História Vivendo com você - 15

 Will’s Pov:

Depois de três horas de sexo maravilhoso, Louisa e eu tomamos banho e ela saiu para buscar a irmã e o sobrinho no aeroporto enquanto eu fico vendo alguns noticiários na TV. Vinte minutos depois Martin entra pela porta com uma cara de choro e uma cerveja na mão, ele fecha a porta e se senta no sofá.

_Cara você está bebendo há essa hora? Ainda são 12:00 – pergunto.

Ele dá um gole grande na sua cerveja e me olha, parece que andou chorando.

_Tenho motivos para isso – ele a voz rouca.

_É que motivos seriam esses? – viro a cadeira pro lado dele esperando que ele continue a falar.

Ele suspira e se endireita no sofá.

_Eu peguei a minha namorada com o Dr. Monrrol na sala de descanso.

Quase engasgo com minha própria saliva. Nunca pensei de Camila fosse disso.

_Eles estavam se beijando? – pergunto ele ri com desdém.

_Quem dera se fosse, digamos que ele estava ensinando uma bela cirurgia “geral” nela.

_Ah cara sinto muito.

_Não sinta, sabe eu nem ligo muito, eu gostava de Camila, mas não a amava, eu já estava cogitando a hipótese de terminar tudo.

Franzo as sobrancelhas.

_Então por que a cerveja?

_Por que pois mais que eu não estivesse mais amando ela, eu gostava dela e não é fácil levar um chifre cara, ainda mais para um homem 10 anos mais velho que você.

Ele termina de beber a cerveja, se levanta e vai até a geladeira.

_Você quer uma ? – ele pergunta.

_Claro, por que não.

Ele volta com duas cervejas na mãos, abre uma e coloca no meu copo e ajeita ele para que eu possa beber, depois volta e se senta de novo no sofá.

_Por mais que eu seja um chifruido agora, vou aproveitar a deixa que ela me deu, e vou viver a vida, quem sabe conhecer outras garotas.

_Assim que se fala.

Nós rimos.

_Ei cara, me diga, como é ter Nathan como cunhado?

Ele RI.

_É legal por um lado, ter seu amigo como cunhado, mas por outro, é um saco entrar em casa e ver eles se pegando, ou se chamando de coisas carinhosas, ou quando você vê ele de cueca pela casa.

Sinto um calafrio passar pela minha espinha assim que imagino Nathan de cueca.

_Acho que a última coisa é a pior.

Ele RI.

_Pode apostar. Ainda mais agora que estou solteiro, vai ser um saco ver os dois de casalzinho pela casa.

_Boa sorte cara.

Nós rimos e voltamos a assistir o noticiário e alguns segundos depois, Louisa surge pela porta com uma mala de rodinhas azul.

_Ei garotos.

_Oi – nós dois respondemos em um uníssono.

_Onde está sua irmã? - pergunto.

Ela coloca a mala na sala e vai para cozinha beber água.

_La fora, Tom ficou um pouco enjoado, ela está aproveitando o vento para fazê-lo ficar melhor.

_Tom é o filho da sua irmã? -Martin pergunta.

_Sim, ah é por falar neles.

Treena e Tom entram pela porta, ela arrastando uma mala cheia de desenhos de ursinhos e ele segurando uma malinha rosa. Ele usava uma blusa verde e uma bermudinha branca e um tênis. Ela usava uma blusa vermelha, calça preta, um a jaqueta de couro preta, um par de botas de couro pretas que iam até o joelho, e seu cabelo estava solto, tenho que admitir, a estava bonita. Parece que Martin também percebeu, por que ele estava quase babando.

_Bem, e melhorou – ela diz.

_Que bom Louisa responde – ela olha para nós e franze o cenho – Por as cervejas?

Treena nós olha e seu olhar cruza com o de Martin, acho que moscas estraram na boca aberta dele.

_Minha namorada me traiu – ele diz, vejo Treena sorrir.

_Sinto muito Martin.

Ele da de ombros.

_Tudo bem, eu já rendo terminar.

_Então a cerveja?

_Não é fácil ver sua namorada com um cara de 40 anos em uma cama Louisa

_Então, você quer mais uma? – ela uma cerveja e entra a ele, todos rimos.

_Tio Will – Tom grita e pula no meu colo me dando um abraço.

_Ei Tom, você cresceu.

_É verdade, eu cresci 3cm, não foi mamãe? - ele se vira para Treena animado, ela RI e bagunça os cabelos dele.

_Sim, meu menininho está crescendo.

Ele faz uma cara brava.

_Menininho não, mamãe. Meninão, eu já tenho quase oito anos.

_Tudo bem, meninão.

Ela levanta os braços em defesa e se senta rindo e vai para a cozinha onde começa a conversar com Louisa.

_Tio Will – ele se vira pra mim – A tia Lou disse que o senhor tem um novo truque, me mostra.

Ele sorri animado, eu rio da animação dele. Tom dizia que meus movimentos eram truques de mágica, toda vez que eu conseguia mover alguma coisa nova, seus olhos brilhavam como se fosse o maior truque do mundo.

_Me mostre – e no meu colo animado.

_Cuidado Tom, você vai derrubar Will da cadeira.

_Desculpe mamãe.

Eu rio.

_Calma, eu mostro – ele me olha com os olhinhos brilhando e eu me concentro. Alguns segundos depois o meu ex-braço inútil, se move, fazendo ele bater palmas e eu suar.

_Isso, você conseguiu – ele me abraça de novo e depois desce do meu colo.

Tomo mais um gole da minha cerveja e ele se senta no sofá ao lado de Martin.

_Oi, eu sou o Tom – ele a ele e Martin sorri.

_Oi Tom, eu sou Martin, sou amigo do seu tio.

_Ei Tom, sabia que o Martin é médico? – Louisa da cozinha.

Tom sorri.

_Sério? Que legal, sabia que eu vou ser médico quando eu crescer?

_Eu achei que você queria ser astronauta – eu digo, ele ficou três meses falando sobre astronautas e três dias com uma roupa de astronauta que eu dei para ele, me surpreendo por ele não querer mais, já tão irritante sobre isso.

_Eu queria, mas quando mamãe me levou para o médico semana passada eu vi o tanto que é legal e agora eu quero ser um.

_Que bom Tom, mas você vai ter que estudar muito e obedecer sua mãe, para conseguir ser um bom médico – diz Martin.

_Tenho mesmo que estudar? – ele carinha triste e ambos rimos.

_Sim, se quiser se tornar um médico, tem que estudar.

_Tudo bem – ele fala triste.

_Venha filho, vamos arrumar nossas coisas no quarto.

_Sim mamãe – e pula do sofá, pega a mão de Treena e eles se encaminham para o quarto de hóspedes junto de Louisa.

Volto minha atenção para o noticiário e termino de tomar minha cerveja.

_Cara por que não me disse que sua cunhada era uma gata? – Martin pergunta.

Franjo o cenho e olho pra ele, seus olhos estavam brilhando.

_Por quê você tinha uma namorada? – falo dando ênfase no namorada.

Eu nunca tinha achado Treena uma “gata”, mas eu não achava ela feia. Digamos que ela dava pro gasto.

_E agora eu não tenho mais. Você ia achar muito estranho eu dar em cima da sua cunhada? - ele fala a última parte maia baixa, como se tivesse medo de alguém escutar.

_Mas e Camila cara? Você terminou com ela hoje e já r em cima de Treena?

_Foda se aquela vadia, ela perdeu toda a minha consideração quando deu para aquele velho.

Não consigo segurar e começo a rir.

_Tudo bem então, vá em frente.

Ele da um sorriso vitorioso.

_Valeu cara.

Voltamos nossas atenções para o jornal, e eu fico pensando como vai ser ter Martin como cunhado e se Louisa vai aprovar isso.

Louisa’s Pov:

No mesmo instante que Treen entrou na casa, eu reparei os olhares dela e de Martin, eu sabia que os dois haviam se interessado e quando Martin disse que estava solteiro, um fio de esperança surgiu nos seus olhos e eu não pude deixar de perceber. Eu até que gostaria dos dois juntos, Martin é uma boa pessoa e faria bem para ela, principalmente para Tom, os dois pareceram se dar bem de cara.

Estávamos os três no quarto de Hóspedes arrumando as roupas deles no guarda roupas e Tom pediu para ir no banheiro, assim que ele entra e fecha a porta, Treena se vira pra mim de boca aberta e eu já sei o que ela vai falar.

_Você me disse que tinha feito amigos, mas não ele era tão gato!

Eu rio da sua expressão, realmente Martin ele era um homem muito bonito.

_Por que ele tinha namorada –ele explico.

Ela abre um sorriso travesso.

_Tinha, ele tinha namorada, se ouvi direito, ela traiu ele, que burra, quem é capaz de trocar aquele Deus grego por um velho?

Camila era capaz, aposto que foi por causa de dinheiro, ela não prestava. Sempre soube que ela estava com Martin por causa de seu cargo no hospital, ela nunca deu valor no namorado maravilhoso que ele era, o que fazia Rita a odiar com todas as forças.

_Ela era uma interesseira, só ligava para o dinheiro dele – eu digo e ela faz uma cara de nojo.

_Que biscate.

_Pois é.

_Por mais que eu tenha achado ele um gato e reparado is olhares dele pra mim, sei que nunca vai rolar – ela na cama com uma cara triste e eu sento do lado dela.

_Ei, por quê isso?

_Você sabe Louisa, eu amo Tom, mas desde que ele nasceu nunca mais tive ninguém. Homem nenhum quer namorar uma mulher com uma criança de quase 8 anos.

_Ah Treen, o Martin é diferente. Ele adora crianças, é Pediatra, aposto que ele iria adorar cuidar de vocês e trataria Tom como um filho – ela me olha e sinto um fio de esperança atravessar seus olhos.

_Você acha? Acha que eu tenho chance?

_Claro que sim. Agora limpe essa maquiagem borrada e se arrume para o almoço, dê o melhor charme de Treena Clark.

Falo me levantando e ela se levanta também sorrindo.

_Pode deixar.

Ela pisca e nós rimos. Tim abre a porta segurando a bermuda com a mão e uma cara envergonhada.

_Eu não consegui abotoar.

_Owwn, venha cá filhote, eu arrumo pra você.

Seu rostinho imediatamente assume uma cor vermelha.

_Mamãe eu ja disse, filhote não, filhão.

Ambas rimos e ela da um beijo da testa dele.

_Pode deixar senhor adulto.

Ela fecha a bermuda dele e nós voltamos para a sala rindo do revirar de olhos de Tom.