História Você é minha Liberdade - Capitulo 12

Observava o céu estrelado, a lua hoje redonda iluminava o quintal escuro, sinto a grama úmida acariciar minhas mãos, em quanto eu a agarro e a solto constantemente tentando descontar todos os sentimentos confusos que se bagunçam dentro de mim.

A brisa noturna batia contra meu rosto, meu nariz e minhas bochechas já deveriam estar avermelhadas por causa do frio, arrepios podiam ser sentidos pelo meu corpo que tremia, mas eu não ligava, podia estar nevando, chovendo, seja o que for, eu ainda queria estar aqui, de frente para o balanço de madeira que possuía muitas histórias. O primeiro beijo, a troca dos primeiros “Eu te Amo”, das risadas incontroláveis, dos momentos de carinho e conforto, e do nosso Adeus.

Aquele dia você disse “Esqueça-me”, mas como posso esquecê-lo se o aperto em meu peito insiste em me lembrar que eu perdi algo, que esse vazio que eu sinto é simplesmente porque você não está mais aqui, me segurando e dizendo que tudo irá ficar bem, que sempre poderemos dar um jeito:

- Irá pegar um resfriado se continuar aqui.

Sinto uma coberta quente e grossa ser colocada sobre meus ombros, Sehun se abaixa em minha frente ajeitando a manta para que todo o meu corpo fique coberto. Olho sua face inexpressiva e seus cabelos loiros que caiam sobre os olhos, eu tinha consciência que ele estava me observando já algum tempo, podia sentir seus olhos em mim. Ele suspira fazendo uma breve fumaça sair de seus lábios, tamanho o frio que a noite estava:

- Não adianta ficar aqui fora, não adianta ficar relembrando, não adianta ficar se remoendo. – ele diz calmamente olhando em meus olhos. – Isso tudo só vai te ferir mais.

Meus olhos lacrimejarem ao ver seu olhar terno sobre mim, era como se ele soubesse de tudo o que me afligia, sem mesmo eu ter lhe contado. Observo ele se acomodar ao meu lado, puxando-me para perto, logo sinto suas mãos acariciarem meus cabelos.

Sehun era um bom garoto, diferente de alguns alfas, ele era calmo e delicado, ele nunca havia me pressionado a fazer algo ou me desrespeitado e por mais que eu não queira isso, agradeço por ser com ele que irie me casar:

- Eu imagino como o mundo se tornou assim. – fala ele, fazendo-me parar de prestar atenção nas lágrimas que insistiam em cair de meus olhos. – Nossos pais odiaram se casar por casamentos arranjados, então porque prometem seus filhos da mesma maneira que foram prometidos?

Observo-o um pouco surpreso por sua pergunta, Sehun sempre foi muito calado, era quase impossível saber o que se passava em seus pensamentos e dês de que foi anunciado que éramos noivos, ele nunca se mostrou contra, mas agora com essa pergunta, penso se é apenas eu que estou sofrendo com isso:

- Meus pais depois de tudo se apaixonaram. – digo.

- Os meus não.

Lá no fundo eu queria acreditar que meus pais apenas me prometeram para os Oh, pois eles se apaixonaram depois que se casaram e pensaram que isso iria ser bom pra mim, mas no fundo eu sabia que tudo é apenas por dinheiro, e isso me quebra por dentro:

- Tudo começou errado, nenhuma opinião foi pedida a nós, teremos que nos casar e não há como sair disso. – ele me olha triste como se aquelas palavras estivessem o machucando.  – Não há volta e eu não quero mais sentir essa agonia de ter minha vida virada de ponta cabeça sem nem mesmo o meu concedimento.

- O que quer dizer com tudo isso? – pergunto confuso, Sehun nunca havia dito tantas palavras antes, nunca havia se mostrado tão contra.

- Vamos tentar. Nossos sentimentos não irão mudar de um dia para o outro, mas vamos tentar.

Desvio o meu olhar do seu, ainda mais perdido com tudo isso. Chanyeol, Chanyeol, Chanyeol era o que o meu coração clamava, mas o Oh estava certo, não há volta, oque eu deveria fazer?

A noite havia sido longa e perturbadora pelos pensamentos que me rondavam, depois do que Sehun havia dito, nada eu havia respondido, apenas me levantei e rumei para meu quarto me jogando entre as cobertas quentes.   

Eu sabia que eu nunca seria capaz de deixar Chanyeol completamente, mas compensaria sofrer por alguém que você está proibido de ter?:

- Baek? Baekhyun? - vejo Jongin sentado na cadeira a minha frente tentando chamar minha atenção. – O sinal já bateu. – avisa ao perceber meus olhos em si.

- Tudo bem, vamos? – pergunto com um meio sorriso.

Jongin sabia que nada estava bem, Chanyeol começou a evitar todos os lugares que eu vou e agora raramente eu o via, isso era uma das provas de que eu não estava tendo apenas um pesadelo, porém eu ainda queria acreditar que eu iria acordar, aconchegado entre seus braços forte e seu perfume calmante. Entretanto nem sempre acontece oque queremos, e a maior prova disso foi ver a boca que eu tanto amava beijar grudada a outra, ver os braços que tanto me aconchegavam se abraçarem em outro corpo e o sorriso que era apenas meu ser tomado por outra pessoa.

Foi impossível segurar o soluço que escapou de meus lábios e as lágrimas que rapidamente transbordaram em meus olhos, sem nem perceber meus pés me levaram para longe dali, enquanto lágrimas e pequenos gemidos dolorosos escapavam de mim, sinto meu corpo trombar contra algo e rapidamente braços me envolvem o cheiro de canela tão característico denuncia que aquele abraço que me acalentava agora era de Sehun.

Depois de dias, eu vi Chanyeol e ele estava beijando outro ômega.