História Viva la vida (HIATUS) - Vamos ao Nicky's?

Estávamos nos afastando um pouco da cidade, e a calmaria da estrada estava excelente. Zayn falou sobre tal bar fora da cidade ótimo, então iríamos la. Depois de chegarmos li o letreiro do bar ‘Nicky’s’  parecia interessante.  Piso de madeira, com uma iluminação escura, a bancada do bar era bem grande e tinha uma mesa de sinuca mais para o interior do bar. Sentei em uma mesa e Zayn foi na direção do bar pedir nossas bebidas. Eu não tenho 18 anos não podia nem estar aqui, mas Zayn disse que Nicky o dono do bar não pede nenhum documento. Depois de 2 minutos meu velho amigo traz duas canecas bem grande de cervejas e senta.

-“ E então Jauregui, por que não avisou que viria morar em Miami?”- O rapaz perguntou e em seguida tomou um gole de sua cerveja.  Eu apreciava a musica que tocava na Jukebox e bebericava minha cerveja.

-“Se eu disser que me esqueci vai soar verdadeiro pra você?”-Respondi sua pergunta. Ele da um sorriso nasal e nega com a cabeça.

-“Encontrei com Ally hoje, lembra dela?”- perguntei. O rapaz demonstra uma cara de tédio e assenti.

-“A baixinha religiosa. Qual é Jauregui vai começar a andar com as santinhas?”-  Zayn falou com um sorriso debochado em seus lábios e eu soltei uma leve risada.

-“ Ela é legal, você e ela que não se falavam direito, mas eu sim.”- Dei um gole em minha cerveja e Zayn também deu na sua.

-“ É você até que era popular, mas preferiu a mim, o garoto encrenqueiro, pois você mais do que ninguém gosta do perigo.”- Ele deu uma piscadela pra mim e olhou para a bunda da jovem que passou ao lado de nossa mesa. Eu nego com um sorrido lado e  continuo bebendo.

-“Quer mais uma cerveja? Eu posso pegar se quiser.”- Franzi o cenho com a pergunta de Zayn.

-“Quanta gentileza... O que você quer Zayn?”- ele deu uma gargalhada e passou a mão em seus cabelos raspados.

-“Não posso ser um cavalheiro? Por que acha que quero alguma coisa?” – O rapaz pergunta.

-“Gentilezas inesperadas é a principal característica de pessoas com más intenções.”- Dou uma piscada para ele.

-“OK, preciso de grana, preciso resolver pequenos problemas.”- ele deu um gole em sua bebida que esvaziou seu copo.

-“ Sabia... Não vou te dar dinheiro Zayn, também não tenho, enquanto eu estiver morando com meu pai, meu avô não vai me dar um tostão.”- ele negou com a cabeça e pegou um cigarro em seu bolso.

-“ Não estou pedindo dinheiro a você, estava com alguns esquemas e agora que você esta aqui pode me ajudar. Em troca você também ganha.” – ele ascende seu cigarro e traga soltando em seguida a fumaça pelo nariz.

Fiquei uns 2 minutos em silencio, pensando se entraria naquilo. Poderia levar a vida tranquilamente, com meu pai, escola, churrascos aos domingos. Mas isso não é pra mim, preciso viver sentir coisas de verdade. Adrenalina, medo do desconhecido, por isso sempre pratiquei esportes radicais, estava em busca de novas sensações e acho que estou totalmente atraída pela a oferta do Zayn. Fui tirada dos meus pensamentos quando de repente um homem negro, forte e careca para em nossa frente.

-“ Ora ora, Zayn Malik. Estava procurando por você seu pivete de merda!”- O homem falou em um bom e alto tom de voz. Pegou a gola de Zayn e o levantou.

-“ Qual é Trevor, sua irmã que veio pra cima de mim.”-  E nessa mesma hora Zayn levou um soco bem na cara caindo no chão. Puta merda ajudo ou termino minha cerveja?

Zayn tenta se levantar, mas pude ver que estava meio tonto. O cara chega por trás do Zayn o pegando pelo ombro e o jogando em cima da mesa sinuca. Pude escutar uma “Droga” vinda do rapaz enquanto pegava as bolas de sinuca em seu lado e tacava no homem. Quando viu que não tinha mais bolas, Zayn percebeu que o homem já estava pegando em seus pés o arrastando da mesa fazendo o rapaz cair no chão e murmurar de dor. As pessoas olhavam e se afastavam. Tinha que agir se não seria o reencontro com o velho amigo mais rápido de todos, com um final nada feliz.

Pego meu copo de cerveja e ando em direção ao homem que estava distraído batendo no meu amigo. Cutuco suas costas e ele levanta confuso querendo saber quem o atrapalhava a bater no garoto. Quando ele me viu franziu o cenho, mas nessa mesma hora quebro o copo em sua cabeça. Ele cambaleia um pouco para traz, mas não cai, apenas balança a cabeça para fazer a dor passar.

-“Mas que porra é essa? É o Exterminador do futuro!” – Falo com um pouco de medo e dou paços para traz. Ele vinha em minha direção então Zayn surge pulando nas costas do homem que na mesma hora tenta tirar o rapaz das costas. Pego o taco de sinuca e bato diretamente no saco escrotal do homem que na mesma hora cai de joelhos e murmura de dor levando as mãos até o local da dor. Zayn sai de cima das costas do homem e eu bato o taco de sinuca no lado esquerdo do rosto do homem que cai na mesma hora e o taco quebra ao meio.

Zayn pega minha mão e me puxa para fora correndo, sobe na minha moto e pede as chaves. É agora quem estava na garupa era eu. O caminho de volta para casa foi silencioso, só o barulho da moto e o vento batendo em nossos rostos 30 minutos depois chegamos à cidade, paramos em uma farmácia e depois em um mercadinho. Tínhamos dentro de uma sacola latas de cervejas e remédio. Fomos para o Píer e sentamos no banco, sentindo a brisa do mar e olhando para o horizonte, o silencio ainda reinava sobre nós.

Ficamos 20 minutos sem falar nada, só olhando para o nada. O sol estava começando a ir embora e aquilo era um pouco familiar pra mim, estava começando a ficar igual à tarde em que minha mãe faleceu na varando la de casa, adivinha o que estávamos fazendo? Isso mesmo estava assistindo o sol ir embora. Desde então paisagem, vistas bonitas e essas coisas não significavam nada pra mim, tudo não passa de um grande nada. Não posso negar que gosto do silêncio, minha fonte de pensamentos e devaneios.

Zayn abre a sacola e pega uma cartela de remédio e enfia logo 3 na boca, em seguida abre uma lata de cerveja e bebe, não só para ajudar o remédio a descer mas também para esquecer os problemas. Também pego uma cerveja e bebo.

Olho para Zayn, ele tinha um inchaço na bochecha direita, e um corte um pouco acima da sobrancelha esquerda. Abro a sacola de onde tinha os remédios e pego um algodão, molho com cerveja, isso mesmo que você ouviu cerveja. E passo em cima do corte sobrancelha, ele não se mexeu apenas fez uma careta de dor. Depois fica me encarando enquanto dou uma de enfermeira.

-“Senti sua falta, de verdade Lolo.”- Zayn quebrou o silêncio, admito que o apelido me pegou de surpresa, faz tanto tempo que não escuto.

-“ Sempre mantive contato com você Z.”- Ele deu um sorriso de lado, e pescava seus olhos bem devagar.

-“ Mas você não estava aqui,comigo quando eu precisava de alguém.”- ele falou e em seguida olhou para o horizonte novamente. Franzi o cenho, qual era o intuito desse assunto?

-“ Você não foi o único que passou por coisas difíceis.”- eu continuava olhando para ele. –“ então não fale como se eu tivesse escolhido essa merda Zayn, eu só tinha 7,8 anos sei la!”- Cuspo as palavras.

Ele pega um cigarro e leva até a boca, ascende e traga assoprando a fumaça lentamente. Olhou para mim e assentiu.

-“ Você está certa, desculpa, eu não penso as vezes...”- ele falava devagar, acho que era o efeito dos remédios para dor. Boto a mão em seu bolso e pego um cigarro e o seu isqueiro. Levo o cigarro até minha boca e ascendo dando uma tragada bem longa. Zayn me olha e da um sorriso divertido.

-“O que tanto olha? Só você pode fumar?”- Ele da uma pequena risada após escutar minha pergunta.

-“Pensei que não gostasse.”- ele perguntou

-“no começo eu não gostava, agora quando da vontade eu faço isso.”- Dou outra tragada e solto a fumaça na direção do rapaz. –“ Sabe o que eu penso quando fumo?”-  ele nega com a cabeça então eu continuo. –“ Penso que não posso deixar ou parar de fumar por causa das pessoas, do que pensam, se é certo ou errado. No final todos te abandonam, seus amigos, seus familiares, seus amores... No final a única que ficara ao seu lado é a morte, o câncer...”

-“ Tentei ficar ao lado da minha mãe, tentei ficar o máximo que pude, mas o único que pode ficar ao seu lado foi a morte”-  Zayn olha pra mim na mesma hora e segura a minha mão e eu me deito em seu ombro.

-“ Quer ir na minha casa? Podemos beber, dormir, relaxar sabe? Estou com uma erva da bo...”- interrompi a oferta de Zayn com um pequeno pulinho, ele se assustou.

Fiquei tanto tempo com o Zayn que me esqueci da hora, meu pai deve estar super preocupado, e eu aqui vegetando vendo o nada! Liguei o celular e vi o tanto de ligação perdida e o tanto de mensagens.

-“ Zayn tenho que ir, vamos”- Dei um grito e ele levantou na mesma hora. Corremos até a moto, e então deixamos o Pier. Deixei Zayn em sua casa e fui para a minha.

Quando abro a porta, meu pai aparece na mesma hora, com o rosto todo avermelhado e com os braços cruzados. To ferrada, logo no primeiro dia em Miami!

-“Lauren Michelle! Onde a senhorita estava, por que não atendeu minhas ligações, por que chegou agora?”- Meu pai gritava e Jen subiu para o quarto com meu irmão menor.

-“ Calma, eu não queria te contar agora mas,eu estava procurando emprego.”-  Falei dando um sorriso tímido e ele ficou surpreso com a resposta.

-“Emprego pra que filha?”- Ele nem gritava mais. Caminhei até a cozinha e peguei um copo d’água.

-“ Pai, eu não quero depender do senhor, e nem se eu quisesse iria poder depender do meu avô, só se eu voltasse a morar com ele, então...”- Ele suspirou e deu um sorriso leve.

-“ Você me matou de susto Laur, por que não atendeu?”- ele sentou na cadeira em frente a mim.

-“ Desliguei o celular na hora, e acabei esquecendo, então depois fui ao píer e fiquei vendo o lindo por do sol, fazia isso com a mamãe...”-  Ele abaixou a cabeça e ali eu percebi que ele não me perturbaria tanto,  se eu menti sim menti, sou boa nisso. Não me Julguem!

-“Pai daqui a 2 meses faço 18, claro que vou tentar lembrar de deixar o celular ligado para te dar satisfações, mas não estou acostumada com esse lance todo de dizer onde estou, então por favor me de o máximo de liberdade, pois já sou super acostumada a isso.”

Meu pai deu um grande suspiro e assentiu. Acho que ganhei essa batalha. Fui até ele dei um abraço e um beijo em sua bochecha e subi para o meu quarto. Tomei um belo de um banho e vesti um moletom. Peguei o celular e vi algumas mensagens de um grupo que não tinha visto antes.

              [Grupo celular]

[Dinah]: Vamos dar boas vindas a branquela

[Maniih]: haha seja bem vinda J

[Dinah]: impressão minha ou mani está mais toda contente por ter a Lauren aqui!

[Maniih]: O que eu fiz mamute! Só dei boas vindas

[Camila]: Acho que é ciúmes Mani ahahahahahaha

[Dinah]: Mamute é você! E Camila não vem não se não vou te expor!

[Maniih]: Expõe ela Dinah! O que Camila fez?

[Camila]: Dinah fique quieta!

[Dinah]: Mani vem pro privado!

[Ally]: Boa tarde, bem vinda Lauren, e não credito que já começou a baixaria!

[Camila]: São elas Ally, não fiz nada!

[Ally]: de santa você não tem nada né Camila!

[ally]: Cadê essas meninas?

[Camila]: Dinah é muito fofoqueira, esta fofocando no privado

[Dinah]: calma Milla minha boca é um túmulo.

[Camila]: Túmulo aberto né só se for.

[Maniih]: preferia não saber... ¬¬

[Ally]: então eu também nem quero saber, vou orar por vocês

[Maniih]: Cade a Lauren hein?

[Camila]: Só pode estar assustando as pessoas com aquela moto

[Eu]: Na verdade estou em casa deitada

[Maniih]: Laurennn!

[Dinah]: Que animação hein Mani

[Maniih]: Dinah não estou entendendo a sua hoje!

[Eu]: Não se preocupe mani, estou feliz em estar aqui e falar com todas vocês

[Ally]: Awwn que amor Lauren

[Camila]: hmm.

[eu]: Infelizmente terei que dormir, tchau meninas até amanhã

Deixei o celular mudo e deitei na cama, nunca fui muito ligada ao celular sabe, mas hoje o dia foi bom, fiz novas amizades, reencontrei uma antiga amizade e ainda rolou pancadaria. Sou uma ótima mentirosa, uma dica, é só fazer cara de sonsa.

 Só tem uma razão para a mentira: “ela funciona.” boa noite.