim. 

- Me leva de cavalinho? 

- Não estou sentindo as minhas pernas hoje. - Ficou paraplégico? 

- Você é um péssimo escravo. - Disse cruzando meus braços. 

- E você é preguiçosa, se não andar vai ficar gorda. - Gorda? Se bater um vento em mim eu vôo. 

- Vai lá então,  nutricionista. 

- "Você deveria parar de comer tanto açaí mocinha, isso não faz bem para a saúde" - Que bosta. 

- "Você deveria levantar mais peso, para conseguir massa muscular, e deixar de parecer uma moça" 

- Ué, está olhando para meu corpitho sarado? - Ele riu, que bosta em. 

- Ai claro, super sexy.

- Ai que delícia. - Referência entendida, nós dois rimos. 

Nós dois fomos até a sorveteria, eu comprei meu açaí - como sempre -, ele pegou um sorvete de Flocos. Fomos caminhando até em casa, e sentamos no portão. 

- Ei Julia? - Lá vai. 

- Quê foi amaldiçoado? 

- Você já se apaixonou por alguém? - Ele estava olhando para o céu. QUE PORRA DE ASSUNTO É ESSE MANO? Engoli mais uma colher do açaí. 

- Não.

- Eu também não... - Ele estava viajando na nuvem. Por favor, me diga que você NÃO está apaixonado por mim. 

- Você NÃO está apaixonado por mim, né?! 

- NÃO CARA, NÃO VIAJA. - Meu Deus que alegria. 

- Que alívio no coração. 

- Eu só queria saber como é... - Agora ele estava olhando para uma formiga. 

- JUULIA EU JÁ IA TE BUSCAR, VOCÊ DISSE QUE CHEGARIA CEDO HOJE. - Carla, você não sabe o quanto eu fico feliz em ver essa sua cara amassada. 

- Vou ter que entrar Japa, depois a gente conversa. - Você pode ter certeza que esse depois nunca chegará. 

- Também vou entrar, tchau peste negra, Oi e Tchau Carla. - Ele riu. 

- Atrapalhei o casal? - EU TE AGRADEÇO POR TER ATRAPALHADO. 

- Cala a boca. 

[...] 

Já havia se passado uma semana desde aquela linda e maravilhosa conversa, eu agi como se não tivesse acontecido nada e ele também, mas eu não tiro aquela merda da cabeça, QUAL A NECESSIDADE DE PERGUNTAR ISSO, ALEATORIAMENTE? 

Era segunda feira, dia de início do Campeonato. Eu, meu tio, a Carla e o Miguel fomos juntos no carro, até onde aconteceriam as lutas, o Japa foi junto com a mãe dele. 

[...] 

Chegamos lá, e fomos escutar o blablabla que tem antes das lutas. 

- Olá, eu sou o juiz de resistência, Cássio. - um velho de barba curta disse

- Olá, eu sou o juiz de habilidade, Mário. - Um velho careca disse. 

- Olá, eu sou o juiz de força e ataque, Paulo. - Um loiro mais novo disse. 

- Este é o começo do Campeonato Regional de Kung Fu. Espero que eu tenha o imenso prazer de entregar o troféu a um de vocês. - Os três falaram juntos. 

Começaram as apresentações dos participantes. 

- Essa é Julia. - Fiz a reverência. - Duas vezes campeã regional. 

Os juízes poderiam fazer um comentário sobre o participante. 

- Você é a filha do Fernando Lopes, e sobrinha do Manoel Lopes não é?! - O Mário perguntou, eu balancei a cabeça com sinal de sim. - Eu fui juiz dos dois. - Ele sorriu. 

Continuou as apresentações, chegou no Japa. 

- Esse é Théo. - Ele também fez a referência. - Três vezes campeão regional. - Virei minha cabeça na velocidade da luz, WHAT? Como assim esse viado é mais vezes campeão que eu, e porque ele está sorrindo? Eu vou te jogar na frente de um trem bala seu vagabundo. 

[...] 

Começaram a sortear os grupos, GLÓRIA A DEUS eu não fiquei no grupo do Japa. Entre os grupos - de 8 pessoas - foram sorteadas as lutas, eu caí com uma menina qualquer. 

Depois da luta os juízes dão sua nota, cada um na sua categoria, bom, pelo menos eu acho que ganhei. 

- Julia, 4 de resistência - É de 0 a 5. O velho Cássio disse. 

- 5 de habilidade. - O Mário disse. 

- 4 de força e ataque. - O Paulo disse. 

A outra garota ficou com 8 pontos ao total. Eu ganhei a primeira. 

- ESSA É A MINHA JULIA. - Sério Carla, vai ficar gritando sempre que eu ganhar? 

O Japa também ganhou, mas eu não prestei muita atenção na luta dele. O Miguel também passou por pouco. 

[...] 

Ficamos assim, indo e voltando três vezes por semana: um para me ver lutar, outra para ver o Miguel lutar e outra para ver o Japa lutar, e até que o amaldiçoado luta bem. 

[...] 

O Miguel saiu nas quartas de finais. 

- Cara, você lutou bem. - Manoel e seus conselhos óbvios. 

- Você é um bosta Miguel. - E a Carla fala isso rindo. 

- Cala a boca Carla, doente. Você foi bem cara. 

- Mano, pra que tudo isso, perder é normal. - Japa, piora as coisas não.

- Eu não sei pra quê vocês estão fazendo isso, eu tô bem. - Nossa, claro que está Miguel, só está com uma cara de bunda desde que saiu daquele maldito lugar.

Eu e o Japa ainda não tínhamos lutado. A minha luta era quarta feira e a dele quinta, a luta do Miguel tinha sido na segunda feira. 

[...] 

Eu estava em casa, a Carla estava tomando banho e eu vendo TV com o Miguel.

- Oh Julia, e se você acabar na final com o Japa? - What? Miguel que chá de fita é esse aí? 

- Nós não vamos acabar lutando Miguel. 

- E se acabar? Você disse que não tem coragem de lutar com ele, e se acontecer? - Porra que merda é essa que está acontecendo na minha cabeça? 

- Eu não sei, mas nós não vamos lutar na final. 

- Aham, então tá. - QUE MERDA DE INCÓGNITA QUE VOCÊ COLOCOU NA MINHA CABEÇA MIGUEL.

Eu nunca tinha pensado que eu poderia lutar contra o Japa, é óbvio que alguma hora isso ia acontecer né Julia, você tem demência? CARALHO, eu simplesmente não consigo lutar contra o Japa, não dá, nem sei se vou ganhar ou não, mas não dá para bater nele. 

[...] 

Chegou o dia da minha luta, é contra um menino moreno, mais alto que eu. 

- Ei gatinha, quando você perder eu te chamo para sair tá? - Nossa, coitado desse ser humano, eu não irei lutar, eu vou te esmagar. 

- Quando você sair do seu coma nós conversamos. 

Coitado do garoto, morreu com um chute na cara e um na barriga. 

- Julia, 5 de resistência. - O Cássio disse. Óbvio, o menino nem encostou em mim. 

- Julia, 4 de habilidade. - Disse o Mário. 

- Julia, 5 de força e ataque. - Disse o Paulo, força é uma coisa que teve de sobra nesses chutes. 

14 pontos ao total para mim. O garoto teve 10 pontos, passei.

O Japa lutou contra uma menina, aquilo foi quase apelação, querem matar a garota. O Japa passou com 12 pontos. 

Nós dois passamos na semifinal. 

CARALHO EU VOU TER QUE LUTAR CONTRA O JAPA. 

[...] 

Eu vim em silêncio no carro, eu não acredito que vou ter que lutar contra o Japa, daqui a uma semana eu terei que bater no meu melhor amigo? Caralho vocês querem foder a minha vida de quantas formas diferentes? Eu não consigo fazer isso porra! 

Eu fiquei uns dois dias diferente, pensativa, não sei se o Japa percebeu - óbvio que sim, ele não é burro -. Eu tinha ido ficar na praça um pouco, lá é vazio, e silencioso, bom para pensar nas merdas da vida. 

- Foi aqui que a gente conversou pela primeira vez em, peste negra. - É o Japa, da onde esse caralho veio? Eu assustei. 

- Que susto amaldiçoado, dá onde você veio? 

- Eu estava andando ali e vi você paradona aí. - Ele se sentou. - Quê foi? 

- Quê foi o que? 

- Porque você está paradona aí? - Porquê na minha casa não tem silêncio. 

- Estou pensando na vida... 

- O que você tem? Está estranha a uns dois dias. - É, ele percebeu. 

- Eu não vou conseguir lutar contra você. - Estou olhando para o nada... 

- Então desiste ué. - Pode ser. 

- Eu estava pensando nisso... 

- Se você desistir eu nunca mais olho na sua cara. - Ele estava olhando para o céu. WHAT? 

- O quê?! 

- Seu sonho é ganhar isso 16 vezes. E você vai ganhar pela terceira vez esse ano. Não importa contra quem, nem comigo. - Ele ainda não olhava para mim. 

- Mas você é meu melhor amigo, eu não consigo te bater. E tem uma enorme chance de eu perder. 

- 50% de chance de ganhar. E eu não estou nem aí se você é minha amiga ou não. Eu vou te bater como se nunca tivesse te visto na vida. - Porque eu senti meu coração apertar? 

- Então vai deixar de ser meu amigo por meia hora? - Ele me puxou e me abraçou. 

- Óbvio que não, idiota. Eu não vou te bater igual nós outros, mas eu também não quero que você desista, e nem que pegue leve, se for preciso quebre meus braços. Eu também não vou pegar leve. - Ele riu e me apertou, porque eu senti meu coração ficar mais calmo? 

- Não dá, porra. Você é meu melhor amigo. 

- Então finja que eu não sou seu amigo, mas só na hora da luta. - Ele se separou e sorriu.

- Que merda é essa cara. - Eu ri. - Você está tão disposto a apanhar assim? 

- Eu já te beijei duas vezes, se eu não morri aquela hora eu não morro agora. - Ele riu. 

- Nem me lembre disso, por favor. - Eu ri.

[...] 

Chegou o dia da final, Julia vs Théo. Eu estou nervosa para o senhor caralho, eu não sei o que eu faço, desistir eu não vou. 

- Oh Japa, eu vou cometer suicídio aqui. 

- Esqueceu? A partir de agora você não é mais minha amiga. - Ele sorriu e me abraçou. - Boa sorte peste negra. 

- Boa sorte amaldiçoado. - Eu o empurrei. - Tira a mão de mim moleque. 

- Hum, até que para um anão é bem folgada. - Ah vai se foder Japa, não posso começar a rir agora. 

- Hum... 

Subimos aqueles três lindos e maravilhosos degraus, e escutamos o blablabla de encerramento. 

- Última luta desse Campeonato Regional. Julia Lopes vs Théo Ackerman. Quem será campeão? Espero que tenham uma boa luta, uma luta justa. - O Cássio disse. 

- Reverência! - O Mário "ordenou", eu e o Japa nos comprimentamos, eu estava segurando para não rir. 

- VAI LÁ JULIA, APOSTEI 50 REAIS EM VOCÊ. - Sério Carla, cala a boca. 

- VAMOOS JAPA, SE EU PERDER 50 REAIS VOCÊ VAI FICAR DE CASTIGO PARA SEMPRE. - Nossa Fátima. O Japa balançou a cabeça com sinal de não. 

- Parece que as apostas estão indo bem. - O Paulo riu. 

- COMECEM! - Os três juízes gritaram juntos, caralho é hoje que meu coração saí pela boca. 

O Japa começou me chutando, com algumas sessões de socos, e apenas defendi todos eles, não tenho coragem de bater nele. 

Ele estava sério, como se não fosse mesmo meu amigo. Ele me chutava e eu apenas defendia. Eu estava viajando, escutava todos gritando, e sentia ele me chutar  mas simplesmente não conseguia reagir. 

- JULIA, ACORDA PORRA! - Eu estava mais próxima da arquibancada? Eu estava recuando? 

Eu vi a perna do Japa se aproximando de mim, eu a segurei, minha mão chegou a arder com o baque. 

- Desculpa Japa. - Eu susurrei, não sei se ele foi capaz de escutar, mas eu o vi sorrindo. 

Dei um chute bem forte em sua barriga, ele fez uma expressão de dor? 

Dei um chute trocado no seu rosto, e outro chute na sua costela. Ia dar uma rasteira nele, mas ele travou minha perna. Ele conseguiu me dar alguns - muitos - socos na barriga, eu segurei um dos braços dele e dei uma joelhada em sua barriga, ele se afastou, eu dei outro chute em sua costela, mas desta vez com toda a força que eu tinha no meu corpo. Eu dei uma rasteira nele, queria acabar essa merda logo, e depois uma chave de braço. Os juízes pararam a luta, como um fim. 

Eu estava morrendo, minha barriga estava doendo por causa daqueles socos, ele também não parecia bem, mas sorria. 

Hora das notas. 

- Théo, 4 pontos de resistência. - O Cássio falou. 

- Théo 3 pontos de habilidade. - O Mário falou. 

- Théo 4 pontos de força e ataque. - O Paulo falou. 

11 pontos para o Japa. 

- Julia 3 pontos de resistência. - O Cássio falou. Deveria ser menos, apanhei igual um condenado. 

- Julia 4 pontos de habilidade. - O Mário falou. Mesmo apanhando eu também sei bater. 

- Julia 4 pontos de força e ataque. 

11 pontos para mim. What? Ficamos empatados. 

- Mas deu empate, vai fazer o quê? - O Japa falou, a plateia estava meio "o quê está acontecendo". 

- Lutem de novo. - O Paulo disse. 

- O QUÊ? EU TÔ MORRENDO AQUI. - Foda-se os juízes. 

- Vai desistir? - Japa seu maldito. Eu dei uma risada alta e sarcástica. 

- Vai aguentar J-A-P-A? 

- Vamos ver então. - Que sorriso convencido em. 

- Parece que teremos um "segundo round" mais quente. Isso é briga de namorados? - Até o desconhecido fala isso? 

- SIIM - A Fátima e a Carla gritaram juntas. 

- NÃÃO. - Eu e o Japa gritamos juntos. 

- Sem mais delongas: Reverência! - Eles "ordenaram", eu e o Japa fizemos, acho que já sei, mais ou menos, como o Japa luta, sempre um chute alto no começo. - COMECEM!

E ele fez, a perna dele foi alta, não sei aonde ele queria me acertar, mas não conseguiu, eu dei um chute em sua costela antes. Ele me devolveu um chute no ombro, e eu dei alguns socos na boca de seu estômago. Nós nos separamos e pegamos fôlego, ele estava sorrindo. 

- Perdeu o medo peste? - Ele riu. 

- Até que você é bom, amaldiçoado. 

Nós fomos um na direção do outro, dois chutes altos, nossas pernas se chocaram na forma de um X, eu fui mais rápida - ser pequena é bom, às vezes -... E segurei a perna dele, e dei umas 3 joelhadas em sua barriga, mas ele me deu um soco no peito, me fazendo o soltar. Ele me deu uma rasteira, e tentou completar com uma chave de braço, mas acho que ele estava cansado, então foi muito lento, dei uma cotovelada na sua coxa esquerda, e consegui me afastar, ele se levantou e se afastou também, dava para perceber que ele estava apoiado na perna direita. Acho que a cotovelada que pegou no músculo. 

- A patinha está doendo? 

- Um pouco, até que para um anão você luta bem. - Ele sorriu. 

Eu estava ficando sem opções, ele estava com a perna doendo, e eu ainda estava em pé, ainda há chance de eu ganhar. Havia uma coisa que meu tio me ensinou a algum tempo atrás, era um ataque que ele viu em um filme de Kung Fu quando tinha 23 anos e tentou fazer com meu pai, e o pior é que deu certo - exatamente, ele é um velho retardado que faz coisas que viu em filmes -.

Eu corri em direção ao Japa e apoiei meus braços no ombro dele, e pulei  fazendo um giro de 360 graus, e o corpo do Japa era o centro, no meio dessa volta também é necessário que gire os braços, bem rápido, para que eu fiquei de frente e a pessoa de costa. Coloquei minhas pernas em volta do ombro do Japa e apertei, fazendo força para que ele caía no chão, e ele caiu, acho que pelo meu peso, e pela perna machucada. Foi a primeira vez que consegui fazer isso, claro, eu treinei isso pra caralho, caí no chão umas 300 milhões de vezes e eu consegui fazer isso com todo mundo olhando, tipo, "eu sou foda" 

Os juízes terminaram a luta, eu e o Japa levantamos e estavamos respirando igual cachorros. Essa, com certeza foi a melhor luta que eu já tive. 

- Foi melhor do que eu esperei. - O Mário disse. 

- Vamos as notas. - Isso Paulo, vai lá, fica a vontade. 

- Julia 4 pontos resistência. - Disse o  Cássio. 

- Julia 5 pontos de habilidade. - Disse o Mário. Se fosse menos eu te batia. 

- Julia 5 pontos de força e ataque. - Disse o Paulo. Eita porra. 

Eu fiquei com 14 pontos. 

- Théo 4 pontos de resistência. - Disse o Cássio. 

- Théo 5 pontos de habilidade. - Disse o Mário. 

- Théo .... - Sem suspense filho da puta, fala logo. - 4 pontos de força e ataque. - Disse o Mário. 

O Japa ficou com 13 pontos. 

- AAAAAAE CARALHO,  PORRA, JULIA VOCÊ É FODA, CHUUUUUPA GANHEI 50 REAIS. - Nossa Carla, que bosta. 

- Ca ra lho. - A ficha caiu? - CARALHO EU VENCI. - Caiu agora. 

- Parabéns peste negra. - Ele me abraçou. 

- Caralhooooo eu venci. - Eu estou sobre o efeito do ecstasy. Eu abracei o Japa forte. 

- Parabéns Julia, você é campeã regional pela terceira vez. - O Paulo me entregou o troféu. O Japa me carregou e me jogou para cima. 

- CHUUPA JAAPA. - A Carla veio até mim e me abraçou, doeu um pouco, eu estou meio morta. 

- Obrigado pela parte que me toca. - O Japa riu. 

Depois daquela mine euforia, nos fomos lá para trás, e sentamos no sofá que tinha. 

- Você foi muito bem Julia, mas como caralhas voce fez aquela merda? - O Japa perguntou. 

- O meu tio me ensi.... - Eu corri até uma lixeira que estava no canto do sofá e... Vomitei? Caralho porque eu estou vomitando? 

- Julia o quê você está fazendo? - Sério Carla, não dá pra perceber não? 

- Conversando com um universo paralelo pela lixeira. - O Miguel disse dando um tapa nuca da Carla. - Vomitando né, idiota. 

- Porque você está vomitando Julia? - O Manoel perguntou. 

- Deve ser por causa dos socos na barriga, estou vomitando meu Doritos. - Voltei a vomitar. 

- Bem feito, nem em pé estou conseguindo ficar. - O Japa falou. 

- Eu nunca mais irei lutar com esse maldito. - Saí de perto da lixeira, e sentei no sofá. 

- Ah é? Olha como está minha costela. - Ele levantou a blusa e estava meio roxo, a barriga também. 

- Olha minha barriga seu amaldiçoado. - Eu levantei a blusa também, estava meio roxo. 

- Caralho vocês queriam se matar? - A Carla perguntou. 

- Eu nunca mais irei lutar contra essa menina. - O Japa apontou para mim. 

- Pelo menos eu descolei 50 reais. - Ela balançou a nota. 

- Eu tive um bom prejuízo. - Primeira vez que a mãe do Japa falou. 

- Nem vem, eu tô morto. - O Japa deitou a cabeça no sofá. 

- Eu quero ir para minha casa. 

- Oh Carla gasta esse dinheiro aí com pizza, a gente pede e come lá na casa da Julia. - O Manoel falou. 

- Aah não cara... - a Carla fez cara de choro. 

- AH SIM, Japa e Fátima estão convidados. - Que isso, ué?! 

- Estaremos lá. - A Fátima sorriu. 

- EU TOMO BANHO PRIMEIRO. - Eu gritei. 

- AH VAI, VAI NESSA. - O Miguel está me desafiando? 

- EU VOU TOMAR BANHO PRIMEIRO E NÃO ESTOU NEM AÍ. - Até a Carla? 

- Tem briga pra ver quem toma banho primeiro? - O Japa riu. 

- Porque a Julia não toma banho com a Carla, são duas mulheres uai. - Não Fátima... 

- ELA VAI ME ESTUPRAR DENTRO DAQUELE BANHEIRO. 

- Claro, a Julia tem uns peitão. - A Carla veio até mim com aquela cara de "vou praticar um assédio sexual" 

- SAÍ FORA CARALHO. 

- O Japa fala aí, a Julia tem uns peitão né?! - Cara, eu vou cometer suicídio. 

- Quê? - Isso, não responda. 

- UUHM SAFADO, TENTANDO DISFARÇAR NÉ. - Cala a boca Miguel. 

- Japa você está olhando para os seios da Julia? - ATÉ VOCÊ FÁTIMA? 

- Não viaja mãe. - O Japa estava rindo. 

- DÁ PRA PARAR DE FALAR DISSO? 

Depois desse momento de vergonha alheia, nós fomos embora, cada um em seu carro. 

[...] 

Era 20:00, o Japa e a Fátima estavam na minha casa, esperando a pizza chegar, eu não faço a mínima ideia de onde esteja a minha mãe. 

Escutamos uma buzina no portão, finalmente chegou, meu tio foi atender, pegou as duas pizzas e voltou. Uma pizza À Moda e a outra metade fLango com catupiLy e metade Calabresa. 

- VAMOS COMER. - A Carla começou comendo À Moda. 

- Japa e seu flango com catupily. - Eu tenho que zuá-lo as vezes. 

- Silêncio mela moltal. - Cebolinha? 

Nós comemos, conversamos sobre o campeonato e também sobre coisas aleatórias, assistimos televisão e depois de um tempo o Japa e a Fátima foram embora, eu os levei até o portão. 

- Boa noite Julia, parabéns. - Ela sorriu. - Bom... Já vou entrando. 

- Obrigado Fátima, boa noite. - Eu sorri. Ela entrou. 

- Parabéns Julia. - O Japa me abraçou. 

- Eu me sinto mal por ter batido em você. - Eu ainda estava abraçada com ele. Eu realmente me sinto mal, é como um aperto no coração. 

- Não liga, eu estou meio morto mas estou bem, o bom é que você está mais próximo dos 16. - Ele fez um esforço e me carregou. 

- Obrigado J-A-P-A. - Eu ri. 

- Boa noite Julia. - Ele sorriu e entrou. 

- Boa noite Japa. - Eu também sorri. 

Foi um dia bom, aliás, foram trê semanas de campeonato, eles foram bons. Mesmo me sentido mal por ter batido no Japa eu dormi bem, uma noite dolorida, mas boa. Apenas pelo pensamento de que agora eu teria que contar a verdade, já estavam mais do que na hora.


Notas Finais


Eita, está próximo 'O'
Espero que estejam curiosos :3

Espero que tenham gostado ❤


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