ATUALMENTE
A jovem se sentou em frente à escrivaninha e ligou o notebook. Estava muito ansiosa. Fazia alguns dias que não falava com ele e estava morrendo de saudades. Nunca pensou que ficaria tão dependente de alguém que nunca viu pessoalmente e esse “relacionamento” já durava aproximadamente dois anos e contando...
Enquanto o ele ligava, ela foi até o espelho de sua penteadeira e ajeito os cabelos cacheados os jogando para o lado. Percebeu que tinha os olhos brilhantes e um sorriso bobo nos lábios. Era assim que ela ficava todas as vezes que eles se falavam ou estavam prestes a se falar.
Voltando para frente do notebook ela digitou sua senha e abriu o aplicativo, foi correndo até a cozinha e pegou um prato com duas fatias de pizza e um copo grande de refrigerante de limão e voltou para o quarto. Seus pais não estavam em casa.
Ao sentar na cadeira viu que seu computador apitava avisando que havia alguém a chamando para uma chamada de vídeo. Respirou e sorrindo de orelha a orelha ela aceitou.
- Olá Justin – disse ao ver o rosto sorridente na tela.
- Não sabe como estava morrendo de saudades de falar com você – ele suspirou.
- Ainda está deitado? – disse erguendo a sobrancelha.
- Claro que estou – disse divertido puxando a coberta até o queixo.
- Percebi por essa cara amassada – riu quando ele a olhou indignado. – Como você está querido?
- Bem e... Isso é pizza? – disse ao vê-la morder um pedaço.
- Ahã. Quer? – ofereceu.
- Como você me oferece sabendo que não tenho como pegar?
- Sou educada meu bem. É uma pena que você não está aqui pra gente dividir – disse tristemente.
- Ei. Eu sei que é difícil. Também queria que você estivesse aqui, mas vamos dar um jeito, estamos a dois anos juntos.
- Sei que já faz dois anos Justin, mas nunca nos vimos pessoalmente e isso está cada vez mais complicado.
- Entendo se quiser desistir amor – agora era ele que tinha a feição triste.
- O que? Desistir? Você ficou maluco garoto? Não vou desistir de você. Nunca.
- É bom ouvir isso. Sei que a nossa situação não é a mais normal possível, mais logo a gente consegue resolver tudo e vamos ficar juntos.
- Mas mudando de assunto antes que eu chore até falar chega – ouviu a risada dele. – Como foi o show?
- Maravilhoso.
- Se divertiu?
- Muito. Mas seria ainda melhor se você estivesse aqui – fez bico.
- Também acho.
- Nem um pouco convencida você. Que horas são ai?
- Quase duas da tarde. Por quê?
Ele pediu um minuto com o dedo e se virou para o lado oposto, a fazendo ver as tatuagens em suas costas e pegou o celular se ajeitando melhor encostado a cabeceira da cama. Levou o celular a orelha.
- Então? – respondeu a outra pessoa na linha enquanto ela o observava curiosa. – Tem certeza? – e sorriu – Valeu! Fico te devendo uma cara. Você é o melhor. Falou. – e desligou.
Jogando as cobertas para o lado ele se sentou de pernas cruzadas e esfregando uma mão na outra, ansioso disse:
- Vai até a porta da frente?
- Hã? – perguntou confusa tomando um gole do seu refrigerante.
- Vai até a porta Olivia.
- O que eu vou faze lá Justin? – revirou os olhos.
- Anda logo.
- Mas...
- Vai – pediu novamente.
- Tá. Tá. Tô indo seu chato?
Indo correndo até a porta da frente, Olivia a abriu e viu um embrulho estranho bem em frente à porta. Pegando ela sentiu um peso estranho e parecia que tinha alguma coisa lá dentro. Voltando para o quarto ela colocou o embrulho em cima da cama e olhou para o notebook vendo o rosto ansioso de Justin.
- O que você aprontou?
- Nada. Sou um anjo.
- Sei.
- Vamos lá. Abre.
Se virando novamente para o embrulho roxo ela começou a abrir a caixa e olhou dentro quando ouviu uma fungada.
- AHHHHHHHH – gritou feliz tirando de dentro um filhote de cachorro da raça Husky Siberiano. – A MEU DEUS. A MEU DEUS. JUSTINNNN – continuou gritando.
Ela ouviu a risada dele e se virou se aproximando do notebook.
- Eu. Não. Acredito. – disse pausadamente.
- Gostou?
- Se eu gostei? – o olhou. – Eu amei – disse apertando com cuidado o filhotinho que lambeu sua bochecha. – Obrigada Justin.
- De nada. Ei. Ele tem alguma coisa pendurada no pescoço.
Erguendo o cachorro ela o virou para si e viu que ele tinha uma caixinha presa na coleira. Pegou e deixou o cachorrinho no chão que foi logo cheirar todo o local se familiarizando. Olhou para Justin e ele sorriu a incentivando. Ao abrir seus olhos se arregalaram.
- E aí? – o ouviu perguntar. – ‘Cê topa?
Olhou dele pra caixinha com a aliança e da caixinha pra ele que estava com as sobrancelhas franzidas e mordendo o lábio inferior indicando seu nervosismo. Os olhos dela se encheram de água e ela sorriu concordando com a cabeça.
- Eu topo – respondeu. – Puta que pariu Justin. Quer me matar do coração?
- Matar você? Nunca – ele riu aliviado. – Olha se serve.
Enquanto ela experimentava a aliança, ouviu Justin se movimentar e quando o olhou viu que ele a observava segurando entre os dedos o par da aliança que ele tinha lhe dado.
- Serviu?
- Ahã – disse e viu ele sorriu.
- Então posso colocar a minha agora!
- Deve – observou ele deslizar a aliança pelo dedo anelar da mão direita.
Ela ficou um tempo com cara de boba olhando para a mão.
- Você tem noção do quanto estou chocada? Nem sabia que existia aliança preta. Onde você achou?
- Tava andando por um shopping e quando passei em frente a uma joalheria vi e pensei: “por que não?”. Ela é feita de tungstênio.
- Acha que os jornais não vão descobrir? Afinal tudo que você faz no minuto seguinte está estampado na primeira página.
- Não vão. Afinal, não fui eu quem comprou, foi o Kenny – ela riu. – A próxima EU colocarei no seu dedo.
- Vai ter outra?
- Talvez – disse misterioso e riu. – Feliz aniversário Olivia. Eu te amo.
- Também te amo.
Um latido soou e ela se curvou pegando o cachorro e beijou a cabeça dele.
- Qual vai ser o nome? – Justin perguntou.
- Não sei. Alguma idéia?
- Não.
- Já sei. Justin diga olá ao Lolly.
- O que? Não – disse ele e começou a rir.
- Por que não? Eu gosto de Lolly Justin – disse maliciosa passando a língua nos lábios.
Ela o viu arregalar os olhos e engasgar.
- Calma. Respira – disse rindo ao vê-lo ficar vermelho.
- Como tem coragem de me dizer uma coisa dessas? – disse ofegante.
- Não disse nada demais Justin. Você que é um pervertido! – deu de ombros.
- Sei – ele semicerrou os olhos caramelos.
- Quando vamos nos ver? Quero dizer pessoalmente? – era a pergunta que poderia mudar totalmente a vida de ambos.
- Quando você quiser Olivia. É o que eu mais quero. Ver você pessoalmente. Poder te abraçar e te beijar. Não sabe o quanto eu sonho com isso – deu um suspiro se ajeitando na cama e colocando o notebook sobre as coxas.
- Quando você volta para o Canadá?
- Não sei. Tenho que olhar como Scooter. A minha agenda ta com ele.
- Entendo.
- Mas nós vamos nos ver mesmo que eu tenha que dar um perdido nele.
- Ui. Que rebelde você. Acho que vou deixar você descansar.
- Ah não Olivia. Quero ouvir mais a sua voz.
- Amor, você está com uma cara de cansado. Depois nos falamos. Eu não vou fugir. Quando você estiver descansado me liga.
- Mas...
- Mas nada Justin Bieber. Vá dormir.
- Tá, ta. Te amo.
- Também amo você. Até depois.
Olivia desligou o chat, porque sabia que ele iria enrolar e tinha noção do quanto Justin estava cansado por mais que não demonstrasse.
- Agora somos só nós dois Lolly – beijou a cabeça do cachorro.
...
...
...
News (um jornal qualquer)
Neste domingo, Justin Bieber foi visto andando pelas ruas de Nova York acompanhado de seus seguranças enquanto falava no celular.
O que chamou a nossa atenção foi o anel presente em seu dedo.
O que significa?
Será que o nosso cantor favorito foi fisgado ou é somente um acessório?
...
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