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História Good Boy - Um dia com o Tae


Escrita por: MKimjin e kimiejeon

Notas do Autor


Oin,
Gente, eu pretendi postar mais cedo, mas imprevistos acontecem e sabem como é né..
Enfim, boa leitura!
Beijs

Capítulo 10 - Um dia com o Tae


Fanfic / Fanfiction Good Boy - Um dia com o Tae

Encontrei Taehyung encostado numa pilastra na entrada do shopping, ele estava com as pernas cruzadas, distraído, mexendo no celular. Para variar, ele estava muito lindo: usava uma calça jeans escura com uma dobra na barra, um coturno avermelhado, uma camisa listrada de preto e vermelho, uma jaqueta preta com as mangas dobradas até à metade do antebraço, tinha vários anéis nos dedos e seu cabelo estava um pouco molhado.

— Cheguei. – O ruivo levantou seu olhar para mim.

— Ei, Kookie. – Deu um sorriso, depositou um beijo no canto da minha boca e me abraçou forte. Ele se afastou e me fitou de cima a baixo. — Nossa, você está muito lindo.

— Gostou? – Perguntei. – E você está muito sexy. – Ele corou. – Onde vamos comer, Tae? – Perguntei quando começamos a andar.

— Huum, eu queria te levar para experimentar uma coisa diferente. Posso?

— Pode. Confio em você. – Dei um sorriso e lado.

— Então vamos. – Eu peguei na mão dele o fazendo ficar sem graça.

— Você se importa? – Perguntei.

— Não, claro que não. – Ele sorriu e entrelaçou nossos dedos.

Fomos andando pelo shopping até encontrar a praça de alimentação. Tae me puxou para um lugar chamado “Brazilicious”.

— Então, vamos comer uma comida brasileira? Eu não sei se as comidas daqui são tão gostosas quanto as de lá, mas vamos experimentar?

— Olha, se a comida é boa, eu não sei. Mas que o cheiro está divino, ele está.

Nós escolhemos uma mesa que ficava perto de uma das janelas do lugar. Um garçom se aproximou, nos entregou dois cardápios e depois se afastou.

— Nossa, Kookie, tem uma coisa aqui que eu comi bastante lá no Brasil, e é muito gostoso.

— E essa coisa seria?

— Feijão tropeiro. Olha, tem várias coisas e é muito saboroso. – Tae me mostrou a foto que tinha no cardápio e me explicou resumidamente como que era o tal feijão tropeiro.

— Então vamos comer isso mesmo.

Taehyung chamou o garçom:

— Por favor, nós vamos querer uma porção dessa de feijão tropeiro, arroz e o que você tem de carne?

— Nós temos churrasco, senhor. – Respondeu o garçom.

— Ok, então pode trazer churrasco também. Pode ser? – Ele me perguntou e eu fiz que sim com a cabeça.

O garçom anotou os pedidos.

— E para beber, vocês vão querer o quê?

— Bem, eu não posso beber porque estou dirigindo, então me traga um suco de laranja com acabaxi. E você quer o quê, Jungkook?

— Vou te acompanhar no suco de laranja com abacaxi.

— Tudo bem senhores, pedido anotado. Agora, vocês vão fazer o seguinte: — ele abaixou um pouco e entregou um papel para o Tae. – Vocês vão marcar para mim aqui nesse papel, como que vocês querem o feijão de vocês. Têm vários tipos de ingredientes que vocês podem escolher. Vocês montam o feijão de sua preferência e nós fazemos.

— Tae, pode escolher aí o que você vai querer, porque eu não conheço nada mesmo. – Dei uma risada.

O ruivo marcou as coisas que ele iria querer e entregou o papel para o garçom que se afastou.

Nós ficamos ali jogando conversa fora por um tempinho, Tae ficou me contando as coisas legais que aconteceram na viagem, eu fiquei contando as coisas que aconteceram aqui enquanto ele estava fora e logo o garçom chegou com a nossa comida.

— Nossa, de fato, isso é muito gostoso. Caramba, Tae. – Eu fiquei encantado com aquilo. Como podia ser tão gostoso?

— Você precisa de ver o Jin preparando isso. – Ele sorriu.

— Eu imagino. Jin cozinha muito bem.

— Lá no Brasil, quase todo dia, era ele que fazia as comidas para nós.

— Que sorte. – Nós dois rimos e voltamos a comer.

Eu fiquei pensando, como que eu nunca vim comer aqui? Essa comida é muito gostosa. Depois que comemos, Tae me perguntou:

— O que você quer de sobremesa, Kookie?

— Tae, sinceramente, não consigo comer mais nada. Olha isso. – Coloquei a mão por cima da barriga e nós ficamos rindo.

— Ah não Kookie, deixa eu pedir algo?

— Tae, pede só para você. – Ele fez bico para mim. – Ah, está bem. Mas pede algo pequeno.

Ele deu aquele sorriso retangular, levantou e foi atrás do garçom. Pouco tempo depois, chega o Tae na mesa com duas taças com uma coisa amarela lá dentro.

— Mas o que é isso, Taehyung?

— Mousse de maracujá. Depois que você provar isso, não vai parar de pensar nele nunca mais. – Tae pegou um pouco com uma das colherzinhas e colocou na minha boca.

— Meu Deus. Como assim, uma coisa pode começar azeda e depois ficar doce e depois azeda de novo?

— Está vendo? – Ele sorriu. – Lá, essa sobremesa é considerada muito simples de fazer. Mas é uma delícia.

— E como. – Enquanto eu comia igual a uma criança, Tae ficava rindo da minha cara.

— Tem uma sujeirinha aqui, Jungkook. – Tae se levantou e curvou-se sobre a mesa lambendo o cantinho da minha boca.

— Taehyung, você está doido? – Perguntei envergonhado. Tae riu:

— Eu não estou doido, Kookie. Eu sou doido. – Disse ele, ainda rindo da minha cara de assustado.


 

Saímos do restaurante e fomos dar voltas pelo shopping. Até que Kim Taehyung avista uma pista de patinação no gelo e me olha esperançoso.

— Vamos? – Ele quase grita.

— Tae, eu não sei patinar no gelo.

— Eu te ajudo. Vamos, por favor? – Vendo ele pedindo daquele jeito, como eu podia recusar?

— Ai, tá bom.

Eu fui literalmente arrastado por ele até a pista. O rapaz que trabalhava lá, nos entregou os patins com nossos respectivos números e os equipamentos de segurança.

— Taehyung, se eu cair e me machucar, eu vou fazer você se arrepender pelo resto da sua vida por ter feito eu vir aqui.

— Jungkook, relaxa. Eu estou aqui. Te prometo que não vou deixar você se machucar. — Ele me deu um beijo na testa e me ajudou a entrar na pista. – Vem Kookie. Segura nas beiradinhas.

Tae foi me guiando pelas beiradinhas, até que eu me acostumasse com o ambiente. Depois ele foi me ajudando a ir mais para o centro e nós dois ficamos ali por muito tempo brincando de patinador.

De repente, alguém passa correndo atrás de mim e me faz perder o equilíbrio. Eu juro que não sei como que Taehyung chegou perto de mim tão rápido, mas ele agarrou minha cintura e me segurou junto dele.

— Olha para onde você anda. – Ele gritou para a pessoa.

— Ah, tira seu namoradinho do meio do caminho. – Um homem um pouco mais baixo que ele se aproximou.

— Meu amigo, você sabe com quem você está falando?  — O baixinho arregalou os olhos para o Tae. — Se eu quiser, você perde seu emprego e não arruma outro nunca mais na sua vida. Agora some da minha frente. – Eu não sei porque que o homem obedeceu, mas ele foi embora.

Tae se virou para mim e chegou bem perto do meu rosto:

— Você está bem, Kookie?

— Estou... – O ruivo continuou se aproximando de mim e quando ia me beijar, o funcionário que havia nos entregado os patins, nos chamou e disse que o tempo tinha acabado.

Tae me ajudou a sair da pista, nós trocamos os sapatos e decidimos ir embora. Ele ficou bem calado então eu perguntei.

— Tae, por que você conseguiria fazer aquele homem perder o emprego? –

— Você viu que ele estava de uniforme de trabalho? – Ele suspirou e me olhou.

— Sim...

— Então, aquela é uma das empresas dos meus pais. – Ele me pareceu um pouco chateado.

— O que foi?

— Sabe, eu precisava dar limite para aquele idiota, mas eu não gosto de fazer isso que eu fiz. Não gosto de me gabar, muito menos por algo que não é meu.

— Não é seu, mas vai ser. Você só está tomando conta.

— E você podia ter se machucado... desculpa. – Tae fitou o chão e eu parei de frente para ele levantando seu queixo o fazendo olhar para mim.

— Eu podia, mas não me machuquei. Você cuidou de mim, como prometeu.

Taehyung passou os braços pela minha cintura me puxando para ele e selou nossos lábios. Passei os braços pelo seu pescoço o abraçando, pedi passagem com a língua e ele logo permitiu. Acho que ele se lembrou que nós estávamos no meio do estacionamento e parou o beijo.

— Nós vamos ser atropelados, Kookie. – Ele sorriu.

— Era isso que eu queria. – Tae me afastou e arregalou os olhos.

— Queria que nós fôssemos atropelados?

— Não – Eu comecei a rir. – Queria ver você sorrindo de novo. – Dei um selinho nele e nós voltamos a andar.

Chegamos no carro, entramos e ficamos lá um olhando para a cara do outro.

— O que vamos fazer agora? – Ele perguntou.

— Huuum... já sei. Já foi naquele parquinho que tem aqui perto? – Perguntei animado.

— Não...

— Então vamos lá. Lá é muito agradável.

— Você quem manda.

Taehyung arrancou o carro e rapidinho nós chegamos no parquinho. — No meio do caminho, aproveitei para visar o Jimin sobre ir na casa do Nam.-  O parquinho não é um parque de diversões, ele é um parque ecológico. Tem muita grama, tem um laguinho, lugar para andar de bicicleta, árvores...

— Eu costumava vir aqui com meus pais quando eu era pequeno. – Eu disse quando nos sentamos num banquinho de madeira.

— E por que não vem mais? – Ele perguntou. – Ainda dá para fazer um passeio em família.

— Meus pais são separados, Tae.

— Ah, me desculpe, Kookie.  Não quis ser indelicado.

— Não, tudo bem. Eles se separaram quando eu tinha dez anos. Meu pai era muito ciumento e brigava muito com minha mãe. Chegou num ponto, que ela não aguentou mais e pediu divórcio.

— E seu pai? Onde ele está?

— Foi morar em Busan. Só vejo ele nas férias.

— Entendi...

— É por isso que eu tenho ódio de toda e qualquer briguinha por ciúmes. Eu sofri muito com a separação dos meus pais e não quero passar por isso de novo.

O mais velho ficou ali me ouvindo desabafar e eu confesso que gostei disso.

— Sabe, Kookie... eu também já tive sofrimentos parecidos. Já tive um namorado, que eu gostava muito dele e ele também morria de ciúmes de mim. Certa vez, eu tive que viajar com meus pais, e durante a minha ausência, ele me traiu. Quando eu voltei, ele simplesmente me disse que não queria mais nada comigo porque eu não tinha tempo para ele, e olha que eu fazia tudo o que podia para deixá-lo feliz. Ele me deixou e eu fiquei muito mal. Depois disso, eu só tive relacionamentos de uma noite – se é que você me entende— e eu prometi para mim mesmo que não me apaixonaria por mais ninguém. Mas aí, eu fiquei com você aquele dia na festa, e quebrei minha promessa.

— Você se interessou por mim na festa? – Perguntei.

— Eu fiquei querendo você no aeroporto – ele sorriu — Mas depois que nós ficamos juntos, eu passei a sentir algo por você. Eu saí em viagem com meus pais e achei que iria conseguir tirar você da minha cabeça, mas eu comecei a ficar aflito... foi aí que eu te procurei. Quando eu viajei, eu pedi para Hobi não te falar onde eu estava. Eu não queria correr o risco de você ficar me esperando, porque eu não queria aceitar que estava gostando de você. Mas depois, Hoseok me disse que você estava chateado comigo e eu assimilei uma coisa com a outra, e me desculpe, mas, eu fiquei feliz, porque você estava pensando em mim, mesmo que de uma forma negativa.

— Convencido. – Brinquei e cutuquei a cintura dele.

— Sabe aquele dia no banheiro?

— Sei...

— Lembra que eu chorei? – Ele abaixou a cabeça envergonhado.

— Lembro, Tae.

— Então, estava doendo mesmo, mas estava doendo tanto, porque você foi a única pessoa que eu deixei fazer aquilo comigo. Ou seja...

— Eu tirei sua virgindade? – Fiquei assustado.

— Eu não era virgem, Jungkook – Ele começou a rir – Eu só não deixava as pessoas... sabe?

— Sei – Eu também comecei a rir e ficamos os dois rindo igual bobos.

— Essa foi uma das coisas que eu disse que não deixaria fazerem comigo. E acabei deixando...

— Eu achei que você estava fazendo hora com a minha cara.

— Eu nunca faria isso. Do mesmo jeito que eu sofri no passado, eu não quero fazer ninguém sofrer. Depois dele, eu não fiquei com quase ninguém, e quem eu fiquei, foram pessoas que eu sabia que não iriam querer mais nada comigo.

— Você ainda sente algo por ele? – Perguntei.

— Não. Credo. Hoje em dia eu me arrependo de ter namorado com ele.

— Que bom. – Deixei escapar.

Eu fiquei muito feliz de ter tido aquela conversa com ele, eu me sentia mais próximo dele agora. Fiquei aliviado por desabafar e fiquei surpreso com as confissões do Tae.

— Tem uma coisa que eu fazia com meu pai aqui, que já faz tempo que eu não faço. Quer tentar?

— Que coisa é essa? – Ele me perguntou. Peguei na sua mão e fomos andando até a orla do laguinho. Agachei no chão, peguei várias pedrinhas e entreguei algumas para ele.

— Vamos ver quem consegue fazer a pedrinha bater na água mais vezes?

— Como assim, Kookie?

— Assim – Eu joguei uma pedrinha na água e ela bateu 4 vezes antes de afundar.

— Como você fez isso, menino? – Ele começou a rir. – Eu nunca vou conseguir fazer isso.

— Se você não tentar, não vai mesmo. Agora tenta.

O ruivo jogou algumas pedrinhas na água e elas simplesmente afundavam. O que fazia eu ficar rindo da cara dele. Depois de um bom tempo jogando as pedrinhas, Tae conseguiu fazer uma bater na água duas vezes.

— Ah não, Kookie. Eu desisto.

— Não, vamos só mais uma vez.

— Tá bom. Só mais uma vez. – Tae parece que juntou todas as suas forças e se concentrou antes de tacar a pedrinha. A mesma bateu na água seis vezes antes de afundar.

— Caramba, Taehyung. Eu nunca consegui fazer isso antes. – Ele ficou rindo e me abraçou.

— Eu sou foda.

— Seu exibido, parabéns.  — O abracei de volta.


 


 

Já era quase 20:00 quando Tae parou o carro na porta da minha casa.

— Obrigado por hoje, Kookie. Fazia tempo que eu não me divertia assim.

— Eu que tenho que te agradecer.

— Amanhã eu posso te buscar para irmos juntos para a casa do Nam?

— Pode. – Eu disse envergonhado. O mais velho abriu um sorriso lindo.

— Kookie, vem cá. – Ele me puxou e me beijou. Me deu um beijo lento, calmo e apaixonado. – Até amanhã.

— Até. – Dei um selinho nele e saí do carro.


 


 

— Ah mas você vai me contar a história do dono desse carro laranja agora, senhor Jungkook. – Tomei um susto quando minha mãe desceu da escada correndo e pulou na minha frente sorridente. Ela é minha mãe, mas me trata como se fôssemos amigos. Eu adoro isso nela, porque assim, eu sei que posso sempre contar com ela.

— Aff, mãe. – Eu ri e a abracei envergonhado. – Mãe? – Chamei.

— Hum?

— Eu acho que estou apaixonado. – Ela me puxou para o sofá me forçando a olhar para ela.

— Quero detalhes, mocinho. – Ela abriu um sorriso largo e ficou esperando eu contar a história.

 


Notas Finais


Então, o que acharam?
Já peço desculpas pelo nome "super criativo" para restaurante, confesso, sou péssima nisso.
Obrigada a todas que estão sempre por aqui!
Beijos


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