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História Good Boy - Como dói


Escrita por: MKimjin e kimiejeon

Notas do Autor


Olá meus amores,
Bem, como tinha dito, vou tentar adiantar essas coisas o mais rápido possível, para que esse momento de tristeza acabe logo!
Boa leitura!
Até as notas finais!

Capítulo 20 - Como dói


Fanfic / Fanfiction Good Boy - Como dói

Eu acelerei minha moto como nunca havia acelerado antes, senti meu celular vibrar várias vezes, o qual eu apenas ignorei.

Fui direto para minha casa, por mais que fosse provável o ruivo me procurar por lá, eu precisava do meu cantinho.

Subi as escadas correndo e me joguei em cima da minha cama deixando as lágrimas caírem mais à vontade.

Por que, Taehyung, por que você fez isso comigo? Eu te amo tanto. Eu não merecia isso.

Meu celular começou a tocar e era meu pai:

— “Onde você está, Jeon? ”

— Em casa, pai.

— “Está tudo bem com você? ” – Ele perguntava preocupado.

— Sim, eu só quero ficar sozinho. – Desliguei a ligação.

Fui colocar uma música para tentar distrair. De início tocava “GD & Taeyang – Good Boy”, mas depois começou a tocar “If you — BIGBANG”...

Abri minha galeria de fotos e fiquei vendo as fotos que tiramos no sítio. A letra parecia que servia para ele conversar comigo através da música e eu não pude deixar de ficar lembrando dos nossos momentos juntos, dos nossos beijos, nossas carícias, nossas brincadeiras, lembrando de quando fazíamos amor... Eu precisava dele, mas agora já era tarde.

Ele me ligou e eu ignorei, não estava preparado para conversar agora.

Recebi duas mensagens de texto, eram dele. Claro que não respondi, mas fiquei ali lendo e relendo várias vezes.

“Jungkook, eu sei que agora você me odeia, que não quer me ver mais, que não vai me atender, eu sei que o que eu fiz foi errado, mas conversa comigo? Eu preciso falar com você, nem que seja pela última vez. ”

Não, Taehyung, eu não te odeio, eu quero te ver, eu quero te ter, mas você me magoou tanto...

 “Eu amo você ”

Eu também amo você. Muito mais do que você pensa...


 

Acordei com minha mãe me chamando, me perguntando se eu não ia para a faculdade.

Claro que não, sentia dor física e emocional, sentia cansaço, estava muito mal e não queria ver Kim Taehyung ainda.

Minha segunda feira foi uma derrota, eu não consegui comer nada, o único pedaço de bolo que comi, vomitei logo após ingerir, minha cabeça doía muito e eu me sentia fraco.

Recebi uma mensagem dele e o ignorei.

“Jungkook, por que você não foi à aula? Estou preocupado com você, fala comigo? ”

Agora você se preocupa né? Adivinha porque eu não fui à aula.

**

Na terça-feira, outra mensagem:

“Jeon, me dê notícias? ”

Minha vontade de responder ele e falar que o amava, mas que ele era um idiota era enorme.

Minha mãe apareceu no meu quarto:

— Filho, Hoseok está aqui e quer falar com você.

— Deixa ele entrar. – Resmunguei.

— Não, Jeon. Pelo amor de Deus, sai desse quarto. Vai receber ele lá na sala. – Ela já foi entrando e abrindo as cortinas e tirando minhas cobertas de cima de mim.

— Ai, mãe...

— Anda logo, Jungkook. Se você não sair desse quarto, vou pessoalmente trazer Kim Taehyung aqui.

— Você não faria isso.

— Paga para ver. — Ela estava brava comigo enquanto eu estava triste.


 

— Ei, Kookie. Como você está? – Ele se levantou e veio me abraçar.

— To levando. – Respondi sem vontade e deitei no sofá.

— Oh Kookie, estamos preocupados com vocês. Principalmente com você. Ele pelo menos está indo na faculdade...

— Então ele está bem, né?

— Olha, se ir para a aula com dor, não comer nada, dormir a aula inteira e se isolar dos amigos for estar bem, ele está ótimo.

— Hum...

— Jungkook, para de fingir que não se importa. – Ele me repreendeu. – Eu sei que ele fez errado, eu já falei isso com ele. Mas você acha que agir assim, está certo da sua parte?

— Falou o cara que briga com o namorado todo dia. – Respondi.

— Pois é, Kookie, mas a diferença é que vocês dois estão interessados um no outro. O Yoongi não liga mais para mim. Vocês estão aí sofrendo. O Yoongi sequer me pergunta como foi meu dia.

— Desculpa hyung. Eu não queria te chatear.

— Olha, se eu não posso salvar o meu relacionamento, eu gostaria muito de ajudar meus amigos a salvar o deles. Eu sei que vocês se amam.

— Eu o amo, mas ele me magoou muito. Eu não merecia passar por aquilo. Ouvir ele dizer que tem nojo de mim... – Balancei a cabeça negativamente. – Ele nem me deu a chance de explicar.

— Kookie, você tem pavor de ataque de ciúmes, e ele fez um. Em compensação, ele tem pavor de ser traído, e se sentiu assim. Quando ele viu o ex dele na festa, você não acha que ele ficou mal? Você não acha que ele se lembrou das coisas e o medo voltou?

Me lembrei quando vi a caminhonete do meu pai parada aqui na porta e o meu medo das brigas por ciúmes veio bem forte. E olha que ele e minha mãe não estavam juntos há dez anos. Para falar a verdade, eu nunca superei as brigas, se não, isso não me assustaria tanto.

— Quê que eu faço, hyung? – Tampei meus olhos com as mãos e respirei fundo.

— Esfria a cabeça e conversa com ele.

— Não vou conseguir.

— Vai sim. Espera o tempo que você achar necessário, mas não deixe ele assim. Não precisa acabar assim. Pensa no quão solitário ele é, ele precisa de carinho. Os pais dele não ligam muito para ele, então tem coisas que ele não sabe como lidar, ninguém o ensinou.

Hobi hyung tinha razão. Ninguém o ensinou como ser e como agir. Viver sozinho igual ele vive deve ser péssimo, não tem ninguém para dividir as alegrias, as tristezas, nem um pacotinho de biscoito na hora de assistir TV.

Eu fiquei mal por pensar nisso.

— Obrigado, hyung. – Levantei do sofá e dei um abraço forte no moreno que também aparentava estar muito triste.

Minha mãe serviu lanche para nós, foi aí que eu consegui comer alguma coisa.

**

Quarta-feira

“Jungkook, eu quero conversar com você, me deixe falar com você? Por favor? ”

Ele vai ficar me mandando uma mensagem por dia? Desculpe hyung, mas ainda não consigo conversar com você.

**

Quinta-feira

“Sinto a sua falta. ”

Eu também sinto a sua, mas não estou pronto para falar com você, ainda.

— Kookie? – Meu pai chegou no meu quarto. – Tem um momento?

— Claro, pai. Entra. – Eu estava deitado, para variar.

Ele se aproximou de mim e me empurrou para um canto.

— Filho, não estou gostando de te ver assim. – Ele começou. – Por que você não tenta consertar as coisas?

— Pai, eu quero distância dele.

— Mentira. Se você realmente quisesse distância dele, você estaria com um ódio dele e não estaria enfurnado nesse quarto o dia inteiro à base de remédio para dor.

— Pai – Cocei a cabeça. – Taehyung não liga para mim. Ele disse que tem nojo de mim, não me deu a chance de explicar, ele acreditou nas palavras do ex namorado dele e não quis me ouvir. Se ele gostasse mesmo de mim, ele teria me deixado falar.

— Ele tentou entrar em contato com você?

— Sim, ele me manda mensagem todo dia.

— Então, Jeon. Ele quer se redimir. Não estou defendendo ele, mas olha só para mim, no passado, eu só aprendi a dar valor quando eu perdi sua mãe. Foi muito doloroso saber que eu tinha perdido vocês, eu me arrependo até hoje de ter feito o que eu fiz. Mas eu não procurei por ela porque eu achei que ela não me daria chances de explicar e porque eu era orgulhoso. Taehyung está sendo mais maduro do que eu fui na época... ele está tentando. Conversa com ele, fala seu ponto de vista, escuta o dele, tenta resolver a situação... não cometa o mesmo erro que eu, de perder o amor da sua vida.

Comecei a chorar de novo, ganhando um abraço do maior ali do meu lado.

Eu amava Kim Taehyung, mas será que algum dia eu seria capaz de perdoá-lo? Será que eu poderia esquecer tudo o que ele me disse e o aceitar de volta?

— Ai, pai, isso dói tanto... Como dói...

**

Sexta-feira

“Eu te amo, Jeon. Eu não estou suportando essa dor. Eu sei que fui um idiota, mas me deixa falar com você? ”
“Eu também te amo, seu idiota. Você foi um cretino, mas eu amo você”

Digitei a mensagem, mas salvei nos rascunhos e não enviei.

**

Sábado

“Você é a coisa mais importante da minha vida. Não deixa isso acontecer com a gente... Me... perdoa? ”

Não deixa isso acontecer com a gente? Falando assim, parece que a culpa é minha... mas eu sei que não foi isso que você quis dizer.

— JUNGKOOK? – Ouvi Jimin berrar da janela do quarto dele.

— Caramba, Jimin, o que foi? – Abri minhas cortinas e fitei o moreno do outro lado.

— Porra Jeon, atende esse celular. Todo mundo está tentando falar com você, mas você não atende.

— Ele deve ter acabado a bateria. – Menti.

— Está sem bateria desde segunda feira? Porque eu te ligo desde segunda.

— Ah deve ser. – Respondi sem vontade. — O que você quer?

— Olha só, Namjoon hyung e Jin hyung querem marcar uma reuniãozinha para falar do casamento. E você foi intimado a estar presente.

— Fala que não vou.

— Caralho Jungkook. Reage. Eu me segurei a semana toda para ir aí, eu quis te dar um tempo sozinho, mas poxa, uma semana já. Você desaparece e nem fala com ninguém.

— Ah Jimin, cuida da sua vida.

— Vou confirmar sua presença, tá? – Ele pegou o celular.

— O que? Não.

— Já confirmei.

— Jimin, eu vou aí te matar.

— Pode vir, pelo menos você terá saído desse quarto. – Torci o nariz para ele. – Kookie? – Ele chamou sério. – Eu não gosto de te ver assim e pensa nos hyungs, é o casamento deles. Eles só estão marcando essa reunião porque eles querem fazer algo com todos juntos. Eles não fizeram no dia do noivado porque você não estava presente. Eles estão tão animados, faz uma forcinha por eles?

— Jimin, — Peguei uma almofada e taquei na cara dele. – Eu vou, mas eu vou te bater muito, primeiro. – Ele sorriu e deu uns pulinhos.

— Eu vou aí para você me bater. E levar essa porra dessa almofada. – Ele saiu correndo e eu desci as escadas sorrindo de lado.

A campainha tocou e eu fui abrir.

— Jungkook.. – Ele gritou e pulou no meu pescoço.

— Ah, Jimin, por que você não entrou? Acha que eu sou seu empregado?

— Acho, não. Tenho certeza. – Ele brincou.

— Filho da puta. – Fui para cima dele e fiquei batendo no menor que ficava rindo e se protegendo com minha almofada.

Por fim eu parei de lhe distribuir tapas e fui tomado por um abraço apertado.

— Senti sua falta. Todos sentimos. – O abracei de volta e senti um nó na garganta. – Gosto de te ver assim, sorrindo. Nem que seja porque está me batendo.

— Obrigado, Jimin. – Sussurrei.

— Toma. – Ele me afastou e empurrou a almofada em mim. – Guarda isso.

— Deixe aqui. – Joguei ela em cima do sofá.

— Então, como você está? – Ele perguntou e nós caímos no sofá.

— Estou um pouco melhor.

— Kookie... olha, eu sei que não tenho nada com isso, mas... – Ele me olhou com um semblante chateado. – O Taehyung está tão mal, Kookie... Se você ver ele na faculdade, você fica com dó. – Ele respirou fundo. – E olha para você... nitidamente não está comendo, está com olheiras e olha esse cabelo, olha o tamanho dessa coisa, está todo bagunçado.

— Jimin, eu estou chateado, o quê que você quer que eu faça?

— Quero que você reaja. Arruma esse cabelo, coloca uma roupa ajeitada, passa um perfume, vai tomar um sorvete, vamos jogar um vídeo game... ou melhor, vá atrás dele. Conversa com ele. Eu sei que ele te chateou muito, mas... viver assim do jeito que vocês estão vivendo, não dá.

— Eu vou conversar com ele depois, Jimin. Só vou esperar mais um pouquinho.

— Promete?

— Sim. – O moreno sorriu e bagunçou – mais – meu cabelo.

— Vamos jogar vídeo game? – Ele chamou e eu assenti.

Passamos uma pequena parte da tarde ali brincando. Além de brincar com o vídeo game, também rolava uns tapas e puxões de cabelo, mas pelo menos, eu consegui sorrir.

— Kookie? – Ele me chamou olhando no relógio. – Já são quase 17:00, vou para casa me arrumar, porque vou sair com o Woozi.

— Todo bem, Jimin. Obrigado por hoje. – Disse enquanto o levava até à porta. – Que dia é a reunião dos hyungs?

— Então... – Ele sorriu e coçou a cabeça. — Amanhã.

— Amanhã, Jimin? – Quase gritei.

— Não brigue comigo. Nós estamos tentando falar com você desde segunda feira.

Revirei os olhos.

— Está bem.

Jimin saiu e eu fui tomar um banho.

Ouvi a campainha tocar e ouvi minha mãe conversando lá em baixo, mas não dei importância.

Saí do banheiro e fui em direção ao meu quarto, onde eu encontrei em cima da minha cama uma caixa com bombons e um envelope vermelho.

Coloquei uma bermuda de pijama e me sentei para ver o que era aquilo.

Quando peguei o envelope, senti o cheiro do perfume do Tae e meu coração disparou. Abri com cautela e desdobrei o papel delicadamente dobrado que se encontrava ali dentro.

Querido Jeon,
Definitivamente eu não sei o que escrever aqui, eu preciso te falar tanta coisa, que eu acho que um simples papel não será suficiente.
Perdoe-me por estar recorrendo a você através de uma carta, mas eu precisava escrever tudo o que meu coração está sentindo e, na minha opinião, mensagens de texto não servem para isso.
Jungkook, eu sei que errei, errei muito feio. Eu magoei você, a pessoa que eu mais amo nesse mundo, a pessoa que me mostrou como é ser amado de verdade. Eu estou aqui em pedaços por ter feito isso com você.
Eu sinto sua falta, sinto falta dos nossos beijos, dos nossos carinhos, do seu corpo junto ao meu, das nossas brincadeiras, do seu sorriso... você é o ar que eu respiro, Jeon. Sem você, não sei se serei capaz de viver.
Olha, eu gostaria muito, que você me deixasse conversar com você pessoalmente, mesmo que essa conversa seja um adeus... mas eu preciso dizer o quanto eu te amo, eu preciso olhar nos seus olhos e te pedir perdão por ter sido um idiota.
Me desculpe por isso, eu agi por impulso, eu senti medo, eu senti ciúmes... e agora tudo o que eu sinto é um vazio enorme, porque a única coisa que tinha aqui dentro, eu dei para você... meu coração.
Estou aqui para te dizer que independente da sua resposta, da sua escolha, eu vou te respeitar, por mais que me doa mais ainda.
Eu te amo e nunca deixarei de te amar.
Do seu e somente seu, Kim Taehyung.
PS.: Esses bombons, são para te lembrar do gostinho do nosso primeiro beijo.
Aquele gostinho pelo qual eu me apaixonei perdidamente.
Um Beijo.

Custei a ler essa última parte, pois meus olhos não escorriam lágrimas, eles jorravam lágrimas.

Eu chorei de verdade, comecei a soluçar, fiquei com falta de ar, com um nó na garganta, tudo ao mesmo tempo.

— Meu filho. – Minha mãe entrou no quarto e veio me abraçar. – O que foi Kookie?

— E-eu.. a-a-mo ele... de-demais, m-mãe... – Consegui falar entre os soluços. – E-eu n-não co-consigo m-mais sentir essa dor...

— Então conserta isso, Jeon. Por favor. – Ela começou a balançar a cabeça negativamente. – Você não imagina o estado em que ele está também.

— Por que ele não entrou?

— Ele não quis. Eu o convidei, mas ele achou que seria falta de respeito, achou que estaria invadindo seu espaço... eu não consigo mais te ver assim, Jungkook.

— Eu vou consertar as coisas, mãe.

— Então conserta. Vai ficar tudo bem, viu?

Balancei a cabeça positivamente e fiquei mais um pouco ali naquele colo quentinho.

Um tempo depois, ela foi embora do meu quarto e eu resolvi fazer o mesmo que ele, já que amanhã todos os hyungs têm que estar com Nam e Jin, ele também vai estar.

Resolvi pegar um dos bombons da caixa e realmente, aquele gosto me fez lembrar do nosso primeiro beijo, da nossa primeira transa, da língua do mais velho se enroscando na minha, dos carinhos que ele fazia na minha nuca enquanto nos beijávamos...

Então, eu peguei uma caneta bonita que minha mãe tinha e comecei a escrever uma carta para o ruivo que eu tanto amava.


Notas Finais


Pronto! Versão dos acontecimentos perante os olhos do Jungkook!
Nossa eu penso em coisas para colocar aqui o dia inteiro, mas na hora de escrever, eu esqueço aff
Gente, vocês viram que já estamos a quase 200 favoritos? Vocês estão ouvindo meus gritos?
Muito obrigada a todos vocês! É uma felicidade que não cabe no peito!
Mas então, o que será que o Kookie vai escrever na carta? Deixem suas opiniões!
PS: eu juro que escrevi essa carta toda bonitinha no meu pc, mas o lindo do Spirit não me deixa usar outra fonte, então, imaginem que está escrito com uma letra bonita!
Beijos, até o próximo!


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