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História Vivendo com você - 47


Escrita por: Leitora47

Notas do Autor


Oi gente

Capítulo 50 - 47


Depois de várias horas de voo, o avião finalmente para e somos autorizados a nos levantar e pegar nossas bagagens. Respiro fundo e me levanto, esticando meus braços e pernas os sentindo meio doloridos por ter dormido no avião. Olho para Will que parecia rir de algo engraçado.

_O que foi? – pergunto confusa.

_Achp que você deveria puxar a sua saia Clark.

Olho para ele sem entender e ele aponta para a minha saia. Olho para a minha saia de pregas com estampa de jornais antigos, que ia até um pouco acima do meu joelho, e não vejo nada de errado.

_Se vire Clark.

Olho para a parte de trás e quase levo um susto. A ponta da minha saia estava presa a minha calcinha de renda preta, mostrando uma boa parte do meu bumbum. Puxo a saia rapidamente e a ajeito com a mão enquanto Will tia como um garoto, pela primeira vez fico feliz de estar em um jato particular.

_Vamos sair logo desse avião – eu digo constrangida e começo a pegar nossas bagagens de mão – Você não vai mesmo me dizer aonde estamos?

Ele nega com a cabeça.

_É surpresa Clark.

Reviro os olhos, mas um sorriso insiste em surgir no meu rosto.

_Tudo bem então, vamos.

Hoje era o primeiro dia da nossa lua de mel e eu não tinha ideia de onde estávamos. Eu primeiro pensei que fosse Paris, mas acho que não é. Lily vai passar as duas semanas na casa de Camila e nenhuma das duas me deu uma pista se quer do lugar onde iríamos, esse mistério todo já estava me irritando.

Descemos do avião e sinto um vento fresco passar por meus cabelos soltos, respiro fundo sentindo o clima fresco do lugar, apesar do sol forte no céu, a temperatura estava bem agradável.

Pego todas as nossas malas e coloco no carrinho, wiil falava ao telefone um pouco longe de mim e eu fico olhando para ele tentando escutar algo, mas o som alto do aeroporto não me deixa ouvir nada. Ele termina a ligação e eu finjo estar tirando uma sujeira invisível da minha blusa de de botão preta com mangas cavadas e finjo ajeitar o meu sinto branco e o pequeno lenço preto de bolinhas brancas no meu cabelo.

_Pronta? – ele pergunta.

Will usava uma blusa preta é uma bermuda branca. Ele usava sapatos marrons e seus cabelos estavam daquele jeito típico bagunçado-arrumado que o deixava mais lindo ainda.

_Sim.

_O carro já está esperando, pegou tudo? – ele fala passando os olhos pelo carrinho de malas.

_Sim senhor.

_Então vamos.

Caminhamos até a porta do aeroporto e finalmente eu recebo uma dica de onde estamos quando uma funcionária anuncia algo no microfone. A primeiro fala em Italiano e depois fala em inglês. Olho para Will procurando por respostas mas ele apenas sorri de lado e continua seu caminho até a porta do aeroporto. Bufo de frustração e o sigo. Saímos pela porta e um carri preto. Parado ao lado do carro se encontra um homem alto, negro, com aparentemente 40 anos de idade. Ele usava um terno preto, camisa branca e gravata também pretas. Seus cabelos estavam cortados bem baixo e seus olhos eram verdes. Ele sorri ternamente para gente.

_Senhor Traynor, quanto tempo – ele fala com um leve sotaque.

Will sorri para ele.

_Luiz, senti saudades meu amigo, como vai sua família?

_Muiti bem, agora tenho um neto, Angeline se casou – ele fa com ternura.

_Meus parabéns. Essa é minha esposa, Louisa. Louisa esse é Luiz, ele foi meu motorista da última vez que estive aqui e é um grande amigo.

_É um prazer Luiz – eu digo estendendo a mão para ele.

Ele sorri e aperta a minha mão.

_É um prazer Senhora Traynor.

_Oh, me chame de Lou.

Ele sorri.

_Tudo bem.

Luiz pega todas as nossas malas e coloca no porta malas, enquanto eu ajusto a rampa do carro para Will subir, assim que ele estava devidamente instalado eu entro e me sento no banco ao seu lado e logo Luiz então também. Ele da partida no carro e começamos a andar, eu estou morrrendo de curiosidade não consigo mais.

_Will, pelo amor de Deus, aonde estamos?

Ele ri.

_Você que saber? – olho para ele como se dissesse “ Não, imagina, estou perguntando só pq não tenho nada pra fazer” e ele ri – Tudo bem, eu vou dar um fim na sua agonia. Estamos na Itália.

Arregalo os olhos, por mais que fosse óbvio, eu ainda tinha minhas dúvidas sobre se estávamos na Itália mesmo, ou em outro país que falasse italiano (Me perdoem, o mais longe que já fui de Stotford foi Londres, é digamos que faltei as aulas de geografia).

_Aonda na Itália?

_Florença – ele fala.

Não consigo acreditar, estamos em Florença, Ah meu Deus. Muito queixo cai e eu corro para janela, procurando detalhes. Algum tempo atrás Will me perguntou algum lugar que eu queria visitar e Florença foi a primeira na lista. Né surpreendo por Will ter lembrado de algo que lhe disse a tanto tempo atrás.

_Você está brincando? – eu pergunto.

Ele ri.

_Não, não estou. Na verdade estamos a caminho da minha pensão favorita, é simples, mas é um lugar muito lindo.

_Ah meu Deus Will.

Eu quase pulo no pescoço dele, mas o sinto me impede, então eu apenas lhe dou um selinho demorado.

_Obrigada – eu falo e voou para janela, escutando a risada dele atrás de nós.

Fico olhando a cidade passando a nossa volta, maravilhada com todos os detalhes, é tão lindo, cada detalhe parece ter sido pensado e feito a mão.

Depois de um tempo entramos em um campo, a paisagem muda de casas para árvores e pequenas fazendas bem distantes. Avisto um campo de vinhedos e algumas pessoas trabalhando, colhendo uvas e fico ainda mais maravilhada. O carro anda mais um pouco e vejo um placa escrita.

Pensão Santa Maria.

_É aqui? – eu pergunto.

O carro vai avançando e vejo um grande jardim, repleto de flores e árvores por todo lado.

_Sim, aqui que vamos passar os próximos três dias – e fala sorrindo.

_Ah tão pouco tempo? – eu resumungo.

Ele ri

_Nem chegamos e já quer ficar?

_É que é tudo tão lindo.

_Espere até ver tudo direitinho.

O carro para e Luiz abre a porta. Saio do carro e vejo uma casa grande de pedra, de dois andares. O jardim estava repleto de flores brancas e amarelas e um jardineiro trabalhava calmamente nelas. Olho em volta e vejo que estávamos em um morro alto e logo abaixo ficava o mar, era tão lindo que eu estava hipnotizada pelo seu azul cintilante. O vento batia fresco, balançando a minha saia e o meu cabelo.

_Lou – ouço Will me chamar, com relutância, me viro para ele – Vamos?

Faço que sim com a cabeça e nós seguimos por um caminho de pedra em meio a grama, que levava a porta. Entramos é um sino bate indicando a nossa chegada. A recepção estava vazia, a sala não era grande, mas possuía um bom tamanho. As paredes de pedra possuíam quadros de várias pessoas diferentes. A casa era uma mistura de novo e antigo e tinha uma decoração muito linda e aconchegante. Em um canto mais afastado da sala, havia uma lareira e duas poltronas em frente a ela, aonde duas pessoas conversavam animadamente. No teto havia um lustre de ferro com algumas velas que eu julguei serem de enfeite, pois no meio havia uma lâmpada branca.

Alguns segundos se passam e uma moça de cabelos loiros vem correndo enquanto limpava a mão no o avental azul preso e a sua cintura, ela parecia atarefada. Seus cabelos estavam presos em um coque e ela aparentava ter a minha idade. Usava um vestido branco que ia até os joelhos e sandálias pretas.

_Mi dispiace per il ritardo, ero in cucin.. – Ela para de falar assim que levanta a cabeça e seus olhos se focam no meu marido – Will? Dios mio, você voltou.

Ela dá a volta no balcão e da uma abraço forte em Will que ria alto. Obrservo a cena confusa.

_É bom te ver também Angélica – ele fala.

_Oh Meu Deus, eu não sabia que você viria, não tem reservas no seu nome, ah mas você não precisa disso – ela diz com um sotaque breve, dava para ver que ela havia feito várias aulas para aprender nosso idioma – E quem é a moça bonita do seu lado? – Ela pergunta olhando para mim.

_Essa é Louisa, minha esposa – ele me apresenta.

Ela arregala os olhos chocada.

_Ah meu Deus você se casou? – ele faz que sim com a cabeça e ela dá um Mine soco no braço dele.

_Ai – ele protesta rindo.

_Ah vale a boca, você nem sempre isso, e além do mais você merece, se casou e não disse nada, espere até Nona saber disso.

Ele parece ter ficado com receio é o vejo engolir em seco. Ela sorri vitoriosa e se vira para mim.

_Desculpe querida, Sou Angélica, uma velha “ amiga” do seu marido.

Eu sou um sorriso fraco.

_Louisa – estendo a mão para ela, mas ela me surpreende me abraçando.

_Aqui nós não damos as mãos, tratamos todos como se fossem da família. Ah e né desculpe se pareceu que eu estava dando em cima do seu marido, Will e eu somos velhos amigos, me perdoe se causei má impressão.

_Tudo bem.

_E esse meu “velho amigo” nem fez questão de vir para o meu casamento – ela reclama.

Ao ouvir que ela é casada, meu corpo instantemente relaxa. Não que eu fosse insegura, longe disso, mas essa loira de olhos azuis chamava até minha atenção, ela era muito linda.

Vejo will revirar os olhos.

_Você sabe que eu não podia.

_Podia sim, você que é um chato rabugento.

Eu não posso deixar de rir.

_Isso é verdade.

_Não sei como você aguento, aturamos ele aqui por dois meses e logo o mandamos embora – ela brinca.

_Acho que Deus me deu um dom – eu digo rindo.

_So assim para aguentar – nós duas começamos a rir e Will quase fica vesgo de tanto revirar os olhos – Agora venham, vamos registrar vocês.

Nós seguimos para o balcão e registramos nossos nomes, Will havia feito a reserva no meu nome de solteira, ele disse que queria fazer uma surpresa a todos. Depois de registrados, seguimos para o nosso quarto que ficava no andar de baixo. Luiz ajudou com as malas enquanto Angélica pedia desculpas. Ela disse que seu marido, Augusto que era quem fazia isso, mas ele estava com o resto dos funcionários no campo de uvas. Dissemos que não havia problema nenhum, mas mesmo assim ela ainda ficou meio sem graça. Entrando no quarto e ele era muito maior do que pensei.

No meio do quarto havia uma cama de casal grandeza toda feita de madeira com uma colcha de linho branco em cima e quatro travesseiros. Ao lado da cama também havia um tapete marrom feupudo daqueles que dá vontade de enfiar os pés neles. Em uma lado havia duas portas de madeira que levavam ao closet e ao banheiro. Havia também uma grande janela que iluminava o quarto todo. A janela dava para uma pequena varanda onde havia uma pequena mesa e duas cadeiras de ferro, da varanda dava para ver o mar e era uma vista linda.

_Vou deixar vocês se instalarem, quando estiverem prontos se juntem a gente lá for a, o almoço já deve estar quase pronto – Angélica diz.

_Obrigada.

Ela ascena, sorri e sai.

_E então? – Will Pergunta.

_O que?

_O que achou do lugar?.

_É lindo Will, Obrigada por me trazer aqui.

Eu me sento no colo dele é lhe dou um abraço forte. Ele dá um beijo na minha bochecha e começa a mecher a cadeira para a varanda. Levanto o rosto do seu peito e vejo a linda paisagem a nossa frente enquanto a brisa fresca bate no meu rosto e sinto uma paz enorme aqui nos braços do homem que amo.

_Prometo que vai ser uma viajem maravilhosa clark – ele diz depois de um tempo em silêncio.

Sorrio.

_Eu sei que vai, pelo simples fato de estar ao seu lado.

Ele dá um sorriso.

_Ah Clark, eu te amo.

_Eu também te amo – e então ele me beija.

O almoço estava divino. A tradição da pensão era todo Dia, todos os hóspedes se reunissem para as refeições, porém não haviam muitos hóspedes hoje, apenas Will e eu mais três casais, um deles com dois filhos pequenos. Angélica estava certa, nona ficou bravíssima com Will por não ter dito a ela que se casou, eu ri muito quando ela o acertou com a colher de pau que usava para mecher a comida. Nona Carlota era uma senhora simpática, próxima de seus setenta anos, ela tinha muito mais disposição do que eu para as atividades do dia a dia. Nona tinha cabelos loiros que se misturavam com alguns fios brancos, sua pele era clara um pouco queimada pelo sol, seus olhos eram verdes e algumas olheiras em volta denunciavam o seu cansaço, mas isso não a impedia de cuidar de cada detalhe de sua pensão. Pelo que ela me contou, a pensão era de seus pais e depois passou para era e seu irmão, que hoje estava na cidade. Eles criaram seus filhos e alguns netos aqui, alguns ainda vivem com eles, outros se mudaram para a cidade em busca de oportunidades melhores, mas sempre vinham no fim de semana. Ela acabou me ensinando a fazer um canole enquanto conversávamos, e tenho que admitir que a comida dela era maravilhosa – melhor qe mamãe mas não conte isso a ela ok?. O marido de Angelica, Augusto voltou dos campos a tempo para o almoço, junto com o irmão dela, Jofrei, seu primo Antônio e seu tio Lucas. Todos eles nos receberam muito bem e TODOS, deram uma Mine brinca em Will por causa do casamento sem aviso.

Ainda estávamos reunidos na mesa, aproveitando a torta de amoras de Nona, o resto dos hóspedes já haviam comido e se levantado, só sobramos Will, eu e a família de Nona.

_Então Lou – Augusto me chama enquanto limpa o resto de torta do canto da boca – O que te levou a trabalhar para esse rabugento aqui – ele aponta para Will com o garfo e eu seguro uma risada para não engasgar.

_Eu trabalhava em um café da cidade, porém ele acabou fechando, e depois de tentar vários empregos, eu finalmente achei a oportunidade de trabalhar na casa dos Traynor – eu paro para beber um pouco de suco de laranja – Claro que eu não sabia que se tratava de um trabalho torturante e horrível – eu brinco.

Todos começam a gargalhar e Will revira os olhos, mas também ri.

_Tortura era você derrubando sopa em mim – ele comenta.

_Hei, isso só aconteceu duas vezes.

_Claro que foi – ele fala sarcástico.

_E quando foi que vocês se apaixonaram, desculpem a curiosidade, mas eu gosto de saber dos detalhes – Angélica pergunta ansiosa.

Eu paro para pensar em um segundo. Nunca tinha pensando em que momento exato eu me apaixonei por Will, nunca me perguntei isso, talvez não tenha sido em um momento, talvez tenha sido gradualmente, mas onde começou? HM deixe me pensar….

_Para falar a verdade eu nunca pensei sobre isso. Mas acho que foi… no dia em que ele me deixou raspar a barba dele – um sorriso abre no meu rosto ao lembrar do lindo sorriso que ele abriu quando me perguntou se havia raspado suas sobrancelhas, nunca vou esquecer aquilo - Lembro-me de finalmente ver como ele era de verdade e aquilo despertou algo em mim, acho que foi extremamente ali que me apaixonei.

Saio dos meus devaneios e volto a olhar para Angélica que tinha um olhar como se dissesse “ Que fofo”, dou um sorriso invergonhado por ser o centro das atenções e tomo mais um gole de suco.

_E você Will, quando se apaixonou pela sua esposa? -Nona pergunta.

Will abre um sorriso de lado e para um segundo para pensar.

_Eu me apaixonei no momento em que ela brigou comigo por ser um idiota – todos riem – Mas só me dei conta disso quando ela cantou para mim quando eu estava doente, e percebi que não tinha saída quando a vi com aquele vestido vermelho no dia que fomos assistir um concerto, a estava linda e percebi que não tinha como fugir, eu estava ferrado.

As pessoas a nossa volta começam a rir, porém eu só consigo olhar no rosto do meu marido é pensar em como eu o amo é como sou sortuda por tê-lo. Ele olha para mim e sorri e eu lhe dou um beijo na bochecha.

_Quem diria, Will Traynor casado e completamente apaixonado, agora eu já vi de tudo nessa vida – Antônio comenta enquanto enfiava um último pedaço de torta na boca.

_O amor muda um homem cara – Jofrei diz.

_No caso de Will acredito que para melhor – Lucas fala.

_Para muito melhor – Will completa e eu sorrio para ele.


Notas Finais


Oi gente, o capítulo era maior, mas como eu estava demorando pra escrever o resto, resolvi postar agr, bem espero que tenham gostado. Agr me digam, esperam algo sobre essa lua de mel? 😏 Ksksksks Comentem
Bjs e até o próximo cap :*


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