História Você é meu - Admita

— Sério que ele falou isso? Que tarado! Querendo comer o próprio irmão. — exclamou, TaeHyung. Assim como eu, Tae é um ômega, mas que já possui seu alfa, diferente de mim. — No seu lugar eu teria dado um tapa no meio da fuça dele. 

— Mentira. Você teria beijado ele e arrastado pro seu quarto. — respondi rindo da cara de indignação que ele fez.

— Eu não sou assim, okay? — ele deu risada. — Mesmo que ele seja um pedaço de mal caminho, eu ainda prefiro o meu hobi. - estávamos na escola, indo para o refeitório, e como Tae era um dos meus melhores amigos eu contava tudo para ele. — Mas vai falar que não sentiu nada quando ele falou isso bem perto do seu ouvido? — Indagou, com um sorriso malicioso estampado no rosto. 

— C- claro que não. — ele riu. 

— Você mente muito mau, Jimin.  — respondeu. 

Fomos para a mesa onde sempre ficávamos já encontrando Jin, Namjoon, Hoseok e... O que ele está fazendo aqui? JungKook me encarava sorrindo. Kami me dê paciência, porque se me der força eu quebro a cara desse ser. Revirei os olhos vendo TaeHyung literalmente pular em cima de Hoseok, o beijando. 

— Podem aplaudir porque o brilho do grupo chegou. — falei fazendo pose, colocando a mão na cintura. 

— O brilho do grupo aqui sou eu meu bem, quer morrer é? — ironizou TaeHyung, sentando no colo de Hoseok fazendo os outros rirem. 

— Querido, o que você tem não é brilho. É oleosidade mesmo. — respondi rindo, e logo me sentei entre Jungkook e Jin, pois era o único lugar restante. 

— Então... Jungkook e Jimin viraram meios irmãos. Vão morar juntos. — balbuciou TaeHyung, com um olhar malicioso sobre mim e Jungkook, este que abriu um sorriso safado fazendo os outro resmungarem um "huuuuuum né". 

— O que você ta insinuando sua quenga? — perguntei pegando meu celular  e o colocando a frente do meu rosto para amenizar a vergonha que estou passando. 

— Nada não. Agora, se a carapuça serviu. — ele disse sorrindo cínico e os outros soltaram um "Huuuuuum". Peguei o suco de laranja que estava a minha frente. 

— Jimin é muito tímido para admitir que gosta de mim. Mas, no fundo, eu sei que ele gosta. — falou JungKook, tentando olhar em meus olhos e fazendo com que eu me engasgasse com o suco. 

— Man... Vocês ouviram o zumbido mosquito transmissor de ilusão passando por aqui? — questionei olhando os outros que morriam de rir. — Deixa eu espantar ele. —  abanei minha mão por cima da cabeça de Jungkook, como se estivesse espantando algum mosquito. 

— Isso ainda vai dar casamento. — comentou Namjoon, rindo. 

~Em casa~  

Tinha chegado em casa antes de Robert e JungKook chegar com seus pertences, e minha mãe como sempre estava falando sobre o quanto seria  melhor se eu me desse bem com JungKook e blá, blá, blá. Ela vem tentando me "empurrar" para ele desde seu noivado com Robert, e agora que já se casaram isso vai ficar pior. To até vendo as benditas indiretas que vai soar por essa casa todo dia na hora do jantar, já que estamos acostumados a reunir toda a família nesta hora. 

— Só falta algumas horas para o fim do meu sossego durante essas maravilhosas tardes. — sussurrei para mim mesmo, jogado em minha cama. Acho que vou arrumar um emprego só pra não ter que ficar aguentando esse ser o dia todo. Todo o santo dia. 

— JIMIN! VEM AQUI EM BAIXO. - ouvi o grito da minha mãe. Desci, e parei no meio das escadas ao ver algumas caixas fechadas na sala. — Ajuda o JungKook a levar essas caixas para o quarto dele, por favor. — pediu e eu fiz uma cara tipo "sério mesmo? Ele tem dois braços e duas pernas, pode fazer isso sozinho". Eu poderia ter falado isso, mas nunca fui de retrucar ela que sempre fez tudo por mim. 

— Pode deixar senhora Park, não estão tão pesadas. — o bendito entrou na sala deixando mais uma caixa, e olhou para mim.

— Nada disso. Senhora não, pode me chamar de Cinthia. E Jimin não está fazendo nada, pode muito bem te ajudar nisso. — ela olhou para mim dando um olhar de "Vai logo ajudar ele". Revirei os olhos e fui. Fazer o que né?

Robert, o pai de JungKook não vinha ajudar, pois estava em sua empresa. Sim, ele é o presidente de uma empresa que mexe com a área administrativa, e minha mãe trabalha como cabeleireira, porém tinha pego uma semana em casa para se organizar com essa mudança toda. 

~algum tempo depois~

— Ahhh...Pronto. — suspirei deixando a última caixa no chão da sala. — Você disse que não estavam pesadas. — Olhei com ódio para Jungkook, que tinha se jogado no sofá com uma garrafa de água em mãos. Ele trajava apenas uma calça preta jeans surrada e uma regata cinza que deixava bem amostra seus belos e fortes braços, o gelo da garrafa escorrendo pelo seu pescoço se misturando com seu suor. E, essa boca... Meu Deus! No que eu to fazendo da minha vida? Ta repreendido em nome de Jesus. 

— É melhor tirar uma foto, não acha? — Indagou, tirando-me de meus pensamentos. — Eu sei que você me quer. — afirmou, e veio até mim me encarando. Porque parece que eu não consigo me mexer? Não consigo me desprender de seu olhar. — Admita que me quer, e eu te faço ser só meu. — sussurrou em meu ouvido.