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História Vizinho Misterioso - Capítulo 3


Escrita por: LaaiChan

Notas do Autor


Gentee, não me matem por favor, eu estava muito sem tempo e criatividade, então dei meio que uma parada com a fic, mas eu quero a opinião de vocês, certo?
Querem que eu a continue?
Um capítulo fresquinho saindo pra vocês!
Beijos
Laai ♥

Capítulo 4 - Capítulo 3


Insônia. Mal estar. Irritada todas as vinte e quatro horas do dia, é assim que eu me sinto desde que conheci aquele otário, se é que posso o chamar de otário, já que o mesmo é mais baixo do que tal palavra.
Eu estava me corroendo. Aquilo estava me matando. Eu fiquei bolada por um simples beijo. Mas é aí que você se engana. Não foi um simples beijo, ele simplesmente me USOU. Eu não sou essas vagabundas que ele come e depois despacha da sua casa como se fosse o lixo de toda manhã que o caminhão passa e pega, porra!

- Mar, aonde você tá? – Digo ainda embriagada de sono.

- Que porra é isso, Alice? – Diz intrigado – Que porra aconteceu com você?

- Nada, eu só não dormi muito bem, responde logo a merda da pergunta.

- Ai que estresse viu. Eu estou na casa da Soph, vem pra cá logo.

“Soph, o Mar está na sua casa?”

Mando um SMS pra Sophia pra confirmar se ele estava lá mesmo, Marcus sempre foi de tirar onda com a minha cara, e eu não estava bem humorada pra uma brincadeira logo as 09h30min da manhã.

“Vadia, cretina! Além de linguaruda não confia no próprio amigo, vá pro inferno Schulz!”

Qual é a desse povo de sempre me mandar pro inferno? Eu não quero me lembrar daquele ogro e o meu melhor amigo me faz essa gentileza, ótimo.

E o medo de sair de casa e dar de cara com ele?

Apenas ignoro os meus pensamentos, pego Shark no colo e saio de casa dando tchau a minha tia, falando pra onde eu iria e que, provavelmente, iria demorar.

E como eu atirei pedra na Cruz, sim, o ordinário estava em frente a sua casa, mexendo em seu carro de bosta e logo quando me viu, me lançou aquele olhar frio que só ele consegue ter e me fazer arrepiar-me por inteira.

Ó, Jeová, o que euzinha aqui fiz para merecer isso?

Apenas reviro os olhos para o mesmo andando com Shark. Comecei a me amarrar na bolinha de pelo, então sempre que eu podia, o levava para o mesmo andar um pouco. Ele amava isso.

- Shark, vá fazer suas necessidades coisa fofa, na casa da tia Soph ela lhe arranca a alma! – Diz rindo, conversando com o pequeno que apenas abanava o seu pequeno rabinho e latia para a dona.

Começo a olhar pra trás, pra ver se vejo o troglodita ainda, mas nenhum sinal dele. Dou graças a Deus por isso, mas tudo que é bom dura pouco, assim como a minha paz e paciência.

- Procurando alguma coisa, Schulz? – Diz àquela voz que tanto vinha me tirando o sossego nesses últimos dias.

- Porque você não cuida da sua própria vida, Zumach? – Digo explodindo logo de cara – Vai se foder cara! Deixa-me em paz por pelo menos um dia, eu não posso nem sair na porra da rua que eu tenho que dar de cara com você, seu ogro do caralho.

- Hm.

- Dois caralho, agora sai daqui vai, some. – Digo irritada – Shark, vamos amor!

Vejo o pequenino vir em minha direção, coloco a corrente em sua coleira novamente, e começo a andar, ignorando totalmente a presença daquele ser desprezível.

- ♠ -

- Que festa é essa que vocês tanto falam em Soph?

- Ah Alice, é a festa daquele moreno sabe? Aquele que se formou com a gente, lembra dele?

- Ah claro, o Kaique.

- Isso garota – Diz ela rindo – Eu e Marcus iremos, sem dúvidas, você sabe, nunca perdemos uma festa por mais bosta que ela for.

- Acho que eu sei disso né, já que eu sou arrastada por vocês em todas – Digo revirando os olhos.

- Ah, que dó, ela nem gosta Mar, ela odeia ir com a gente – Ela começa zombando de mim – Ela chora a noite toda na festa, chora de tão bêbada que fica. Você tem que ver Ali, você não se aguenta em pé. Tem vezes que eu me preocupo seriamente com você gata.

- Me poupe, nos poupe Sophia – Digo sem paciência já.

- Ih, coé minha filha? Acordou com o pé esquerdo hoje? Ou melhor, Zumach te deixou assim né? – Ela começa a rir.

Olho pra cara dela sem um pingo de ar de graça, ela percebeu que eu não estava bem quando se tratava dele.

- O que aconteceu Alice? Porque você tá tão estranha assim quando falamos do Peter?

- Não quero falar sobre isso, tá legal? Que horas vai ser essa bosta de festa?

- Bom eu e o Mar já ia se trocar, começa daqui à uma hora – Diz sorrindo.

Começo a me preparar pra ir, afinal, em casa é que eu não iria ficar. Coloco uma roupa básica, um shorts, uma blusa soltinha e apenas espero as duas Cinderelas se arrumar.

Será que ele vai estar lá?

Sou tirada dos meus pensamentos, o meu celular apitou.

“Numero desconhecido: Nos veremos hoje, Schulz.”

Aquilo fora a gota d’água pra mim, que buceta, porque eu não tenho paz? Reviro os olhos antes de lhe responder.

“Pro raio que te parta Peter! Você me ama tanto assim a ponto de não me esquecer por um mísero segundo?”

Ele me tirava do sério. Ele conseguia tirar totalmente o meu juízo apenas com suas palavras. Ele me irritava ao extremo, olhar pra ele já era sinônimo de raiva, e isso estava me consumindo cada vez mais.

“Apenas te encontro lá, escrota.”

É, acho que minha pergunta foi respondida. Nem mesmo na festa, eu terei a paz que eu estava desejando.

- ♠ -

- Ali, se solta, o que aconteceu com você em? – Diz Soph, já meio alegrinha por conta dos três copos de vodca tomados.

- Tá tudo bem Soph, estou bem com o meu refrigerante aqui. – Digo revirando os olhos – Vá falar com o Marcus, ele estava te procurando – Minto.

- Ceeeeerto! Marcusssssss- Sai gritando pela festa, atraindo alguns olhares e risos.

Começo a dar mais umas bebericadas no meu refrigerante. Exatamente, refrigerante. Queria ficar totalmente sóbria hoje, não queria acordar com ressaca ou com uma escola de samba na minha cabeça no dia seguinte, então apenas evitei.

Começo a observar a pista de dança, e vejo que tem gente suada pra todo lado, cheiro de sexo e de bebida em todos os cantos. A festa estava um nojo, isso sim. Em cada canto que você olhasse, tinha algum casalzinho de quinta se pegando. Apenas fiquei ali sentada no banco próximo ao bar, vendo o barman servir todos que apareciam por ali.

Começo a me sentir observada, e isso acaba me deixando desconcentrada. Eu odeio ser olhada, nunca gostei de ser o centro das atenções. É uma coisa que não faz o meu tipo, e nem combina comigo.

Olho pra trás e vejo quem eu menos queria ver naquela noite.

- Ah para, nem abre a boca pra falar nada, por favor – Já peço antes de tudo – Eu to de boa aqui com o meu refrigerante e quero continuar assim se possível, obrigada.

- Sério? – Ele começa sarcástico – Pena que eu não ligo para o que você quer, não é mesmo?

- Já foi se foder hoje, Peter? Pois eu acho que já o mandei.

- Menos de meia dúzia de palavras trocadas e você consegue me tirar do sério. Escrota, tsc.

Levanto e me coloco na frente dele, apontando o dedo em sua cara com uma fúria imparável.

- Olha aqui seu otário de quinta – Coloco o dedo em seu peito – Você me deixa quieta, tá me entendendo? Eu não quero ver mais a sua cara por hoje, porque não é só você que perde a paciência, aliás, eu já não a tenho depois que você tirou a paz da minha vida. Então vá pro inferno seu idiota, porque quem vem atrás de mim nessa merda toda é você!

Digo e sem esperar uma resposta me viro para sair dali no mesmo instante. Mas o mesmo segura fortemente o meu pulso, apertando-o tão forte a ponto de me machucar. Lanço um olhar pra ele, e ele me lança um pior ainda, arrepiando todos os pelos do meu corpo.

- Você vê o jeito que tu fala comigo Alice. – Diz ele sério – Eu não sou seus amiguinhos, ou os caras que você tem uma foda sem graça e escrota, entendeu? Então não vem dar uma de bipolar pra cima de mim, porque eu sou tripolar.

- Foda-se você – Digo cuspindo as palavras em sua cara.

- Repete Schulz.

Me solto do seu aperto, e começo a ir em direção a saída. Ia pedir um táxi pra ir pra casa, mas aqueles braços másculos me pegam e me jogam dentro do carro.

Novamente, cá estamos nós. No carro do troglodita, é o destino, claro.

- Abre essa porra de porta Zumach – Digo esbravejando e espumando ódio pelos olhos.

- Quietinha Schulz, apenas cale a boca e se sinta agradecida por eu estar te levando pra casa.

Em um piscar de olhos, passei por cima dele, tentando chegar ao controle automático do carro, do lado da porta dele, pra destravar as portas e sair daquele carro o mais rápido possível, mas o mesmo foi mais rápido, freou e parou o carro em um segundo, e no outro eu estava em seu colo, com suas grandes mãos em minha pequena cintura.

- Tire suas mãos de mim – Digo arfando – Eu não pedi a merda da sua carona, pode enfiar ela no seu c-

- Eu mandei você calar a boca. – Diz me interrompendo.

- Você não manda em porra nenhuma, se toca Peter. Você acha o que? Que vamos transar loucamente nesse carro? Que eu vou me entregar que nem todas as outras que você comeu e jogou fora? – Digo brava e triste – Você acha que eu sou esse tipo de pessoa? Desculpa, mas você não me conhece e eu ficarei melhor se não me conhecer, assim, eu não te conheço também, e não passaremos de estranhos um para o outro, certo?

Dito isso, tentei sair de seu colo, porém, não deu muito certo. Ele era muito mais forte. Como estrago, acabei me remexendo em seu colo, acordando o seu querido amiguinho, deixando um gemido escapar dos meus lábios pela pressão que ele fez em minha intimidade, seguido de um gemido de Peter pela excitação.

- Me deixe sair desse carro agora, isso não é um pedido Peter- Digo baixinho.

- Hm.

Brava, apenas clico no controle, com toda força saio de seu colo e de seu carro, e começo a andar pela rua, de madrugada, enquanto o mesmo me olha por dentro do carro, sem reação alguma do que eu tinha acabado de fazer.

Ele sai do carro, vem em minha direção e segura meu pulso.

- Qual é porra! Compra uma algema logo e coloca uma no seu braço e uma no meu já que gosta tanto de ficar me prendendo a ti – Digo irônica – Que saco velho, eu não quero a sua carona, eu fui clara?

Ele apenas me olha friamente e me arrasta pro carro novamente, e antes que eu pudesse brigar com ele, respingos de chuva começam a embaçar o vidro, tornando-se cada vez mais forte.

O caminho todo fomos em silêncio, chegando ele estacionou na sua garagem, e novamente eu estava na casa dele. Eu até pensei em ir pra casa, mas a chuva estava muito forte, apesar de morar ao lado, iria chegar em casa ensopada e talvez pegasse um resfriado dos bravos.

- Se quiser tomar banho, segundo andar, terceira porta a esquerda – Diz ele sem emoção alguma em sua voz.

Vou em direção ao banheiro, todo um banho rápido, sem abusar muito de seus produtos e me deito na cama de um quarto em que ele me pediu pra ficar. Comecei a pensar nele. Mesmo tentando negar, ele estava mexendo comigo de uma forma que ninguém jamais conseguiu, até porque eu nunca tinha deixado homem nenhum me tocar. Eu era apenas uma garota simplista e que não sabia nada sobre amor ou coisas do tipo. Eu nunca passei de beijos com alguém, e as vezes pensar em algo a mais com o Peter, me acendia um fogo que eu não sei de onde saia.

Do nada Peter entra no quarto.

- O que faz aqui? – Digo baixinho.

- Este é o meu quarto, Alice.

- Ah, desculpe, você pediu pra eu ficar aqui, mas eu durmo no sofá, ou sei lá – Digo envergonhada.

- Não Alice, passará a noite comigo hoje. 



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