1. Spirit Fanfics >
  2. Você é meu! >
  3. Maresia

História Você é meu! - Maresia


Escrita por: Tadashii

Notas do Autor


Espero que gostem, desde já obrigado por lerem, espero postar outro cap. assim que possivel.

Capítulo 1 - Maresia


Fanfic / Fanfiction Você é meu! - Maresia

Sentado na areia úmida daquela praia, encarando o horizonte vendo o Sol finalmente dar sinal de vida. Sentia seu corpo se aquecendo por debaixo daquele casaco preto, e suas pernas e rostos desnudos se esquentavam sentindo a luminosidade inundar toda aquela pequena cidade. Nunca pensou que aquele local, uma praia cercada por pequenas serras, vizinha de sua cidade natal, seria o refúgio perfeito para toda a agitação, mordomia, superfluidade, superficialidade que só Jurerê Internacional trazia. Sentia que era hora de dizer adeus para a Praia do Santinho que tão bem lhe acolheu desde sua pré adolescência, e lá estava César, com seus 17 anos, entrando numa faculdade, repetindo o mesmo ritual que fazia desde que tinha 11 anos. Ritual esse que colocou seus pais e a polícia de Florianópolis louca atrás dele, pois foi depois de uma grande desavença em sua escola que César pegou todo o dinheiro que tinha no bolso e por algum motivo, o taxista o deixou ali naquela praia, chorando, lembrando de todas as palavras ruins que lhe foram ditas, sentindo o vento frio do começo do inverno alimentar a dor de um corte em seus lábios provenientes de um murro de um garoto que um dia pensou em amar. Memórias ruins, mas parceiras do destino, que lhe mostrou esse mais um paraíso brasileiro.

Pegou seu celular, relutando em chamar o Uber, querendo desistir de tudo e ficar sentado olhando o céu brilhar um misto de laranja e amarelo para sempre. Suspirou fundo apalpando suas roupas falhando ao tentar tirar completamente toda a areia que grudou em seu short preto. Cumprimentou o motorista com um sorriso fraco pela falta de motivação para se mudar para a cidade de sua universidade e também pelo sono, já que foi para o outro lado da ilha horas antes do nascer do Sol. Ao desativar o modo avião para chamar o Uber, o sinal de sua internet voltou e não pode conter o sorriso ao receber uma chuva de mensagens de sua mãe Marisa e de seu melhor amigo André, os dois parecendo que combinaram de enviar as mesmas coisa: “oi calouro”, “volta pra casa calouro”, “cade você novato?”, “já é dia, é O Dia.”. Sua mãe estava mais ansiosa para ele entrar naquele curso de Medicina Veterinária do que ele próprio. Não que ele não gostasse da profissão nem nada, ele estava indo no automático e se sentia bem, gostava do futuro que estava reservado para ele e iria seguir o negócio da família, já que sua única irmã tem 4 anos de idade. Iria comandar as grades fazendas de gado eram herdadas há gerações por sua família, localizadas ao sul do Estado de São Paulo. Seu pai dificilmente saía de floripa para passar dias nas fazendas, ele também era formado em Veterinária para entender sobre animais de grande portes, e ser o próprio médico dos animais que garantiam o sustento de todos os seus familiares, e assim César faria também.

Não era ingrato nem nada, mas sentia um certo desconforto quando as enormes casas de Jurere começavam a surgir no horizonte. Gostava de sua casa em particular, de uns restaurantes e clubes por ali, mas era também naquele local que todas as suas cicatrizes foram feitas. Passou o cartão na máquina do Uber, se despediu do senhor de cabelos grisalhos e cumprimentou o eterno jardineiro de sua família, que estava na porta de sua casa cuidando dos pinheiros plantado por César e ele anos atrás. A maioria dos funcionários de sua casa estão lá desde sempre, muitos o viram crescer, ajudaram a lhe dar importantes virtudes e valores que dinheiro nenhum pode comprar. Gostava quando os mesmo falavam para os outros que “na casa dos Klein os funcionários comem na mesa com a família toda”. Quando César entrou na pré escola que descobriu que haviam família que comiam em mesas separadas daqueles que a profissão é cuidar da casa de outra pessoa, e achou isso um absurdo.

Sua mãe Marisa Klein estava usando um longo vestido branco, bem solto no corpo, deixando ela com uma cara mais graciosa que o normal. Arrumava seus cabelos pretos como a noite mais escura enquanto tentava correr atrás de Ana, sua irmãzinha, que aparentava ter acordado com toda a energia do mundo. Sorriu com a cena, iria sentir falta delas, apesar da faculdade ficar algumas cidades ao lado, essa proximidade não iria possibilitar a visita constante dele em sua casa, já que teria aulas integrais e até aos sábados, dependendo do professor.

“Ai César, já era hora!” Sua mãe veio com uma falsa indignação abraçando-o. “Já estava indo com o Seu Pedro te buscar!”

“Manooo...” Ana veio esticando os braços fazendo um sinal para ele pega-la no colo.

“Vou sentir falta das mulheres da minha vida!” Abraçou forte aquelas ali presente, segurou o choro e se sentiu ridículo por estar tão emotivo. “Cadê o pai?”

Virou a cabeça na direção onde sua mãe apontou e caminhou até seu pai que estava como sempre, com um celular na orelha cuidando de longe de tudo. Cumprimentou Pedro o fiel escudeiro e salvador da pátria dos motoristas que ajudava a levar todo mundo para suas escolas, cursos, shopping, praia e tudo mais. O tempo passou e todos se desligaram de tudo que lhes afastavam de sua família e companheiros de vida, se sentaram na enorme mesa grande o suficiente para agregar a governanta Luisa, o Pedro, João o rei das plantas, e as duas ajudantes recentemente agregadas à família Klein. Todos nostálgicos e repetindo como César estava se tornando um homem, seguindo sua própria vida, que agora teria que lavar a própria cueca, fazer a própria comida, arrancando risada de todos ali ao imaginar essa cena. Suas malas já estavam prontas num canto próximo da cozinha, deixando tudo pronto para assim que ele estivesse pronto para ir, estivesse completamente preparado.

Após um demorado banho, se olhava no espelho enquanto se secava. Gostava de se ver no espelho, não porque era narcisista ou algo do tipo, mas sim, porque antigamente ele não aceitava como seu corpo era, e pra piorar, a zoação na escola era pesada em cima dos seus quilos amais. Hoje gostava de sorrir e ver que a puberdade lhe foi muito boa. Nunca pisou numa academia na vida, mas tinha um corpo invejável somente trocando todas as porcarias que comida quando era criança, por comidas saudáveis, e caminhadas ao redor da praia. Colocou uma roupa qualquer, calçou seu chinelo favorito da Adidas e desceu as escadas para o primeiro andar, encontrando toda a família na sala. Até parecia que era feriado para estar todo mundo assim largado.

“CÉSAR! CÉSAR KLEIN!”

Sabia quem era esse, arrancando as usuais risadas quando ele fazia isso, pegou o megafone que ficava ao lado da porta que dava acesso ao jardim e gritou de volta.

“ANDRÉ REI DE JURERE E REGIÃO!”

Os dois eram amigos desde sempre, e eram vizinhos desde sempre. Suas famílias se conheciam antes mesmo deles nascerem, embora André ser quase 2 anos mais velho que César.

“ESTÁ PRONTO PARA FESTAS, DROGAS, SEXO E TUDO O QUE HÁ DE BOM QUE A FACULDADE NOS TRARÁ?”

Ao ouvir isso a mãe de César tomou o megafone das mãos do filho e gritou.

“CHAMA A SUA MÃE AGORA ANDRE! AMANDA, ELES NÃO VÃO MAIS PARA A FACULDADE, OLHA O QUE OS DOIS ESTÃO TRAMANDO!”

A Sra. Amanda surgiu ao lado do filho André.

“A GENTE PAGA ALGUÉM PARA DAR UMA COÇA NELES CASO ALGUM DELES FAÇA ALGO ERRADO. FACULDADE PRA CASA, CASA PARA FACULDADE, NÃO É CÉSAR?”

Todos riram e André fez um sinal para o amigo ir para a porta, ele também iria se mudar, e iriam juntos em seu carro, já que César era menor de idade ainda. Deu um abraço demorado em todos antes de sair com as malas, recusando qualquer ajuda, caminhando em direção ao Jeep de seu amigo, que buzinava incessantemente em frente de sua casa com uma musica muito alta. Os demais vizinhos devem estar dando graças a Deus que os baderneiros estão de mudança, mesmo que não definitiva.

“Universidade Mackenzie, nos aguarde!”


Notas Finais


Desculpa qualquer erro, eu escrevo sempre de madrugada quando meu cérebro borbulha em criatividade.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...