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História Vivo, ou apenas existo? - Novatos feitos de ouro


Escrita por: Hueitir10-NEW

Notas do Autor


Agradeço bastante pelos comentários anteriores <3!

Tentarei o máximo possível aumentar a quantidade dos capítulos e postar o mais rápido possível - já que acabei de entrar de férias.

BOA LEITURAAAA!

Capítulo 10 - Novatos feitos de ouro


Fanfic / Fanfiction Vivo, ou apenas existo? - Novatos feitos de ouro

"Como perceberam, dos trinta e oito soldados novatos, pelo menos dois foram colocados em uma categoria de missão forte." - comenta o Capitão Carl, franzindo seus grossos lábios. - "Soldado Rimon, e soldado Pedro, vão agora para a sala de especialização. Os soldados veteranos irão com vocês dois." - ele olha para a tela, e depois volta seu olhar para todos. - "O restante dos novatos ficam aqui, irei explicar como será a missão de vocês.".

Movo-me lentamente, seguindo o soldado veterano que anda em minha frente. Olho para o lado e vejo o soldado novato se aproximando, é o Rimon. Ele tem um rosto bem asiático, composto com um cabelo liso. E seu rosto se contorce em pleno silêncio, enquanto somos guiados para fora do local. Não preciso nem olhar para saber que há vários 'olhares curiosos' nos seguindo enquanto saímos.

 

Vivo, ou apenas existo?

Capítulo 10: Novatos feitos de ouro

 

"Rimon, você se mostrou ser exemplar ao ajudar os seus amigos novatos diante da realidade virtual, principalmente em descobrir sobre as armadilhas antes da hora." - comenta um homem de pele parda, veterano, com um brasão de falcão estampado do lado esquerdo de sua farda verde. - "Pedro, você chegou até o final do percurso, deu sua vida para que o tenente Homes concluísse o jogo. O que muitos acham loucura, eu acho surpreendente. Parabéns aos dois.".

Olho para os veteranos que estão na sala, que se expressam com felicidade ao olhar para os nossos rostos.

"A missão de vocês será basicamente em um parque de diversões. Sim, um parque." - explica o homem de pele parda. - "Meu nome é Rique, eu serei um dos guias de vocês dois.".

"Um dos guias?" - indaga Rimon.

"Sim, já que é a primeira missão de vocês dois, precisamos do máximo de soldados guias possíveis para que nada venha a acontecer com vocês." - Rique então estira suas duas mãos; eu aperto à direita, e Rimon aperta à esquerda. E sorrimos. - "Vamos lá, hora de explicar como tudo será feito.".

Um quarto, um silêncio, um vazio. Estou sentado encima do lençol que compõe minha cama, olhando pras paredes, e pensando em como irei realizar essa missão.

Pego o bracelete de cor preta, destacando a letra "A" dourada. A letra da missão superior. Eu devo utilizá-lo a partir de agora, até que a missão ao qual estou seja concluída com sucesso.

"Boa tarde." - fala Carlos, entrando no quarto com seu liso cabelo loiro. - "Novato dourado.".

"Oi?" - começo a rir.

"Todos estão chamando você e aquele asiático lá disso. Os dois sortudos." - explica Carlos, sentando ao meu lado. - "A minha missão é super importante, é ficar parado de frente à mansão do prefeito.".

"Parado? Tipo, supervisionando como um segurança de loja?".

"Sim." - Carlos responde, olhando-me curiosamente. - "A sua com certeza não é pra ficar parado em frente à casa de um corrupto.".

"Não mesmo." – sussurro. - "Amanhã irei viajar com os veteranos, e com o Rimon, juntamente. Iremos para a cidade vizinha." – explico para Carlos do mesmo modo que o soldado Rique me explicou. - "De acordo com os especialistas gênios deste quartel, o próximo atentado será lá."

"Atentado?!" - exclama Carlos.

"Shiu!" - ruborizo. - "Onde está o David?"

"Está conversando com um dos tenentes, eu acho. Provavelmente querendo que mudem ele para uma outra missão." - fala Carlos sem muita importância. - "É mais fácil ele ser expulso daqui do que ter a missão trocada.".

"Realmente." - rimos. - "Eu poderia lhe contar mais sobre minha missão, mas mandaram-me ficar em sigilo.".

"Acho que você já contou o bastante, sabia?" - sussurra Carlos, tentando não rir.

É então que tento censurar meus pensamentos, e parar de pensar no futuro da missão. Se caso realmente ocorrer um atentado no parque, mortes podem acontecer, inclusive a minha.

Uma sirene ecoa, com circunstâncias de quase explodir os meus ouvidos. Todos do Quartel são acordados pelo alerta da sirene, em plena manhã. Mal dá tempo de me aprontar. E sou obrigado a levantar, correr e entrar no ônibus esverdeado sem ter tomado nenhum café.

"Jesus." - balbucio o nome do Senhor em voz baixa, pra ver se meus olhos abrem diante de tanto cansaço. Nem consegui me despedir do David e do Carlos direito.

Sento em uma das poltronas que fica no meio do ônibus, encostado na janela. Todos os soldados estão se aprontando agitadamente, eu pareço o único com feição de zumbi. Olho para a janela, e vejo as malas sendo levadas rapidamente para dentro do ônibus, parece até uma viagem. Eu mesmo estou levando vários nadas - como me foi solicitado.

Minha boca se abre em um bocejo que dura longos segundos, e fecha com rapidez quando o tenente Homes senta ao meu lado.

"Bom dia." - diz ele, formando uma carranca ao olhar para mim. - "Seu rosto está ótimo, soldado."

"Muito engraçado." - murmuro, e vejo Homes se esforçando para não rir.

Ele, então, se levanta com proeza, e vai até o fundão do ônibus. Provavelmente meu rosto deve ter despertado horrores para ele. Quando o bocejo vem novamente, durando poucos segundos e fechando com espanto ao vê-lo sentar novamente ao meu lado.

"Dá pra parar de bocejar?" - ri ele, me entregando uma bolsa.

"Minha boca não tem um comando pra fazer com que pare de bocejar." - abro a bolsa e encontro um café enrolado em um corpo térmico. E um pequeno prato de plástico, contendo pequenos pedaços de pão, com salsichas recortadas dentro. - "É pra mim?".

"Sim."

"Obrigado." - sussurro, movendo o café para a minha boca, que desce como uma gota de perfeição por minha garganta. - "Obrigado mesmo, isso é perfeito.".

"Todos receberam isso, não precisa agradecer.".

"Claro que precisa, você fez questão de levantar e ir buscar." - falo, enquanto me alimento com os pães, ligeiramente.

"Fiz mais do que minha obrigação." - o ônibus então dá a partida, e Homes olha para mim. - "Pelo menos, se morrermos nessa missão, eu vou ter quitado a dívida de você ter me feito ganhar o jogo de realidade virtual.". - tento não fazer uma carranca pra ele, só tento.

Bem normal você quitar uma dívida trazendo uma comida que estava no fundo do ônibus, e que uma hora ou outra iriam me mandar buscar. Mas se ele quer pensar desse modo, tudo bem.

"Bem, é por causa disso que eu estou aqui. Por ter me sacrificado no jogo." - sussurro. - "E acho que por ter dado um soco em você.". - recebo um tapa na cabeça. - "Argh!! O que foi?".

"Calado." - ordena ele, olhando retamente para frente.

Parando pra pensar, eu não esperava que o tenente Homes fosse participar da missão junto comigo. O mesmo tenente que só faltou me matar nos exercícios instrutivos, o mesmo que minha irmã perguntou se namorava comigo. O mesmo que... Colocou comida em minha boca com os Hashi.

O silêncio ecoa entre mim e ele, enquanto ao redor, conversas paralelas rondam todo o ônibus, risos, e gritos. Todos parecem animados. É como se a morte fosse algo já esperado.


Notas Finais


Sempre é bom deixar um suspense, né? Se preparem para algo insano.


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