Depois de muito trabalho, Lily e eu conseguimos organizar todas as coisas no seu quarto. A cama agora tinha as almofadas com o rosto dos integrantes de sua banda favorita e do Michael Jackson, junto com uma coberta preta dobrada no final. Um dos criados ao lado da cama agora tinha a sua foto com seus irmãos e uma luminária preta que tinham pequenos furos que formavam uma flor de lótus – eu adorei e comprei uma para mim também- em uma das paredes brancas ela pendurou seu pôster e grudou um adesivo que formava a silueta de Michael fazendo aquele passo que ele se inclina para frente e logo em baixo um banquinho vermelho que dava impressão que ele estava em cima dele. No meio do quarto havia um grande tapete azul claro e nós havíamos trocado as cortinas brancas por pretas com desenhos brancos que formavam Nova York, Lily disse que sempre sonhou em visitar a cidade e eu comecei a bolar um plano em relação a isso...
Organizamos alguns livros e discos que ela havia trago de casa alguns que comprou e enchemos o seu closet de roupas, sapatos e acessórios. Agora eu estava no banheiro trocando as toalhas brancas pelas vermelhas e roxas que ela comprou e ela no quarto dando os últimos retoques.
_Louisa, terminei – ela me gritou.
Coloco um jarrinho com flores em cima da pia e pronto.
_Eu também.
Sorrio orgulhosa olhando meu trabalho e volto para o quarto, me impressionando em como ficou bonito, tudo ali indicava que Lily tinha deixado sua marca e algumas coisas diziam que eu ajudei.
_E então? – ela pergunta olhando as cortinas na janela.
_Adorei.
_Eu também – sorrimos uma para outra e então ela faz o que eu nem imaginei, ela me abraça – Obrigada por me dar tudo isso.
Eu a abraço de volta e dou um beijinho em seus cabelos.
_De nada, você merece. E obrigada por me viciar naquela musica.
Ela se afasta rindo e coloca as mãos nos bolsos de traz.
_Eu disse que ia adorar.
Enquanto arrumávamos tudo, Lily me apresentou a tal musica ‘Up in the air’’ e eu simplesmente amei. Ela também me mostrou outras musicas deles e eu já estou viciada. Agora o seu celular tocava uma musica do Michael.
_Sim, já sou uma En, en, pera en o que? – eu pergunto meio confusa com o nome que ela disse que a banda chama seus fãs.
Ela ri.
_ Echelon – ela me corrige.
_Isso mesmo.
Ouço o barulho da porta se abrindo e logo os passos de Nathan e os barulhos da cadeira de Will enchem meus ouvidos. Quando chegamos não os vimos, o que eu achei estranho, pois já eram seis horas da tarde e eles geralmente já estavam aqui a essa, mas eu não me preocupei, pelo menos não depois de ligar para ele e ele me dizer que foram correr.
_Alguém vivo aqui? – ouço Will dizer.
_Aqui – eu respondo.
Logo ele aparece sem camisa, com o cabelo bagunçado, suado e com aquele sorriso maravilhoso. Ele olha em volta e sua expressão é de admiração.
_Uau, vocês fizeram um bom trabalho aqui – ele fala.
Lily sorri.
_Digamos que o seu dinheiro foi bem gasto – eu falo.
Ele faz uma careta divertida e eu rio.
_Se divertiram?
_Sim.
_Muito – diz Lily.
_Que bom – Will anda mais com a cadeira e entra no quarto, parando ao meu lado.
Noto que ele estava muito mais suado que o normal e sua respiração estava ofegante, eu logo me preocupo com medo de ser mais uma crise de pneumonia.
_O que foi? – ele pergunta me vendo o analisando.
_Você está bem? E esse suor todo? Você não está doente não é? Ah meu Deus tomara que...
_Acalma-se Lou – fala Nathan entrando no quarto.
Ele também estava sem camisa e muito suado. Olho de um para o outro, desesperada por uma resposta e vejo Lily desviar os olhos do físico de Nathan.
_Nossa – ela fala sem som.
_Eu estou assim por que Nathan pegou pesado nos exercícios hoje, sem falar que ele me fez ficar em pé e...
_Espera O QUE? – eu sorrio empolgada – COMO ASSIM EM PÉ?
Eles riem.
_Calma Clark, eu não sai correndo por ai, Nathan só me pegou nos ombros e estava tentando estimular os meus pés a ficarem firmes no chão, o que me deu um trabalhão, mas foi legal sentir o friozinho do chão...
_Você sentiu? Ai Meu Deus, então...
_Sim Lou, Will ganhou um pouco da sensibilidade nos pés de volta - fala Nathan com um sorriso enorme.
_Ai Meu Deus estou tão feliz – me jogo nos braços de Will e encho a sua cara de beijos, ele riu da minha reação e me beijou de volta quando toquei seus lábios – Isso é maravilhoso.
_Parabéns Pai – Fala Lily e lhe da um tapinha no ombro.
Os dois trocam um sorriso idêntico. Eles eram tão parecidos, meu Deus.
_Obrigado filha, mas o melhor é que, para comemorar, Nathan vai fazer o jantar.
_Vai? – Olho para Nate que confirma com a cabeça – E desde quando você cozinha?
Ele revira os olhos.
_Eu moro sozinho Lou, eu cozinho ou morro intoxicado por FastFood.
_Tudo bem então, a cozinha é toda sua.
_E isso significa que vamos nos livrar da comida de Louisa hoje – Will fala baixinho para Lily e ela ri.
Me levanto rapidamente para do seu colo e cruzo os braços olhando brava para ele. Ele levanta o braço em defesa e ri.
_Desculpe amor.
Boto língua para ele.
_Lou você sabe que ele ama sua comida, você viu como ele se entupiu de frango ontem. – fala Lily em defesa dele.
_Sim, mas ele é um estúpido – olho bravo para ele e então ele me lança um daqueles seus sorrisos que formam rugas em seu rosto.
Desgraçado, sabe que não resisto.
_Me perdoa vai – ele fala com voz manhosa e eu acabo sorrindo – Isso.
Ele e Lily fazem um "toca aqui" e eu reviro os olhos percebendo que vou ter muito trabalho com esses dois.
Nathan havia feito uma lasanha maravilhosa. Estava realmente muito gostosa e não sobrou nem um pedaço para contar história. Rita e Martin haviam se juntado para o jantar. Martin gostou muito de Lily e ela ficou quase o jantar todo olhando para ele, eu não a culpava, Martin era realmente um Homem muito bonito, mas pelo o que conversamos, Treena já havia tomado todos os seus pensamentos. Eles conversavam todo dia e pude ver em seus olhos que ele gostava muito dela, o que deixou aliviada e feliz, eu não queria que ela se decepcionasse e também não queria ter que matar Martin, ele era um cara legal e me alegrei em não precisar fazer isso.
Treena me ligou e disse que ela e Tom se mudariam logo o final do semestre e a festa de aniversário de Tom, que eram daqui a dois meses. Isso me deixou muito feliz, eu sentia falta de ter a minha irmã por perto e de beijar aqueles cabelinhos loiros do meu sobrinho lindo.
Depois que todos foram em bora, Will, Lily e eu tínhamos nos sentado na sala para conversar um pouco. Ele não gostou nada do que Tayna disse sobre os estudos dela e foi logo assumindo seu papel de pai durão.
_Lily, sei que a escola é um saco mais você precisar terminar os estudos – ele falou.
Ela abaixou a cabeça e começou a brincar com os pés.
_Eu sei, eu gosto da escola, até tirava boas notas.
_E o que aconteceu? – eu pergunto.
Ela da de ombros.
_Eu parei de ir para chatear Tayna, ela ficava me exibindo como trofeuzinho dela como se fosse uma mãe de verdade, e eu queria acabar com a farsa dela, então me afundei de propósito.
Dou um suspiro e vejo Will fazer o mesmo.
_Lily, você não pode se afundar por causa de sua mãe – eu disse.
_Por mais que Tayna não tenha sido a mãe que você merece, não pode estragar seu futuro por causa dela – Will fala.
Ela respira fundo e solta o ar pesadamente.
_Eu sei, desculpe.
_Então ficamos combinados, amanhã mesmo vou te matricular na escola mais próxima e voe vai recuperar o tempo perdido. Sem ficar se afundando para atingir sua mãe.
Ela o olha surpresa, mas depois da um sorriso e faz que sim com a cabeça.
_Então tudo certo.
Depois da conversa, Lily foi para o quarto dormir e Will e eu fomos para o nosso. Eu estava cansada, não sabia que sair por ai torrando o dinheiro de Will iria me cansar tanto. Agora eu relaxava na banheira depois de tomar banho e dar banho em Will, que estava atrás de mim fazendo um cafuné gostoso nos meus cabelos enquanto eu quase dormia com a cabeça encostada no seu peito.
_Fico feliz que você e Lily estejam se dando bem – ele fala.
_Eu disse a você que seria legal – respondo sem abrir os olhos e ouço ele rir.
_Quem diria Louisa Clark, a madrasta boazinha – ele brinca.
_E quem diria, Will Traynor o pai bobão – eu atoa levanto a cabeça para olhá-lo.
Ele coloca língua para mim e eu rio.
_Nunca pensei que se você não tivesse me parado na Diginatas eu perderia tanta coisa – ele fala melancólico.
_Eu lhe prometi uma vida de emoção não foi?
Ele sorri.
_E está cumprindo direitinho Clark – ele me da um selinho – Uma casa em Londres, uma filha, novos amigos, noites de sexo maravilhoso e banhos de banheira. Acho eu sou o cara mais feliz do mundo.
_E se depender de mim meu caro Willian, você vai morrer sendo um lindo velho feliz – eu passo os baços ao redor de seu pescoço.
Ele sorri e seu braço sobe para a minha nuca. Cada dia mais seus movimentos melhoravam e aquilo me deixava muito, mas muito feliz.
_Então quer dizer que você vai trocar a minhas fraudas e me deixar xingar os garotos que pisarem no meu gramado?
_Até te dou uma bengala se quiser, e algumas balas duras de caramelo.
Ele ri.
_E você vai ser a velha mais estilosa de Londres. Já posso até imaginar, cabelos brancos e vestidos de joaninha.
Eu rio e me grudo mais a ele, sentindo o atrito maravilhoso dos meus seios em seu peito.
_Vamos ser o casal de idosos mais famosos do bingo – ele diz.
_Nossos netos terão as bochechas apertadas e eu vou lhe contar histórias de como a avó deles era um velho rabugento quando eu o conheci, e ele só tinha 33 anos.
_Para termos netos precisamos de filhos.
_Quem sabe depois que você colocar uma aliança no meu dedo eu deixo você ser pai de novo.
_Pois então se prepare Clark, pois não vai demorar.
Eu rio e nós nos beijamos e alguns minutos depois, nossas atividades fizeram a banheira derramar uma grande quantidade de água pelo chão.
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