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História Você Já Foi à Paris? - Querido Diario - Parte X


Escrita por: senhoritabombonzinho

Notas do Autor


Demorei, mas culpem o atletico primeiramente por me deixar ansiosa par ao jogo e segundamente por me fazer de oatria e ficar depressiva. eh galo
mas enfim tamo ai com mais um cap
minhas aulas voltam amanha
alguem me ajuda

Capítulo 8 - Querido Diario - Parte X


Fanfic / Fanfiction Você Já Foi à Paris? - Querido Diario - Parte X

Ele foi embora deixando um pedido de desculpas e uma dor forte em meu ombro, algumas horas depois recebi flores, chocolates e um cartão:

“Desculpa a bagunça. – JD”

Eu queria era bagunçar a cara dele. Será que ele achava que é tudo tão fácil assim? Que era só me enviar umas florzinhas e um chocolatinho e que tudo iria ficar bem? Eu precisava de distancia desse garoto, ele era um perigo para minha saúde mental e para física também. Eu estava toda dolorida, fui obrigada a tomar analgésicos para aliviar. Raquel insistiu para que eu contasse o que estava rolando entre mim e Julian, eu tive que me segurar para não apelar com aquela mulher, pedi forças para nossa senhora Aparecida se não eu iria bagunçar a cara dela também, caso ela não respeitasse a minha vontade de não conversar sobre o assunto. Nem tudo na vida dá para contar para as pessoas e é por isso que eu escrevo em você, diário.

Passei um tempão olhando para as flores e a caixa de chocolates em cima da minha cama sem saber se eu devo odiá-lo ou eu tento esquecer tudo o que houve desde 2014 e aceito uma amizade morna, coleguismo e nada mais. Não adianta eu odiá-lo se eu preciso olhar para cara dele todo o santo dia. Esquecer é complicado, mas vai ser mais prático e saudável; afinal a maioria das coisas em relação a ele não passou de coisas da minha cabeça, fui eu quem fantasiou com um alemão perfeito que correspondia totalmente ao meu amor platônico.

É superável, o mundo não vai acabar porque você não é a única que ele beija. Comi todos os bombons de uma vez, eram deliciosos, pus as flores em um vaso e achei melhor deixar pra lá, era hora de crescer, aceitar e seguir. Meu desprezo ao Julian só me causou dor, literalmente falando. Eu não precisava ignora-lo ou agir como adolescente para receber atenção. Ele era apenas mais um panaca que eu conheci, não seria o ultimo. Então eu tive apenas que deixar as coisas seguirem sem forçar nada. Só isso já me bastava como consolo. Uma queda de uma escada muda todos os nossos conceitos.

Fui dormir tarde, passei horas escutando música em meus fones e tentando achar uma posição confortável para dormir. No outro dia a minha rotina deveria continuar como sempre: ir para aquele bendito centro de treinamento, ver aqueles benditos jogadores treinarem, tentar achar uma novidade, voltar para casa, escutar Raquel reclamar de seu corpo e que sua calça jeans não estava servindo, dormir e começar tudo de novo. Mas naquela manhã em especial, após uma baita queda eu acordei parecendo que havia sido atropelada, foi um custo por uma calça jeans, vesti uma blusa nunca havia sido tão difícil; meu ombro estava me matando.

Para encarar o dia eu precisei do apoio de analgésicos e no meio disso eu perdi a hora. Eu me atrasei feio, cheguei ao CT meio mancando, meio correndo, fazendo careta, sem poder trocar a minha bolsa de ombro por causa da dor. O treino já havia começado a muito tempo, perdi todo o treino tático  e só me restou assistir uma roda de bobo. Eu me escorei na grade que divide a arquibancada do campo e quis chorar. Já não havia mais nada para eu ver ali ou relatar. Eu sou uma lerda.

        -“No treino de hoje tivemos um esboço de novo esquema, com os laterais mais avançados e apenas um homem de referencia no ataque, mas quer saber; não acho que eles vão assim para a próxima partida.” – Um cara alto, loiro e com os olhos bem azuis parou ao meu lado e observou o campo. – “Achei que você iria querer saber já que se atrasou.” – Ele sorriu e estendeu a mão. – “Meu nome é Jacques Leroy.”

        - “Isabel... Dos Santos.” – Nunca me acostumo em falar meu sobrenome assim de cara era tão antinatural pra mim.

         - “Vi que você chegou atrasada, tenho o material de hoje, caso você precise de algo.” – Gente o que é isso um francês desse  havia prestado atenção em mim? Eu não sabia o que responder ao certo, mas eu precisava voltar para casa com alguma coisa.

         - “Seria ótimo, obrigado.” – Eu abri um sorriso de alivio automático.

Sentamos na arquibanca, Deus como foi difícil sentar na droga da arquibancada, era melhor ter ficado em pé.

         - “Está tudo bem?” – Ele me encarou, eu não evitei uma careta de dor ao sentar, mas como você fala com alguém que sua bunda está dolorida sem parecer estranho?

        - “Está, eu cai ontem e me machuquei, mas está tudo bem.” – Eu sorri sem mostrar os dentes e ele assentiu.

 Enquanto eu anotava alguns pontos que julguei importante da matéria que o repórter bonzinho me deixou ler, ele puxava assunto, contou algumas coisas dos bastidores do PSG. Ele parecia legal, bem humorado o tipo de pessoa que eu precisava na minha vida. Eu agradeci sua ajuda e ele disse que não havia sido nada, no ramo do jornalismo um ajuda o outro. O mundo precisa de mais jornalistas assim, porque nesse tempo todo, o pessoal havia visto que eu era novata e nunca me ofereceram uma ajudinha sequer. Conversar com o francês fez a minha ida ao centro de treinamento ter valido a pena naquele dia. Depois que os jogadores foram dispensados para fazer o trabalho na academia me despedi do francês e fui esperar o meu taxi. Julian não veio falar comigo, apareceu no meu apartamento, me jogou de uma escada, me mandou flores e chocolate e nem me perguntou como eu estou no dia seguinte. Eu não sei por que eu esperava alguma coisa diferente vinda dela, por mais que eu fale que eu iria parar de ser trouxa é muito difícil largar esse papel que eu fiz a minha vida toda.

Em casa passei a maior parte do dia sentada na janela de uma maneira que não me causava dor, eu não estava pensando em nada demais, apenas olhando as casa e as cores de Paris. Eu estava começando a me sentir inútil, como na radio em Minas, ser assistente não é tão legal assim. Eu queria poder virar o jogo, outra vez, dar um up nessa situação, se eu não conseguisse eu iria começar a pensar em voltar para casa. Estava tudo tão monótono e eu sem paciência para aguentar o mimimi incessável de Raquel. Eu queria sair, mas para onde? Sem companhia era um porre. Apenas respirei fundo e voltei ao meu estado de mente vazia contemplação por Paris. A noite chegou e eu recebi uma ligação no mínimo curiosa, Julian Draxler apareceu no meu visor, fiquei tentada a ignorar a chamada e então me lembrei que não era nenhuma adolescente idiota.
        - “Oi, Isa.” – A voz dele por telefone fica muito sexy não sei explicar; é rouca, é grossa, é sexy. 
        - “Oi.” – Eu falei simplesmente.
        - “Você está melhor?” – Ele pareceu interessado.
        - “Meu ombro tá ferrado, mas sim, estou melhor.” – Eu tentei parecer alheia a situação, mas eu não queria mesmo era render assunto.
        - “Eu adoro quando você mistura português no meio da frase.” – Ele riu e eu rolei os olhos com minha habitual cara de nojo. – “Você está livre esta noite?” – Eu só queria que ele parasse de brinca com a minha cabeça.

 

Diz que tá ocupada

Diz que tá ocupada

Diz que tá ocupada..

Diz que tá....

 

          - “Estou, mas amanhã preciso acordar cedo e...” – Pareceu uma boa desculpa até ele me interromper.

         - “Eu estou vendo a torre Eiffel daqui do meu apartamento, toda iluminada.. Lembro que você queria ver, talvez você queira vir aqui e ai nós comemos alguma coisa e voltamos a ser amigos, como antes da escada e da balada.” –Será que ele achava que era tudo tão simples assim? Ele realmente jogava comigo o tempo todo.

Porque ele não parava de ferrar com meu psicológico?

Nossa senhora Aparecida eu queria recusar, mas mesmo com tudo o que eu decidi sobre ele eu queria ir, eu queria a minha mãe e um psiquiatra.

 


Notas Finais


ate o proximo
xoxo


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