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História Vivo, ou apenas existo? - A sonhada farda verde


Escrita por: Hueitir10-NEW

Notas do Autor


Eu poderia ser daqueles autores que já tem vários capítulos prontos, e que demora a postar apenas para assim a ansiedade dos leitores aumentar. Mas... Eu sou o que quer que os leitores vejam o mais rápido possível a história, principalmente pelas reações que terão ao longo dos capítulos postados, hahah.
Agradeço muito pelos comentários, principalmente pela correção dos “Hashi”, sério, continuem assim, por favor. Seja dando dicas, seja criticando, para assim eu consertar e melhorar.
E vamos ao capítulo \ó/

Capítulo 6 - A sonhada farda verde


Fanfic / Fanfiction Vivo, ou apenas existo? - A sonhada farda verde

O primeiro som que escuto ao acordar é de uma porta se fechando, seguida da voz de David.

"Já passou da hora de descanso, acorda garotão." - diz ele rindo. - "É meio-dia."

"Que dor." - sussurro em um tom de gemido. Sinto uma forte dor em todo corpo, principalmente nas mãos. - "O capitão Carl já falou qual vai ser o segundo exercício dos novatos?".

"Bem, dos setenta soldados novatos... Trinta e um foram expulsos ou desistiram durante aquela tarefa de resistência. Tanto que agora só restam trinta e nove soldados." - explica David. - "Provavelmente o segundo exercício será o último, eles não vão querer perder tanto soldado novato assim.".

"Trinta e nove soldados novatos." - sussurro. - "E fazemos parte deles.".

 

Vivo, ou apenas existo?

Capítulo 6: A sonhada farda verde

 

"Já viram os dois caminhões que chegaram ao exército? São da marca Near!" - exclama Carlos extasiado, seus cabelos loiros sempre estão em uma forma tão lisa e brilhante.

"Marca Near?!" - berra David, olhando para mim, que continuo deitado.

"A Near é aquela dos capacetes..." - murmuro.

"Sim, sim e SIM!" - exclama Carlos e David juntos, parecem bem animados.

Uma voz autoritária adentra em nosso quarto, e não é de nenhum de nós três:

"Soldados novatos. Ás cinco horas da tarde, se reúnam todos no salão oval do quartel." - é a voz do capitão Carl. E só agora percebo a pequena caixa de som pregada na parede, onde sai sua voz. - "O exercício que teremos hoje, decidirá quem terá a farda verde e ficará fixo no exército.".

"Sabia que este era o segundo e último exercício." - fala David animado, voltando a olhar para mim, agora com uma expressão agonizante. - "Dá para se levantar e vir almoçar conosco, ou está difícil?". - é então que me levanto.

Estou com uma camisa de cor vermelha, sem nenhuma estampa. Uso uma bermuda marrom. Retirei a faixa que cobria o meu braço. E meus pensamentos parecem não ligar para os olhares das pessoas que olham para o meu braço direito, que está roxo.

Sento com o Carlos em uma mesa vazia do restaurante, por incrível que pareça, era a única vazia. O restaurante está lotado. David foi pedir o almoço para nós três.

"Pedro, você ainda não contou para eu e o David sobre o que aconteceu ontem." - diz Carlos, olhando para o meu braço direito.

De longe, eu vejo o tenente Homes, sentado em uma mesa com pelo menos sete tenentes de farda preta ao redor. Sua expressão é a de sempre - ranzinza. Ele não parece me notar ao longe.

"Desculpa, é meio que segredo sigiloso." - digo, com um pequeno sorriso. O que faz Carlos revirar os olhos.

"Cheguei." - fala David, colocando um grande recipiente de comida na mesa. Logo ele se põe a voltar e pegar os talheres e os pratos. Sentando, por fim.

"Obrigado." - agradeço. - "Você não se incomodou de fazer isso tudo?".

"Meio que isso é uma rotina que meu corpo tem." - sorri David enquanto fala. - "Sempre tentar ser o máximo de gentil e fazer o máximo de favores que puder.".

"Você. É. Foda." - elogia Carlos, dando um positivo com a mão.

A hora do almoço logo passa. Tanto que tento focar em cuidar do meu corpo enquanto a hora do exercício não chega. Vou para o banheiro do quartel - que por sorte está vazio - e banho meu corpo por completo. Molho meu cabelo, e logo após me visto com uma camisa cinza – de uma cor bem clara. Acho que regata é a pior coisa que um homem pode se usar.

Quando são quatro horas e cinquenta minutos, o capitão Carl nos alerta para irmos para o local do salão oval. Fico perto de David e Carlos, enquanto somos guiados pelos soldados ajudantes.

O salão oval é grande. Todo decorado com listras verdes, pretas e douradas. Há um total de noventa poltronas – com uma mesa fixa na frente de cada uma delas, sendo assim, nove mesas -, diante de todo o salão.

"Sentido!" - grita o capitão Carl, que continua com a mesma aparência de sempre. - "Hoje iremos todos usar a tecnologia Near. Vai ser ela que decidirá quem continuará no exército." - escuto uns murmúrios de felicidade ao meu lado, o capitão não reclama em relação a eles. - "Cada um usará um capacete. Os tenentes também participarão da simulação. O que resta é cada um de vocês se esforçarem e completarem corretamente a missão.".

Até onde eu conheço, os capacetes Near são famosos por levar todo o corpo de uma pessoa para uma realidade virtual e realista. Eu nunca tive um desejo forte de experimentá-lo como as pessoas do meu lado estão tendo neste exato momento.

Vejo ao longe, os tenentes sentando na primeira fileira de poltronas, enquanto capacetes se instalam na cavidade “cabelar” de cada um. Sou guiado por um soldado de farda verde – veterano - para uma das poltronas, junto com todos. David e Carlos acabam se sentando longe de mim por conta da ordem alfabética - burocracia.

"Está tudo bem?" - indaga um soldado de pele parda ao me ver com uma expressão pensativa.

"Ah, sim... Obrigado." - digo, enquanto ele põe o capacete metálico em minha cabeça.

É quando tudo se apaga em minha frente, e apenas a escuridão toma conta. Há apenas o silêncio.

O barulho de uma hélice de avião me faz abrir os olhos lentamente. Eu não estou mais no salão oval do quartel. Eu estou sentado em uma cadeira branca que está colada na parede azul do avião, junto com todas as outras. Não há cinto de segurança em mim, posso me mover livremente.

"Bem vindos à realidade virtual." - fala um tenente musculoso, de pele morena, com um boné que esconde seu cabelo. Tento não me surpreender com a sua mão que segura uma arma de suporte alto. - "Nesta realidade, há dois aviões; uma grande metade dos soldados novatos está aqui, e o restante está no outro avião." - explica o tenente. Olho para cada soldado que está sentado em sua cadeira, e minha expressão se fecha quando não vejo nem David, nem Carlos, e nem muito menos o tenente Homes, eles estão no outro avião. - "Se olharem pela janela, verão que estamos nos aproximando de uma ilha grande." - fico de joelhos na cadeira e olho pela pequena janela. Realmente, estamos nos aproximando dela. - "Há um paraquedas para cada um, peguem-no e pulem quando o avião se aproximar da ilha. A técnica da coragem irá testar vocês agora.".

Olho para minhas mãos, e tento colocar a mão esquerda em minha cabeça à procura do capacete, mas não sinto a presença do capacete, o que sinto é de todo o meu corpo estar realmente ali. A tecnologia está muito avançada, isso tudo parece ser tão real.

"Quando chegarem lá em baixo, inimigos irão esperar por vocês." - fala outro tenente, dá para ver um fio de seu cabelo loiro. - "Se vocês morrerem aqui, não se preocupem, o máximo que vai acontecer é acordarem dessa realidade e o capacete ser retirado.".

Não faço a mínima ideia de qual é a finalidade disso, e o que tenho que fazer. Acho que apenas tenho que mostrar ser corajoso, provavelmente há pessoas analisando cada soldado neste exato momento diante de computadores.

"Nesta ilha, há uma mansão enorme no centro da floresta; entrem nela, passem pelas armadilhas, e apertem o botão vermelho." - explica o tenente de pele parda.

"Apenas." - fala um dos soldados em tom irônico.

"O primeiro que apertar ganha o quê?" - indaga um dos soldados.

"Mérito." - responde o tenente. - "E fará com que nosso jogo seja concluído. Façam de conta que tudo é real, e que estamos em um campo de guerra.".

O avião chega próximo à ilha, e todos se levantam. Vou em direção a um dos paraquedas de cor marrom, e coloco em minhas costas. Há um aviso alertando para puxar a corda quando se aproximar do chão.

Quando vejo, todos começam a pular. Primeiro os tenentes, e logo após o aglomerado de pessoas. Olho para o mar profundo e para a ilha. Respiro, e pulo.

O vento bate tão forte sobre meu rosto. Maldita seja a pessoa inteligente que desenvolveu essa realidade, está tudo muito forte. As pessoas flutuam ao meu redor. Vejo que as pessoas do outro avião estão pulando ao longe.

Olho para o chão da ilha que se aproxima. É quando o soldado novato que está ao meu lado recebe dois tiros em pleno ar e desaparece em vários pedacinhos digitais.

Olho para baixo, e vejo que há metralhadoras coladas nas pedras, atirando para cima, tentando nos acertar. Movo meu corpo para o lado rapidamente, enquanto vejo soldados sendo despedaçados em vários pedaços enquanto flutuam. Estamos sendo mortos em pleno ar nessa realidade virtual.

Um tiro me pega de raspão, e eu sou forçado a não abrir meu paraquedas. Caio com toda a força possível no mar próximo a ilha. E meu corpo mergulha. Por sorte, as armas apontam apenas para cima.

Nado até a areia do local, saindo do mar completamente ensopado. Olho para o local, e vejo alguns soldados correndo para dentro da floresta.

"Pedro!" - ouço o grito de David, que corre até mim na areia escaldante.

"O que houve com o Carlos?" - indago.

"Ele abriu o paraquedas e... Enquanto descia com lentidão, foi acertado." - explica David, em tom neutro. - "Ainda bem que nada disso é real." - suspira ele.

"E o tenente Homes?".

"Entrou com alguns novatos pela floresta, estão indo para a mansão." - fala David, que logo faz uma expressão enigmática. - "O que fazemos agora?".

"Iremos entrar na floresta, e logo após na mansão." - murmuro em seriedade. - "E iremos apertar na droga do botão.".

"Isso." - um sorriso se forma em David. - "Vamos."


Notas Finais


Vou tentar postar até o capítulo 8 hoje, fiquem atentos <3


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