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História Vizinho Misterioso - Capítulo 2


Escrita por: LaaiChan

Capítulo 3 - Capítulo 2


And it's no sacrifice

Just a simple word

It's two hearts living

In two separate worlds

( Sacrifice - Elton John )

× × × ×

  —  Porque raios estamos indo para a sua casa, Zumach? — Disse levemente irritada com toda a situação

Eu estava irada. Como assim estávamos indo para a casa dele? Quem ele pensa que é pra simplesmente tomar as decisões sem ter ao menos, o meu consentimento? Esse homem é muito repugnante mesmo.

Ele consegue me tirar do sério.

  — Será que dá pra responder a porra da minha pergunta? —  Disse sem paciência

—  Será que dá pra você calar a porra da boca? — Ele disse friamente sem ao menos me olhar nos olhos

— Vem cá seu estúpido, quem você acha que é pra falar desse jeito comigo? — Digo incrédula — Não sou as vagabundas que tu soca nessa porra de carro, leva pra tua casa, e fode como se não houvesse amanhã — Finalizo ironicamente.

Ele simplesmente me ignora. Novamente. Por fim, encosto a minha cabeça na janela do carro, e resolvo me calar, afinal, ele não iria me responder mesmo. Só queria saber que raios a gente iria fazer na casa dele, se bem que ele estaria me fazendo um favor, já que o mesmo é o meu vizinho.

Seguimos o trajeto todo em silêncio, afinal, eu havia me calado, e eu não posso esperar algo vindo de Zumach. Adentramos a casa dele sem dizer uma única palavra. Me dirijo em direção ao sofá, e por lá eu fico. O mesmo sobe as escadas de sua casa sem ao menos me falar para onde ia, não que isso me importasse, afinal, ele não me devia satisfações, mas naquele momento, ele me arrasta para a casa dele, sem me dizer o porquê e simplesmente vai ficar nessa?

Realmente, eu não entendo esse cara.

Ele não me deu um bom motivo para eu estar ali ainda. Ele me tirou da festa, Sophia ficaria mega preocupada comigo, resolvo então lhe mandar uma mensagem.

" Soph, eu já sai dai, estou na casa de Zumach, não fique preocupada, amanhã eu prometo, lhe explicarei tudo que quiser saber " 

Guardo meu celular novamente no meu bolso, e encosto a minha cabeça no sofá, porra, ele está fazendo o que lá em cima?

Resolvo sair à procura da nossa linda Cinderela que demora séculos para simplesmente descer a porra de uma escada e me dizer o que estava acontecendo.

Subo as escadas, olho para o corredor, e fico perdida. Eram várias portas, mas tinha uma semiaberta, e eu nada curiosa resolvo ir até lá.

Como o local estava totalmente silencioso resolvo adentrar. Era um quarto, bonito.

Será o de Zumach? Até que ele não tem um mal gosto.

No quarto tinha uma cama de casal, as paredes eram em um tom de cinza escuro, tinha uma TV com uma escrivaninha, e havia uma suíte também.

Nada mal, Zumach.

Uma foto me chamara atenção, nela, tinha uma moça bonita, branca, com os cabelos longos e pretos e aqueles orbes azuis que tanto me lembrara Peter. A moça abraçava um menino pequeno, com os mesmo orbes intensos e maravilhosos dela. Seria Peter ali? Todos os meus pensamentos são tirados quando escuto uma voz fria e uma presença muito próxima a mim.

  —  O que está fazendo, Schulz?

Eu olho para trás com um certo medo dele, ele estava me olhando com uma cara nada agradável, abro e fecho a boca sem saber o que lhe responder

— Quem te deu o direito de entrar aqui? — Ele diz novamente.

E mais uma vez, eu não sabia o que lhe responder. Eu simplesmente entrei ali por entrar, eu ainda estava com o retrato na minha mão, e ele olhava para ele com uma cara nada boa. Ora olhando o retrato, ora olhando o meu rosto.

É, eu estava encrencada.

— Responda-me, Alice! — Ele aumenta o tom de voz comigo, fazendo com que todos os pelos do meu corpo se eriçarem.

Apenas abaixo a cabeça, sem resposta para lhe dar, sei que foi errado da minha parte, entrar no quarto dele e ainda ficar mexendo aonde eu não deveria, mas pra que aquele show todo?

— Eu te fiz uma pergunta, responda-me — Ele diz pausadamente e seco.

— Eu não sei, tá legal? — Consigo dizer quase inaudível

Ah mais que praga de homem, porque raios eu fiquei assim? Desde quando, eu, Alice, abaixo a cabeça pra alguém?

— Porque raios me trouxe aqui? — Digo me recompondo.

— Não estou te prendendo, quiser ir embora, vá até a porta e suma — Ele diz friamente — Sua casa é ao lado mesmo, não estou fazendo questão da sua presença aqui.

— Como é que é?! — Digo um tanto incrédula com o que ele acabara de me dizer — Você me trás pra porra da sua casa, pra me soltar isso? Vá se foder Peter.

Saio do quarto esbarrando em seus ombros, e desço as escadas.

Chega, ele já tinha me tirado do sério, quem ele pensa que é pra falar comigo daquele jeito? Se fosse pra simplesmente me expulsar, ou jogar essas baboseiras na minha cara, era melhor ter me deixado na festa com a Sophia, ou simplesmente sozinha.

Deveria ter seguido o conselho de Soph. Não deveria nem ter dirigido a palavra a esse brutamontes do caralho.

Uma hora ele me trata bem. Bem entre aspas. Me trata com menas ignorância e arrogância. Outra, ele me taca o foda-se, e tanto faz. Ele tinha conseguido me tirar do sério. Completamente. Estava a ponto de mandar ele tomar no cu e ir pra puta que pariu, então, resolvi me retirar daquela porra que ele chama de casa e ir diretamente para a minha. Até teria feito isso, mas paro em frente a porta, segurando a maçaneta quando ouço aquela voz que tanto ficava em minha cabeça.

  — Se eu fosse você, eu não faria isso.

 —  Qual é a sua Zumach? Você simplesmente acabou de jogar um balde de água fria em mim, praticamente me expulsou e agora está dizendo que eu não deveria ir embora? — Digo irônica — Quer saber, vá pro inferno, tá legal? Vê se me esquece um pouco, e eu faço se eu quiser, não lembro de você ser meu Pai ou a minha Mãe pra tentar mandar em mim desse jeito.

— Hm.

Ele diz e eu reviro os olhos. Cruzo os braços diante dos meus peitos, e mordo os lábios me praguejando por não ter saído daquela casa ainda.

— Porque eu deveria ficar? — Digo olhando para ele e em seguida mordendo levemente os lábios

Merda Alice, mil vezes merda.

Esse cara já me tirou do sério, porque ele simplesmente não some?

— Porra Alice, não me tente! — Ele diz raivoso

— Vá pro inferno, Peter. — Digo saindo daquela casa.

× × × ×

— Quantas vezes eu vou ter que te dizer que não aconteceu nada Sophia? — Digo sem paciência para a loira que estava louca do outro lado da linha certa preocupação.

— Como não aconteceu nada, Alice?! — Diz ela incrédula —  Você estava na casa de Peter, entendeu? De Peter!

— Nossa, falando assim, até parece que ele é um famoso que me convidou pra adentrar a sua casa — Digo revirando

— Não exagere Alice, mas afinal, o que tá rolando entre vocês dois? — Já consegui imaginar que ela estava com um sorriso do Coringa do outro lado da linha.

Minha melhor amiga é uma idiota.

Nada menos a esperar vindo de Sophia, tempo atrás estava me falando para não me aproximar dele, agora, praticamente se eu falar que vou casar com ele, ela desmaia de emoção.

  —  Não tá rolando nada, Sophia — Digo suspirando — Ele é apenas um vizinho idiota, o qual eu nunca deveria nem ter conversado.

Parando pra pensar, não foi totalmente minha culpa, afinal, quem veio me salvar aquele dia na festa, foi ele.

Eu não tinha pedido ajuda de ninguém, eu teria certa dificuldade pra me livrar daqueles três, mas sei que no final das contas eu iria conseguir, afinal, eu não sou nenhuma quadrada que não saiba defender a própria pele.

Ele poderia ter ficado na dele, sem me irritar, ou ao menos, ter botado medo naquele três, assim, não teríamos nos conhecido, apenas nos visto, porque infelizmente ou felizmente, ele é o meu vizinho. Peter não é uma pessoa amigável, ele havia me dito isso, e eu trouxa, ainda insisti em algo que nem deveria ter começado.

— Vou desligar aqui, depois no falamos — Digo pra ela —  Beijos.

Me deito no sofá e pego o Shark pra ficar comigo.

Sim, eu havia ficado com o Bull Terrier, que ele arremessou nos meus braços aquele dia. Shark era um tanto fofo, adorava carinho, e especialmente dormir em cima de minha barriga.

Pelo menos uma coisa de bom aquele estúpido havia feito.

Olho para Shark e vejo que o mesmo está adormecido na minha barriga, e por fim, acabado adormecendo junto com ele.

× × × ×

  — Shark! — Digo pela milésima vez — Onde você se meteu cachorro — Digo preocupada

Quando acordei, Shark não estava mais comigo, ele havia simplesmente sumido e eu já tinha revirado a casa de cabeça pra baixo e cheguei a conclusão de que ele realmente não estava mais ali.

Shark pode ser pequeno, mas não é invisível, vou em direção a porta e algo me deixa perplexa.

A porta estava entreaberta.

Ótimo, que raios! Aonde é que esse cachorrinho foi se meter?

Saio de casa e olho em volta, olho para o chão e Bingo!

O chão estava marcado por patinhas bem pequeninas. Sem dúvidas, era as do Shark.

Mas o problema não era esse. O problema é que a trilha de patinhas terminava no último lugar que eu queria entrar agora.

Na casa dele. 

Porra Shark, tantas casas por aqui, e você tem que se meter logo na casa desse estrupício? 

Eu mereço, já basta ter saído em disparada da casa desse bosta, e agora vou ter que perturbá-lo.

Bato na porta duas vezes e a mesma já é aberta de imediato.

Quando a mesma é aberta, nossa.

Peter me recebe apenas com uma toalha amarrada na cintura.

Fico perdida olhando para aquele peitoral nu e másculo.

  — Quer um babador? — Ele diz seco

 — Vá se foder, Peter — Reviro os olhos

 — A que devo a honra de sua visita? — Diz irônico.

 — Shark está por aqui? — Suspiro — Ele fugiu e tudo indica que ele está aqui.

 — Está dormindo na minha cama.

 — Posso vê-lo? — Digo preocupada. Eu gostava bastante dele, apesar de pouco tempo de convivência.

 — Vá, estou te impedindo? — Diz ele frio, como sempre.

  —  Não vá me convidar pra entrar? — Digo

O mesmo não diz nada, apenas sai da frente da porta me dando uma brecha pra entrar. Reviro os olhos e passo, esbarrando nele e sentindo aquele perfume, novamente, que me deixa totalmente inebriada por ele.

Que droga de homem, vai se foder!

Subo as escadas e vou em direção ao seu quarto, afinal, eu já sabia o caminho. Entro e vejo Shark deitadinho, encolhidinho em uma parte da cama.

A cama estava bem bagunçada, Zumach estava deitado ao lado de Shark? Interessante.

— Estou com dó de acordá-lo — Digo depois de sentir a presença de Zumach no quarto.

— Hm.

Viro para trás e vejo que o mesmo ainda está apenas de toalha.

Que saco, ele não pode simplesmente se vestir?

—  Porque você não vai se vestir? — Digo levemente irritada

Ele consegue me tirar do sério.

Não consigo passar cinco minutos ao lado dele, sem ao menos ele me irritar. O tempo que estamos juntos, não tem como ter paz, a gente briga a todo instante.

— Porque? Não gosta do que vê — Diz desinteressado

—  Eu já mandei você se foder hoje, Peter? — Digo irônica.

—  E eu já não lhe disse pra parar de me tentar, Alice?

— Não estou fazendo nada. — Digo dando ombros.

—  O que te leva a pensar isso? — Diz se aproximando lentamente de mim.

Vou indo para trás a cada passo a frente que ele dava, até simplesmente bater na parede fria do seu quarto.

Agora sim, estou mais do que fodida.

— Tá com medo, Schulz? — Diz sarcasticamente 

—  Não tenho medo de você, Zumach — Digo na mesma.

O mesmo estava muito próximo de mim, seus dois braços estavam sustentando o seu corpo, pois estava ao lado de minha cabeça. Ele me olhava nos olhos, e eu dava graças a Deus por estar escuro, devo estar no mínimo corada.

A única coisa que dava pra ver era os seus incríveis olhos azuis penetrantes, os quais eu não conseguia desviar o olhar.

  —  O que você quer — Digo baixinho

 — Não sei, o que eu quero, Schulz? — Ele sussurra ao pé do meu ouvido

 — Sai, Zumach — Tento afastá-lo, porém, foi em vão. Eu não tinha forças para tal ato.

 —  Porque deveria?

 — Isso não é certo, Peter! — Digo arfando.

 —  Não estamos fazendo nada demais, Alice — Ele diz friamente —  Porque tanto desespero?

 — Você é louco — Digo tentando afastá-lo novamente — Sai, Peter!

O mesmo me ignora novamente, e coloca a cabeça na curva do meu pescoço, me puxa para si, e aperta fortemente na cintura. Ele estava praticamente me abraçando?!

— Peter.. — Me praguejo mentalmente por dizer o nome dele tão sexy e desejável, e pra piorar, isso não tinha passado despercebido pelo mesmo, que ao ouvir seu nome, deposita um beijo cálido no meu pescoço

Pelos Deuses, que homem é esse?

Eu preciso sair daqui, agora.

Ele me empurra com tudo contra a parede, me fazendo soltar um gemido, e o pior, não foi de reprovação, e sim de prazer, o que o deixou um tanto feliz. Começa a roçar seus lábios na minha bochecha, morde o lóbulo da minha orelha antes de dizer

— O que você quer, Alice? — Sussurra

— Ir embora Peter, por favor — Digo arfando

— Resposta errada, Schulz.

Dito isso, o mesmo ataca os meu lábios ferozmente, havia desejado esse momento por tempos, e por Deus! É bem mais maravilhoso do que eu imaginava.

Mas não queria ceder, tento o empurrar, começo a bater em seu peito, mas o mesmo não se intimida com meu ato, aperta um pouco a minha cintura, e eu sem mais forças, me entrego aquele beijo, levando uma de minhas mãos ao seu pescoço e a outra a seu cabelo, onde dou leves puxadas fazendo com que o mesmo dê uns gemidos de satisfação.

Ele me pega no colo, entrelaço minhas pernas em sua cintura, e o mesmo vai andando até me sentar em uma escrivaninha, onde abre minhas pernas e se encaixa perfeitamente entre mim sem cessar o beijo.

As nossas línguas travavam uma batalha perfeita, ele explorara cada canto de minha boca, por algum motivo, eu poderia ficar ali para sempre, sem me importar com qualquer coisa. Ele aperta minha coxa, me fazendo dar um breve gemido, e assim, acordando pra realidade. Já estava indo longe demais.

O afasto, e ele percebe, assim, cessa o beijo.

— Peter, não — Digo sem fôlego

—  Hm.

— Porque você é tão estranho? — Digo irritada ainda com o mesmo entre minhas pernas — Você acaba de me beijar e depois me trata tacando o foda-se?

—  Foi apenas um simples beijo, Alice — Ele diz friamente e com a maior naturalidade do mundo.

Eu ouvi bem? Ele acaba de me beijar e me diz que foi apenas um simples beijo?

Agora sim, já chega. Pego o Shark no colo, e sigo em direção a porta.

— Aonde você vai? — Ele diz seco

— Pra minha casa. — Digo sem olhar para trás.

—  Hm.

— Vá se foder, Peter. — Digo antes de sair. 



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