História Você é meu - Você é meu

Jungkook Pov's

Eu queria ter forças para poder gritar para Jimin correr o mais rápido possível. Seria impossível vencer uma luta com dois alfas, e quando fui arremessado para longe, caindo de joelhos, olhei para Jimin vendo que ele se debatia e chorava. 

Sorri para ele, mesmo com uma grande dor no coração, queria ter força o suficiente para te proteger meu ômega. Mas, parece que isso não será possível. 

Eu sinto muito, Jimin. 

Logo vi Mark se aproximar e sacar uma arma a minha frente, e logo após vi Jimin se soltar e correr em minha direção. 

Apenas fechei os olhos. “Eu te amo Jimin”. E logo ouvimos o barulho do tiro. 

Depois de alguns segundos, percebo que não fui atingido, desesperado, abro os olhos e vejo que Jimin está jogado ao chão a minha frente. Rapidamente o pego em meus braços e vejo um sorriso fraco surgir em sua face. 

— Jimin… Não… Por que foi fazer isso? — dizia chorando enquanto o segurava. Jimin levou uma de suas mãos para o meu rosto, acariciando-o. Olhei para o seu corpo procurando a ferida da bala e logo vi aonde tinha sido acertado, sua barriga, me fazendo ficar ainda mais bravo e desesperado. 

— Porque… Eu te… Amo… Jungkook — ele disse com dificuldade. O apertei em meus braços, eu queria poder ter forças para carregá-lo o mais rápido possível para um hospital, mas não tenho forças nem para me levantar direito. 

— Não, Jimin… Por favor, fica comigo, meu amor. Não me deixa. — acariciava seu rosto. Ele ainda sorria fraco. 

— Por favor, kookie… Apenas fale… Eu não vou… Conseguir — disse tossindo.

— Não… Não me deixa. — logo ouvimos outro barulho de um tiro, e logo o corpo de Mark se encontrava ao chão com sua arma do lado. Ele havia se matado. 

— Diga… Por favor, meu amor. — pediu Jimin chorando enquanto me encarava.

— E-Eu te amo, Jimin… Te amo muito — chorava com um aperto no coração. — Eu te amo. — minhas lágrimas caiam sobre sua face. 

— Eu te amo mais, meu alfa — disse e logo vi seus pequenos olhos se fecharem e sua mão caindo ao lado de seu corpo. 

Jimin se encontrava agora em meus braços, sem vida alguma, levando nosso filho junto com minha felicidade e o nosso felizes para sempre. 

— Não… Não… O que eu vou fazer sem você, Jimin? — sacudia seu corpo em meus braços implorando para o mesmo acordar, mesmo sabendo que não será mais possível.

Não será mais possível eu ver seu sorriso ao acordar, o brilho no seu olhar quando eu te dou alguma coisa ou quando fica impressionado, não será mais possível te esperar no altar e dizer “aceito”. Não será possível eu ouvir sua voz falando eu te amo e ver seu rosto vermelho quando eu falo alguma besteira. 

Nada disso será mais possível, meu amor. 

Ver ser sorriso e suas lágrimas ao segurar nosso pequeno filho nos braços vai ser um sonho que nunca poderá ser realizado. 

E, infelizmente o culpado disso está morto também, bem a nossa frente, e eu não posso puni-lo por isso. 

E como eu fico agora?

Não posso viver sem você, Jimin. 

Pego meu celular e ligo para Hoseok, apenas lhe dizendo para vir até a rua onde estávamos, ele ficou sem entender nada, mas mesmo assim concordou em vir. 

— Eu sinto muito, mas eu não me vejo mais sem você… Me espere onde você estiver. — levo uma de minhas mãos até a arma que se encontrava perto do corpo de Mark, pegando-a e a posicionando sobre minha cabeça. 

Logo sinto os frios e fortes pingos de chuva caindo sobre mim. Olho para Jimin e levo um de meus dedos até o gatilho, apertando-o.

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Jimin Pov's

Acordo abrindo os olhos rapidamente passando as mãos pelo meu corpo, estava suado como se alguém tivesse jogado um balde de água em mim enquanto dormia. Respiração totalmente descompassada, acelerada, coração a mil. 

Olho em minha volta, vendo que estava em meu quarto. Levanto rapidamente e saio do cômodo indo para a área que tinha ao lado do meu quarto, vendo que não tinha nenhum quarto lá. Continua o mesmo de antes. Branco e vazio.

— Foi tudo um sonho… — disse acalmando minha respiração. Eu havia mesmo sonhado tudo isso com um completo estranho. 

Um cara que eu nunca vi na vida. 

Eu havia mesmo sonhado que estava grávido e que o Mark também gostava de mim, e que tinha me jogado a frente do tal Jungkook. 

Eu estou ficando louco. Com certeza isso foi uma grande loucura. 

— Jimin? Porque está tão suado desse jeito, filho? Está ofegante. Teve um pesadelo? — levei um susto ao ouvir a voz da minha mãe atrás de mim. A encarei. 

— É… Foi só um pesadelo. — um estranho e muito excitante pesadelo. Kami me ajude. 

— Já são cinco horas. Você não foi para escola e dormiu até agora. Já estava ficando preocupada. Agora, o que você está fazendo aqui e ainda não está se arrumando?

— Para quê? — indaguei sem entender. 

— Não acredito que você esqueceu que o Robert e o filho dele vão vir jantar aqui em casa. Vai ser um bom momento para se conhecerem. — assenti lembrando que minha mãe estava mesmo namorando um tal de Robert e eu ainda não conhecia nem ele e nem o filho dele. 

Mas, isso me fez lembrar do início do meu sonho feat pesadelo. Também começou com um jantar, só que eu já conhecia ele e o filho dele. Acho que de tanto minha mãe falar que o filho dele é um alfa tão bonito, romântico e tudo de bom para mim, acabei imaginando como seria ele e como seria minha vida ao lado dele.

Coisa de louco, sendo que nunca vi o menino desde que minha mãe conheceu Robert. 

Fui para o meu quarto, entrei no banho ficando umas meia hora dentro da banheira tentando relaxar e esquecer tudo o que eu sonhei. 

Estranho. Parecia tudo tão real. Até o TaeHyung e o Hobi estavam lá. Até o meu pai. Mesmo sendo um sonho, ai que vontade que deu de eu mesmo ter matado aquela vaca da tal Akela, como ela ousa me empurrar da escada e me fazer quase perder meu filho. 

Um filho. Eu iria ter um filho. Acariciei minha barriga e não pude deixar de abrir um sorriso. 

Não Jimin, para de ser louco, já passou tempo demais no banheiro, hora de esquecer esse bendito sonho. Balancei a cabeça espantando os pensamentos, mas não deu muito certo. A cena daquele estranho, que no sonho era meu namorado, me ajudando no cio, eu em cima dele, seus toques e gemidos. 

Já chega Park Jimin, sua mente está muito poluída. Jesus toma conta de seus pensamentos. 

Sai do banho, me sequei e peguei uma muda de roupas, como a primeira impressão é a que fica, queria dar a melhor impressão de mim. Peguei uma calça preta de couro colada, que ficava extremamente justa ao meu corpo dando mais volume para minhas coxas fartas, e devo dizer que deixa com a impressão de ter uma bunda maior, coisa que eu não precisava nem um pouco. 

Peguei uma blusa branca de frio fina que vinha até a metade de minhas coxas e calcei um sapato qualquer. Terminei de me arrumar e logo ouvi o grito de minha mãe avisando para descer. 

— É agora. Vamos lá, Jimin. — disse a mim mesmo e sai do meu quarto, descendo para a sala avistando minha mãe em pé junto com duas silhuetas masculinas. O menino, que deveria ser filho de Robert, estava virado de costas também sendo cumprimentado pela minha mãe.

— Ah, ai está ele! Quero lhes apresentar meu filho, Park Jimin. — minha mãe disse trazendo as atenções para mim que estava no meio da escada. E quando ambos viraram, eu paralisei na hora. — Jimin, esses são Robert e Jeon Jungkook, seu filho. 

E lá estava ele, o garoto do meu sonho, sorrindo para mim, mostrando seu perfeito sorriso com dentes de coelhinho, me fazendo me derreter. 

— Prazer em conhecê-los. — sorri saindo de meus pensamentos. 

— Um belo jovem, amor — falou Robert. — Espero que vocês se deem bem, pois logo seremos uma família. 

— Eu e Robert vamos para a cozinha. Podem conversar a vontade, vou terminar o jantar — arrastou Robert para a cozinha me deixando a sós com o tal Jungkook. Arregalei os olhos e quase prendi a respiração quando vi que o mesmo estava se aproximando de mim, me analisando enquanto mordia o lábio. 

Kami me dê sanidade para não me atirar em cima desse ser. 

— O prazer é todo meu em te conhecer. — respondeu me encarando, pegou minha mão depositando selar. — Park Jimin. — sorriu. 

— Vamos nos sentar — falei me desviando de seu olhar e passando por ele, indo para o sofá logo sendo acompanhado por ele que se sentou ao meu lado. — Então… Tem quantos anos, Jeon? — indaguei tentando não demonstrar nervoso. 

— Dezoito e você deve ter dezesseis, correto? — perguntou e eu assenti. — Sem formalidades… Me chame de Jungkook, ou escolha um apelido, Jiminnie. — corei. — Você realmente é muito bonito. — se aproximou mais de mim.

— O-obrigado. — corei mais ainda. Logo senti uma de suas mãos serem depositadas em uma de minhas coxas e apertar a mesma. 

— Seria loucura se eu dissesse que eu sonhei com você, mesmo nunca tendo te visto? — arregalei os olhos, ele havia sonhado comigo também?

— C-como assim? 

 — Eu não sei como, Jimin. Eu só sei que sonhei com você e você era exatamente assim.

— Assim como? 

— Dono de uma extrema beleza, delicado, tímido, faz cosplay de tomate sempre que te elogiam ou quando ficam te encarando como eu estou agora. — riu de mim que realmente já estava assim.

— Eu… Eu também tive um sonho com você, mesmo nunca tendo te visto, Jungkook. — olhei em seus olhos corando logo em seguida. 

— Você também é dono de um cheiro maravilhosamente tentador, que está me fazendo enlouquecer, Jimin. — fechou os olhos inalando meu cheiro e logo morde os lábios me fazendo estremecer. — Será que tivemos o mesmo sonho, Jiminnie? 

— Um sonho que no final, eu acabo morrendo junto com nosso filho e.. — me interrompeu com olhos arregalados. 

— E que logo depois eu me suicido porque não conseguiria mais viver sem você. — completou. — É — sorriu. — Acho que tivemos o mesmo sonho. Já ouviu falar em histórias que existem almas gêmeas, e elas sempre se encontram um dia? — assenti e o vi se aproximar. — Acho que nossos sonhos estavam apenas nos avisando de que logo nos encontraríamos. Não há outro motivo para termos o mesmo sonho e mesmo sem termos nos vistos. 

— Isso é extremamente raro — ele me fitava. 

— Mas não é impossível. — sorriu. — Agora eu tenho certeza que encontrei a minha alma gêmea. — já podia sentir seu hálito de menta perto de mim. — Só espero que não aconteça nada das partes ruins desse sonho. 

— Eu também espero isso. Então… Você vai me fazer seu, Kookie? — indaguei corando. 

— Sim, Jiminnie. Eu vou te fazer meu… Você é meu. — sussurrou em meu ouvido.