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História Você é meu! - Reencontro


Escrita por: Tadashii

Notas do Autor


Obrigado por lerem <3

Capítulo 2 - Reencontro


O lugar era enorme, foi recentemente construída e planejada para suprir todas as necessidades que universitários tem. Havia um enorme prédio central com vários andares, e cada curso era dividido por andar. Havia também a divisão por sessões, cada área humanas, agrarias, saúde, tinham seus próprios refeitórios e bibliotecas. Existia um grande refeitório no térreo. Ao redor do enorme prédio da universidade, tinham vários outros prédios menores, os alojamentos da própria instituição. Cada curso tinha o seu alojamento, eram divididos em duplas, e aleatoriamente, mas de qualquer forma André e César não iriam ficar juntos, já que o primeiro está matriculado no curso de Agronomia.

“Esse olhos verdes estão brilhando mais que esmeraldas!” Falou André para César.

Realmente estavam, ele estava encantado com o local, já não estava mais se sentido desanimado por não estar em casa, estava realmente ansioso para conhecer sua turma, seus professores, seu quarto. André o deixou em frente ao alojamento da Veterinária e ajudou César a tirar as malas de seu carro. Ambos contiveram o sorriso ao reparar o olhar de algumas garotas sobre o garoto de olhos verdes. César era gay, mas as meninas tinham alguma dificuldade em reconhecer isso. Ele franzia sua sobrancelha preta e grossa enquanto tentava desviar dos olhares fogosos em sua direção, sumiu as escadas até o penúltimo andar, onde ficava o seu quarto. Agradeceu mentalmente por ter ficado tão no alto, além de ser mais calmo, teria uma vista mais ampla, e realmente teve um sobressalto ao entrar no quarto e ver que as enormes janelas davam uma vista de grande parte do campus e do horizonte.

Naquele apartamento tinha uma área de serviço, um banheiro, uma cozinha conjugada com a sala cercada por enormes janelas, e dois quartos idênticos. César não era ganancioso mas tinha suas necessidades, ele precisava de uma paisagem para se acalmar, precisava do quarto que a janela ficasse para o Sol. Colocou suas malas em um canto do quarto, se jogou na cama abraçando os travesseiros, aspirando forte o cheiro e sentiu saudade de casa ao constatar que tudo ali não lhe era familiar. Pegou no sono em algum momento, estava um pouco cansado devido a sua viagem noturna para o nordeste de floripa durante a madrugada, iria descansar um pouco até que André desse sinal de vida.

Seu celular vibrou em cima da pequena mesa de madeira ao lado de sua cama, lhe acordando, era André mandando uma foto dele e de uma garota ruiva, sentados numa mesa, com a legenda: venha para o refeitório principal. Se esticou, pegou seu celular e sua carteira, esticou a roupa e se foi. O sol brilhando forte, e o calor daquela tarde estava realmente intenso. Encontrou seu amigo logo de início e constatou que aquela ruiva lhe era conhecida, os cumprimentaram e só então percebeu que ela estudou na mesma escola que eles, anos atrás, estava também cursando Agronomia e tinha o apartamento em frente ao de André. O três ainda não sabiam quem seriam seus parceiros de quartos, mas não se preocuparam com isso.

Durante toda a tarde ficaram conversando, tentando achar algum conhecido naquele emaranhado de gente. Foram até o ginásio poliesportivo, estava até cheio de gente, umas meninas dançando algo sincronizado com outros garotos, uns jogando futsal e outros nadando. Conheceram parte dos funcionários e alguns poucos professores que apareceram para a recepção dos calouros. Se despediram e voltaram para seus quartos quando já era tarde da noite. André então conheceu o seu parceiro de apartamento, um garoto completamente o contrário dele, bem branco, magro, cabelo loiro mas cortado baixinho, nariz empinado e olhos pretos, achou estranho aqueles olhos em alguém tão... nórdico. Riu internamente ao lembrar de seus seriado favorito Vikings. Se deram bem até então. César entrou no apartamento bem devagar, com medo de já estar lá o garoto que iria morar com ele, mas suspirou em alivio ao ver que não tinha ninguém lá, se sentou no sofá, pulando de canal em canal na televisão, planejando o dia de amanhã, sua primeira aula de 5 anos de curso.

Em algum momento, um barulho característico o tirou de seus devaneios, alguém colocou o cartão na porta para entrar, e a mesma destravou. César prontamente se levantou e esperou ansiosamente para a pessoa surgir, suas mãos estavam suando naqueles breves segundos que pareciam eternidades. Sabia que era alguém alto, de cabelo preto, já que de relance a pessoa apareceu na porta, parecia estar ocupado, tentando juntar suas coisas. Sem mais esperar César caminhou até a porta.

“Precisa de...” teve que controlar suas pernas para não sucumbir à vontade involuntária de se ajoelhar “...ajuda?” Só então aqueles olhos que nunca saíram de sua cabeça se voltaram para ele, agradecendo a ajuda.

As vezes a vida prega peças nas pessoas, Marisa sempre ensinou ao filho a amar seus inimigos, pois são nos momentos de crise, nas adversidades, nos problemas que passamos, seja qual for, que evoluímos e crescemos ao superá-los. Essa explicação de sua mãe nunca mais saiu de sua cabeça, e hoje, ele era grato por todas as pessoas ruins que encontrou em sua vida, pois cada uma delas, lhe influenciou a ser melhor e nunca fazer o que elas fazem. Era grato também, que se hoje ele é assim, bem consigo mesmo, amante da vida e da família que tanto amava, era porque no passado alguém o fez mudar, para melhor, para ele mesmo, mas fazia quase 8 anos que não via aquele garoto que foi o responsável por despertar seus desejos e desesperos, quase 8 anos que não via o garoto que era, no começo, o motivo deve não faltar aulas no ensino fundamental, e no fim, o motivo dele querer faltar aulas, e agora estava ali, encarando aquele sorriso de orelha à orelha. Constatou que ele passou bem pela puberdade, estava uns 10cm mais alto que si, cabelo militar ressaltando ainda mais seu rosto triangular, o que deixava seu sorriso, aquele maldito sorriso, que desde criança fazia sucesso. Constatou também que ele não havia o reconhecido, mas não era de se estranhar, mudou muito desde que tinha 10 anos.



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