1. Spirit Fanfics >
  2. Você é minha terapia >
  3. Minha terapia

História Você é minha terapia - Minha terapia


Escrita por: vhseowkie

Notas do Autor


HEY YO AMORES
welcome back e vamo que vamo ler esse cap
COMENTEM
FAVORITEM
E COMPARTILHEM
nos vemos nas notas finaaaaaissss

Capítulo 21 - Minha terapia


Fanfic / Fanfiction Você é minha terapia - Minha terapia

POV  Namjoon 

Minha vida não foi lá uma das melhores, se não eu não estaria onde estou atualmente. 

Quando mais novo minha mãe me largou para trás e deu a responsabilidade da minha criação totalmente ao meu pai, infelizmente nenhum dos dois me suportava, eu era praticamente fruto de uma gravidez indesejada. 

Suportei todo o decorrer da minha vida meu pai me tratar com repulso, haviam conflitos entre nós pelo fato dele ser um alcoólatra dissimulado, e aos meus dezoito anos ele se foi. Não acredito na suposição que existe o céu e o inferno, mas eu tenho certeza em qual dos dois ele deve estar até hoje. 

 

Minha vida com certeza não foi boa. 

 

Certa vez quando minha sanidade juvenil já estava completamente destruída, me deixei levar e perdi totalmente o rumo certo que devia seguir, me formar, procurar um emprego ou ser alguém na vida. Não. Eu só conseguia acordar pensando no fracasso que eu era, pensando o quanto as pessoas da minha idade são estupidamente idiotas por não darem o devido valor a vida boa que levam. “ É uma fase, vai passar” Eles diziam, só que eu já havia esperado demais. 

Acabei errando mais ainda ao entrar em um mundo de vícios. Conheci um cara que dizia saber o remédio para que eu pudesse esquecer finalmente todos os problemas e deixar eles pra trás, ele me conseguiu algumas drogas e disse que aquilo me faria me sentir bem, eu não hesitei, e me arrependo muito disso. 

Depois de um tempo dependente de uma droga fraca, eu procurava mais e mais por algo que surtisse efeito maior. Eu procurei um emprego que não servia mais do que para sustentar minha vida de usuário, ia atrás da pessoa responsável por me apresentar esse mundo e nem ela aguentava mais me guiar, dizia que eu havia me perdido demais nisso, “ Olha cara, se quer mais, você mesmo devia ir correr atrás “. E eu fui. Virei um cliente praticamente VIP. Aquilo já estava acabando com o resto da minha vida. 

 

 

 

Nos meus 20 anos eu conheci Min Yoongi. Ele era totalmente ao contrário de mim, bem sucedido, mesmo que o pai tenha sido um empresário nato e o mesmo herdado toda sua riqueza, ele não deixou de aproveitar isso e ser um ótimo profissional. Eu admirava como alguém mais novo poderia ser tão responsável como ele era, e admirava mais ainda o fato de ele querer ser amigo de um vagabundo como eu. 

A primeira coisa que Yoongi fez quando me conheceu melhor foi querer me ajudar, eu não recusei, ele me colocou em uma clínica de recuperação e depois de alguns meses eu tive resultados, sai de lá “recuperado” como diziam, mas acabei por voltar a essa vida de vícios logo depois. O homem que era a fonte onde eu conseguia todas as drogas, aparentava ser alguém poderoso, e era de fato. Uma vez ele me disse que não suportava o quão o irmão era mais bem sucedido que ele, eram do mesmo ramo de tráfico, e se encaravam como adversários, a ganância era posta em primeiro lugar. Eu não me metia nesses assuntos, somente ouvia calado, pegava o que tinha que pegar e saia dali. Chegou um certo ponto em que eu fazia isso tudo mais escondido do que devia, Yoongi começou a me visitar e sempre enfatizava o quão tinha ficado feliz por eu ter me recuperado...e eu sentia muita culpa por enganá-lo, mas não conseguia parar. Certa vez as visitas dele à minha casa já estavam mais que frequentes, ele era mais do que um amigo pra mim, Yoongi se tornara meu irmão, um irmão de alma, e isso me possibilitou conhecer Taehyung também, era um garoto bastante rebelde, mas não chegava a ser pior do que eu fui. Eu dava conselhos para ele como hyung, mesmo se eu não fosse o melhor exemplo de pessoa, Yoongi já fazia isso muito bem aliás, ajudar as pessoas assim, era incrível como a simpatia dele não tinha fim, deve ser por isso que ele conquistou tudo o que tem até hoje em dia. 

 

 

Certa vez o meu vício passou do limite, eu não tinha mais como pagar por ele. O prazo de pagamento já estava pra fazer aniversário, e eu só dava desculpas e mais desculpas para poder ter tempo e conseguir quitar a dívida, e então aquele homem me disse. 

 

“ –  Tenho um trabalho pra você, quitaria toda sua dívida e ainda lhe daria mais algum crédito, é bem simples. “ 

 

Eu achei um pouco estranho uma proposta daquelas. Obviamente esse "trabalho" não era algo bom. 

 

“-  Pegue o endereço dessa casa  – Ele estendeu a mão colocando um papel com os dados dentro do bolso da minha jaqueta – E simplesmente coloque fogo.” 

 

Me assustei um pouco ao ouvir aquilo, “Que tipo de pessoa ele pensa que eu sou? Um psicopata assassino?”. Neguei com todas as minhas forças que faria aquilo e disse que pagaria o que devo sem falta no outro dia, ele deu de ombros, falou que já havia alguém para fazer aquilo mas ele só me propôs para ajudar, e com certeza eu não queria aquela ajuda. 

 

Andei de volta para casa e tirei o bendito papel do bolso olhando o que havia escrito, lá estava a data, o endereço e o horário que eu devia fazer aquilo. “Porque ele não pegou isso de volta?” Pensei, talvez ele tivesse esperança que eu mudaria de ideia, e obviamente não deduraria nada, seria como cavar a própria cova. Guardei novamente o papel no bolso e parei de pensar por um tempo, mas no outro dia aquilo me incomodou. O fato de eu saber que alguém morreria e eu sabia daquilo me fazia cúmplice de tudo que ia acontecer, tentava pensar que seria algum vagabundo que acabou vacilando, mas no dia e horário exato eu apareci naquele endereço para ver o que iria acontecer e com quem. 

Chegando a aquele lugar, as chamas já estavam começando a tomar conta, poderia ver de longe a fumaça subindo e a frente tinham alguns carros com vidro fumê que saíram rapidamente dali deixando a cena para trás. Cheguei a frente do local e observei com a mão nos olhos pela luz e calor que exalava, e notei o quão enorme era a moradia, parecia uma pequena mansão feita para uma família inteira, e aquilo me deixou com uma leve dor no peito, “Uma família”, no momento em que pensei isso, ouvi um grito sair de dentro da casa como se pedisse socorro, não era um grito de um adulto, mas parecia ser de um jovem. Deixei toda preocupação comigo de lado e me pus a pular aquele muro, que por sorte ainda não estava cercado por chamas ainda, subi a gola da blusa para tapar meu nariz e tentei abrir a porta da frente. 

 

Droga, trancada” 

 

Juntei toda a força que consegui para poder arrombar aquilo e consegui entrar a força, o fogo já tomava conta de quase todo o ambiente. Ouvi o grito novamente, e um pouco mais alto daquela vez, parecia que vinha do andar acima, então corri até lá ignorando todas as queimaduras novas que ganhava pelo caminho, ao meio de todo o caos eu vi o garoto. Aquele garoto tinha um olhar assustado, um olhar sem vida e de desespero, como se tivesse vendo a morte em sua frente, corri até ele pedindo-o para descer mas o mesmo não me ouvia, parecia em transe, então fui obrigado a erguê-lo nos braços e carregá-lo até sairmos dali. 

Por sorte tanto eu quanto aquele garoto ganhamos somente algumas queimaduras, ele algumas mais graves, mas nada que fosse risco de morte ou algo do tipo. Achei que ninguém fosse aparecer com um incêndio daqueles ocorrendo, mas logo apareceram os bombeiros e algumas pessoas que moravam ao redor olhando de suas casas, fiquei preocupado em como aquele jovem ficaria e segundos depois apareceu o carro da polícia para o meu alívio. Não demorou muito para que olhassem os ferimentos e dissessem que estávamos bem, e logo depois chegou mais um carro, que por coincidência era idêntico ao que havia saído antes de toda a casa ser destruída, eu juro que queria poder contar tudo e sair correndo dali, mas aquele maldito homem desceu do veículo com o rosto mais frio que eu já vi. Não mencionei antes, mas seu nome era Kyungmin, não sei o sobrenome, ele somente usava esse para se identificar com todos que fazia “negócios”. Aquele maldito caminhou até um dos policiais que conversavam com o garoto que eu salvei da casa, falou algo e abraçou o garoto como se fosse alguém importante para ele, isso me fez sair de onde estava e correr em direção aos dois. Ele me olhou com um sorriso cínico e colocou a mão sobre o ombro do jovem para direcionar algumas palavras a mim. 

 

“ –  Namjoon, soube que salvou o meu sobrinho  – Ele dizia enquanto arqueava a sobrancelha – Obrigado por isso. Bom, Hoseok, esse é Kim Namjoon. Namjoon, esse é Jung Hoseok. 

-  O que você vai fazer com ele?  – Perguntei encarando-o constantemente para obter uma resposta. 

-  Não sei, talvez eu cuide dele até ele atingir a maioridade. Afinal, sou o único que sobrou da família, e meu irmão com certeza ficaria agradecido, não é mesmo?” 

 

Depois daquele diálogo Kyungmin se afastou dali levando Hoseok consigo e me deixou para trás sem muito o que fazer...E aquilo me deixou mal. Voltei andando para casa e exausto mentalmente, eu sabia de tudo que iria acontecer, aquele homem acabou com uma família...matou o próprio irmão por ganância, destruiu a vida de um adolescente em crescimento. Eu me vi naquele garoto, perdendo tudo, mas não da maneira horrível como ele havia perdido, e por tudo isso eu me odiei por não ter arriscado e impedido tudo aquilo,”Eu acabei de destruir a vida de um garoto”, minha mente não parava de pensar e pensar o quão horrível eu fui. 

 Com aquilo eu acabei me odiando mais do que já odiava. Mais e mais drogas, mais vícios, mais dias sem ficar sóbrio e minha casa já estava uma tremenda bagunça. 

Yoongi entrou um dia vendo toda aquela baderna, e acabou achando espalhado pelo chão os sacos de produtos químicos que eu usava, e logo próximo eu estava caído no chão inconsciente. Aquele dia eu poderia ter morrido com uma overdose ou algo assim, mas Yoongi me carregou até uma clínica particular que não era nada barata, mas dinheiro não era problema para alguém como ele, foi ai que conheci Seokjin. Comecei o tratamento com ele e dei bastante recaídas no decorrer disso, eu odiava ficar ali, estava totalmente acabado também, mas por sorte Jin me fazia querer viver bem, ele havia se tornado o motivo de eu querer viver cada vez mais a cada dia que se passava. 

 

POV Namjoon *off 

 

 

 

 

 

... 

 

Dias depois de o ruivo ser levado as forças para fora da clínica, foram injetadas varias seringas com sedativos para que pudesse ficar inconsciente. J-Hope era quem ainda estava no controle, mas com aquilo era bastante difícil manter-se firme. Era todo dia a mesma coisa desde que fora levado e posto naquele quarto com aquelas duas enfermeiras. 

Chegou uma hora que simplesmente não podia mais sentir nenhuma parte do corpo, como se estivesse completamente adormecido, e mesmo que pudesse se mexer, nem sentia vontade mais de levantar. 

 

Acabou. 

 

Agora acabou, não tem mais o que fazer

 

Tinha consciência de que acabaria morrendo ali e mesmo se gritasse socorro, com certeza seria taxado de louco e com certeza ninguém o ouviria. 

Dentro de sua mente, Hoseok ainda estava escondido no canto, sem cor, como se estivesse com toda a energia sendo sugada. Naqueles dias de monotonia, sobre o efeito constante de um sedativo, os dois estavam praticamente juntos em uma sala escura dentro de toda a consciência...estavam na mesma situação, e nem um dos dois poderia fazer nada. 

J-Hope acreditando que não teria mais propósito ainda esconder tudo que sabia, cedeu a finalmente liberar todas as memórias perdidas. 

 

-  Acredito que depois de tudo, isso não acabe mudando muita coisa, nós vamos acabar morrendo mesmo  – Disse J-Hope chamando a atenção de Hoseok. 

-  Pensei que me achasse fraco para aguentar tudo. Também pensei que quisesse ser mais do que uma parte de mim  – Falou em tom baixo. 

-  Realmente achei que era fraco, mas acho que não faz diferença saber isso agora, não podemos nem nos mexer  – Soltou um curto riso soprado –  E sim, eu queria ser mais do que o seu segundo “Eu”, mas agora eu compreendi uma coisa Hoseok. Compreendi algo depois de ver tantas coisas e passar tanto tempo aqui trancado junto a você. 

-  O que percebeu? 

-  Nós somos uma única pessoa, eu posso até sumir, mas vou estar sempre em você. E se você precisar ser mais forte, eu vou ser a sua força...fui egoísta esse tempo todo, na verdade eu fui mais medroso que você, eu me precipitei achando que deveria te proteger das coisas ruins, mas esqueci que eu e você somos um só. 

-  Então, você vai mesmo sumir agora? Vai me trazer de volta todas as lembranças? 

-  Sim, eu espero que fique bem. 

 

A imagem de J-Hope foi se ofuscando cada vez mas e a sua voz foi ficando inaudível aos poucos. 

 

- Obrigado por isso – Dizia Hoseok com um sorriso enorme no rosto. 

- Não foi nada, eu vou sempre fazer parte de você. 

 

E então tudo veio como um estalo. 

 

Hoseok podia sentir-se revivendo cada segundo de sua infância como se fosse um filme em segundos, o rosto de seus pais, o seu relacionamento com o Jimin, tudo, e o ponto crucial...o momento aonde tudo havia se perdido. 

Lembrara que era jovem, em torno de uns dezesseis ou dezessete anos, brigara com seu pai pelo mesmo não tê-lo deixado viajar para participar de um concurso de dança. 

Hoseok amava a música, a dança, e havia entrado em uma academia como condição para que fizesse a faculdade que seu pai tanto lhe enchia para fazer. O seu ego parecia inflar a todo momento que participava de competições, se sentia superior e totalmente poderoso, as pessoas amavam o seu estilo de levar o ritmo. Além de individual, também participava de concursos em grupo aonde todos o devotavam lhe enchendo de elogios. 

“ – Cara você é a esperança desse grupo, sem você não seríamos nada.” 

“ – J-Hope, é assim que vamos te chamar. No palco você não é mais o Hoseok.” 

 

Era como se aquele nome que lhe foi dado fosse sua fonte de encorajamento. 

 

Era somente ali fazendo o que amava que sentia estar vivo, em casa era insuportável, tinha que estudar para a faculdade de direito que nem sequer queria cursar, tinha que suportar o pai que nem sequer ligava para o que falava e sua mãe somente sabia calar a boca como cachorro mandado. Sabia que era bastante bem de vida, era rico praticamente, mas nunca soubera aonde saia tanto dinheiro, sua mãe não trabalhava e seu pai iniciava uma discussão todas as vezes que questionava em saber. Brigas e mais brigas aconteciam, não parecia ao certo existir uma família morando ali, as discussões eram sempre presentes entre eles. Hoseok não queria prosseguir com uma faculdade que odiava fazer e em um certo dia, chegou a discutir bastante com o próprio pai sobre isso. 

 

-  Você não entende, você nunca entende porra nenhuma, nunca me ouve. 

-  Hoseok, olha, você sabe que isso que você vai fazer não é um futuro, você precisa ser mais do que um dançarinozinho imbecil. 

-  Pra que? Pra ser igual a você? Eu nem sequer sei o que você faz da vida, você não me diz nada, não liga e nunca ligou pra mim, então dane-se o que acha, sai do meu quarto. 

-  Filho, você vai me escutar..- 

-  Eu não sou seu filho. Você não vai ser meu pai nem quando estiver morrendo queimado no inferno. “ 

Aquele dia fechou a porta a força, trancou enquanto fervia de raiva e foi dormir, mesmo com seu pai batendo varias e varias vezes para que abrisse-a. 

 

 

Durante a noite ouviu uns barulhos estranhos, a voz de seu pai e sua mãe gritando, " Devem estar discutindo e quebrando tudo de novo " pensou, normalmente se metia para que não se machucassem de fato, mas aquela noite estava farto de tudo. Não queria saber mais de nada.

E então, sentiu o suor escorrendo, um calor estranho e um cheiro de fumaça que o fez acordar assustado de imediato.

 

Fogo” 

 

A casa estava completamente sem energia, o seu quarto escuro e somente a luz adentrando pela brecha da porta iluminava seu rosto. Destrancou a fechadura e deu de cara com as chamas tomando conta de quase toda a casa, não pensou nem duas vezes e pôs-se a correr até o quarto de seus pais...Em chamas...estava completamente coberto em chamas e os dois estavam jogados ao chão irreconhecíveis tomados pelo incêndio, olhou pela janela e viu todas as casas ainda com energia e supôs que talvez alguém poderia ter feito tudo aquilo durante à noite enquanto estava dormindo de porta trancada. Andou até o corredor perto da escadaria e ficou parado estático pensando no que estava acontecendo. 

 

“ Eu tranquei a porta.” 

“ Eu desejei a morte do meu pai.”

" Eu ignorei os gritos."  

“ Meus pais morreram.” 

“ Se eu tivesse visto quem fez isso..” 

 

“...A culpa é minha.” 

 

“ A culpa é minha. A culpa é minha. A culpa é minha. A culpa é minha “ 

 

Somente isso se passava pela sua cabeça. Não conseguia raciocinar direito. A escuridão mesclada com a luz das chamas faziam seu corpo estremecer, era doloroso estar vivo naquele momento. Gritou por socorro varias vezes, mas nem sabia ao certo se queria ser tirado dali.

Logo depois viu alguém subindo, mas não teve reação, não conseguia formular nem sequer uma palavra em sua mente, o rapaz segurou-o e ergueu-o para levá-lo para fora. Não queria deixar sua casa para trás, mas em segundos viraria cinzas junto a ela. Foi levado para fora e tinha algumas queimaduras que nem sequer sentira, não demorou muito para que chegassem as autoridades e os bombeiros e também, o seu tio, Kyungmin. 

Aquele homem apareceu de súbito abraçando-o demonstrando-se preocupado e pediu para que todos ao seu redor afastassem para que falasse a sós consigo. Nunca gostara da aura obscura que ele exalava.

“- Esta vendo o que acabou de acontecer atrás de você? Eu sei que era um desejo seu também ver seu pai sumir não era? Agora você e eu nos livramos dele Hoseok.” 

Sentiu sua barriga revirando e vontade de vomitar ao ouvir aquilo, mas no momento sentiu algo estalar em sua cabeça, como se não quisesse crer no que acontecia ali. Sua sanidade havia chegado ao limite. Então disse a si mesmo como uma ordem.

 

“Eu quero simplesmente apagar tudo isso da minha cabeça.” 

 

E com o passar do tempo, era como se não lembra-se de nada, perdia a consciência em segundos...como se o seu corpo fosse tomado por outra pessoa. 

 

 

...

Hoseok voltou ao domínio do próprio corpo e entreabriu os olhos incomodado com a luz do quarto aonde estava. Tentava se mexer um pouco e até conseguia. 

 

O que adianta tentar sair da cama agora? 

 

Não tenho mais motivo 

 

Estava recuperando aos poucos a consciência e só conseguiu ouvir um curto diálogo das enfermeiras sobre as doses de sedativo terem acabado, mas que não iria conseguir sair dali mesmo assim, então não era preocupação, concordou em pensamentos com aquilo. Não tinha o porque querer levantar-se, fazia dias que estava ali, ninguém fora atrás de si, nada o salvaria...Não havia um pingo de esperança ou força de vontade.

 

-  Hoseok, HOSEOK! 

 

Ouvia seu nome ser chamado inúmeras vezes por uma voz que já conhecia muito bem. Pensou que estava sonhando até ouvir de forma mais nítida novamente. 

 

Essa voz......Taehyung. 

 

Foi o suficiente para abrir os olhos instantaneamente e olhar ao redor procurando pelo moreno, arrancou o soro que ficava em seu braço e sentou na beira da cama juntando todas as forças para sair dali correndo, mesmo que precisasse se apoiar em todas paredes. Abriu a porta e em passos rápidos pôs-se a ir até a escada, as enfermeiras que ouviram o estrondo vindo do quarto correram para ver o que era tentaram segurá-lo, mas Hoseok estava agitado e era mais forte. O ruivo saiu do aperto correndo até descer alguns degraus e ver aquela cena, vários homens armados torturando todos que conhecia, Jimin e Jungkook choravam e Taehyung estava sendo enforcado para calar a boca, seus olhos se arregalaram ao vê-lo sofrendo daquela forma e não conteve-se em gritar. 

-  TAEHYUNG!  – Disse fazendo todos olharem-o no mesmo instante, mas antes que pudesse descer sentiu algo espetar atrás de si e cada vez mais as pernas ficarem bambas e fracas. 

Olhou para trás e viu as enfermeiras, uma delas segurando uma seringa que provavelmente continha algo para lhe deixar daquele forma. 

 

-  Ótimo, olha quem resolveu aparecer, meu sobrinho favorito  – Dizia Kangmin de sua maneira sarcástica -  Você veio a tempo, agora vai poder ver os seus amiguinhos pela última vez. 

 

Queria poder gritar de ódio, finalmente sabia que aquele desgraçado era o motivo de toda sua família ter acabado e ele ainda iria acabar com o resto da vida que tinha. 

Olhava para Taehyung que chorava, e não conseguiu conter-se em chorar também. Estava tudo acabado. Todos ali iriam morrer na sua frente, e mais cedo ou mais tarde morreria também. Novamente não podia fazer nada.

Fechou os olhos para não ver o que aconteceria e deixou todas as lágrimas caírem de uma vez.  

 

Ouviu um grande estrondo. BOOM

 

...Acabou? 

 

-  Parados, fiquem aonde estão. 

 

Uma voz diferente invadiu o local e abriu os olhos um por vez para ver o que era...A porta principal estava escancarada, vários homens armados e fardados, muitos carros estacionados do lado de fora e barulhos de helicópteros rondando...Polícia

 

-  Abaixem as armas e ninguém se machuca  – Falou um dos oficiais fazendo os homens largarem os revólveres lentamente ao chão e botarem as mãos na cabeça afastando-se dos rapazes.

 

Kyungmin olhou com ódio como se fervesse de raiva de tudo aquilo, parecia que agora tudo estava acabado mesmo...mas para si. Tentou pegar rapidamente a arma que tinha em sua cintura mas derrubou-a quando acertado no pulso por uma bala de borracha, os oficiais ali eram bem treinados. 

-  Finalmente achamos seu "esconderijo", senhor Kyungmin  - Disse o policial colocando as mãos do homem para trás e algemando-as.

Taehyung sequer conseguiu entender de onde aquelas autoridades saíram, quem os chamaram, nem tivera a oportunidade de fazer isso, até que sentiu uma mão em seu ombro fazendo-o virar para trás. 

-  Você não sabe se cuidar sem mim por perto mesmo, não é? – Yoongi apareceu sorrindo de lado e abraçou o mais novo bem forte. 

-  H-Hyung, como você me achou, quem te disse-.. 

-  Seokjin me ligou preocupado, disse que a ligação de vocês havia caído e você não atendia mais. Então liguei para alguns “contatos” meus rastrearem seu celular e te encontrarem, por coincidência esses caras já eram procurados, sorte sua que eu já estava em Seul. 

Tae não conseguia conter as lágrimas e abraçou novamente o mais velho como se agradecesse para sempre por ter conhecido alguém como ele em sua vida. 

Jimin e Jungkook viam de longe e também não se largavam, o menor abraçara o garoto no mesmo instante em que foi solto, enxugava as lágrimas de Kookie com a manga da blusa e acariciava o seu rosto com o polegar. 

 

-  Você tem certeza que esta bem?  – Perguntava baixinho para o mais novo. O garoto abraçou-o com força encaixando o rosto em seu pescoço. 

-  Melhor agora Jiminnie  – Respondeu manhoso. 

 

Os oficiais já haviam tirado todos os meliantes do local, e por fim ajudavam Hoseok a andar já que o mesmo estava fraco. 

 

-  Tae-sshi, acho que alguém precisa falar com você  – Disse Yoongi cutucando o moreno e apontando para que vira-se para trás. 

 

Taehyung olhou para Hoseok e deu um sorriso enorme, correu até o mesmo e o abraçou com força fazendo-o gemer de dor. 

 

-  A-Ai Tae Tae, seja menos afobado  – Falou com uma voz infantil para o rapaz que afastou-se um pouco para olha-lo bem. 

 

Cada pedaço de seu rosto, não havia esquecido nenhum, e amava cada parte dele, cada detalhe. Começou a distribuir  carinhosamente vários beijinhos pelos seu rosto fazendo-o gargalhar e parou novamente para fita-lo nos olhos. 

 

-  Eu senti tanto a sua falta  – Taehyung levou a mão para acariciar o rosto do ruivo. 

-  Eu também senti a sua  – Respondeu fechando os olhos ao sentir a mão do outro passando pelas suas bochechas. 

-  Mas e o..- 

-  J-Hope? Já resolvemos o que tinha que resolver. 

 

No momento que o diálogo ia prosseguir, o clima foi cortado por um dos oficiais que chamava a atenção de Hoseok, dizendo que deveriam ir logo para o hospital consultá-lo as pressas para que tudo ficasse bem. 

 

-  Tem certeza? – Taehyung reforçou novamente a pergunta, antes que o ruivo deixasse o local. 

-  Absoluta  - O mais velho fechou os olhos depositando um selinho carregado de amor e chegou perto do seu ouvido para sussurrar algo –  Quando voltar a clínica, na primeira gaveta do lado da cama, pode ler o papel. 

 

Hoseok afastou-se sorrindo, segurou novamente em um dos oficiais para caminhar e deixou o local. 

Todos se moveram para fora e relataram tudo que havia acontecido, Jungkook ainda meio assutado, Jimin confortando-o, Taehyung aliviado igualmente a Yoongi, e o mais importante...Tudo resolvido. 

 

 

 

 

 

... 

 

Ao chegar a clínica, Seokjin já esperava e todos se abraçaram em grupo ao vê-lo. Choraram bastante e riram de tudo que finalmente havia passado, segundos depois já estavam brincando e conversando descontraídos, e então Tae afastou-se para ir novamente até o quarto onde ficava Hoseok. 

Abriu a porta devagar e era como se todas as memórias voltassem a sua cabeça, os momentos bons, os ruins, as risadas, a primeira vez que sentiu seu dia se colorir e ganhar um sentido, amava ter presenciado e descoberto todas aquelas sensações com Hoseok. Obviamente ainda amava Hoseok

 

- ...Vamos ver, primeira gaveta ao lado da cama. – Falava consigo mesmo percorrendo os olhos pelo local, até pousar na escrivaninha – Aqui! 

 

Abriu a primeira gaveta encontrando um papel como o ruivo havia falado. Era o papel onde fazia a poesia para a terapia, lembrara que ficava guardado ali pois o mais velho dizia que não confiava em deixá-lo consigo, dizia que poderia olhar sem permissão, então Tae apenas ria e deixava-o guardar naquela gaveta. 

A letra de Hoseok era extremamente delicada e bonita. Finalmente, iria ler a poesia que o rapaz havia escrito. 

 

 

“ Vejo um escuro infinito, sensações doloridas 

Com um passado esquecido, em memórias perdidas 

 

Prendo-me em incertezas, levo-me pela ansiedade  

A espera de uma luz, para conseguir viver a verdade 

 

Veio a agonia me consumir, a tristeza me conduzir 

Minha consciência se dissipar e a solidão, me seduzir 

 

Até ver um fio de esperança, fazendo toda a tristeza sumir 

Que em todo novo dia, se tornara meu motivo para sorrir 

 

Que me fazia bem, apenas com um olhar singelo 

Que me conquistava, a cada pequeno gesto sincero 

 

Que com o tempo virou meu motivo de viver cada dia 

E nesse tempo conclui que simplesmente...Você é minha terapia.

 

De seu : Jung Hoseok

Para meu : Kim Taehyung  “ 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


OPAAAAAA, O QUE ACHARAM??? NÃO, NÃO ACABOU, ESSE NÃO ERA O ÚLTIMO, é o penúltimo na real. Sim meu povo, semana que vem vai ser o último cap de Você é minha terapia, e com certeza vai ser maravilindo, vai ter lemon, vai ter todos os ships interagindo, só esperem viu <3
Os agradecimentos gerais/textão vou deixar para fazer no próximo, realmente sou agradecida por cada um que acompanhou a fic, sem mais delongas, obrigada por lerem <3 AMO MTO VCS, ATÉ O PRÓXIMO CAP, BEIJÃO DA VIC.

Meu twitter --> @vhseowkie

Aqui umas fics que eu já fiz:

TAEJIN - ONESHOT -

https://spiritfanfics.com/historia/o-meu-impuro-anjo-7213037

VHOPE, ONESHOT -

https://spiritfanfics.com/historia/intense-caffeine-6615103


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...